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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Grande fragilidade das forças progressistas no Congresso exige mais diálogo -Paulo Vinícius Silva


As pessoas debatem a eleição da Câmara dos Deputados como continuidade mecânica das eleições de 2018. Grave erro e demonstração de ingenuidade sobre o que está em disputa, que são exatamente as condições do jogo legislativo. É uma oportunidade, todavia, para que possamos olhar de frente a real correlação de forças em questão.

A primeira coisa em disputa na Presidência da Câmara não é o assento do(a) Presidente, mas a delimitação - ou não - do campos políticos na legislatura que inicia - que é o caso desta eleição de 2018. Isso implicará uma composição para a Mesa Diretora e para a distribuição de Comissões e a formação de Blocos que nelas atuarão. É, assim, a própria vida do parlamento, o debate, o respeito ao Regimento, a possibilidade de disputar a agenda.

Em tese, a um partido grande pode favorecer a polarização, porque seu peso próprio é suficiente para monopolizar um campo político. Já forcas menores, lutam pela possibilidade de um debate democrático, aberto a todas as vozes. Acredito que todos somos capazes de imaginar os riscos de mudanças constitucionais - e nem precisa tanto - numa conjuntura como a atual.

Ora, é mister, para saber do que falamos, que saibamos a composição da Câmara e do Senado. Do que estamos, afinal, falando? Esses dois gráficos que expressam a composição do Senado da República e da Câmara dos Deputados.








Assim, na Câmara, PCdoB (9), PSOL (10), PT(56), PDT(28), PSB(32), PPL(1), Rede(1) = 137 deputados(as)
No Senado, PT(6), Rede (5), PDT(4), PSB(2) = 17 senadores(as)
(Goldman Sachs Global Investment Research é a fonte, viram?)

Então, acima, é esta a correlação de forças. O balanço de 2018 é incompleto se não expressar a fragilidade de nossa situação no cômputo geral da eleição de congressistas. Mesmo os dados acima são incompletos, porque há que observar a qualidade (sic) da renovação. O que era ruim conseguiu piorar.

Como dialogaremos/pressionaremos nesse novo cenário altamente polarizado e marcado pela irracionalidade e por uma guerra na internet? É esse o cenário e os movimentos sociais e entidades precisam entender a necessidade de termos um aprofundamento da nossa ação sobre o parlamento em tempos de regressão civilizatória.

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