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quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Cobaias: EUA matam quase 100 guatemaltecos em testes médicos - Portal Vermelho
Quase uma centena de pessoas morreu na Guatemala entre 1946 e 1948 em consequência de testes clínicos efetuados por cientistas norte-americanos com cinco mil pacientes, confirmou nesta terça (30) uma comissão estatal.
O Comitê Presidencial para o Estudo de Assuntos de Bioética reconheceu que os indivíduos – soldados, doentes mentais, prostitutas e presidiários – nunca foram informados sobre a natureza das provas nem deram permissão para os experimentos.
Articulistas na Guatemala compararam esta ação de profissionais norte-americanos com a dos médicos nazistas que praticaram atividades parecidas com judeus, ciganos, homossexuais e pacientes neuropsiquiátricos durante a 2ª Guerra Mundial.
O cientista Stephen Hauser admitiu ter conhecimento de que pelos menos 83 sujeitos morreram devido a reações que tiveram direta ou indiretamente relacionadas com estes estudos.
Muitas destas pessoas, a maioria pertencentes a grupos sociais especialmente vulneráveis, passaram por tratamento por meio dos quais receberam vírus de doenças venéreas como sífilis e gonorreia, descobriram os pesquisadores.
O escândalo saiu à luz primeiramente em outubro de 2010, depois de uma indagação desenvolvida por um grupo de médicos norte-americanos vinculados aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, sigla em inglês).
Diante do fato, o governo do presidente Barack Obama, através de sua secretária de Estado, Hillary Clinton, tentou desculpar-se diante das autoridades do país centro-americano e explicou que foram ensaios para provar a eficácia da penicilina.
Fonte: Prensa Latina
Renato Rabelo, Presidente do PCdoB: É urgente a luta por uma nova ordem, o socialismo!
O sistema capitalista e o modelo neoliberal, vigente nas últimas décadas, entraram em um grande impasse, desmoralizando seus apologistas que pregavam sua infalibilidade. Especialmente após a crise econômica e financeira desencadeada a partir de meados de 2007, com epicentro no sistema financeiro dos Estados Unidos, evidenciam-se os limites históricos do capitalismo.É mais nítido do que em qualquer outro período histórico o abismo que separa o capitalismo e o imperialismo das aspirações da humanidade, e torna-se indispensável e urgente a luta por uma nova ordem internacional e por um novo sistema econômico e social – o socialismo. O capitalismo não é uma formação política, econômica e social eterna.
Cada vez mais os povos e os trabalhadores se aproximarão da encruzilhada histórica: capitalismo – com suas crises e guerras – ou um sistema social superior, cuja alternativa é o socialismo. Neste sentido é essencial extrair ensinamentos das experiências vividas.
Temos convicção que uma das grandes lições que se deve extrair das primeiras experiências de construção do socialismo no século 20 é a ideia de que não há modelo único de socialismo, nem caminho universal de conquista do poder político. As revoluções vitoriosas do século passado, cada uma delas – na Rússia, na China, no Vietnã, em Cuba – seguiram caminhos próprios.
Cada povo e cada força revolucionária construirão seu próprio rumo ao socialismo, e construirão este sistema de acordo com sua realidade nacional. De um modo geral, a correlação de forças prevalecente no mundo ainda é estrategicamente desfavorável do ponto de vista do amadurecimento das condições para as lutas pela superação revolucionária do capitalismo, da construção de uma nova sociedade.
No entanto, importantes transformações políticas que vêm marcando a conjuntura internacional indicam que se estão processando avanços na situação mundial que melhoram as condições para lutar e que se intensifica a acumulação revolucionária de forças.
A luta anti-imperialista assume maiores dimensões, aparece como a marca da época, tendência capaz de mobilizar grandes contingentes, de desatar energias criadoras e revolucionárias dos povos.Em nosso país, o Partido Comunista do Brasil, PCdoB, orientado pelo seu programa, está convicto que a luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento é o caminho brasileiro para o socialismo.
Um projeto nacional que fortaleça a economia nacional, promova o desenvolvimento social do povo brasileiro, amplie a democracia e as reformas estruturais como a reforma agrária, a reforma urbana, a tributária, a reforma política e da educação entre outras, e promova a integração das nações sul-americanas e a solidariedade internacional. Por isso, o PCdoB tem contribuído para construir alianças necessárias para as transformações avançadas no sentido democrático, progressista e popular.
Temos dado um aporte significativo para os êxitos do novo período político nacional, aberto com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e continuado com a vitória da primeira mulher para a presidência da República em 2010. O Novo Projeto Nacional deu seus primeiros passos com o ex-presidente Lula, e nossa luta é que avance agora no governo Dilma Rousseff. Mas, a luta pelo socialismo, só vai prosperar em nosso país se houver uma esquerda forte e um PCdoB cada vez maior e influente.
