A crise internacional iniciada em 2008 foi o ponto de partida de uma “guerra cambial” imposta pelos Estados Unidos como forma de socializar uma crise criada por eles mesmos. O próprio ministro Guido Mantega cunhou a denominação que obeteve repercussão mundial.
Países como a China e a Índia trataram de atrelar suas moedas ao dólar, fazendo-as flutuar numa escala inversamente proporcional ao movimento da moeda norte-americana. Outros países como a Malásia acirraram suas políticas de controle de capitais. A Coreia do Sul recrudesceu sua política comerical externa.
O Brasil, no quesito câmbio, agiu de forma tímida (como se não estivesse em meio a uma verdadeira guerra) com algumas medidas taxando a entrada e saídas de capitais via Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Mas o medo de inflação (num mundo onde a pressão inflacionária inexiste) acrescida de uma política de demonstrar “normas de comportamento” no comércio internacional cobrou seu preço.
Nosso déficit em transações com exterior no mês de janeiro foi o maior em 39 anos (US$ 7 bilhões) denunciando algo insustentável no médio e longo prazo.
Mais atos e menos palavratório. O momento é de agir para conter esta sangria. Cortes mais profundos de juros seriam sinais interessantes. Reconhecer que estamos importando até trilhos de trem do exterior é sinal preocupante.
Não existe “país sem miséria” sem indústria. Onde não existe indústria campeia a barbárie. Que verdade cambial é esta que adotamos que nos permite exportar minério de ferro e importar trilhos do exterior?
Nenhum comentário:
Postar um comentário