Setenta e sete organizações e movimentos sociais de todo o país se
reuniram na noite desta terça-feira (25), em São Paulo, para definir sua
participação no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações,
atividade convocada pelas centrais sindicais e que ocorrerá pelo Brasil afora no próximo 11 de julho.
A
reunião com os movimentos sociais ocorreu após a decisão das centrais
sindicais de irem às ruas para pressionar o governo e o empresariado a
aprovar a pauta de reivindicações da classe trabalhadora. Inicialmente, o
movimento sindical havia proposto uma pauta com nove reivindicações dos
trabalhadores do campo e da cidade. Depois do encontro da noite desta
terça-feira, foram incluídas mais três bandeiras e denúncias (confira
abaixo).
Os representantes dos movimentos e das centrais
sindicais definiram que uma nova reunião será realizada no dia 2 de
julho, para que as entidades possam dar andamento aos preparativos
necessários para que os atos sejam bem sucedidos em todo o país.
Confira abaixo as bandeiras de luta:
- Fim do fator previdenciário
- 10% do PIB para a Saúde
- 10% do PIB para a Educação
- Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários
- Valorização das Aposentadorias
- Transporte público e de qualidade
- Reforma Agrária
- Mudanças nos Leilões de Petróleo
- Rechaço ao PL 4330, sobre Terceirização.
Propostas incluídas pelos movimentos sociais:
- Reforma política e realização de plebiscito popular
- Reforma urbana
- Democratização dos meios de comunicação.
Denúncias
- O genocídio da juventude negra e dos povos indígenas.
- A repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais.
- A impunidade dos torturadores da ditadura.
- Somos contra aprovação do estatuto do nascituro
- Somos contra a redução da maioridade penal.
Com informações do MST
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quarta-feira, 26 de junho de 2013
terça-feira, 25 de junho de 2013
Vídeo: Quinta-feira estudantes e trabalhadores(as) ocupam as ruas de Brasília! #10%doPIBEducação #100%RoyaltiesEducação
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=NjUkMRpQuHg
Quinta a juventude vai ás ruas lutar por mais investimentos em educação, pela democratização da mídia e por uma reforma politica que possa barrar a corrupção no Brasil! Vamos todos !
Democracia na mídia será tema de assembleia popular em SP nesta 3ª feira
Democracia na mídia será tema de assembleia popular em SP nesta 3ª feira
A Praça Roosevelt, em São Paulo, será o palco da Assembleia Popular sobre Democracia na Mídia, nesta terça-feira (25), a partir das 19h. O evento, que discutirá a cobertura e o papel desempenhado pela velha mídia em relação às manifestações de rua que eclodiram em todo o país, terá formato horizontal e será transmitido ao vivo pela Internet.
Segundo o texto que convoca a atividade, publicado em redes sociais, “a cobertura das manifestações mostrou que a velha mídia está mais caduca do que nunca, mais que ainda tem um grande poder. A mídia tradicional no Brasil é concentrada, nada plural e nada diversa”. A chamada à Assembleia também afirma que os grandes meios de comunicação muitas vezes se comportam como partido político, “tentando dar a pauta e organizar os setores mais conservadores”.
Por outro lado, o potencial da Internet como espaço de diálogo e mobilização é exaltado, mas o controle dos conteúdos que transitam na rede, a baixa qualidade e alto preço dos serviços oferecidos e o poder das empresas de telecomunicações vão de encontro com esta faceta democratizante da Internet. As duas direções que a população paulistana poderá debater na Assembleia, portanto, dizem respeito a “como enfrentar os monopólios da mídia”, “como lutar contra o Partido Mídia” e “como garantir a liberdade na Internet”.
Fonte: Barão de Itararé
Manifestantes pediram a volta da ditadura e queimaram bandeiras - Pragmatismo Político
Manifestantes pediram a volta da ditadura e queimaram bandeiras - Pragmatismo Político
Postado em: 21 jun 2013 às 14:28
Membros de partidos foram hostilizados nos protestos de ontem. Agressores eram carecas, musculosos e extremamente violentos. Bandeiras de partidos foram rasgadas e queimadas, mas faixas pedindo o retorno da ditadura permitidas
Partidários do PSTU, PC do B, PCR, PSOL e PT foram hostilizados durante protesto na avenida Paulista em São Paulo, nesta quinta-feira, 20.
Os militantes petistas foram os que mais sofreram ataques durante a manifestação. Alguns dos manifestantes anti-partidos eram pessoas que se diziam indignadas com a corrupção, inflação ou simplesmente com o fato de partidos tentarem participar de um protesto público.
Um outro grupo, no entanto, tinha o objetivo claro de provocar, agredir e ameaçar os membros de partidos. Alguns eram carecas, musculosos e extremamente agressivos. Um homem usando máscara e capacete de motociclista chegou a sacar um cassetete. Outro portava um taco de hóquei.
“Não existe revolução sem violência. Na revolução francesa teve, na revolução de 1964também teve”, dizia um dos carecas.
Os integrantes da juventude petista se concentraram na avenida Angélica e só desenrolaram suas bandeiras na Paulista aos gritos de “democracia”. Na altura da rua Augusta os petistas passaram a ser perseguidos por um grupo de jovens musculosos, alguns carecas, que não fizeram outra coisa durante todo o ato além der provocar os militantes.
Foi preciso fazer um cordão humano na retaguarda para evitar brigas. Aos poucos as bandeiras do PT foram ficando escassas. Os manifestantes hostis furavam o cerco e tomavam os panos vermelhos com violência, algumas delas das mãos de mulheres. As bandeiras eram queimadas e rasgadas no meio da avenida.
Enquanto isso, alguns manifestantes carregavam tranquilamente uma faixa pedindo a volta da ditadura militar. Quem tentava fotografá-los era ameaçado.
Um senhor de 73 anos que se identificou apenas como capitão reformado da Marinha, xingava os petistas com um cartaz pedindo a prisão dos mensaleiros. “Participei da Marcha com Deus pela Família em 1964”, disse ao portal IG.
A Marcha com Deus pela Família promovida pela Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) serviu como apoio para o golpe militar de 1964 que mergulhou o Brasil em mais de 20 anos de ditadura militar.
Visivelmente assustados, os petistas aceleravam o passo rumo ao fim do protesto. “Já estamos chegando no final”, disse aliviado Danilo de Camargo, integrante da Comissão de Ética do PT de São Paulo.
Pouco depois da esquina com a alameda Campinas, no entanto, os petistas ficaram encurralados. A linha de frente do protesto parou, impedindo a evolução. Uma banca de jornal impedia a saída pela direita e os manifestantes hostis cercaram a retaguarda e o flanco esquerdo.
A agressividade aumentou. Alguns petistas se misturaram entre militantes do PSTU e PCO, adversários políticos que marchavam na frente. Outro grupo conseguiu abrir uma brecha depois da banca de jornais e saiu as pressas. Um manifestante jogou uma bomba de fabricação caseira no meio dos militantes partidários abrindo um clarão na multidão. Os manifestantes se aproximaram e houve briga corporal. Enquanto isso um militante surgiu por trás e bateu com um cabo de bandeira na cabeça do advogado Guilherme Nascimento, 26 anos, careca e musculoso, que deixou a manifestação com o rosto ensanguentado em uma viatura da Polícia Militar reclamando:“levei uma paulada do PT”.
Pragmatismo Politico, com portal IG
Fundação Maurício Grabois :: As manifestações, neoliberalismo x mais desenvolvimento (Artigos) - Elias Jabbour
Fundação Maurício Grabois :: As manifestações, neoliberalismo x mais desenvolvimento (Artigos)
Elias Jabbour
Um país com os pesados encargos de sua dívida pública, com o compromisso de debelar – via juros e câmbio – qualquer ameaça inflacionária e com um superávit primário a ser cumprido em seus calcanhares, não poderia esperar outra coisa senão um movimento, mesmo que difuso, de rebelião contra esse estado de coisas. Rebelião no seu sentido mais profundo, a saber: das relações de produção contra as forças produtivas.
Mandam as regras do método e da teoria do conhecimento buscar, ao analisar um fenômeno, separar o que é aparente do que é essencial. Aparentemente, estamos assistindo a um amplo movimento de massas com grande difusão de bandeiras, para todo gosto – diga-se de passagem. Na essência está clara a luta entre retrocesso neoliberal versus mais desenvolvimento. Daí a disputa pela direção do movimento ser tão central quanto ao pleito eleitoral do próximo ano.
Todo movimento de massas e mesmo revoluções são precedidas pelo esgotamento de determinado modelo econômico, causando crise e insatisfação. Perguntas: que movimento de massas no Brasil não foi precedido por um “esgotamento de modelo” ou mesmo de uma crise econômica profunda? Que movimento de massas em nosso país não carregou em sua essência uma luta renhida entre mais Estado ou mais mercado na economia? Ou mais desenvolvimento ou menos desenvolvimento? Historicamente, agraristas (hoje monetaristas ou “austeros”) e nacionalistas (desenvolvimentistas) acumularam forças às suas maneiras. Esse movimento com carapaça de processo histórico é diferente hoje? Independente do propalado “desenvolvimento” verificado nos últimos anos, estamos diante de uma grande desarmonia entre superestrutura versus base econômica? As relações de produção estão se rebelando contra as forças produtivas estabelecidas.
O modelo esgotou?
Sendo direto, não tenho dúvidas disso. E explico as razões. Detrás do biombo do “direito às cidades”, do “transporte público barato e de qualidade”, assim como de terminologias acadêmicas como a chamada “mobilidade urbana” e a inconsistente e equivocada crítica pela “opção rodoviária”, de JK, está o próprio “esgotamento do modelo”. Afinal, as cidades são onde as primeiras manifestações do fim do prazo de validade histórica das coisas se manifestam primeiro. A anatomia do macaco se compreende pela anatomia humana. O futuro do campo é a cidade e, se a cidade se esgotou, é porque o próprio sistema não anda servindo mais. É no mínimo incapaz de reproduzir a atividade humana.
O modelo está esgotado tendo na hipertrofia urbana sua maior expressão; estopim dos atuais acontecimentos. Existem sinônimos a serem debatidos. Um país que patina na casa dos 18% na relação PIB e investimentos não poderia esperar outra coisa senão a falta de extensas linhas de metrô, corredores de ônibus com veículos de qualidade, pontes, viadutos, largas vias expressas, e programas de habitação, com o fim de dar termo à vergonha da favelização.
Um país com essa taxa de investimentos não pode prover seu povo com esse (não) serviço de saúde e educação de péssima qualidade. Um país com os pesados encargos de sua dívida pública, com o compromisso de debelar – via juros e câmbio – qualquer ameaça inflacionária e com um superávit primário a ser cumprido em seus calcanhares, não poderia esperar outra coisa senão um movimento, mesmo que difuso, de rebelião contra esse estado de coisas. Rebelião no seu sentido mais profundo, a saber: das relações de produção contra as forças produtivas.
Se o problema está no PIB em si, não se sabe certamente. Não tenho dúvidas de que o problema não se resume ao dito dividendo, mas sim em seu divisor. Em curtas palavras, presume-se – também destas manifestações – que a renda nacional continua sendo catastroficamente distribuída. Causa e consequência do congelamento da variável independente, ou seja, o investimento. Como descongelar o investimento? Eis o “x” da questão.
O Plano Real em questão
O que esperar de um modelo cuja estratégia reside na busca permanente de uma dita estabilidade? O que esperar de um modelo em que o longo prazo é vítima de uma imensa armadilha da curva sazonal de preços? É possível a convivência entre o tripé macroeconômico com a melhoria e ampliação dos serviços sociais mínimos que as massas de nosso povo necessitam? Algum plano de mobilidade urbana minimamente séria é compatível com o objetivo estratégico de “estabilidade da moeda”? O povo não quer inflação, mas será que se o povo soubesse que 47% do orçamento da União é destinado, sem contingencionamento, ao pagamento religioso dos juros da dívida pública, o caos estaria mais desordenado do que já está (ou esteve)?
Não tenho dúvidas de que o povo sempre esteve ao lado do desenvolvimento e que o DNA desta rebelião está no profundo desejo, completamente oculto e subjetivo, de mudança de paradigma. Será que nem nós, trabalhadores que leem, não percebe isso? Ou continuaremos a debater no campo do inimigo, concordando que a “estabilidade” foi um grande legado de FHC ao país, algo intocável? Daremos cabo à manutenção de um crescimento pela expansão do consumo, sendo que na outra ponta deste incentivo ao consumo está a necessidade de uma taxa de câmbio pautado pelo mercado como forma de baratear importações, controlar a inflação e causar um dumping sobre nossa indústria pelo próprio Estado?
Devemos ter coragem e enfrentar o duríssimo debate de ideias acerca de verdades estabelecidas, e aceitas, por 95% do espectro político nacional. O Plano Real foi uma tragédia, um golpe no coração da nação. A ditadura estabelecida do curto prazo serviu à proscrição dos aparelhos voltados ao planejamento do desenvolvimento. Com o longo prazo fora de questão, a harmonia entre oferta e demanda nunca poderia ser alcançada pela via do investimento e sim pela compressão da demanda. As mentiras convencionais (“inflação por demanda”, “poupança precendendo o investimento”) continuam a povoar a subjetividade de intelectuais de todos os campos do pensamento e da militância política. Os preços são controlados pela destruição da indústria, dos empregos de qualidade e pela precarização dos serviços públicos. Até verbas voltadas ao combate ao crack foram vítimas do último grande contingencionamento orçamentário. Gastos governamentais geram demanda que, por sua vez, geram inflação. O círculo vicioso da estabilidade da moeda alimenta e retroalimenta tanto a onda das atuais manifestações quanto a criminalidade em si mesma que muitos fascistóides acreditam ser possível de termo com a matança de jovens e negros, pela polícia, nas periferias das grandes cidades.
