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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

As mentiras que os meios de propaganda difundiram para justificar a existência e os crimes de Israel



Tradução: Caminho Alternativo

Michel Collon explica no seguinte vídeo as dez mentiras que foram difundidas pelos meios de propaganda sobre Israel e que foram assimiladas profundamente entre a população, especialmente as tiranias capitalistas, chamadas por esses mesmos meios de “democracias”. Estas mentiras permitem que o estado sionista, que nada têm a ver com o judaísmo, possa justificar seus crimes e assassinatos contínuos contra o povo palestino, como ocorre atualmente em Gaza:


Perguntamos às pessoas em Bruxelas se conheciam a história de Israel e as respostas foram catastróficas!
Havia uma grande ignorância do público e creio que essa ignorância nao é por um acaso. Há mais de sessenta anos que os meios de comunicação europeus, que se dizem os melhores do mundo, vêm falando sobre o assunto, porém, este público não sabe sequer o essencial. Acredito que seja uma operação de propaganda israelense realizada com a ajuda dos grandes meios e eu o resumi nas dez grandes mentiras midiáticas para justificar Israel.

A primeira grande mentira midiática que se diz é que Israel foi criado como uma reação ao genocídio de judeus entre 1940-1945. Isto é totalmente falso! Na verdade isto é um projeto colonial que já estava previsto no congresso de 1897, quando o movimento nacionalista judeu decide colonizar a Palestina. Nesse momento o colonialismo estava no auge. Eles então pedem ajuda às potências coloniais, porque percebem que precisam de proteção. Primeiro pedem ao império turco, que não demonstra interesse, depois pediram ao império britânico, que sim estava interessado em possuir colonos instalados no meio do mundo árabe, entre a parte leste e oeste, que queria debilitar o exitoso Egito , controlar o canal de Suez. O caminho em direção à Índia que possui muitas riquezas. Depois aparecem os EUA pela questão do petróleo.

Portanto a criação de Israel nada têm a ver com o período entre 1940-1945, senão fruto de um projeto colonial. É necessário lembrar que nessa época as potências coloniais repartem a África como um pastel na conferência de Berlim de 1885, repartida entre Inglaterra, França, Bélgica, Portugal, Espanha, Alemanha, sem a presença de nenhum convidado africano.

Se trata então de uma época colonial e Israel é um projeto colonial.

Outros mitos que justificam Israel é que os judeus regressam à terra que lhes foi arrebatada pelo império romano em 70a.c. Isto é um mito absoluto! Porque entrevistei no livro do historiador Schlomo Sand onde ele fala com arqueólogos e historiadores de Israel e todos eles dizem que não houve êxodo nem retorno, a maior parte da população permaneceu no mesmo lugar.

Isto têm duas consequências, a primeira é que no fundo, os descendentes destes judeus que viveram na época de Jesus são os palestinos que vivem ali hoje e a segunda é que se não houve gente que saiu, quem são esses que “retornaram”?

Na realidade são os convertidos, são europeus do leste, do oeste, magrebs, são os que se converteram ao judaísmo em distintos momentos e por diferentes razões, mas não o povo judeu. E como diz Sand, o “povo judeu” não existe como tal, pois não há uma mesma história, uma mesma língua e uma mesma cultura, apenas compartem uma mesma religião, mas uma religião não é um povo. Não se fala de um “povo cristão”, um “povo muçulmano” e portanto, não existe “povo judeu”.

O terceiro grande mito é que “não é tão grave que tenham colonizado esta terra porque aquilo estava deserto e vazio”. Isto também é uma absoluta mentira! As testemunhas da época no fim do século XIX dizem que a Palestina era um oceano de trigo. Havia cultivos, exportação, por exemplo, à França, produção de sabão de azeite das famosas laranjas. E quando os colonos britânicos e posteriormente, os judeus, se instalam na Palestina a partir de 1920, os camponeses palestinos se negam a dar suas terras, começam as revoltas, as greves gerais, manifestações com grande números de mortos e até uma guerrilha.

O que destruiu tudo isto foi uma enorme repressão exercida pelo exército de ocupação britânico e depois pelo exército sionista.