O PCdoB é um partido de vida e ação permanente, que trata do aperfeiçoamento partidário constantemente, avançando na organização de sua militância. O Partido mantém uma escola nacional de quadros onde tem formado militantes e lideranças para a atividade política, teórica e partidária. A doutrina, a política e os objetivos do partido estão definidos em seu programa Socialista e em seu Estatuto partidário.
Após o episódio emblemático da queda do muro de Berlim e do fim da União Soviética, levando à apostasia uma grande leva de partidos comunistas e socialistas no mundo, o PCdoB, ao contrário, reavivou sua identidade comunista e atualizou seus princípios revolucionários, anti-imperialistas e anticapitalistas.
O Partido também apoia a publicação de uma revista teórica e de informação – a Princípios -- que completou 30 anos, divulgadora das ideias marxistas e progressistas, com uma extensa rede de colaboradores em todos os domínios do conhecimento científico e cultural de nosso país. O site Vermelho, sob direção do PCdoB, é hoje um conceituado espaço de difusão e debate de ideias avançadas, propagador do programa partidário, por duas vezes campeão do premio IBest.
O PCdoB tem bancadas parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, que gozam de respeito e influência, sendo seus parlamentares chamados a contribuir em temas relevantes e em momentos decisivos, numa demonstração de suas capacidades e experiência. Na crise mais aguda do então governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005, Aldo Rebelo foi chamado a disputar a presidência da Câmara dos Deputados, porque na base do governo é quem reunia melhores condições para afastar a ameaça da vitória da oposição.
O Partido Comunista vai assim ocupando espaços políticos importantes, na área do esporte como fator de inclusão social e na conquista de dois importantes eventos mundiais como a Copa do Mundo de futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016. Na formulação de um novo marco regulatório para a exploração do petróleo com a importante contribuição da Agencia Nacional de Petróleo.
Na área da Cultura, com os Pontos de Cultura, do cinema nacional, na Ancine e na área da Ciência e da Tecnologia, com o trabalho feito na Finep e agora no Conselho Nacional de C&T. Além do trabalho em nível federal, são muitas as contribuições de lideranças comunistas em prefeituras e governos estaduais.
O PCdoB não mudou de trincheira e ousa lutar! Está empenhado na organização dos trabalhadores e contribui na construção da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB – lutando pela unidade em mobilizações conjuntas e concretas do movimento sindical brasileiro. No âmbito dos jovens, parcela significativa da população brasileira, o PCdoB é força dirigente da União da Juventude Socialista – UJS – organização nacional fundada há mais de duas décadas, com 120 mil filiados.
A UJS tem papel protagonista entre os estudantes universitários e secundaristas, mantendo a UNE e a UBES como entidades únicas dos estudantes, em defesa dos seus direitos e anseios, com diretorias plurais compostas de representantes de vários partidos. O PCdoB também tem uma atividade destacada entre as mulheres, onde o Partido organizou a União Brasileira de Mulheres – UBM – entre os que lutam contra as discriminações e manifestações de racismo – UNEGRO e tem significativa militância em defesa da causa das minorias indígenas do país. A situação do Brasil atual é insólita e favorável para as forças democráticas e populares.
O governo Dilma inspira confiança e esperança, com a emergência de setores médios e na elevação da autoestima do povo. O desafio maior do novo governo, entretanto, consiste em manter relativamente unida a ampla base política, heterogênea, em torno do avanço democrático, nacional e popular, em cujo centro esta o PT, e ser independente na formulação de uma política econômica que mantenha um crescimento acentuado e contínuo, voltada para os interesses nacionais e do povo.
Duas grandes tarefas se colocam:
Publicado originalmente na Caros Amigos
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Carta dos 100: a história da divisão dos comunistas em 2 partidos - Portal Vermelho
Há 50 anos uma carta assinada por 100 comunistas protestou contra mudanças estatutárias realizadas pela direção partidária sem o aval de um congresso. Começava aí um processo que levou a cisão dos comunistas brasileiros em dois partidos. Apesar da idade, a carta em “Defesa do Partido” – ou a “Carta dos 100” –, mostra-se atual por resgatar os princípios marxistas-leninistas. Confira agora a coprodução da Fundação Maurício Grabois e da TV Vermelho.
Em 1956 dois eventos deram início ao processo de divisão dos comunistas no país: a posse de Juscelino Kubitschek como presidente do Brasil e a realização, em Moscou, do 20º Congresso do PCUS (Partido Comunista da União Soviética).
“A corrente nacionalista, burguesa, ganhou muita força [com a posse de JK]. Todo aquele projeto do Juscelino de desenvolvimento da industrialização do país já vinha influenciando dentro do partido [o PCB]”, conta Dynéas Aguiar, veterano comunista.
Nesta época Krushov apresenta em Moscou seu relatório secreto contra Stálin. O documento cai como uma bomba no 20º Congresso do PUCS. O evento também inicia uma nova fase na história dos comunistas soviéticos, onde a linha reformista passou a dominar o partido.