A taxa de investimentos com relação ao PIB é inversamente proporcional ao aumento da barbárie social brasileira. Em 2012 foram cerca de 50.000 pessoas mortas, vítimas de armas de fogo. Enquanto isso o Ministro da Justiça na “Sala de Justiça” rumina e perde a linha diante da realidade que a condição de classe dele não permite perceber. Onde falta visão estratégica de país, sobra trabalho, à Polícia Federal, de “monitoramento das manifestações”. Medo do povo.
O pronunciamento de Dilma e a opção
Ao que tudo indica nossa presidenta, mulher séria e honrada, ouviu a voz das ruas, prometendo mais diálogo e enfrentamento das demandas. Ótimo sinal. O próximo passo é saber como fazer valer suas indicações sabendo que um grande plano nacional de mobilidade urbana não é possível cortando gastos, como quer os golpistas, ou recorrendo ao tesouro nacional. O momento é esse. Pressão e exercício de ouvido por parte de nossa mandatária.
Enquanto escrevo, ela está reunida com governadores e prefeitos. Todos com problemas fiscais com a própria União que sustenta um pacto federativo leonino, fruto do ultraliberalismo de FHC, Globo e Veja. Não seria o momento de se rediscutir este pacto? Não é o momento de se discutir mecanismos mais modernos de financiamento de imensas obras públicas fora dos parâmetros estabelecidos pelo tesouro e pela sua péssima equipe econômica? Mobilidade urbana requer expansão maciça do sistema metroviário. Vamos fazer isso com um olho no investimento e outro na inflação ou miraremos os dois olhos ao futuro?
Dilma está diante de uma opção cujo cotovelo da história em que estamos metidos não permite meio termo.
A outra opção é dar corda ao golpismo. O neoliberalismo e o fascismo são sinônimos. Sinônimo de repressão da demanda pela macroeconomia e repressão da demanda pela violência policial. Ou vem a mudança de paradigma ou a própria trama urbana poderá ser rompida. Trama esta tão indispensável à metrópole, onde tranquilamente o homem se sente perdido e só, no meio da massa, mais isolado e irresponsável do que se estivesse gravitando em torno da Lua.
Metrópole invertebrada, viabilizada à imagem e semelhança do transporte automobilístico individual. Moloch insaciável ao qual tudo se sacrifica, torna-se impotente para reprimir, legalmente, o crime – recorrendo ao crime da repressão terrorista. Repito: A taxa de investimentos com relação ao PIB é inversamente proporcional ao aumento da barbárie social brasileira. A opção está aí. O momento é agora.
__________________
*Geógrafo. Doutor e Mestre em Geografia pela FFLCH-USP.
domingo, 23 de junho de 2013
sábado, 22 de junho de 2013
Programação do 2º Encontro Nacional da Juventude da CTB Centro de Formação da FETAEM-MG 28 a 30 de junho de 2013
Programação* do 2º Encontro Nacional da Juventude da CTB
Centro
de Formação da FETAEM-MG
28
a 30 de junho de 2013
Sexta,
28/06
12h00 - Check in e
acolhida
16h00 – Abertura
Hino Nacional
Brasileiro
A Internacional
16h15 - Ato Político
Tempo das falas – 5
min
- Wagner Gomes - Presidente da CTB
- Alberto Broch – Presidente da CONTAG
- Vilson Silva – Presidente da FETAEMG
- Virgínia Barros – Presidenta da UNE
- Luana Bonone – Presidenta da ANPG
- Lúcia Stumpf – União Brasileira de Mulheres e Coordenação dos Movimentos Sociais
- Batista Lemos – Vice-Presidente da Federação Sindical Mundial
- Ângela Guimarães – Vice-Presidenta do Conselho Nacional de Juventude
- Assis Melo – Deputado Federal do PCdoB – RS
- Gilson Reis - Vereador de Belo Horizonte e Presidente do SINPRO-MG
- Coordenação: Paulo Vinícius – Secretário Nacional de Juventude da CTB
- Gilda Almeida – Presidenta do Centro de Estudos Sindicais
17h00 – Brasil: A
luta pelo desenvolvimento, os(as) trabalhadores(as) e da juventude.
(Tempo das falsas:15 min)
Roberto Amaral –
Vice-Presidente do PSB
André Tokarski –
Presidente da União da Juventude Socialista
Carla Bueno – Levante
Popular da Juventude
Paulo Vinícius –
Secretário de Juventude da CTB
Coordenação: Dorenice
Flor, Secretária Geral da CONTAG
20h00 – Jantar e
Atividade Cultural – Sarau musical (Aguardamos sugestões de
músicos e poetas para fechar a programação)
Sábado
- 29/06
9h00 – Um passo
adiante na organização da Juventude da CTB: Organização Nacional
e Ramos (Tempo das falsas:15 min)
- Adilson Araújo –
Presidente da CTB-BA
- Vítor Espinoza –
Secretário de Juventude da CTB-RS, Executiva Nacional
- Vilson da Silva –
FETAEMG
- Nivaldo Santana – Vice-Presidente da CTB
- Aline Lima – Núcleo da CTB na APEOESP
- Marcelino Rocha – Presidente da FITMETAL
Coordenação: Rosi
Santos – Sindicato dos Bancários de Sergipe
12h00 - Almoço
14h00 – Grupos de
trabalho de articulação por ramos: O objetivo é apontar
diretivas e unificar a articulação em ramos fundamentais de
trabalho da juventude da CTB. O relatório será encaminhado à
Secretaria Nacional para subsidiar os trabalhos após o 3º
Congresso.
a) Metalúrgicos –
Todson – Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Carlos
Barbosa-RS
b) Educação –
Wallace Melo (SINPRO-PE), Aline Lima (Núcleo da CTB na APEOESP),
Edson (CONTEE)
c) Rurais –
Maria Alves de Souza (FETAEMG), Luciana Oliveira (FETAG-BA), Josiane
(FETAG-RS)
d) Bancários: CTB
Ramo Financeiro, Luíza Bezerra (Coletivo da Juventude Trabalhadora
do RS e BB)
e) Comerciários:
Vítor Espinoza (FECOSUL), Alfredo Nascimento (Sindicomerciários de
Salvador)
f) Correios –
Federação dos Correios, Adroaldo Negreiros
g) Servidores
Públicos: Igor Pereira (Coletivo de Juventude da CTB-RS) e José
Gonçalves (CTB-PB)
Atenção: pode haver
outros grupos mediante proposta dos ramos à Secretaria nacional de
Juventude.
16h00 – Intervalo
– 30 min
16h30 – Grupos de
trabalho por temática: O objetivo é apontar diretivas para o
trabalho da juventude da CTB em temas importantes. O relatório será
encaminhado à Secretaria Nacional para subsidiar os trabalhos após
o 3º Congresso.
a)
A juventude trabalhadora e o empoderamento das mulheres na luta
sindical – Carolina Barbosa – Advogada e militante
da UBM, Elvira Madeira (bancária - CTB-CE)
b)
Estágio e ingresso no mundo do Trabalho – Wallace
Melo (SINPRO-PE);
c) Juventude da CTB e
participação no ESNA, FSM e CCSCS (apresentação) – Paulo
Vinícius;
d) Jovens trabalhadores
(as) e Políticas Públicas de Juventude – Vítor Espinoza e Thiago
Santana (Vereador de Betim)
e) Trabalho Decente,
Precarização e Terceirização – Igor Pereira (FASUBRA) e
Severino Silva (CTB-PB)
f) A juventude adoecida
no trabalho e a organização sindical – Alfredo Nascimento
(Comerciários de Salvador) e Sérgio Silva (CTB-GO)
g) Estratégia da
ampliação da filiação sindical e do envolvimento da juventude nos
Sindicatos – Sindicato dos Metalúrgico de Caxias, Juliana Matias
(FETAEMG)
h) Inovar na
comunicação com a Juventude Trabalhadora – Kerisson Lopes, Fora
do Eixo MG, Eudo Raffael (CTB-AC)
18h00 intervalo
18h30 – Educação,
Trabalho e Formação Profissional: por uma agenda de jovens
trabalhadores(as) e estudantes. (Tempo das falsas:15 min)
Manuela Braga –
Presidenta da UBES
Madalena Guasco –
Coordenadora geral da CONTEE
Jackson Bezerra –
Presidente do SINPRO-PE
Paulo Vinícius –
Secretário Nacional de Juventude da CTB
18h30 –
Impulsionar o protagonismo da Juventude Rural na CTB na luta pela
sucessão e o desenvolvimento rural (Tempo das falsas:15 min)
Maria Alves de Souza –
FETAEMG e Coletivo Nacional de Juventude da CTB
Dorenice Flor –
Secretária Geral da CONTAG
Sérgio de Miranda –
Diretor de Política Agrícola e Agrária da CTB
Cláudio Bastos –
Presidente da FETAG-BA
Coordenação: Vítor
Espinoza
21h00 – Jantar e
Atividade Cultural – Música ao vivo, Forró, Pop Rock, MPB.
Domingo,
30/06
9h00 - Apresentação
do Documento Final e Eleição do Coletivo Nacional da Juventude da
CTB
11h00 –
Encerramento, almoço e partida das delegações.
* A programação ainda depende da confirmação de convidados(as)
Enfrentar o superávit primário e destravar investimentos
Enfrentar o superávit primário e destravar investimentos
O advento do Plano Real, ao exclusivizar o combate à inflação como única meta a ser atingida pela política econômica, introduziu um verdadeiro tripé perverso que impossibilita o deslanchar do desenvolvimento nacional. Juros altos, supervalorização cambial e superávit primário compõem o receituário defendido pelos monetaristas que tiveram ”prato cheio” para se lambuzar com o período de farras do capital especulativo.
Contudo, tais medidas tornam-se insustentáveis para reposicionar o Brasil na busca de crescimento maior do PIB. Um dos aspectos que mais impactam é a meta de superávit, visto que asfixia a capacidade de investimentos públicos, demonizando qualquer tentativa de ampliação da participação do Estado sob o falso argumento de contenção das despesas.
Cerca de 3% de todas as riquezas produzidas no país são carreadas para esta poupança forçada, no intuito de promover a rolagem dos juros da dívida pública. Ou seja, poucas empresas, detentoras da maioria dos títulos do Tesouro, abocanham parte significativa da riqueza da Nação.
Estranho é que a mesma imprensa, entusiasta do superávit primário, defende a elevação da Selic com o pretexto de conter inflação, desconsiderando que o aumento dos juros básicos faz crescer também o endividamento público. Para termos uma idéia, as reduções gradativas da Selic entre 2003 e 2012 possibilitaram diminuição do “gasto público” de 8 para 5% do PIB com juros.
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014 prevê que 30% das riquezas nacionais sejam destinadas para o pagamento da dívida líquida do setor público, número bastante alto, mas bem menor do que aquele de 2002, quando 60% do PIB estava comprometido. Mesmo assim, bastante obsceno para realidade brasileira que ainda convive, por exemplo, com problemas elementares decorrentes da seca e falta de infraestrutura para escoamento da produção.
Diminuir o superávit primário é imperativo para o fortalecimento da produção, pavimentando o caminho para diminuir as amarras ao nosso crescimento. Disputar essa agenda na sociedade e no governo é tarefa daqueles que querem evitar o retrocesso.
O advento do Plano Real, ao exclusivizar o combate à inflação como única meta a ser atingida pela política econômica, introduziu um verdadeiro tripé perverso que impossibilita o deslanchar do desenvolvimento nacional. Juros altos, supervalorização cambial e superávit primário compõem o receituário defendido pelos monetaristas que tiveram ”prato cheio” para se lambuzar com o período de farras do capital especulativo.
Contudo, tais medidas tornam-se insustentáveis para reposicionar o Brasil na busca de crescimento maior do PIB. Um dos aspectos que mais impactam é a meta de superávit, visto que asfixia a capacidade de investimentos públicos, demonizando qualquer tentativa de ampliação da participação do Estado sob o falso argumento de contenção das despesas.
Cerca de 3% de todas as riquezas produzidas no país são carreadas para esta poupança forçada, no intuito de promover a rolagem dos juros da dívida pública. Ou seja, poucas empresas, detentoras da maioria dos títulos do Tesouro, abocanham parte significativa da riqueza da Nação.
Estranho é que a mesma imprensa, entusiasta do superávit primário, defende a elevação da Selic com o pretexto de conter inflação, desconsiderando que o aumento dos juros básicos faz crescer também o endividamento público. Para termos uma idéia, as reduções gradativas da Selic entre 2003 e 2012 possibilitaram diminuição do “gasto público” de 8 para 5% do PIB com juros.
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014 prevê que 30% das riquezas nacionais sejam destinadas para o pagamento da dívida líquida do setor público, número bastante alto, mas bem menor do que aquele de 2002, quando 60% do PIB estava comprometido. Mesmo assim, bastante obsceno para realidade brasileira que ainda convive, por exemplo, com problemas elementares decorrentes da seca e falta de infraestrutura para escoamento da produção.
Diminuir o superávit primário é imperativo para o fortalecimento da produção, pavimentando o caminho para diminuir as amarras ao nosso crescimento. Disputar essa agenda na sociedade e no governo é tarefa daqueles que querem evitar o retrocesso.
