Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ajustam planos para uma intervenção militar contra a Síria, segundo denunciou nesta sexta-feira (24) a emissora de televisão Russia Today (RT).
Foram previstos diferentes cenários com essa finalidade, que deverão ser apresentados para a aprovação do presidente estadunidense, Barack Obama, de acordo com fontes do Pentágono às quais a agência de comunicações israelense Debka, citada em Moscou pelo RT, fez referência.
De acordo com a versão do canal de televisão russo, na chamada Conferência dos Amigos da Síria, que reune agora cerca de 80 países na Tunísia, a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, deverá sondar a todos sobre a aceitação de uma ação bélica.
Hillary conhecerá o parecer sobre uma escalada militar ocidental de países como Arábia Saudita, Egito, Catar ou Emirados Árabes Unidos, enquanto se fala da possível participação de tropas da França, Reino Unido, Itália e Turquia, indica a RT.
A informação trazida pela chefe da diplomacia estadunidense seria um aspecto de relevância para a tomada de decisão de Obama sobre uma ação bélica, de acordo com informações da Debka, ao que se remete o canal russo.
O cientista político Omar José Hassan Fariñas destacou, em declarações à RT, a parcialidade do Ocidente ao avaliar o conflito sírio, com fortes críticas ao governo.
"Não convém aos países ocidentais, em especial os pertencentes à OTAN, escutar aqueles que apoiam as reformas políticas do presidente sírio, Bashar al-Assad, porque isto vai contra seus planos de intervenção", destaca o especialista.
O RT recorda que recentemente Sibel Edmunds, um informante do Birô Federal de Investigações (FBI), revelou que, desde maio de 2011, os Estados Unidos e a Otan treinam subversivos sírios na localidade turca de Hakkari.
Outros 10 mil líbios recebem treinamento na Jordânia para participar de ações militares contra a Síria, segundo assinala o canal russo.
Damasco denuncia a todo momento que enfrenta ações violentas de grupos terroristas, dirigidas contra as autoridades e a população, em muitas ocasiões apresentadas no Ocidente como ataques das forças armadas sírias.
Fonte: Prensa Latina
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