Estes acontecimentos abriram uma grave crise no interior do movimento comunista mundial. Aqui se consolidaram duas tendências: uma reformista e outra revolucionária. Elas se confrontaram nos debates do 5º Congresso do PC do Brasil, em 1960.
Polêmicas
Em agosto de 1957, por resistirem às teses reformistas, João Amazonas, Maurício Grabois e Diógenes Arruda Câmara foram destituídos da Comissão Executiva do PCB. No início de 1958, a direção da época lança a “Declaração de Março”, adequando o PCB às diretrizes do 20º Congresso do PCUS.
Começou aqui a consolidação de tendências dentro do partido: uma reformista e outra revolucionária dentro do partido. Neste processo, os que discordaram das teses apresentadas pela direção foram duramente atacados e acusados de formarem um grupo antipartido.
Por fim, devido ao domínio que tinha sobre a máquina partidária, a grande influência de Luís Carlos Prestes e o apoio recebido do PCUS, a linha reformista prevalece no 5º Congresso. Porém, os delegados também reconduzem João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda, entre outros dirigentes históricos, ao Comitê Central.
O golpe ao 5º Congresso
A situação parecia ter se normalizado com a vitória de Prestes sobre seus principais contendores. Até que em 11 de agosto de 1961, o jornal Novos Rumos, órgão oficial do PCB, publica os estatutos e o programa que seriam registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Entre as alterações estava a mudança do nome da organização, que passava a se chamar “Partido Comunista Brasileiro” no lugar de “Partido Comunista do Brasil”. Dos estatutos ainda se retirou qualquer referência ao internacionalismo proletário, ao marxismo-leninismo e ao objetivo final: o comunismo.
As motivações da Carta
Para os militantes descontentes, esta foi a gota d’água. Decidiram então enviar uma carta ao Comitê Central, assinada por cem militantes, exigindo que se retirassem os documentos do TSE ou se convocasse um novo congresso para discutir as mudanças.
Segundo eles, “as mudanças feitas no nome, no programa e nos estatutos (...) objetivam o registro de um novo partido e, por isso, se suprime tudo o que possa ser identificado com o Partido Comunista do Brasil, de tão gloriosas tradições”. “Os militantes (...) não aceitarão que se liquide o velho partido, e a ele permanecerão fiéis, mantendo bem alta a bandeira de suas melhores tradições”, dizem trechos da carta.
Em resposta, a direção partidária começou a perseguir os principais autores da Carta dos 100. No final de 1961 e início de 1962, foram, sumariamente, expulsos João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Carlos Danielli, Lincoln Oest, Ângelo Arroio, Calil Chade e José Duarte, entre outros.
Reorganização do PC do Brasil
Eles não aceitaram a decisão. Disseram que não poderiam ser expulsos de um partido ao qual nunca pertenceram: o PC Brasileiro. E se colocaram na tarefa de reorganizar o partido da classe operária: o PC do Brasil. Assim, em 18 de fevereiro de 1962, teve lugar na cidade de São Paulo uma conferência extraordinária do Partido Comunista do Brasil.
O evento aparentemente modesto revestiu-se de uma grande importância histórica para a esquerda brasileira. Poucos ainda tinham consciência da importância daquele “ato fundador”. Para muitos, aquela parecia obra de alguns poucos sonhadores, sem grande futuro.
Hoje o PCdoB conta com mais de 250 mil filiados, está presente em inúmeros movimentos sociais, acumula vereadores, deputados estaduais, federais e senadores de diversos estados, além de prefeitos e um ministro. A História parece ter dado razão àqueles que resistiram à onda liquidacionista e se mantiveram fiéis aos princípios do marxismo-leninismo.
Da Redação com a colaboração da Fundação Maurício Grabois.
Leia aqui a íntegra da Carta dos 100.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
PCdoB realiza encontro de estudantes de cursos ligados à produção - PCdoB. O Partido do socialismo.
O foco do evento são estudantes que atuam em áreas como petróleo e gás, mecânica, metalmecânica, mecatrônica, química, qualidade industrial, metalurgia, segurança industrial, eletrônica, eletrotécnica, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia de controle e automação, automação industrial, engenharia de redes e todos os outros cursos que formem a mão de obra diretamente ligado ao setor produtivo.
A ideia de realizar esse encontro surgiu dos debates do 12° Congresso do PCdoB, que decidiu por colocar no centro da atividade de partido a questão da política de quadros e o crescimento entre mulheres, trabalhadores e jovens. Neste sentido, a construção entre os trabalhadores dos setores de ponta da cadeia produtiva nacional é estratégico para a consecução dos objetivos de fundo de um partido socialista e revolucionário.