Augusto Vasconcelos é advogado, professor universitário, vice-presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia e membro da Coordenação do Ramo Financeiro da CTB. Twitter: @augustovasconc.
DOCUMENTO DO 2º ENCONTRO NACIONAL DA JUVENTUDE DA CTB - 28-30 DE JUNHO, BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS
2º ENCONTRO NACIONAL DA JUVENTUDE DA CTB
28 A 30 DE JUNHO DE 2013, BELO HORIZONTE
ORGANIZAR A JUVENTUDE QUE ESTUDA E TRABALHA NA LUTA SINDICAL
A população entre 15 e 35 anos representa hoje cerca 2/3 da
População Economicamente Ativa, num momento de baixo desemprego, e
luta por desenvolvimento com valorização do trabalho. No entanto,
os indicadores relacionados aos jovens são preocupantes, em especial
entre os cerca de 50 milhões de brasileiros(as) entre 16 e 29 anos.
Segundo o DIEESE, a taxa de desocupação da juventude entre 16 e 29
era de 14,5% em 2009. Também nesse ano se verificou que a maioria da
juventude trabalha ou procura – 55,2%. Apenas 17,9% estuda e
trabalha (ou procura) e 13,5% apenas estuda. Em 2009, 66,4% ganhava
até 2 salários mínimos, e 37,4% não tinha carteira assinada.
Segundo o MEC, 29% dos estudantes do 1º ao 9º ano estuda e
trabalha, sendo que metade sem carteira de trabalho e 71% destes
ganhando menos de um salário mínimo. Segundo a mesma pesquisa, 20%
não estuda nem trabalha, percepção também do IPEA, que registrou
em 2010 um aumento em relação ao ano 2000, de 8,12 milhões para
8,83 milhões de jovens que nem estudam nem trabalham na população
entre 15 e 29 anos.
Desemprego, precarização do trabalho, práticas antissindicais,
novas doenças trabalhistas derivadas das novas tecnologias e não
reconhecidas, machismo, racismo, homofobia, violência contra a
juventude negra e da periferia, baixos salários, baixa qualificação
profissional, dificuldades na sucessão rural, inúmeros são os
problemas no ingresso da nova geração no mundo do trabalho. As
mortes violentas na juventude são 70% maiores que na população em
geral. A violência é também simbólica, seja pela ação da
imprensa burguesa, seja pelo machismo, o racismo ou a homofobia.
No campo, o Brasil tem perdido a batalha da sucessão rural. A
ausência de investimentos públicos, o fechamento de escolas e a
ausência de oportunidades educacionais e culturais/esportivas, a
falta de uma política séria de reforma agrária, crédito e
assistência técnica levam a uma incessante saída da juventude rumo
às cidades, ao envelhecimento e à masculinização do campo, com
consequências graves para a produção de alimentos e para a
continuidade da agricultura familiar.
A conclusão é clara: o investimento na juventude, e já, é
estratégico, em especial na interface entre educação e trabalho,
quando se abrem possibilidades e riscos ao país. Cresce o mercado
interno e a classe trabalhadora, o Brasil vive o período de grandes
obras, Copa e Olimpíadas e a exploração do Pré-Sal, mas a crise
internacional nos ameaça, com impactos inegáveis sobre a juventude,
que é a parte mais interessada no desenvolvimento com valorização
do trabalho.
É uma geração com outro horizonte para as jovens mulheres,
beneficiárias dos avanços da luta feminista e da ampliação de
direitos, com maior escolaridade, que divide os postos de trabalho.
Mas ainda é marcada pela violência e o machismo, a desigualdade de
direitos e pela ausência dupla de referência: não estão ligadas
ao movimento feminista nem ao movimento sindical, em que persiste uma
dinâmica pouco inclusiva, sem abrir-se a alternativas ao grave
problema da dupla e tripla jornada. Como o movimento sindical
classista e feminista dialoga e atrai as jovens mulheres?
Nunca houve nem haverá tantos(as) jovens no futuro. A tendência é
de envelhecimento da população. A juventude – para o bem ou para
o mal – está no centro do Projeto Nacional de Desenvolvimento.
Diante dos dados acima, que futuro nos aguarda, com a juventude na
maior parte da vida marcada pelo desemprego, a precarização, os
baixos salários, a informalidade e a ausência de cobertura
previdenciária?
É a geração pós-queda do muro de Berlim, que domina as novas
tecnologias acessa uma quantidade de informação nunca vista, mas
foi criada sob bombardeio ideológico neoliberal, em sua pregação
contra a esquerda, o socialismo, a política, o coletivo, os partidos
e os sindicatos. É fortemente disputada pela imprensa golpista,
pelas religiões fundamentalistas conservadoras, por movimentos
pós-modernos e muitas vezes o financiamento e ideologias daninhas,
como o ecoimperialismo e a negação do Brasil. São fortes barreiras
à consciência de classe e podem levar a derrotas dos
trabalhadores(as) e sindicalismo classista.
Apesar das dificuldades, o país evoluiu muito nos últimos 10 anos
em relação ao neoliberalismo. Há presença importante de jovens
nas categorias, a exemplo dos comerciários, bancários, na educação
e saúde, na indústria, nos transportes e no serviço público em
geral. Ampliou-se a educação para os mais pobres e excluídos e a
educação pública, com impactos nos setores de ponta.
Por isso, temas de crescente são a educação, o Estatuto e as
Conferências de Juventude, os 10% do PIB em educação, a educação
profissional, técnica e tecnológica, a sucessão rural e a luta
contra a violência física e simbólica que atinge a juventude
(pobre, negra, da periferia, e trabalhadora ou estudante ou
desempregada, LGBTT).
Nesse contexto, como o movimento sindical classista dialoga com essa
parcela da classe? Como incorpora suas bandeiras e métodos de
comunicação e luta? Como atrai para suas fileiras as lideranças
que podem se dirigir a essa massa de trabalhadores(as). Como
incorporamos às direções, à imprensa, às políticas esportivas e
culturais a juventude trabalhadora? Qual o papel dessa geração para
CTB disputar a hegemonia entre os trabalhadores(as) na luta pelo
socialismo?
Parte da resposta foi dada pela CTB nesse mandato. Desde 2009, quando
realizamos o I Encontro Nacional de Juventude em São Paulo,
inaugurou-se crescente participação, visibilidade e formulação
sobre temas juvenis, em que a CTB tem cumprido papel superior a sua
estrutura organizativa.
É imensa a demanda política, sindical e institucional da juventude
da CTB. São espaços em departamentos juvenis dos sindicatos;
comissões de jovens rurais da CONTAG e FETAGs; conselhos de
políticas de juventude municipais, estaduais e nacional; espaços
tripartites e relacionados ao trabalho decente e à formação
profissional, com maior complexidade a partir do PRONATEC; entre as
centrais nacional e estadualmente; de representação internacional
na FSM, ESNA e CCSCS. O tema aos pouco ganha peso na formação
sindical.
Por tudo isso é inadiável dar um passo adiante no funcionamento
orgânico, com apoio da CTB para a Secretaria, um coletivo nacional
mais maduro e dedicado à ação intersindical e de juventude, com
lideranças que possam dirigir o trabalho juvenil nos Estados. É o
fator decisivo para pautar a incorporação da juventude aos ramos, e
ampliar a representação da CTB nos temas juvenis ante da sociedade.
São oportunidades sintonizadas com os avanços da Central no seu 3º
Congresso.
Para colher os frutos plantados desde o 2º Congresso, há que
assegurar lugar para a juventude em nosso movimento, integrar suas
demandas na luta dos trabalhadores(as), a exemplo da CONTAG. Nesse
rumo, é precisamos de duas esferas de articulação que permitam
diálogo permanente:
I – Direção Nacional - Secretaria Nacional – Coletivo Nacional
de Juventude – Ramos e categorias fundamentais
II – Direção Estadual - Secretários Estaduais de Juventude em
todas as direções estaduais – Coletivos Estaduais –
Departamentos juvenis em todos os sindicatos.
Será um segundo passo, mas importante para que a CTB possa se
mostrar, combativa, democrática, de luta, abrindo os braços aos
jovens trabalhadores e trabalhadoras que anseiam por uma alternativa
que só a CTB pode oferecer, em permanente diálogo com a juventude
estudanitil e os movimentos sociais, preparando um salto para o
futuro.
Partidos de esquerda e movimentos se reúnem por agenda ampla - Portal Vermelho
Partidos de esquerda e movimentos se reúnem por agenda ampla - Portal Vermelho
Em busca da consolidação de uma unidade ampla, partidos de esquerda e entidades sindicais e representantes de movimentos sociais se reuniram na noite desta sexta-feira (21), em São Paulo. Examinaram a conjuntura marcada pelas manifestações das duas últimas semanas e deram passos para unificar uma agenda de lutas.
Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho
Moara Crivelente
A plenária ocorre em meio a uma onda de manifestações populares que tomaram as ruas de todo o país, mas que nos últimos dias foram infiltradas por forças reacionárias e grupos de vândalos que tentam se apropriar e desvirtuar o caráter democrático dos protestos.
A reunião teve a participação de 76 entidades que representam os movimentos sindicais e sociais brasileiros, entre eles, o Movimento Sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União da Juventude Socialista (UJS), a Marcha Mundial de Mulheres, o Levante Popular da Juventude, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Também integraram as discussões representantes do PT, PCdoB, PSTU, Psol, PCO, PCB, PSB e PPL.
O encontro foi marcado pela necessidade de os movimentos sociais e de os partidos progressistas – legítimos representantes do povo brasileiro – politizarem as discussões e levarem para as ruas as reais agendas da classe trabalhadora. Para o vereador paulistano e presidente do PCdoB no estado de São Paulo, Orlando Silva, as novas formas de mobilizações e iniciativas da juventude reafirmam que só há conquistas com lutas. “Creio que foi importante a iniciativa do prefeito de SP, Fernando Haddad, de recuar e rever o reajuste da tarifa do transporte e creio que a unificação de um programa de luta comum pode ser importante para impulsionar avanços nos vários movimentos do Brasil, a começar pelo governo da presidenta Dilma. Se houve um levante, uma rebelião, uma revolta da dimensão que o Brasil viu é porque valeram muito as conquistas até aqui, mas o povo, os trabalhadores e a juventude querem mais.”
O dirigente comunista disse que assim como a pauta da melhoria do transporte, as forças progressistas e os movimentos organizados devem abordar também a questão da moradia, da reforma urbana, da necessidade de se avançar no ritmo da reforma agrária, do financiamento público de campanhas eleitorais e a reivindicação de 10% do PIB do país para a educação. “Creio que uma primeira tarefa é fechar uma agenda comum. Em segundo lugar é replicar nos estados plenárias como estas que podem agrupar e articular para que possamos ter consequência, mobilização nata e novas conquistas.”
Em sua intervenção, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que independentemente dos matizes ideológicos de cada entidade ou partido é necessário buscar os pontos que identificam todos com as lutas do povo nas ruas. O dirigente do PSTU, José Maria de Almeida, defendeu os movimentos que estão nas ruas, mas lembrou que esse processo deve ser dirigido pela classe trabalhadora e suas pautas. “Vamos cobrar nossas reivindicações dos governos municipais, estaduais e do governo federal.”
Em entrevista ao Vermelho, Ricardo Gebrim, da Consulta Popular, falou que as forças de esquerda devem assumir um calendário conjunto de ações que os coloquem como o verdadeiro protagonista dessas insatisfações, já que elas têm forte acúmulo em relação a essas lutas e demandas populares. João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST e da Via Campesina, disse que os movimentos e partidos devem continuar orientando suas bases para que elas participem das mobilizações.
“Devemos pautar o que são os nossos 20 centavos. Devemos continuar estimulando que a nossa turma vá para a rua, que é um espaço de democracia, mas levando as nossas bandeiras. O problema que está deixando todo mundo atônito é que as massas que estão na rua agora são majoritariamente formadas por uma juventude desorganizada, sem direção política e que não tem claro o que quer e, evidentemente, que os setores direitistas organizados também fazem análise de conjuntura e estão fazendo essa mesma leitura.”
A coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil, Nalu Faria, avaliou que vivemos inegavelmente uma década com ganhos da classe trabalhadora, mas disse que as conquistas são insuficientes e que o governo iria entrar em um processo de crise se não conseguisse avançar nas mudanças estruturais. “O que está nas ruas é um sentimento de mudança de modelo. Acho que é o momento de nós realmente disputarmos essas mudanças de modelo e para isso a importância de recompor uma ampla articulação da classe trabalhadora e nossas bandeiras unitárias.”
Também em entrevista ao Vermelho, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, alertou que o Brasil já conhece experiências anteriores em que a direita tenta se apossar de movimentos populares e transformá-los em um movimento contra as instituições democráticas. “Para mim, o que reúne hoje tantas tendências de opiniões com concepções e pautas diferentes é a defesa da democracia brasileira e o direito de livre manifestação e expressão – que está comprometido à medida que as pessoas vão para as ruas e sofrem ameaças físicas e agressões. Acho importante que nesse momento a gente faça uma defesa da democracia brasileira.”
Pronunciamento
As discussões da plenária foram interrompidas para o pronunciamento, em cadeia de rádio e televisão, da presidenta Dilma Rousseff, que conclamou governadores, prefeitos, movimentos sociais e líderes das manifestações para produzirem mais mudanças que beneficiem, segundo ela, melhor e mais rápido, todos os brasileiros e brasileiras.
A mandatária legitimou o movimento pacífico por propor e exigir mudanças. “As manifestações desta semana trouxeram importantes lições. As tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes ganharam prioridade nacional. Temos que aproveitar o vigor das manifestações para produzir mais mudanças que beneficiem o conjunto da população brasileira.”
