Na retomada dos trabalhos legislativos, o deputado João Ananias (PCdoB-CE) usou a tribuna da Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira (27) para reafirmar as críticas feitas aos cortes no Orçamento da União para 2012, que atingiram R$7,4 bilhões de reais nas áreas da saúde e da educação.
“Daqui manifestamos o nosso descontentamento. Não é essa a política que nós queremos, que o PCdoB quer, que a base aliada da Presidenta Dilma quer. Nós estamos antenados com os gritos das ruas, com os reclamos do povo brasileiro, que espera na fila do exame, que espera na fila da cirurgia eletiva, que padece na porta das emergências, que espera por um leito de UTI para um parente seu, que, muitas vezes, paga com a vida, porque ele não chega por conta da desregulação existente entre oferta de serviços no SUS e demanda da sociedade”, explicou o parlamentar.
“Nós entendemos que vivemos um momento em que é importante aumentarmos os recursos do financiamento na saúde pública no Brasil. E a antítese disso é o corte no Orçamento. Isso é a antítese da nossa expectativa, da nossa esperança de ter mais recursos, já que o Brasil investe apenas 3,6% do seu PIB com saúde”, explicou Ananias, acrescentando que esse percentual é inferior ao que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para o parlamentar, “um país continental, que tem nesses dois princípios, da universalidade e da integralidade, a garantia da qualidade e do acesso fácil à saúde pública, não se justifica, no momento de aperto em que vivemos, cortes orçamentários, mesmo que sejam nas emendas parlamentares, como foi dito”.
E mais uma vez apelou à Presidente Dilma: “(Ela), que comprometeu-se em campanha a melhorar a Saúde Publica no Brasil, que impeça essa insanidade dos cortes, mas não só isso, que urgentemente encontre uma forma de garantir um melhor financiamento para o SUS. Só para relembrar, a OMS preconiza que uma Nação como o Brasil tem que investir entre 6,5 e 7% do seu PIB (Produto Interno Bruto). Estamos quase na metade do recomendado, e ainda diante dessas inexplicáveis e intoleráveis ameaças de corte na Saúde, para fazer caixa e pagar exorbitantes somas de Juros”, finalizou.
De Brasília
Márcia Xavier
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