Crescimento
O crescimento econômico do Brasil nos últimos anos, em especial no setor industrial, aliado ao crescimento do número de vagas em escolas e universidades de cursos preparatórios para atender essa demanda, abre enormes possibilidades de inserção qualificada no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, o trabalho sindical do partido, através dos seus militantes na CTB, tem se consolidado cada vez mais como uma alternativa conseqüente e classista.
A intenção, portanto, é valorizar uma política de quadros que alie os objetivos de impulsionar o desenvolvimento do país com a própria estratégia de crescimento e ampliação da atuação do PCdoB, por meio do envolvimento de uma juventude que está se preparando para entrar no mercado de trabalho em setores estratégicos do desenvolvimento nacional.
Com o encontro, o partido pretende traçar, de acordo com a nova política de quadros, perspectivas para o seu trabalho entre os futuros trabalhadores desses setores estratégicos, além de iniciar uma política de acompanhamento da sua militância nestas áreas.
Luis Nassif: Caso José Dirceu; o ponto sem retorno de Veja - Portal Vermelho
Luis Nassif: Caso José Dirceu; o ponto sem retorno de Veja
Veja chegou a um ponto sem retorno. Em plena efervescência do caso Murdoch, com o fim da blindagem para práticas criminosas por parte da grande mídia no mundo todo, com toda opinião esclarecida discutindo os limites para a ação dá mídia, ela dá seu passo mais atrevido, com a tentativa de invasão do apartamento de José Dirceu e o uso de imagens dos vídeos do hotel, protegidas pelo sigilo legal.
Por Luis Nassif, em seu blog
Até agora, nenhum outro veículo da mídia repercutiu nenhuma das notícias: a da tentativa de invasão do apartamento de Dirceu, por ficar caracterizado o uso de táticas criminosas murdochianas no Brasil; e a matéria em si, um cozidão mal-ajambrado, uma sequência de ilações sem jornalismo no meio.
Veja hoje é uma ameaça direta ao jornalismo da Folha, Estadão, Globo, aos membros da Associação Nacional dos Jornais, a todo o segmento da velha mídia, por ter atropelado todos os limites. Sua ação lançou a mancha da criminalização para toda a mídia.
Quando Sidney Basile me procurou em 2008, com uma proposta de paz – que recusei – lá pelas tantas indaguei dele o que explicaria a maluquice da revista. Basile disse que as pessoas que assumiam a direção da revista de repente vestiam uma máscara de Veja que não tiravam nem para dormir.
Recusei o acordo proposto. Em parte porque não me era assegurado o direito de resposta dos ataques que sofri; em parte porque – mostrei para ele – como explicaria aos leitores e amigos do Blog a redução das críticas ao esgoto que jorrava da revista. Basile respondeu quase em desespero: "Mas você não está percebendo que estamos querendo mudar". Disse-lhe que não duvidava de suas boas intenções, mas da capacidade da revista de sair do lamaçal em que se meteu.
Não mudou. Esses processos de deterioração editorial dificilmente são reversíveis. Parece que todo o organismo desaprende regras básicas de jornalismo. Às vezes me pergunto se o atilado Roberto Civita, dos tempos da Realidade ou dos primeiros tempos de Veja, foi acometido de algum processo mental que lhe turvou a capacidade de discernimento.
Tempos atrás participei de um seminário promovido por uma fundação alemã. Na mesa, comigo, o grande Paulo Totti, que foi chefe de reportagem da Veja, meu chefe quando era repórter da revista. Em sua apresentação, Totti disse que nos anos 70 a revista podia ser objeto de muitas críticas, dos enfoques das matérias aos textos. "Mas nunca fomos acusados de mentir".
Definitivamente não sei o que se passa na cabeça de Roberto Civita e do Conselho Editorial da revista. Semana após semana ela se desmoraliza junto aos segmentos de opinião pública que contam, mesmo aqueles que estão do mesmo lado político da publicação. Pode contentar um tipo de leitor classe média pouco informado, que se move pelo efeito manada, não os que efetivamente contam. Mas com o tempo tende a envergonhar os próprios aliados.
Confesso que poucas vezes na história da mídia houve um processo tão clamoroso de marcha da insensatez, como o que acometeu a revista.
Fonte: Blog Luis Nassif Online. Título do Vermelho
Emoção marca homenagem da Cufa à trajetória de Orlando Silva - Portal Vermelho
Emoção marca homenagem da Cufa à trajetória de Orlando Silva
A Cufa (Central Única das Favelas) entrevistou familiares e amigos do ministro do Esporte, Orlando Silva, para contar histórias da sua infância, a trajetória na UNE e os dias atuais. A humildade e a coerência são algumas das qualidades destacadas pelos entrevistados sobre a personalidade do ministro. Para a entidade, o “amigo Orlando Silva é um exemplo de luta para os jovens das periferias brasileiras”. O vídeo revela uma emocionte história e uma justa homenagem ao ministro.