Dilma foi aplaudida por todos os representantes de movimentos e partidos presentes no encontro quando reafirmou a importância de seu projeto que destina 100% dos royalties do petróleo na aplicação, exclusiva, à educação, e na vinda de médicos estrangeiros para atuarem na saúde do país.
A presidenta da UNE, Vic Barros, ressaltou a identificação das pautas que unificam o conjunto da população brasileira. “Temos hoje a possibilidade de unificar uma agenda de lutas, de unificar uma extensa pauta de todos aqui presentes seja na luta por reformas democráticas que possibilitem uma nova arrancada de desenvolvimento para o nosso país, uma reforma política que garanta o financiamento público de campanha e mais participação popular nos espaços democráticos de decisão. Também é o momento de erguer pautas como a reforma urbana, como um sistema nacional de transporte que contemple a necessidade do povo da periferia e da juventude e também é o momento de escancarar a necessidade de democratizar os meios de comunicação de massas em nosso país, sabendo que o que a gente quer é radicalizar a liberdade de expressão no Brasil.”
O secretário nacional sindical do PCdoB e membro da direção nacional da CTB, Nivaldo Santana, avaliou que o encontro foi plural, amplo e bastante representativo. Ele pontuou que uma das preocupações mais importantes da plenária foi valorizar a mobilização dos estudantes e manifestantes e a condenação de grupos de extrema direita que procuraram instrumentalizar essas manifestações com violência contra o patrimônio público e privado, que descaracterizam a natureza pacífica das mobilizações.
“Foi reforçada a necessidade das forças políticas democráticas e progressistas manterem a unidade e defenderem que os partidos políticos e entidades organizadas tenham o direito de participar das mobilizações. Os próximos passos do movimento serão debatidos pelas diferentes entidades.”
Ele explicou que na próxima terça (25) as centrais sindicais irão se reunir para procurar construir um documento base de reivindicações, sintonizadas com o movimento de rua, e definir um plano de ação para o próximo período.
A plenária marcou uma nova reunião para a próxima terça (25), às 19 horas, no Sindicato dos Químicos de SP. João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, disse que a análise das forças políticas das mais de 70 entidades que participaram da plenária avançou na necessidade da classe trabalhadora integrar as mobilizações e unificar as agendas de cada entidade e partido para a construção de uma pauta mais unitária. “Houve um esforço de cada organização ir para dentro das suas entidades, fazer uma reflexão política e tentar na próxima semana construir uma agenda que nos dê unidade e um calendário de mobilizações pelo país afora.”
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Por Democracia, Paz e vitórias para o povo! Paulo Vinícius Silva
Ainda estou aqui, entalado, ao saber que quiseram queimar e destruir o Palácio do Itamaraty, uma obra de de arte brasileira com inúmeros tesouros históricos e artísticos, um patrimônio da Nação, de Brasília, de nós todos. Isso não é gratuito, nunca houve, é um crime. E digo mais, é algo armando e pago, em especial em Brasília, onde a direita sempre teve força! Querem prejudicar o Brasil e ameaçar a democracia com a mesma violência com que atacam os símAbolos arquitetônicos mais preciosos de nosso país! Chega! Defendamos Brasília, defendamos a luta pacífica e democrática, denunciemos a conspiração golpista em curso!
Não se pode dizer que sejam manifestações nem pacíficas nem democráticas, dói-me dizer. Há os legítimos anseios do povo, é certo, mas não apenas. Eu estive nas marchas e vi coisas boas e coisas assustadoras, caminhando lado a lado. Por mais que apoiemos as causas e os sentimentos da juventude, a organização da direita nos atos e suas características violentas colocam questões de fundo indispensáveis a reflexão.
O Espontaneísmo a serviço do caos, da violência e da Direita
A imprensa golpista joga com as palavras de ordem e líderes e práticas. Coerentemente, aposta num argumento de natureza acadêmica pós moderna para negar as legítimas organizações do povo. Persiste sua posição de sempre contra a esquerda progressista. O tiro no peito de Getúlio, os ataques a JK e à construção de Brasília, o golpe militar que derrubou Jango, a tentativa de derrubar Lula, e agora, isso. Filhotes da Ditadura posam de democráticos em meio ao incessante bombardeio para mobilizar a faixa conservadora da classe média. Querem separar do povo de suas organizações legítimas e históricas, que tem denunciado a Ditadura da Mídia. O monopólio do PIG faz ecoar nos protestos suas posições atrasadas. Um modo de o fazer é a defesa do espontaneísmo e do espírito "sem partido".
Espontâneo, mas com CAPANGAS nos protestos. Gente paga e organizada para o caos, aliança com setores obscuras organizações que servem de fachada para ações fascistas. O que se quer democrático e inovador, uma crítica aos limites da política no Brasil, é, em verdade, o mais absurdo reacionarismo. Os noticiários bombam a palavra de ordem e em seguida, os capangas vem com a violência. O Partido da Imprensa Golpista, que apoiou a Ditadura, investe contra os partidos que surgiram da luta democrática e contra as organizações legítimas do povo. As "novas formas", como a ausência de carro de som e de movimento organizado servem à mesma tática. Longe de assegurar horizontalidade, abrem o flanco às gangues de direita que se disfarçam no apartidarismo e aos riscos que esse tipo de movimento expõe os estudantes às autoritárias polícias militares. Isso não interessa à juventude.
A propaganda do movimento "espontâneo", não admite carros de som que deem ao ato com coerência, fica apenas a voz do maior de todos os carros de som, a imprensa e seu próprio movimento de direita e golpista. Mesmo as agressões contra o PIG refirmam o clima de caos que interessa à direita. Não se admitem lideranças, exceto aqueles que a imprensa golpista vocaliza. E mesmo que seja crítica essa fala, é engolfada pela clara propaganda, que dirige a crise. Na multiplicidade de pautas, a imprensa golpista tem as suas para dirigir o movimento contra o projeto de mudanças.
Mas, há uma verdade que não quer calar. Essa crítica visceral aos movimentos dos estudantes, da esquerda, dos sindicatos, das organizações do povo, que nega a organização, as pautas unificadas e de sentido progressista; a ausência de roteiros definidos e de instrumentos de comunicação com a juventude, essas foram as razões que levaram a depredações, caos e à morte de um estudante de 18 anos em Ribeirão Preto. Ele perdeu a sua vida pela incapacidade de o legítimo movimento do povo se defender, organizar, expressar de modo pacífico e democrático a sua luta. Ele é vítima de uma concepção desorganizada de movimento que abre o flanco das mobilizações para provocadores profissionais e mesmo bandidos comuns. Uma senhora, trabalhadora, faleceu de enfarte por ter tido um bomba explodida perto de si. Nós não podemos aceitar esses custos para nós nem para nenhum(s) jovem. Paz e democracia só existe se os protestos forem organizados e se defenderem da violência de policiais e provocadores. Queremos democracia nos protestos e soluções democráticas, canalizando a luta para vitórias, como a redução da passagem, mas muito mais.
Assim, carros de som, panfletos com bandeiras claras, a defesa de mobilizações estritamente pacíficas e democráticas e as nossas propostas são mais que nunca necessários para mostrar o povo a nossa diferença e para onde é justo levar o protesto popular. Cumpre preparar-se devidamente para o que são esses protestos, com a preocupação de falar com o povo que quer democracia e paz com consciência e sem violência. Temos de mostrar a nossa diferença e denunciar a conspiração golpista em curso e sua matriz: a imprensa de direita.
Queremos manifestações pacíficas e democráticas
Uma manifestação democrática não agride pessoas por suas bandeiras, não age truculentamente contra pessoas, como turba. Isso é linchamento, é a marca infame e indelével do fascismo de todas as épocas. Quem o promova e isso se associe tem de ser denunciado.
E como em tantos atos as infiltrações tem causado tumultos e depredações, e danos ao patrimônio público e histórico do Brasil, não podem ser ditos pacíficos. Você dirá: é minoria. Ou, a imprensa é contra a violência. Lêdo engano. Claro que são minorias e claro que o PIG diz ser contra, mas anseia pelo sensacionalismo do caos no país, como já se anunciava em várias redes sociais de direita. Voltam as táticas fascistas e violentas que visam a desestabilizar a democracia. Isso não faz parte da luta social, e é um ato deliberado de ataque à democracia, que se ensaia desde 2010 para a desestabilização do governo democrático da Presidenta Dilma.
É preciso construir manifestações democráticas e pacíficas. É inadmissível que gangues políticas de direita travestidas por máscaras e uma suposta ação espontânea protagonizem todo tipo de agressões, sem respeito à vida dos jovens, à unidade do movimento, às pautas. Cheira a gente deliberadamente infiltrada com propósitos de caos e desestabilização. O povo brasileiro reprova isso e lamenta os crimes que tem sido feitos contra as pessoas, os comerciantes, o patrimônio público, as obras de arte símbolos do Brasil e contra a esquerda organizada nos protestos. São grupos políticos em alas, com preparação prévia, e que tem ações de espancamento, intimidação, rasgando bandeiras, agredindo as pessoas e pedindo apoio para isso.
O nome disso é fascismo. Temos de mostrar a gravidade disso e exigir separá-la do movimento. Sem isso, não tem sentido esse movimento. O povo não está tão representado nesses atos quanto a classe média. O povo ainda não saiu às ruas para defender suas conquistas, e a primeira delas é exatamente a democracia que a imprensa golpista nega outra vez mais, com sua cobertura espetáculo-manipulação.
Que nojo de ver notórios reacionários, gente da Ditadura, dondocas, apresentadores de TV e jornalistas do PIG quererem assumir a vocalização do movimento. O povo pode protestar, mas a imprensa golpista mostra e difunde só o que lhe interessa. Na sua negação do político, na sua afirmação que se defende o Brasil, em detrimento do político, o que faz é tentar estabelecer-se como o único vínculo entre os protestos e a sociedade. O povo protesta e a mídia hegemônica quer dizer o que o povo quer. E sua cobertura é parte indissociável do clima de intolerância contra as organizações políticas.
Nós conquistamos a democracia. Atos de violência e destruição de patrimônio ameaçam os manifestantes, a democracia, e são o esteio da direita golpista. Bandeiras conservadoras querem dirigir o nosso povo para muito longe dos avanços sociais que ele exige e que o levou às ruas. A censura, as agressões, o ataque às organizações políticas são coisa da Ditadura e retornam como parte de um claro intento anti-democrático. Conquistamos o direito a protestar pacífica e democraticamente, sem agressões. TODOS tem o direito de tomar as ruas, mas nós somos aqueles que sempre fizemos manifestações PACÍFICAS e DEMOCRÁTICAS. Nós não podemos deixar o povo exposto a esses perigos, é necessário dirigir as energias da legítima manifestação popular para a solução de problemas, a melhora da vida das pessoas.
Por vitórias para o povo brasileiro!
O povo tem bandeiras unitárias! Nós nunca saímos das ruas e temos sim propostas para o desenvolvimento, para um Brasil mais igual. Essas propostas são simples:
1- Atos democráticos para as pessoas serem respeitadas e se expressarem, e não reprimidas;
2 - Atos pacíficos que garantam a sua legitimidade e o apoio da sociedade para as melhorias no país;
3 - 10% do PIB para a Educação (Creche universal para o povo, ensino como nos CIEPS, integral, boas instalações, professoras bem pagas, Ciência e Tecnologia, Ensino Técnico e fim do Analfabetismo).
4 - 10% do PIB para a Saúde Pública. Uma mudança profunda na saúde do Brasil;
5 - Pelo direito humano à cidade, que todos possamos circular livremente nas nossas cidades. Transporte público como prioridade para o bem estar do povo;
6 - O dinheiro público deve ser eficiente e transparentemente gasto, a luta contra a corrupção é de todos. Mas é preciso definir com o povo o que é prioritário como gasto público. O maior escândalo é que as despesas com o capital financeiro somam quase metade do orçamento. É o poder dos especuladores da alta finança contra a economia brasileira. O povo exige recursos e o bom gasto público, o que deve vir dessa parcela que alimenta a voracidade e o poder dos banqueiros. Pelo fim do superávit primário e a queda dos juros!
7 - Pela democratização da mídia no Brasil. O Partido da Imprensa Golpista não nos representa!
8 - Reforma Política para ampliar o poder da população na democracia, e coibir o poder econômico.
Não se pode dizer que sejam manifestações nem pacíficas nem democráticas, dói-me dizer. Há os legítimos anseios do povo, é certo, mas não apenas. Eu estive nas marchas e vi coisas boas e coisas assustadoras, caminhando lado a lado. Por mais que apoiemos as causas e os sentimentos da juventude, a organização da direita nos atos e suas características violentas colocam questões de fundo indispensáveis a reflexão.
O Espontaneísmo a serviço do caos, da violência e da Direita
A imprensa golpista joga com as palavras de ordem e líderes e práticas. Coerentemente, aposta num argumento de natureza acadêmica pós moderna para negar as legítimas organizações do povo. Persiste sua posição de sempre contra a esquerda progressista. O tiro no peito de Getúlio, os ataques a JK e à construção de Brasília, o golpe militar que derrubou Jango, a tentativa de derrubar Lula, e agora, isso. Filhotes da Ditadura posam de democráticos em meio ao incessante bombardeio para mobilizar a faixa conservadora da classe média. Querem separar do povo de suas organizações legítimas e históricas, que tem denunciado a Ditadura da Mídia. O monopólio do PIG faz ecoar nos protestos suas posições atrasadas. Um modo de o fazer é a defesa do espontaneísmo e do espírito "sem partido".