Outra coisa que se diz é que se existia palestinos eles mesmos se foram da região. Isto é absolutamente falso! Eu mesmo acreditei nisto, assim como todo mundo, nesta versão oficial de Israel. Até que novos historiadores israelenses como Illan Pappe ou Benny Morris, que está no livro, dizem que não. Os palestinos foram expulsos através da violência, pelo terror, por uma operação sistemática para expulsá-los do país e assim esvaziar a terra de seus habitantes. Portanto se trata de um mito!

Esta é a parte histórica de Israel, tudo que nos ocultam mas que é muito importante compreender.

Se nos referirmos ao período atual, se diz que de toda forma, “Israel é a única democracia no Oriente Médio e que vale a pena defendê-lo e que é um Estado de direito”. Em primeiro lugar, Israel não é um Estado de direito, pois é o único país cuja constituição não fixa seus limites territoriais. Em todos os países do mundo a constituição estabelece onde começa o estado e onde termina. Israel não, porque é precisamente um projeto de expansão que não possui limites! Além de uma constituição totalmente racista que diz que Israel é um Estado dos judeus e os outros são cidadãos de segunda categoria, isto é a negação da democracia.

Gostaria de dizer que Israel é o colonialismo, é o roubo da terra, é a limpeza étnica da população e isto não pode ser considerado uma democracia. Há quem diga que possui parlamento, meios de comunicação, professores universitários que criticam. Isto é verdade, mas dado que é um estado baseado no roubo da terra isto quer dizer que é uma democracia entre os ladrões para saber como vão continuar roubando. Isto não é democracia, isto é colonialismo e uma ditadura!

Nos dizem que EUA, o país que protege Israel e que doa 3 bilhões de dólares por ano para ajudar os israelenses a atacarem seus vizinhos, quer proteger a democracia no Oriente Médio. Bom, se EUA quisesse defender a democracia não teria colocado e protegido as ditaduras da Arábia Saudita, Kuwait ou Egito. Quem instalou estas ditaduras foram os EUA. E o que querem EUA e Israel é o petróleo e não a democracia.

Na realidade jogam um papel de guardas do petróleo, isto é explicado nos livros de Chomsky, Samir Amin, entre outros. O que EUA quer é controlar o petróleo do Oriente Médio e quer destruir qualquer país que se oponha a dar seu petróleo em troca de nada. Vimos isto na guerra do Iraque, Líbia e em outras agressões. Mas EUA não pode atacar ele sozinho todos os países do Oriente Médio. Por isso precisa do papel de “guardião” exercido por Israel. Chomsky o chama de “polícia do bairro”.

Há algum tempo EUA fazia o mesmo com o Xá do Irã para este fim, uma ditadura espantosa imposta, retirando em 1953 àquele que era democraticamente eleito, Mosadeq. Mas EUA perdeu o Irã e lhe resta agora Israel, por isso protege Israel embora viole a legislação internacional e convenções da ONU.

É claramente uma guerra econômica o que está fazendo os EUA. A Europa quer passar a imagem de que é mais neutra, que está em busca de um processo de diálogo que consiga a paz entre israelenses e palestinos. Isto também é falso!

Europa declarou há pouco tempo à Israel que é o 28º Estado da União Européia. A indústria de armamento europeia é a que financia e colabora com a indústria bélica israelense. Existem pessoas na França como Lagardére e Dassault que são muito próximas à Sarkozy e que colaboram com a indústria de armas de Israel.

Além disto, quando os palestinos elegeram seu governo a União Européia não só se negou a reconhecê-lo como deu sinal verde para que Israel iniciasse o bombardeio em Gaza. Portanto, quando Netanyahu, Barak, Olmer e demais bombardeiam os palestinos são Sarkozy, Merkel e os governos europeus que bombardeiam.

Quando alguém conta a verdadeira história de Israel, quando se mostra os interesses escandalosos dos governos dos EUA e europeus, tentam calar a boca de quem denuncia, tachando-os de “antissemita” ou “racista anti-judeu”.

Vamos deixar uma coisa bem clara, quando se critica Israel o que fazemos é denunciar o governo que nega igualdade entre os seres humanos, entre os judeus e os muçulmanos.

Nós queremos o contrário, uma paz entre judeus e muçulmanos no futuro, os cristãos e os laicos no Oriente Médio. E para isto é necessário parar Israel neste crime, pois seu objetivo é gerar ódio, esta é sua estratégia.

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