Veja também:
-Ministro do Esporte ouve movimentos sociais sobre obras da Copa
-Ministro peita Teixeira e garante liberdade de imprensa na Copa
sábado, 27 de agosto de 2011
Jornalismo de Quadrilha: Repórter da Veja é flagrado em atividade criminosa contra José Dirceu
Com Osvaldo Bertolino em www.outroladodanoticia.com.br
Repórter da revista Veja é flagrado em atividade criminosa contra José Dirceu
Do Blog do Zé Dirceu
O ardil começou na tarde dessa quarta-feira (24/08), quando o jornalista Gustavo Nogueira Ribeiro, repórter da revista, se registrou na suíte 1607 do Hotel Nahoum, ao lado do quarto que tenho reservado. Alojado, sentiu-se à vontade para planejar seu próximo passo. Aproximou-se de uma camareira e, alegando estar hospedado no meu apartamento, simulou que havia perdido as chaves e pediu que a funcionária abrisse a porta.
O repórter não contava com a presteza da camareira, que não só resistiu às pressões como, imediatamente, informou à direção do hotel sobre a tentativa de invasão. Desmascarado, o infrator saiu às pressas do estabelecimento, sem fazer check out e dando calote na diária devida, ainda por cima. O hotel registrou a tentativa de violação de domicílio em boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial.
A revista não parou por aí.
O jornalista voltou à carga. Fez-se passar por assessor da Prefeitura de Varginha, insistindo em deixar no meu quarto "documentos relevantes". Disse que se chamava Roberto, mas utilizou o mesmo número de celular que constava da ficha de entrada que preencheu com seu verdadeiro nome. O golpe não funcionou porque minha assessoria estranhou o contato e não recebeu os tais “documentos”.
Os procedimentos da Veja se assemelham a escândalo recentemente denunciado na Inglaterra. O tablóide News of the Word tinha como prática para apuração de notícias fazer escutas telefônicas ilegais. O jornal acabou fechado, seus proprietários respondem a processo, jornalistas foram demitidos e presos.
No meio da tarde da quinta-feira, depois de toda a movimentação criminosa do repórter Ribeiro para invadir meu apartamento, outro repórter da revista Veja entrou em contato com o argumento de estar apurando informações para uma reportagem sobre minhas atividades em Brasília.
Invasão de privacidade
O jornalista Daniel Pereira se achou no direito de invadir minha privacidade e meu direito de encontrar com quem quiser e, com a pauta pronta e manipulada, encaminhou perguntas por e-mail já em forma de respostas para praticar, mais uma vez, o antijornalismo e criar um factóide. Pereira fez três perguntas:
1 – Quando está em Brasília, o ex-ministro José Dirceu recebe agentes públicos – ministros, parlamentares, dirigentes de estatais – num hotel. Sobre o que conversam? Demandas empresariais? Votações no Congresso? Articulações políticas?
2 – Geralmente, de quem parte o convite para o encontro – do ex-ministro ou dos interlocutores?
3 – Com quais ministros do governo Dilma o ex-ministro José Dirceu conversou de forma reservada no hotel? Qual o assunto da conversa?
Preparação de uma farsa
Soube, por diversas fontes, que outras pessoas ligadas ao PT e ao governo foram procuradas e questionadas sobre suas relações comigo. Está evidente a preparação de uma farsa, incluindo recurso à ilegalidade, para novo ataque da revista contra minha honra e meus direitos.
Deixei o governo, não sou mais parlamentar. Sou cidadão brasileiro, militante político e dirigente partidário. Essas atribuições me concedem o dever e a legitimidade de receber companheiros e amigos, ocupem ou não cargos públicos, onde quer que seja, sem precisar dar satisfações à Veja acerca de minhas atividades. Essa revista notoriamente se transformou em um antro de práticas antidemocráticas, a serviço das forças conservadoras mais venais.
Dilma convoca centrais, mas não define pauta de reunião - Portal Vermelho
Centrais sindicais vão se reunir com a presidente Dilma Rousseff na próxima segunda (29), no Palácio do Planalto. Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a reunião foi convocada pela própria Dilma. “Não nos informaram qual a pauta da reunião, mas vamos levar para a discussão a questão do fator previdenciário e também da desindustrialização”, disse.
“Acompanhando os noticiários, percebemos que a crise está sendo uma das principais preocupações do governo. Nesse sentido, já estamos indo à reunião com o objetivo de defender interesses sociais. Se surgir como assunto o corte de benefícios nessa área, vamos nos manifestar contra. Não colaboramos com o governo para prejudicar trabalhadores.”, diz João Carlos Gonçalves, o Juruna, Secretário geral da Força Sindical
As centrais vêm pedindo a extinção do fator previdenciário e já vinham discutindo a questão com o governo. Ontem (25), o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, disse que as discussões estão interrompidas porque o governo ainda estuda uma alternativa ao fator previdenciário.
De acordo com Garibaldi, as discussões serão retomadas quando o governo apresentar sua proposta, o que deve acontecer até o final do ano. Quanto à desindustrialização, as centrais pedem que o governo tome medidas para conter a entrada de produtos importados que estão prejudicando a geração de empregos.