Espontâneo, mas com CAPANGAS nos protestos. Gente paga e organizada para o caos, aliança com setores obscuras organizações que servem de fachada para ações fascistas. O que se quer democrático e inovador, uma crítica aos limites da política no Brasil, é, em verdade, o mais absurdo reacionarismo. Os noticiários bombam a palavra de ordem e em seguida, os capangas vem com a violência. O Partido da Imprensa Golpista, que apoiou a Ditadura, investe contra os partidos que surgiram da luta democrática e contra as organizações legítimas do povo. As "novas formas", como a ausência de carro de som e de movimento organizado servem à mesma tática. Longe de assegurar horizontalidade, abrem o flanco às gangues de direita que se disfarçam no apartidarismo e aos riscos que esse tipo de movimento expõe os estudantes às autoritárias polícias militares. Isso não interessa à juventude.
A propaganda do movimento "espontâneo", não admite carros de som que deem ao ato com coerência, fica apenas a voz do maior de todos os carros de som, a imprensa e seu próprio movimento de direita e golpista. Mesmo as agressões contra o PIG refirmam o clima de caos que interessa à direita. Não se admitem lideranças, exceto aqueles que a imprensa golpista vocaliza. E mesmo que seja crítica essa fala, é engolfada pela clara propaganda, que dirige a crise. Na multiplicidade de pautas, a imprensa golpista tem as suas para dirigir o movimento contra o projeto de mudanças.
Mas, há uma verdade que não quer calar. Essa crítica visceral aos movimentos dos estudantes, da esquerda, dos sindicatos, das organizações do povo, que nega a organização, as pautas unificadas e de sentido progressista; a ausência de roteiros definidos e de instrumentos de comunicação com a juventude, essas foram as razões que levaram a depredações, caos e à morte de um estudante de 18 anos em Ribeirão Preto. Ele perdeu a sua vida pela incapacidade de o legítimo movimento do povo se defender, organizar, expressar de modo pacífico e democrático a sua luta. Ele é vítima de uma concepção desorganizada de movimento que abre o flanco das mobilizações para provocadores profissionais e mesmo bandidos comuns. Uma senhora, trabalhadora, faleceu de enfarte por ter tido um bomba explodida perto de si. Nós não podemos aceitar esses custos para nós nem para nenhum(s) jovem. Paz e democracia só existe se os protestos forem organizados e se defenderem da violência de policiais e provocadores. Queremos democracia nos protestos e soluções democráticas, canalizando a luta para vitórias, como a redução da passagem, mas muito mais.
Assim, carros de som, panfletos com bandeiras claras, a defesa de mobilizações estritamente pacíficas e democráticas e as nossas propostas são mais que nunca necessários para mostrar o povo a nossa diferença e para onde é justo levar o protesto popular. Cumpre preparar-se devidamente para o que são esses protestos, com a preocupação de falar com o povo que quer democracia e paz com consciência e sem violência. Temos de mostrar a nossa diferença e denunciar a conspiração golpista em curso e sua matriz: a imprensa de direita.
Queremos manifestações pacíficas e democráticas
Uma manifestação democrática não agride pessoas por suas bandeiras, não age truculentamente contra pessoas, como turba. Isso é linchamento, é a marca infame e indelével do fascismo de todas as épocas. Quem o promova e isso se associe tem de ser denunciado.
E como em tantos atos as infiltrações tem causado tumultos e depredações, e danos ao patrimônio público e histórico do Brasil, não podem ser ditos pacíficos. Você dirá: é minoria. Ou, a imprensa é contra a violência. Lêdo engano. Claro que são minorias e claro que o PIG diz ser contra, mas anseia pelo sensacionalismo do caos no país, como já se anunciava em várias redes sociais de direita. Voltam as táticas fascistas e violentas que visam a desestabilizar a democracia. Isso não faz parte da luta social, e é um ato deliberado de ataque à democracia, que se ensaia desde 2010 para a desestabilização do governo democrático da Presidenta Dilma.
É preciso construir manifestações democráticas e pacíficas. É inadmissível que gangues políticas de direita travestidas por máscaras e uma suposta ação espontânea protagonizem todo tipo de agressões, sem respeito à vida dos jovens, à unidade do movimento, às pautas. Cheira a gente deliberadamente infiltrada com propósitos de caos e desestabilização. O povo brasileiro reprova isso e lamenta os crimes que tem sido feitos contra as pessoas, os comerciantes, o patrimônio público, as obras de arte símbolos do Brasil e contra a esquerda organizada nos protestos. São grupos políticos em alas, com preparação prévia, e que tem ações de espancamento, intimidação, rasgando bandeiras, agredindo as pessoas e pedindo apoio para isso.
O nome disso é fascismo. Temos de mostrar a gravidade disso e exigir separá-la do movimento. Sem isso, não tem sentido esse movimento. O povo não está tão representado nesses atos quanto a classe média. O povo ainda não saiu às ruas para defender suas conquistas, e a primeira delas é exatamente a democracia que a imprensa golpista nega outra vez mais, com sua cobertura espetáculo-manipulação.
Que nojo de ver notórios reacionários, gente da Ditadura, dondocas, apresentadores de TV e jornalistas do PIG quererem assumir a vocalização do movimento. O povo pode protestar, mas a imprensa golpista mostra e difunde só o que lhe interessa. Na sua negação do político, na sua afirmação que se defende o Brasil, em detrimento do político, o que faz é tentar estabelecer-se como o único vínculo entre os protestos e a sociedade. O povo protesta e a mídia hegemônica quer dizer o que o povo quer. E sua cobertura é parte indissociável do clima de intolerância contra as organizações políticas.
Nós conquistamos a democracia. Atos de violência e destruição de patrimônio ameaçam os manifestantes, a democracia, e são o esteio da direita golpista. Bandeiras conservadoras querem dirigir o nosso povo para muito longe dos avanços sociais que ele exige e que o levou às ruas. A censura, as agressões, o ataque às organizações políticas são coisa da Ditadura e retornam como parte de um claro intento anti-democrático. Conquistamos o direito a protestar pacífica e democraticamente, sem agressões. TODOS tem o direito de tomar as ruas, mas nós somos aqueles que sempre fizemos manifestações PACÍFICAS e DEMOCRÁTICAS. Nós não podemos deixar o povo exposto a esses perigos, é necessário dirigir as energias da legítima manifestação popular para a solução de problemas, a melhora da vida das pessoas.
Por vitórias para o povo brasileiro!
O povo tem bandeiras unitárias! Nós nunca saímos das ruas e temos sim propostas para o desenvolvimento, para um Brasil mais igual. Essas propostas são simples:
1- Atos democráticos para as pessoas serem respeitadas e se expressarem, e não reprimidas;
2 - Atos pacíficos que garantam a sua legitimidade e o apoio da sociedade para as melhorias no país;
3 - 10% do PIB para a Educação (Creche universal para o povo, ensino como nos CIEPS, integral, boas instalações, professoras bem pagas, Ciência e Tecnologia, Ensino Técnico e fim do Analfabetismo).
4 - 10% do PIB para a Saúde Pública. Uma mudança profunda na saúde do Brasil;
5 - Pelo direito humano à cidade, que todos possamos circular livremente nas nossas cidades. Transporte público como prioridade para o bem estar do povo;
6 - O dinheiro público deve ser eficiente e transparentemente gasto, a luta contra a corrupção é de todos. Mas é preciso definir com o povo o que é prioritário como gasto público. O maior escândalo é que as despesas com o capital financeiro somam quase metade do orçamento. É o poder dos especuladores da alta finança contra a economia brasileira. O povo exige recursos e o bom gasto público, o que deve vir dessa parcela que alimenta a voracidade e o poder dos banqueiros. Pelo fim do superávit primário e a queda dos juros!
7 - Pela democratização da mídia no Brasil. O Partido da Imprensa Golpista não nos representa!
8 - Reforma Política para ampliar o poder da população na democracia, e coibir o poder econômico.
Carta aberta dos movimentos sociais à presidenta Dilma Roussef - Portal Vermelho
Carta aberta dos movimentos sociais à presidenta Dilma Roussef - Portal Vermelho
Dilma Rousseff
Carta aberta dos movimentos sociais à presidenta Dilma Roussef
Ela é assinada por 35 entidades do movimento social e popuular. Elas propõe a realização urgente de uma reunião nacional, envolvendo governos estaduais, prefeitos das principais capitais, e os movimentos sociais, como forma de encontrar saídas para enfrentar a grave crise urbana que atinge nossas grandes cidades.
Cara Presidenta,
O Brasil presenciou, nesta semana, mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas cidades. Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular.
Mais que um fenômeno conjuntural, as recentes mobilizações demonstram a gradativa retomada da capacidade de luta popular. É essa resistência popular que possibilitou os resultados eleitorais de 2002, 2006 e 2010. Nosso povo, insatisfeito com as medidas neoliberais, votou a favor de um outro projeto. Para sua implementação, esse outro projeto enfrentou grande resistência principalmente do capital rentista e setores neoliberais que seguem com muita força na sociedade.
Mas, enfrentou também os limites impostos pelos aliados de última hora, uma burguesia interna, que na disputa das políticas de governo, impede a realização das reformas estruturais, como é o caso da reforma urbana e do transporte público.
A crise internacional tem bloqueado o crescimento e com ele, a continuidade do projeto que permitiu essa grande frente que, até o momento sustentou o governo.
As recentes mobilizações são protagonizadas por um amplo leque da juventude que participa pela primeira vez de mobilizações. Esse processo educa aos participantes permitindo-lhes perceber a necessidade de enfrentar aos que impedem que o Brasil avance no processo de democratização da riqueza, do acesso a saúde, a educação, a terra, a cultura, a participação política, aos meios de comunicação.
Setores conservadores da sociedade buscam disputar o sentido dessas manifestações. Os meios de comunicação buscam caracterizar o movimento como anti Dilma, contra a corrupção dos políticos, contra a gastança pública e outras pautas que imponham o retorno do neoliberalismo. Acreditamos que as pautas são muitas, como também são as opiniões e visões de mundo presentes na sociedade. Trata-se de um grito de indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e acostumado a enxergar a política como algo danoso à sociedade.
Diante do exposto nos dirigimos a V. Ex.a para manifestar nosso pleito em defesa de políticas que garantam a redução das passagens do transporte público com redução dos lucros das grandes empresas. Somos contra a política de desoneração de impostos dessas empresas.
O momento é propício para que o governo faça avançar as pautas democráticas e populares, e estimule a participação e a politização da sociedade. Nos comprometemos em promover todo tipo de debates em torno desses temas e nos colocamos à disposição para debater também com o poder público.
Propomos a realização, com urgência, de uma reunião nacional, que envolva os governos estaduais, os prefeitos das principais capitais, e os representantes de todos os movimentos sociais. De nossa parte, estamos abertos ao diálogo, e achamos que essa reunião é a única forma de encontrar saídas para enfrentar a grave crise urbana que atinge nossas grandes cidades.
O momento é favorável. São as maiores manifestações que a atual geração vivenciou e outras maiores virão. Esperamos que o atual governo escolha governar com o povo e não contra ele.
Assinam:
ADERE-MG; Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG); AP – Assembléia Popular; Barão de Itararé; CIMI; CMP-MMC/SP; CMS; Coletivo Intervozes; CONEN; Consulta Popular; CTB; CUT; Fetraf; Fórum Ecumênico ACT Brasil; FNDC- Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação; FUP; KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço; Levante Popular da Juventude; MAB; MAM; MCP; MMM; Movimentos da Via Campesina; MPA; MST; Quilombo; Rede Ecumênica de Juventude (REJU); SENGE/PR; Sindipetro – SP; SINPAF; UBES; UBM; UJS; UNE;/ UNEGRO
Dilma Rousseff
Carta aberta dos movimentos sociais à presidenta Dilma Roussef
Ela é assinada por 35 entidades do movimento social e popuular. Elas propõe a realização urgente de uma reunião nacional, envolvendo governos estaduais, prefeitos das principais capitais, e os movimentos sociais, como forma de encontrar saídas para enfrentar a grave crise urbana que atinge nossas grandes cidades.
Cara Presidenta,
O Brasil presenciou, nesta semana, mobilizações que ocorreram em 15 capitais e centenas cidades. Concordamos com suas declarações que afirmam a importância para a democracia brasileira dessas mobilizações, cientes que as mudanças necessárias ao país passarão pela mobilização popular.
Mais que um fenômeno conjuntural, as recentes mobilizações demonstram a gradativa retomada da capacidade de luta popular. É essa resistência popular que possibilitou os resultados eleitorais de 2002, 2006 e 2010. Nosso povo, insatisfeito com as medidas neoliberais, votou a favor de um outro projeto. Para sua implementação, esse outro projeto enfrentou grande resistência principalmente do capital rentista e setores neoliberais que seguem com muita força na sociedade.
Mas, enfrentou também os limites impostos pelos aliados de última hora, uma burguesia interna, que na disputa das políticas de governo, impede a realização das reformas estruturais, como é o caso da reforma urbana e do transporte público.
A crise internacional tem bloqueado o crescimento e com ele, a continuidade do projeto que permitiu essa grande frente que, até o momento sustentou o governo.
As recentes mobilizações são protagonizadas por um amplo leque da juventude que participa pela primeira vez de mobilizações. Esse processo educa aos participantes permitindo-lhes perceber a necessidade de enfrentar aos que impedem que o Brasil avance no processo de democratização da riqueza, do acesso a saúde, a educação, a terra, a cultura, a participação política, aos meios de comunicação.