Todas as Centrais confirmaram participação. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), por exemplo, estará representada pelo presidente Wagner Gomes e por Adilson Araujo, presidente da CTB-Bahia.
Segundo informações da Agência Sindical, a expectativa das entidades é grande. Elas querem aproveitar a reunião para discutir com Dilma, além da pauta trabalhista unitária, medidas que fortaleçam a economia e coloquem o Brasil o mais distante da rota da crise que atinge parte da Europa e dos Estados Unidos, sob o ponto de vista dos trabalhadores.
O movimento sindical, no entanto, evita usar a palavra crise e pretende chegar no encontro munido de propostas. “Temos o remédio: é mais salários e menos juros”, afirma o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto.
Reportagem do Vermelho com informações da Agência Brasil, Agência Sindical e CTB
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Jovens sindicalistas do Cone-Sul debatem na UGT Educação e Trabalho em Seminário Internacional em São Paulo nos dias 30 e 31
Reunião da Comissão de Jovens em Assunção, Paraguai, agosto de 2010 |
O Seminário debaterá à luz do Trabalho Decente as dificuldades e possibilidades de jovens trabalhadores da região. "É fundamental os sindicatos da CTB São Paulo contribuírem com esse debate importante para a região e o país, em especial porque o evento acontece numa das maiores cidades do mundo, com importante peso da juventude trabalhadora e forte presença de imigrantes dos países irmãos. Em São Paulo a integração se faz na prática, mas é preciso lutar pelo trabalho decente, posto que recentemente tivemos claros indícios de trabalho, atingindo em especial bolivianos. Assim, cabe-nos debater uma integração solidária, o trânsito não só de bens, mas de pessoas e a plena garantia de direitos a todos os trabalhadores, entre outros temas, destaca o Secretário de Juventude da CTB, Paulo Vinícius, que acompanhará a atividade.
Delegação Brasileira na reunião da CCSCS em Assunção, Paraguai, em agosto de 2010. |
Este Seminário será realizado em São Paulo, na União Geral dos Trabalhadores – UGT. R. Aguiar de Barros 144 – Bela Vista.
Terça-feira - 30/08
14:30 – 15:00 - Abertura do Seminário
Rafael Freire – Secretário de Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável da CSA
Rosana Sousa – Coordenadora da Comissão de Juventude da CCSCS
Moderador: Jefferson Tiego – Secretário de Juventude da Força Sindical
15:00- 17:00 -Mesa “Juventude Trabalhadora do Cone Sul e suas perspectivas sobre educação”
Mesa: José Renato Martins (Secretário Geral UNILA)
Gonzalo Berrón (Secretaria de Integração Regional CSA)
Roberto Leão (Setor Educação CCSCS)
Maria Carla Carrochano (Ação Educativa)
Moderador: João Vidal – Secretário de Juventude da UGT
17:00 – 18:00 Debate em Plenário
18:00 – 18:30 Fechamento do dia
09:00 – 11:00 - Mesa sobre “Educação e Trabalho Decente: Prioridades da Juventude Trabalhadora”
Mesa: 1 representante por Central de cada país
Moderador: CGTB
Participação da CTB
11:00 – 12:30 Debate em Plenário
12:30 – 13h
Encerramento da atividade
Este Seminário será realizado em São Paulo, na União Geral dos Trabalhadores – UGT. R. Aguiar de Barros 144 – Bela Vista.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Estudantenet: Presidente da UNE participa de protesto no Chile em apoio à CONFECH
Diretor LGBT da UNE sofre agressão homofóbica em Santo André - Portal Vermelho
Na madrugada do último sábado (20), o diretor LGBT da União Nacional dos Estudantes (UNE), Denílson Júnior, sofreu um ataque homofóbico enquanto saía de um bar em Santo André, região metropolitana de São Paulo.
No vídeo abaixo, Denilson Júnior relata a agressão, conta como foi o atendimento do serviço público de saúde e da Polícia Militar, além de orientar como uma vítima de homofobia deve agir.
Segundo o presidente da UNE, Daniel Iliescu, a entidade tomará as medidas judiciais cabíveis para respaldar o diretor da entidade, além de continuar em constante diálogo com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). “Os cidadãos não podem se intimidar com este tipo de crime. A UNE vai continuar a atuar na luta, através de debates dentro das universidades a fim de enfrentar o problema de frente, prezando pela integridade física e moral de todos homossexuais”.
Denilson recebeu também uma nota de solidariedade da Ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e o presidente da ABGLT, Toni Reis enviou uma mensagem via correio eletrônico: "Denilson, querido, meu carinho e afeto. Toda nossa solidariedade. Registrou B.O. [Boletim de Ocorrência]? Veja o que podemos fazer. A ABGLT está à disposição. Faça um relato. Todo nosso apoio. Toni Reis".