Setores conservadores da sociedade buscam disputar o sentido dessas manifestações. Os meios de comunicação buscam caracterizar o movimento como anti Dilma, contra a corrupção dos políticos, contra a gastança pública e outras pautas que imponham o retorno do neoliberalismo. Acreditamos que as pautas são muitas, como também são as opiniões e visões de mundo presentes na sociedade. Trata-se de um grito de indignação de um povo historicamente excluído da vida política nacional e acostumado a enxergar a política como algo danoso à sociedade.
Diante do exposto nos dirigimos a V. Ex.a para manifestar nosso pleito em defesa de políticas que garantam a redução das passagens do transporte público com redução dos lucros das grandes empresas. Somos contra a política de desoneração de impostos dessas empresas.
O momento é propício para que o governo faça avançar as pautas democráticas e populares, e estimule a participação e a politização da sociedade. Nos comprometemos em promover todo tipo de debates em torno desses temas e nos colocamos à disposição para debater também com o poder público.
Propomos a realização, com urgência, de uma reunião nacional, que envolva os governos estaduais, os prefeitos das principais capitais, e os representantes de todos os movimentos sociais. De nossa parte, estamos abertos ao diálogo, e achamos que essa reunião é a única forma de encontrar saídas para enfrentar a grave crise urbana que atinge nossas grandes cidades.
O momento é favorável. São as maiores manifestações que a atual geração vivenciou e outras maiores virão. Esperamos que o atual governo escolha governar com o povo e não contra ele.
Assinam:
ADERE-MG; Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG); AP – Assembléia Popular; Barão de Itararé; CIMI; CMP-MMC/SP; CMS; Coletivo Intervozes; CONEN; Consulta Popular; CTB; CUT; Fetraf; Fórum Ecumênico ACT Brasil; FNDC- Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação; FUP; KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço; Levante Popular da Juventude; MAB; MAM; MCP; MMM; Movimentos da Via Campesina; MPA; MST; Quilombo; Rede Ecumênica de Juventude (REJU); SENGE/PR; Sindipetro – SP; SINPAF; UBES; UBM; UJS; UNE;/ UNEGRO
quinta-feira, 20 de junho de 2013
A playboyzada, a direita e o PIG não me representam - Paulo Vinícius Silva
Estive hoje (20-06) no ato em Brasília. Ao contrário das pautas de luta concretas que vi em São Paulo, de sentido reivindicatório progressista, por educação, saúde e transporte, o que há em Brasília é o peso próprio de uma classe média conservadora, branca, endinheirada, atuando com claro propósito desestabilizador e com o calendário eleitoral na cabeça. Via-se de tudo. Filhinhos de papai das grandes escolas privadas, cartazes em línguas estrangeiras, servidores públicos graduados, milicos reformados - e decerto da ativa, vários -, e membros de corporações conservadoras interessados diretamente em algumas pautas, como no caso da PEC 37 e no monopólio de mercado da medicina nacional privatizada.
Se em outros estados já se denunciou a provocação, a infiltração, aqui é pior, porque não há necessidade de infiltrar-se, é uma parcela expressiva do ato. Essa fatia historicamente ligada às tentativas de desestabilização e golpes, a turma do Carlos Lacerda e do "Mar de Lama", que levou Getúlio ao suicídio, a mesma fatia das marchas "de Deus pela Família e a Propriedade", mas também aquela que, em 2005, tentou derrubar Lula. É o mesmo tipo de gente que depois dirigiu as marchas que se diziam contra a corrupção, e agora está exultante, sentindo no presente momento a oportunidade que há tanto anseia, desestabilizar o projeto que tem mudado o Brasil.
Uma dondoca falava hoje pela "coordenação do movimento" na TV. Um dinamarquês bombado e ensandecido me gritava na marcha por minha bandeira cetebista, uma jovem erguia um singelo cartaz "Não ando de ônibus, mas quero dignidade". Outro, um senhor de idade notavelmente atlético de verde amarelo, posava: "Militares sempre junto ao povo". Perguntava-me: que horas chegará o torturador Brilhante Ustra?
Daí o ódio que eles devotam às organizações do povo. Esconde-se na suposta rejeição aos "partidos" a blindagem midiática interessada dos militantes de direita que querem atribuir uma pureza hipócrita e perigosa, que em verdade nega a democracia. Esse povo sem líderes, essa juventude sem representantes, essa "pureza" que se expressa candidamente nos programas da imprensa golpista é a negação das legítimas representações do povo, os partidos que surgiram graças ao sangue dos mártires derramado nas torturas, as entidades que se fizeram em históricas e heroicas jornadas de luta. O povo tem mais do que condições de agrupar-se, apontar saídas, denunciar o golpismo e fazer-se ouvir, se houver comando e unidade.
Horroriza-me, no entanto, outra coisa. Vi hoje o PSOL, através do movimento Juntos, o MES, no programa Encontro com Fátima Bernardes. O oportunismo que se manifestou em 2005 quando víamos a "extrema-esquerda" e a direita, puxando juntas o Fora Todos, expressa-se outra vez na aliança que fazem com setores mais que obscuros, cuja ação de vandalismo visa a criar um clima muito distinto de protesto democrático, visa deliberadamente ao caos que sirva ao golpismo.
Como podem os supostos radicais iludir-se com a direita mais reacionária? Por um lado, são vítimas de sua composição social, marcada pela mesma classe média conservadora. Por outro, sua prédica raivosa demonstra terem atraído muito mais que os indignados que lhes estimulam o ego "ético". Atraíram uma direita que se esconde no ultra-esquerdismo, partilhando uma fantasia "ética", tão hipócrita quanto a sua pureza que excluiria alianças. Afinal, aliam-se com a direita golpista. São a esquerda que a imprensa golpista considera "pura", "ética", o que bem ilustra a sujidade dessa aliança sumamente espúria.
Quando mapeamos mentalmente, apercebemo-nos do bombardeio em curso, a imprensa golpista fazendo o que fez em outros países da América Latina, a cada intervalo, a cada especial, em cada programa, a disputa que também lá fora polarizou a sociedade, mas apenas aonde havia a demarcação de projetos, um de sentido popular, outro, de sentido oligárquico e antinacional e anti-democrático. Polarização houve aonde deu certo, quando o povo pôde dizer o que queria partir de seus líderes. Aonde deu errado, o povo foi derrotado, como no Paraguai. O povo não sabia qual era o seu lado, Acabaram-se os dias de ambiguidades, o que se exige é uma demarcação de campos que defina as diferenças borradas, em parte por impossibilidades, em parte por opção política.
É um desafio saber separar os justos protestos do povo da manipulação da imprensa golpista e dos provocadores da violência e do caos. Para enfrentar essa encruzilhada, é preciso que o povo de verdade - e não os riquinhos - seja chamado a uma pauta que signifique as bandeiras de sentido avançado. É preciso apontar um rumo para a resolução dos dilemas legítimos apontados pela parcela efetivamente popular que defende a melhora dos serviços públicos, saúde e educação. É preciso denunciar a direita, o golpismo e a imprensa da ditadura. É preciso repudiar sem pudores o vandalismo da extrema direita que não tem direito de ocupar o palco da democracia e deve ser desbaratado. É necessário uma mensagem clara ao país, e uma trincheira de resistência que signifique uma clara demarcação de campos, dando conta que não aceitaremos de modo algum o golpismo e ameaças à democracia.
Golpismo e autoritarismo - o fascismo e o nazismo ensinaram - não se absolvem nem com lastro popular, muito menos de uma parcela da sociedade que está onde sempre esteve, à direita, incluída, gorda e corada. É preciso que os batalhões da luta do povo ousem uma agenda mais avançada que responda aos legítimos anseios populares, unindo-se sem vacilação para demonstrar sua própria força e sinalizar claramente o que quer a direita e a imprensa golpista com os presentes acontecimentos. O povo, unido, jamais será vencido. Por isso, viva o povo que luta, mas fora a direita e a imprensa golpistas! Não podem Rorizistas e Arrudistas disfarçados, viúvas da Ditadura, gorilas de pijama e reaças encarnarem as aspirações mais avançadas de nosso povo. É o campo democrático, popular e da defesa do Brasil que deve levantar as legítimas saídas e mobilizar a sua base para acuar a direita e a imprensa golpistas!
Se em outros estados já se denunciou a provocação, a infiltração, aqui é pior, porque não há necessidade de infiltrar-se, é uma parcela expressiva do ato. Essa fatia historicamente ligada às tentativas de desestabilização e golpes, a turma do Carlos Lacerda e do "Mar de Lama", que levou Getúlio ao suicídio, a mesma fatia das marchas "de Deus pela Família e a Propriedade", mas também aquela que, em 2005, tentou derrubar Lula. É o mesmo tipo de gente que depois dirigiu as marchas que se diziam contra a corrupção, e agora está exultante, sentindo no presente momento a oportunidade que há tanto anseia, desestabilizar o projeto que tem mudado o Brasil.
Uma dondoca falava hoje pela "coordenação do movimento" na TV. Um dinamarquês bombado e ensandecido me gritava na marcha por minha bandeira cetebista, uma jovem erguia um singelo cartaz "Não ando de ônibus, mas quero dignidade". Outro, um senhor de idade notavelmente atlético de verde amarelo, posava: "Militares sempre junto ao povo". Perguntava-me: que horas chegará o torturador Brilhante Ustra?
Daí o ódio que eles devotam às organizações do povo. Esconde-se na suposta rejeição aos "partidos" a blindagem midiática interessada dos militantes de direita que querem atribuir uma pureza hipócrita e perigosa, que em verdade nega a democracia. Esse povo sem líderes, essa juventude sem representantes, essa "pureza" que se expressa candidamente nos programas da imprensa golpista é a negação das legítimas representações do povo, os partidos que surgiram graças ao sangue dos mártires derramado nas torturas, as entidades que se fizeram em históricas e heroicas jornadas de luta. O povo tem mais do que condições de agrupar-se, apontar saídas, denunciar o golpismo e fazer-se ouvir, se houver comando e unidade.
Horroriza-me, no entanto, outra coisa. Vi hoje o PSOL, através do movimento Juntos, o MES, no programa Encontro com Fátima Bernardes. O oportunismo que se manifestou em 2005 quando víamos a "extrema-esquerda" e a direita, puxando juntas o Fora Todos, expressa-se outra vez na aliança que fazem com setores mais que obscuros, cuja ação de vandalismo visa a criar um clima muito distinto de protesto democrático, visa deliberadamente ao caos que sirva ao golpismo.
Como podem os supostos radicais iludir-se com a direita mais reacionária? Por um lado, são vítimas de sua composição social, marcada pela mesma classe média conservadora. Por outro, sua prédica raivosa demonstra terem atraído muito mais que os indignados que lhes estimulam o ego "ético". Atraíram uma direita que se esconde no ultra-esquerdismo, partilhando uma fantasia "ética", tão hipócrita quanto a sua pureza que excluiria alianças. Afinal, aliam-se com a direita golpista. São a esquerda que a imprensa golpista considera "pura", "ética", o que bem ilustra a sujidade dessa aliança sumamente espúria.
Quando mapeamos mentalmente, apercebemo-nos do bombardeio em curso, a imprensa golpista fazendo o que fez em outros países da América Latina, a cada intervalo, a cada especial, em cada programa, a disputa que também lá fora polarizou a sociedade, mas apenas aonde havia a demarcação de projetos, um de sentido popular, outro, de sentido oligárquico e antinacional e anti-democrático. Polarização houve aonde deu certo, quando o povo pôde dizer o que queria partir de seus líderes. Aonde deu errado, o povo foi derrotado, como no Paraguai. O povo não sabia qual era o seu lado, Acabaram-se os dias de ambiguidades, o que se exige é uma demarcação de campos que defina as diferenças borradas, em parte por impossibilidades, em parte por opção política.
É um desafio saber separar os justos protestos do povo da manipulação da imprensa golpista e dos provocadores da violência e do caos. Para enfrentar essa encruzilhada, é preciso que o povo de verdade - e não os riquinhos - seja chamado a uma pauta que signifique as bandeiras de sentido avançado. É preciso apontar um rumo para a resolução dos dilemas legítimos apontados pela parcela efetivamente popular que defende a melhora dos serviços públicos, saúde e educação. É preciso denunciar a direita, o golpismo e a imprensa da ditadura. É preciso repudiar sem pudores o vandalismo da extrema direita que não tem direito de ocupar o palco da democracia e deve ser desbaratado. É necessário uma mensagem clara ao país, e uma trincheira de resistência que signifique uma clara demarcação de campos, dando conta que não aceitaremos de modo algum o golpismo e ameaças à democracia.
Golpismo e autoritarismo - o fascismo e o nazismo ensinaram - não se absolvem nem com lastro popular, muito menos de uma parcela da sociedade que está onde sempre esteve, à direita, incluída, gorda e corada. É preciso que os batalhões da luta do povo ousem uma agenda mais avançada que responda aos legítimos anseios populares, unindo-se sem vacilação para demonstrar sua própria força e sinalizar claramente o que quer a direita e a imprensa golpista com os presentes acontecimentos. O povo, unido, jamais será vencido. Por isso, viva o povo que luta, mas fora a direita e a imprensa golpistas! Não podem Rorizistas e Arrudistas disfarçados, viúvas da Ditadura, gorilas de pijama e reaças encarnarem as aspirações mais avançadas de nosso povo. É o campo democrático, popular e da defesa do Brasil que deve levantar as legítimas saídas e mobilizar a sua base para acuar a direita e a imprensa golpistas!