Da redação, Luana Bonone, com informações da UNE
Altamiro Borges: McDonald’s e o inferno do trabalho
Por Vivian Fernandes, no jornal Brasil de Fato:
Pesquisa aponta que o McDonald’s é a empresa que mais contrata no Brasil e uma das cem melhores empresas para se trabalhar no país. A avaliação divulgada nesta semana foi produzida pelo Instituto Great Place to Work – que atua no país em parceria com a revista Época (Editora Globo). No entanto, a rede de fast food é alvo de denúncias de funcionários e do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis e Restaurantes de São Paulo (Sinthoresp). As principais denúncias são em função dos baixos salários e ambiente de trabalho degradante.
No último ano, em um acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho (MPT) da 2ª Região, em São Paulo, o McDonald’s teve que pagar multa de R$ 13,2 milhões e cumprir uma série de adequações trabalhistas. Na investigação, o MPT comprovou várias irregularidades, como extensas jornadas de trabalho (com prorrogação além das duas horas extras diárias permitidas por lei), ausência do período mínimo de 11 horas de descanso entre dois turnos, falta de descanso contínuo de 24 horas pelo menos uma vez por semana e o cumprimento de toda a jornada em pé, sem local para repouso. Também foi constatado o fornecimento de alimentação inadequada aos seus funcionários, entre outros pontos.
Pesquisa a favor
O McDonald’s há 13 anos está na lista das melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Nos sub-rankings, a empresa ocupa o primeiro lugar nas que mais contratam e com maior número de jovens. Também aparece entre as que possuem o melhor treinamento de funcionários (17º) e com maior número de mulheres (20º). A contratação é uma das práticas culturais analisadas pela pesquisa, como comenta a gerente de marketing do Instituto, Viviane Rocha.
“O que a gente viu no McDonald’s é que além dele ser a que mais contratou, ele tem um lado de uma preocupação muito grande de contratar alinhado com a cultura dele”. Ela também aborda o perfil jovem do trabalhador contratado pela rede. O que, para a pesquisa, justificaria a alta rotatividade de funcionários na empresa.
“O McDonald’s tem um estilo de contratar pessoas muito jovens, em início de carreira. É uma marca forte, na qual se consegue fazer um currículo bem feito. Mas para os funcionários, dentro da nossa pesquisa, a gente avalia que é um excelente lugar para trabalhar”.
A metodologia divulgada pelo estudo atribui peso de 67% para a opinião dos funcionários, através de 58 afirmativas fechadas e duas perguntas abertas. Os outros 33% são de respostas abertas vindas do setor de recursos humanos das empresas.
A pesquisa é lançada em uma edição especial da revista Época, no dia 20 de agosto, com o título de “Guia Melhores Empresas para Trabalhar 2011/2012”. No Brasil, foram avaliadas 923 empresas. O mesmo estudo é realizado em outros 45 países.
Sindicato contra
O Sinthoresp – que moveu a ação geradora da multa milionária ao McDonald’s –, recebe com frequência denúncias de funcionários. Entre as mais constantes estão aquelas sobre a jornada móvel e variável e a despensa de mulheres durante a gravidez. O advogado do Sindicato, Rodrigo Rodrigues, explica como é a remuneração neste tipo de jornada aplicada pela rede de fast food.
“Você tem 220 horas mensais para cumprir perante a empresa. Mas você pode trabalhar em um mês 40, 50 horas. E vai receber pelo horário trabalhado. Você pode receber R$ 650, como também R$ 50, R$ 100”.
O valor da hora trabalhada no McDonald’s é de R$ 2,38 – como divulgado em reportagem do jornal Brasil de Fato com o contra-cheque de um funcionário.
Para Rodrigues, a explicação para os índices de entrada e saída de trabalhadores na empresa está nos baixos salários e, também, nas condições precárias de trabalho.
“A rotatividade do McDonald’s chega a 90%. Mais que seis meses, dificilmente eles [os funcionários] ficam. Porque, primeiro, a jornada é muito extenuante. Na verdade, isso não é trabalho, é exploração. Ainda mais quando se trata de crianças e jovens de 14 a 18 anos”.
Atualmente, o Sinthoresp move ação na Justiça pedindo a aplicação a convenção coletiva proposta pelo Sindicato, que tem salários e benefícios melhores aos praticados hoje. Outra ação judicial importante foi a do Ministério Público no Paraná, que ganhou a ação contra a cláusula da jornada móvel e variável no Tribunal Superior do Trabalho no estado.
A crise e os trabalhadores - Por Osvaldo Bertolino
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As contradições internas do capitalismo e o antagonismo capitalista internacional alcançaram um nível no qual as conseqüências recaem pesadamente sobre os trabalhadores. O que acontece hoje é a desvalorização do capital sob todas as formas e a desvalorização da força de trabalho como mercadoria. Aconteceu no passado e voltará a acontecer no futuro, enquanto existir capitalismo.