MP se infiltra nas manifestações | Conversa Afiada
MP se infiltra nas manifestações | Conversa Afiada
A cobertura da GloboNews ao longo da tarde e início da noite – clique aqui para ler sobre o que a âncora viu e o que não viu – revela uma sutil infiltração dos defensores do Ministério Público nas manifestações.
Os infiltrados reagiam à PEC-37, que pretende evitar que o MP se torne o DOI-CODI da Democracia.
Ou, como disse o Sepúlveda Pertence, um dos primeiros a ocupar a Procuradoria Geral, ao se referir ao Ministério Público: “criei um monstro !”
Os “manifestantes” acusam a PEC-37 de “PEC da impunidade”: de querer calar o MP e, portanto, deixar a roubalheira correr solta.
Papo furado.
O que está em jogo é muito mais: é o Gurgel ter um Guardião para grampear sabe-se lá quem.
Em curso, há uma negociação no Congresso – de resto, refém do Ministério Público como qualquer servidor público – para discutir a PEC-37 e enquadrar o Ministério Público nas regras da normalidade democrática – retirar seu caráter “monstruoso”, diria o Pertence.
Regrinhas elementares, que os policiais já são obrigados, por Lei, a cumprir:
- quem investiga não denuncia;
- quem denuncia não julga;
- não pode haver monopólio da investigação, mas o Procurador não pode escolher o que bem entender investigar;
- tem que respeitar regras para quebrar sigilos, especialmente o telefônico.
O ansioso blogueiro, por exemplo, gostaria de saber o que o Gurgel, que o Collor chama de prevaricador, captou das conversas do Demóstenes…
Conheça algumas sugestões sensatas para acrescentar à discussão da PEC-37, de autoria do deputado José Genoino:
GENOINO APRESENTA CONTRIBUIÇÃO À BANCADA DO PT SOBRE A PEC 37
Em tempo: a comentarista Cristiana Globo prestou relevante serviço para transformar a PE-37 numa das prioridades dos manifestantes.
Paulo Henrique Amorim
A cobertura da GloboNews ao longo da tarde e início da noite – clique aqui para ler sobre o que a âncora viu e o que não viu – revela uma sutil infiltração dos defensores do Ministério Público nas manifestações.
Os infiltrados reagiam à PEC-37, que pretende evitar que o MP se torne o DOI-CODI da Democracia.
Ou, como disse o Sepúlveda Pertence, um dos primeiros a ocupar a Procuradoria Geral, ao se referir ao Ministério Público: “criei um monstro !”
Os “manifestantes” acusam a PEC-37 de “PEC da impunidade”: de querer calar o MP e, portanto, deixar a roubalheira correr solta.
Papo furado.
O que está em jogo é muito mais: é o Gurgel ter um Guardião para grampear sabe-se lá quem.
Em curso, há uma negociação no Congresso – de resto, refém do Ministério Público como qualquer servidor público – para discutir a PEC-37 e enquadrar o Ministério Público nas regras da normalidade democrática – retirar seu caráter “monstruoso”, diria o Pertence.
Regrinhas elementares, que os policiais já são obrigados, por Lei, a cumprir:
- quem investiga não denuncia;
- quem denuncia não julga;
- não pode haver monopólio da investigação, mas o Procurador não pode escolher o que bem entender investigar;
- tem que respeitar regras para quebrar sigilos, especialmente o telefônico.
O ansioso blogueiro, por exemplo, gostaria de saber o que o Gurgel, que o Collor chama de prevaricador, captou das conversas do Demóstenes…
Conheça algumas sugestões sensatas para acrescentar à discussão da PEC-37, de autoria do deputado José Genoino:
GENOINO APRESENTA CONTRIBUIÇÃO À BANCADA DO PT SOBRE A PEC 37
Em tempo: a comentarista Cristiana Globo prestou relevante serviço para transformar a PE-37 numa das prioridades dos manifestantes.
Paulo Henrique Amorim
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Participe do 2º Encontro Nacional da Juventude da CTB! 28 a 30 de Junho em BH
2º Encontro Nacional da Juventude da CTB reunirá sindicalistas de todo o país em BH
A Secretaria da Juventude Trabalhadora da CTB irá realizar, entre os dias 28 e 30 de junho, em Belo Horizonte (MG), o 2º Encontro Nacional da Juventude. A atividade será realizada no Centro de Formação da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) e deve contar com a presença de cerca de 150 participantes de todo o país.
Sob o lema “Unir a Juventude que Trabalha e Estuda à Luta Sindical”, o Encontro pretende discutir os principais temas ligados à atual conjuntura política, econômica, sindical e social do Brasil, a partir do viés da juventude trabalhadora, tanto do campo como das grandes cidades do país.
A expectativa do secretário da Juventude Trabalhadora da CTB, Paulo Vinicius Silva, é a de que todas as seções estaduais da Central garantam a presença de representantes no Encontro, assim como os sindicatos das principais categorias nos quais a juventude trabalhadora tem grande inserção.
“O Encontro vai aprofundar o debate sobre os ramos, já que a juventude tem grande representatividade em categorias-chave como metalúrgicos, rurais, educação, bancários, telemarketing, petroleiros, comerciários, agentes comunitários de saúde, serviço públicos em todos os níveis, entre outros. Nossa juventude dará uma grande contribuição aos sindicatos”, afirmou o dirigente da CTB.
Acolhida
Para Vilson Luiz da Silva, secretário de Finanças da CTB e presidente da Fetaemg, será um grande orgulho ceder o espaço necessário para a realização do Encontro. “Será um prazer muito grande para os mineiros e mineiras, algo de grande importância para nós também, pois a Fetaemg foi a primeira federação rural a se filiar à CTB. Aliás, a CTB foi fundada em nossa cidade, há pouco mais de cinco anos, algo que torna a atividade ainda mais significativa”, destacou.
O presidente da Fetaemg entende que o 2º Encontro da Juventude vem em boa hora e está em consonância ao atual momento vivido pela CTB. “Nossa Central vai se consolidando, buscando seu protagonismo em todas as faixas etárias. Esperamos que a juventude possa produzir documentos que direcionem o rumo para que os sindicatos ainda não filiados vistam nossa camisa e venham para a CTB. Precisamos dialogar mais e com certeza haverá uma grande receptividade”, afirmou Vilson Luiz.
Agenda compartilhada
Paulo Vinicius também destaca que a agenda do Encontro está alinhada às principais demandas do movimento estudantil. “A juventude trabalhadora do país estuda. Temos que ampliar essa a capacidade do sindicalismo de diálogo com os jovens de todas as regiões do Brasil”, defende o dirigente.
Para o presidente Wagner Gomes, é crescente a demanda política, sindical e institucional da ação da juventude da CTB. “Às vésperas da realização do 3º Congresso Nacional da Central, é fundamental que o 2º Encontro da Juventude faça um balanço de sua atuação no período mais recente e discuta as perspectivas e desafios que surgirão nos próximos anos”, sustenta.
Coletivo Nacional
O 2º Encontro Nacional também reservará espaço em sua programação para a eleição do Coletivo Nacional da Juventude da CTB. Além disso, será lançada a Revista da Juventude Trabalhadora, fruto de uma parceria entre a Secretaria e diversos sindicatos classistas.
Inscrições
O preenchimento das 150 vagas para o 2º Encontro deverá ser feito por meio do e-mail juventude@portalctb.org.br. Maiores informações também podem ser obtidas através do email ou então pelo telefone (11) 3106-0700 (ramal 209), com a assessora Liliana Ferreira.
Serviço
2º Encontro Nacional da Juventude Trabalhadora da CTB
Onde: Centro de Formação da Fetaemg – R. Cissus, 15. Bairro Juliana, Belo Horizonte (MG).
Quando: 28 a 30 de junho.
Sob o lema “Unir a Juventude que Trabalha e Estuda à Luta Sindical”, o Encontro pretende discutir os principais temas ligados à atual conjuntura política, econômica, sindical e social do Brasil, a partir do viés da juventude trabalhadora, tanto do campo como das grandes cidades do país.
A expectativa do secretário da Juventude Trabalhadora da CTB, Paulo Vinicius Silva, é a de que todas as seções estaduais da Central garantam a presença de representantes no Encontro, assim como os sindicatos das principais categorias nos quais a juventude trabalhadora tem grande inserção.
“O Encontro vai aprofundar o debate sobre os ramos, já que a juventude tem grande representatividade em categorias-chave como metalúrgicos, rurais, educação, bancários, telemarketing, petroleiros, comerciários, agentes comunitários de saúde, serviço públicos em todos os níveis, entre outros. Nossa juventude dará uma grande contribuição aos sindicatos”, afirmou o dirigente da CTB.
Acolhida
Para Vilson Luiz da Silva, secretário de Finanças da CTB e presidente da Fetaemg, será um grande orgulho ceder o espaço necessário para a realização do Encontro. “Será um prazer muito grande para os mineiros e mineiras, algo de grande importância para nós também, pois a Fetaemg foi a primeira federação rural a se filiar à CTB. Aliás, a CTB foi fundada em nossa cidade, há pouco mais de cinco anos, algo que torna a atividade ainda mais significativa”, destacou.
O presidente da Fetaemg entende que o 2º Encontro da Juventude vem em boa hora e está em consonância ao atual momento vivido pela CTB. “Nossa Central vai se consolidando, buscando seu protagonismo em todas as faixas etárias. Esperamos que a juventude possa produzir documentos que direcionem o rumo para que os sindicatos ainda não filiados vistam nossa camisa e venham para a CTB. Precisamos dialogar mais e com certeza haverá uma grande receptividade”, afirmou Vilson Luiz.
Agenda compartilhada
Paulo Vinicius também destaca que a agenda do Encontro está alinhada às principais demandas do movimento estudantil. “A juventude trabalhadora do país estuda. Temos que ampliar essa a capacidade do sindicalismo de diálogo com os jovens de todas as regiões do Brasil”, defende o dirigente.
Para o presidente Wagner Gomes, é crescente a demanda política, sindical e institucional da ação da juventude da CTB. “Às vésperas da realização do 3º Congresso Nacional da Central, é fundamental que o 2º Encontro da Juventude faça um balanço de sua atuação no período mais recente e discuta as perspectivas e desafios que surgirão nos próximos anos”, sustenta.
Coletivo Nacional
O 2º Encontro Nacional também reservará espaço em sua programação para a eleição do Coletivo Nacional da Juventude da CTB. Além disso, será lançada a Revista da Juventude Trabalhadora, fruto de uma parceria entre a Secretaria e diversos sindicatos classistas.
Inscrições
O preenchimento das 150 vagas para o 2º Encontro deverá ser feito por meio do e-mail juventude@portalctb.org.br. Maiores informações também podem ser obtidas através do email ou então pelo telefone (11) 3106-0700 (ramal 209), com a assessora Liliana Ferreira.
Serviço
2º Encontro Nacional da Juventude Trabalhadora da CTB
Onde: Centro de Formação da Fetaemg – R. Cissus, 15. Bairro Juliana, Belo Horizonte (MG).
Quando: 28 a 30 de junho.
Unir o povo, denunciar a direita, disputar a nova arrancada pelas mudanças! Paulo Vinícius Silva
Unir
o povo, denunciar a direita, disputar a nova arrancada pelas
mudanças!
Paulo Vinícius
“Mais fortes são os poderes do Povo”
Glauber Rocha
“O Povo, unido, jamais será vencido!”
Mao dizia que basta uma fagulha para incendiar uma pradaria. Nunca
sabemos quando um fato, um símbolo, acenderá as paixões das ruas.
Quando isso acontece, dias valem anos de aprendizado e de tempo
histórico, a realidade muda rápida e impressionantemente, e sempre
se coloca a questão de como dirigir essa grande luta às vitórias.
No
Brasil, tal quadro se agudiza. No ano anterior às eleições, em
meio à crise capitalista, é inevitável, diante do fato novo das
mobilizações, a necessidade de disputar a agenda da sociedade, e o
quadro atual impõe que essa disputa seja feita no plano da
comunicação e com a imprensa golpista e a direita.
O
fato central é que o nosso povo está na ruas! Isso é básico, a
nossa responsabilidade de nos vermos como parte dos anseios mais
avançados de luta expressos nas mobilizações, que tem quatro
preocupações principais:
- O povo não aguenta mais ser massacrado pelo transporte público, e exige o direito à cidade, em especial para os mais pobres, estudantes, trabalhadoras e trabalhadores, e quer o massivo financiamento do transporte público, a preço baixo, subsidiado, o que recoloca o debate da força do estado no tema;
- A prioridade do gasto público com saúde e educação. São bandeiras nossas. Lutamos pelos 10% do PIB para a Educação e para a Saúde, que sofreu dura derrota quando a direita impediu que a CPMF destinasse 50 bilhões à saúde pública. Dilma reapresentou o Projeto de Lei que assegura 100% dos Royalties do Pré-Sal para a Educação. O povo apoiará com certeza as NOSSAS bandeiras, que são as formas concretas de atender ao anseio das manifestações;
- Questiona os grandes eventos esportivos que o Brasil conseguiu, porque efetivamente se menosprezou a necessidade disputar o sentido avançado dessa vitória. E há que publicizar a transparência com o gasto público, e punir qualquer desvio.Mas, principalmente, pouco se defendeu a importância desse investimento. Por 40 anos, em grande medida, as arenas esportivas ficaram em clara degradação, lembrem do dramático desabamento no Estádio da Fonte Nova, em Salvador, que cobrou vidas. Em tão poucos anos se renovarem as arenas, melhorar o transporte e as malhas viárias e aeroportos, precisa ser justificado diante do povo, que canta o Hino Nacional e leva as bandeiras do Brasil para os protestos.O que esse mesmo povo acharia, se soubesse que há um gasto muito pior, quase metade do orçamento reservado ao imposto do capital financeiro que a mídia defende? Como enfrentar os gargalos ao investimento e aos serviços públicos se não mudarmos essa realidade? Como disputar a legitimidade do investimento público?