Em outubro daquele ano fatídico, pouco menos de um milhão de pessoas estavam desempregadas nos Estados Unidos. Em dezembro de 1931, mais de dez milhões estavam sem trabalho. Seis meses depois, o número de desempregados havia pulado para 13 milhões. No auge da Depressão, em março de 1933, 15 milhões de trabalhadores estavam desocupados.
Esse crescimento vertiginoso do desemprego levou a central sindical AFL-CIO a acelerar a campanha pela redução da jornada de trabalho, iniciada nos anos 20. Os dirigentes sindicais norte-americanos argumentavam, basicamente, que essa era uma forma para que todos pudessem ter emprego e poder aquisitivo suficiente para dinamizar a economia.
Dia de trabalho mais curto
O matemático e filósofo inglês Bertrand Russell defendeu a redução da jornada de trabalho com essa frase: "Não deveria haver oito horas diárias para alguns e zero para outros, mas quatro horas diárias para todos." Em julho de 1932, o Conselho Executivo da AFL, reunido em Atlantic City, redigiu um documento pedindo ao presidente da República, Herbert Hoover, uma conferência com líderes empresariais e sindicais para debater a necessidade de uma semana de trabalho de 30 horas. A idéia ganhou simpatia entre poucos empresários que, voluntariamente, cortaram a semana de trabalho para não demitir mais trabalhadores.
Uma das empresas que promoveram a redução da jornada foi a Kellog's. Em 1935, a empresa divulgou um estudo detalhado, mostrando que após cinco anos de semana de seis horas por dia o custo unitário das despesas operacionais fora reduzido em 25% (...), os acidentes reduzidos em 41% (...) e 39% mais pessoas do que em 1929 trabalhavam na Kellog's.
"Para nós, isso não é apenas teoria. Provamos isso com cinco anos de experiência concreta. Descobrimos que, com um dia de trabalho mais curto, a eficiência e o moral de nossos funcionários ficam tão elevados que os acidentes e as taxas de seguro declinaram. E com o custo unitário da produção tão reduzido podemos pagar por seis horas de trabalho o mesmo que costumávamos pagar por oito", diz o estudo.
Jornada semanal de 30 horas
Em dezembro de 1932, o senador Hugo Lafayette Black, do Estado do Alabama, apresentou um projeto de lei requerendo a semana de trabalho de 30 horas. O senador dirigiu-se à nação pelo rádio, conclamando os norte-americanos a apoiarem seu projeto — que, segundo suas previsões, se aprovado levaria à imediata readmissão de mais de 6,5 milhões de desempregados. Black disse ainda que esses empregos e suas rendas estimulariam a geração de milhões de novos assalariados.
O Senado aprovou o projeto no dia 6 de abril de 1933. Sua aprovação entusiasmou o país e estremeceu Wall Street. Enviado imediatamente para a Câmara dos Deputados, ele logo foi aprovado na Comissão do Trabalho e os trabalhadores norte-americanos imaginavam que estavam prestes a serem os primeiros do mundo a ter uma jornada semanal de 30 horas. Mas as horas do projeto estavam contadas.
O presidente Franklin Roosevelt, em conluio com líderes empresariais, imediatamente tomou providências para afundar a idéia. Roosevelt pediu à Comissão de Estudos da Câmara que acabasse com o projeto em troca da sua famosa "Lei de Recuperação da Indústria Nacional". O presidente alegou que a redução da jornada afetaria a capacidade dos Estados Unidos de "competir" internacionalmente.
O grande desafio
Já os empresários não viam com bons olhos uma legislação que institucionalizaria a semana de 30 horas. Mais tarde, em 1937, numa sessão especial no Congresso convocada para tratar do agravamento do desemprego, Roosevelt disse que estava arrependido por não ter apoiado o projeto. "O que o país realmente ganha se encorajarmos o empresariado a ampliar a capacidade de produção da indústria e se não fizermos nada para que os rendimentos da nossa população trabalhadora efetivamente aumentem para criar mercados e absorver a produção gerada?", indagou.
No pós-guerra, a intervenção do Estado na economia garantiu, em muitos países, um bom nível de empregabilidade — empregando diretamente ou irrigando a economia com recursos indiretos (obras públicas e indústria bélica, por exemplo). O Estado foi o agente de equilíbrio que absorveu o impacto das crises econômicas e da automação na iniciativa privada.
Com o Estado transformado em comitê de administração da ciranda financeira pelo neoliberalismo, os efeitos da longa crise iniciada em meados da década de 70 aparecem por toda parte — e o desemprego recorde é uma das suas manifestações mais cruéis. O cassino global, uma máquina predadora da economia real sempre esfomeada, dotou os Estados de uma parafernália que funciona dia e noite a serviço da especulação financeira. Enfrentá-lo é o grande desafio, principalmente para os trabalhadores, nos dias que correm.
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