- Questiona a política brasileira, na crítica à corrupção e aos partidos. Diante dos dilemas de dez anos de governos de centro-esquerda, essa crítica não tem apenas a versão que interessa à direita, que descaradamente assume ares golpistas e quer dirigir o movimento. Temos de denunciar que a imprensa golpista e da ditadura quer disputar a agenda de luta do povo, denunciar seu golpismo! Mas também temos de ouvir a exigência de maior nitidez na aliança política que leve o Brasil à solução efetiva dos dilemas do desenvolvimento, incluindo o bem estar do povo como sua prioridade.Temos que enfrentar o tema da Reforma Política e da construção de maioria, disputando de modo mais nítido a consciência da Nação. Desse modo, é indispensável a máxima amplitude e unidade do nosso campo, e uma Reforma Política que dê poderes ao povo nas eleições, e não apenas aos ricos.
O
povo tem sua agenda, e ela também se expressa, de modo mais nítido
em três linhas:
- Na luta do movimento Passe Livre, das Entidades Estudantis e do Movimento Comunitário pela melhoria e gratuidade do transporte público para o povo, agenda histórica e permanente, que assume importância central e que pode constituir uma grande vitória política;
- Na pauta da Marcha das Centrais Sindicais que reuniu 50 mil em Brasília esse ano;
- Na pauta de reivindicações entregue pela Jornada de Lutas da Juventude Brasileira à Presidenta Dilma.
Conhece
o povo essas bandeiras, essa luta? O bloqueio midiático impede o
povo de saber o que querem as tantas marchas que temos feito ao longo
dos anos. Há uma tremenda luta política em curso e a imprensa
golpista disputa em tempo integral a direção e as bandeiras do
movimento, assim como vendeu, por mais de dez anos, a sua própria
agenda.
É
preciso separar o nosso povo em luta da pretensão da direita e da
imprensa golpista dirigirem o movimento. É preciso ter humildade
para estar junto com o povo e a juventude nessa hora de aprendizado,
muitos pela primeira vez conhecem manifestações públicas. É
preciso acompanhar como o povo faz a sua própria experiência, e por
isso é preciso estar com o povo e a juventude. Eles já percebem que
as marchas organizadas por nós são SEMPRE pacíficas! Nós somos os
que temos as propostas para resolver as demandas! É esse experiência
que pode ajudar esse movimento, afirmando uma luta massiva, unida,
com propostas que levem a vitórias!
A
juventude e os estudantes, por sua denúncia da imprensa golpista são
deliberadamente ocultados de toda a cobertura jornalística. O PIG –
Partido da |Imprensa Golpista - quer assumir a voz do movimento. É
um escândalo! Eles querem eleger os líderes e a agenda, a direita e
a imprensa golpista quer tomar de assalto o movimento. Digamos não!
Como é importante apoiar as entidades estudantis e a juventude nessa
hora!
Cabe-nos
entrar na disputa com toda a nossa força, organização, didática,
propostas e apontar um rumo de vitória para o povo, demarcando com a
imprensa hipócrita da Ditadura, com os provocadores de direita e
irresponsáveis que desejam o caos. Apontemos saídas que unifiquem o
campo das mudanças pela sua aceleração, por uma nova arrancada,
nas propostas, na utopia e na mobilização de massas pelas mudanças
de sentido avançado do Brasil. E, por isso mesmo, os nossos governos
tem de ter a coragem de propor saídas que signifiquem a nossa
própria vitória e do movimento.
Nunca
saímos das ruas, e o nosso povo quer o melhor para o nosso país,
falemos com ele, disputemos apaixonadamente a agenda de mudanças no
Brasil. É preciso apresentar as nossas ideias para o povo nas ruas!
terça-feira, 18 de junho de 2013
2º Encontro Nacional da Juventude da CTB reunirá sindicalistas de todo o país em BH
2º Encontro Nacional da Juventude da CTB reunirá sindicalistas de todo o país em BH
A Secretaria da Juventude Trabalhadora da CTB irá realizar, entre os dias 28 e 30 de junho, em Belo Horizonte (MG), o 2º Encontro Nacional da Juventude. A atividade será realizada no Centro de Formação da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) e deve contar com a presença de cerca de 150 participantes de todo o país.
Sob o lema “Unir a Juventude que Trabalha e Estuda à Luta Sindical”, o Encontro pretende discutir os principais temas ligados à atual conjuntura política, econômica, sindical e social do Brasil, a partir do viés da juventude trabalhadora, tanto do campo como das grandes cidades do país.
A expectativa do secretário da Juventude Trabalhadora da CTB, Paulo Vinicius Silva, é a de que todas as seções estaduais da Central garantam a presença de representantes no Encontro, assim como os sindicatos das principais categorias nos quais a juventude trabalhadora tem grande inserção.
“O Encontro vai aprofundar o debate sobre os ramos, já que a juventude tem grande representatividade em categorias-chave como metalúrgicos, rurais, educação, bancários, telemarketing, petroleiros, comerciários, agentes comunitários de saúde, serviço públicos em todos os níveis, entre outros. Nossa juventude dará uma grande contribuição aos sindicatos”, afirmou o dirigente da CTB.
Acolhida
Para Vilson Luiz da Silva, secretário de Finanças da CTB e presidente da Fetaemg, será um grande orgulho ceder o espaço necessário para a realização do Encontro. “Será um prazer muito grande para os mineiros e mineiras, algo de grande importância para nós também, pois a Fetaemg foi a primeira federação rural a se filiar à CTB. Aliás, a CTB foi fundada em nossa cidade, há pouco mais de cinco anos, algo que torna a atividade ainda mais significativa”, destacou.
O presidente da Fetaemg entende que o 2º Encontro da Juventude vem em boa hora e está em consonância ao atual momento vivido pela CTB. “Nossa Central vai se consolidando, buscando seu protagonismo em todas as faixas etárias. Esperamos que a juventude possa produzir documentos que direcionem o rumo para que os sindicatos ainda não filiados vistam nossa camisa e venham para a CTB. Precisamos dialogar mais e com certeza haverá uma grande receptividade”, afirmou Vilson Luiz.
Agenda compartilhada
Paulo Vinicius também destaca que a agenda do Encontro está alinhada às principais demandas do movimento estudantil. “A juventude trabalhadora do país estuda. Temos que ampliar essa a capacidade do sindicalismo de diálogo com os jovens de todas as regiões do Brasil”, defende o dirigente.
Para o presidente Wagner Gomes, é crescente a demanda política, sindical e institucional da ação da juventude da CTB. “Às vésperas da realização do 3º Congresso Nacional da Central, é fundamental que o 2º Encontro da Juventude faça um balanço de sua atuação no período mais recente e discuta as perspectivas e desafios que surgirão nos próximos anos”, sustenta.
Coletivo Nacional
O 2º Encontro Nacional também reservará espaço em sua programação para a eleição do Coletivo Nacional da Juventude da CTB. Além disso, será lançada a Revista da Juventude Trabalhadora, fruto de uma parceria entre a Secretaria e diversos sindicatos classistas.
Inscrições
O preenchimento das 150 vagas para o 2º Encontro deverá ser feito por meio do e-mail juventude@portalctb.org.br. Maiores informações também podem ser obtidas através do email ou então pelo telefone (11) 3106-0700 (ramal 209), com a assessora Liliana Ferreira.
Serviço
2º Encontro Nacional da Juventude Trabalhadora da CTB
Onde: Centro de Formação da Fetaemg – R. Cissus, 15. Bairro Juliana, Belo Horizonte (MG).
Quando: 28 a 30 de junho.
Sob o lema “Unir a Juventude que Trabalha e Estuda à Luta Sindical”, o Encontro pretende discutir os principais temas ligados à atual conjuntura política, econômica, sindical e social do Brasil, a partir do viés da juventude trabalhadora, tanto do campo como das grandes cidades do país.
A expectativa do secretário da Juventude Trabalhadora da CTB, Paulo Vinicius Silva, é a de que todas as seções estaduais da Central garantam a presença de representantes no Encontro, assim como os sindicatos das principais categorias nos quais a juventude trabalhadora tem grande inserção.
“O Encontro vai aprofundar o debate sobre os ramos, já que a juventude tem grande representatividade em categorias-chave como metalúrgicos, rurais, educação, bancários, telemarketing, petroleiros, comerciários, agentes comunitários de saúde, serviço públicos em todos os níveis, entre outros. Nossa juventude dará uma grande contribuição aos sindicatos”, afirmou o dirigente da CTB.
Acolhida
Para Vilson Luiz da Silva, secretário de Finanças da CTB e presidente da Fetaemg, será um grande orgulho ceder o espaço necessário para a realização do Encontro. “Será um prazer muito grande para os mineiros e mineiras, algo de grande importância para nós também, pois a Fetaemg foi a primeira federação rural a se filiar à CTB. Aliás, a CTB foi fundada em nossa cidade, há pouco mais de cinco anos, algo que torna a atividade ainda mais significativa”, destacou.
O presidente da Fetaemg entende que o 2º Encontro da Juventude vem em boa hora e está em consonância ao atual momento vivido pela CTB. “Nossa Central vai se consolidando, buscando seu protagonismo em todas as faixas etárias. Esperamos que a juventude possa produzir documentos que direcionem o rumo para que os sindicatos ainda não filiados vistam nossa camisa e venham para a CTB. Precisamos dialogar mais e com certeza haverá uma grande receptividade”, afirmou Vilson Luiz.
Agenda compartilhada
Paulo Vinicius também destaca que a agenda do Encontro está alinhada às principais demandas do movimento estudantil. “A juventude trabalhadora do país estuda. Temos que ampliar essa a capacidade do sindicalismo de diálogo com os jovens de todas as regiões do Brasil”, defende o dirigente.
Para o presidente Wagner Gomes, é crescente a demanda política, sindical e institucional da ação da juventude da CTB. “Às vésperas da realização do 3º Congresso Nacional da Central, é fundamental que o 2º Encontro da Juventude faça um balanço de sua atuação no período mais recente e discuta as perspectivas e desafios que surgirão nos próximos anos”, sustenta.
Coletivo Nacional
O 2º Encontro Nacional também reservará espaço em sua programação para a eleição do Coletivo Nacional da Juventude da CTB. Além disso, será lançada a Revista da Juventude Trabalhadora, fruto de uma parceria entre a Secretaria e diversos sindicatos classistas.
Inscrições
O preenchimento das 150 vagas para o 2º Encontro deverá ser feito por meio do e-mail juventude@portalctb.org.br. Maiores informações também podem ser obtidas através do email ou então pelo telefone (11) 3106-0700 (ramal 209), com a assessora Liliana Ferreira.
Serviço
2º Encontro Nacional da Juventude Trabalhadora da CTB
Onde: Centro de Formação da Fetaemg – R. Cissus, 15. Bairro Juliana, Belo Horizonte (MG).
Quando: 28 a 30 de junho.
Dilma enaltace democracia: "O Brasil acordou mais forte" - Portal Vermelho
A presidenta Dilma Rousseff elogiou, nesta terça-feira (18), em discurso no Palácio do Planalto, o civismo da população brasileira, que foi às ruas em manifestações nas principais cidades do país. Segundo Dilma, foi bom ver tantos jovens e adultos defendendo um país melhor.
“O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia. A força da voz da rua e o civismo da nossa população. É bom ver tantos jovens e adultos, (…) juntos com a bandeira do Brasil, cantando o hino nacional e dizendo com ‘orgulho sou brasileiro’ e defendendo um país melhor”.
"A minha geração sabe quanto isso nos custou. Eu vi ontem um cartaz muito interessante que dizia: 'Desculpe o transtorno, estamos mudando o país'. Quero dizer que meu governo está ouvindo essas vozes por mudanças", afirmou.
A presidente louvou o caráter pacífico das manifestações, inclusive de parte da polícia. "Toda violência é destrutiva", afirmou. A mandatária disse ainda que "a grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia" .
Nesta segunda (17), em breve nota oficial, a presidente Dilma Rousseff defendeu as manifestações, desde que pacíficas. "As manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia. É próprio dos jovens se manifestarem", afirmou a presidente em texto divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Com informações das agências
“O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia. A força da voz da rua e o civismo da nossa população. É bom ver tantos jovens e adultos, (…) juntos com a bandeira do Brasil, cantando o hino nacional e dizendo com ‘orgulho sou brasileiro’ e defendendo um país melhor”.
"A minha geração sabe quanto isso nos custou. Eu vi ontem um cartaz muito interessante que dizia: 'Desculpe o transtorno, estamos mudando o país'. Quero dizer que meu governo está ouvindo essas vozes por mudanças", afirmou.
A presidente louvou o caráter pacífico das manifestações, inclusive de parte da polícia. "Toda violência é destrutiva", afirmou. A mandatária disse ainda que "a grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia" .
Nesta segunda (17), em breve nota oficial, a presidente Dilma Rousseff defendeu as manifestações, desde que pacíficas. "As manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia. É próprio dos jovens se manifestarem", afirmou a presidente em texto divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Com informações das agências
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