“Existimos como Partido revolucionário e propositivo graças às nossas lideranças que dedicaram suor e sangue para fazer do PCdoB o que é hoje. E manter essa característica é o nosso maior desafio”. Esse foi o tom dado por Renato Rabelo em mais uma edição do programa “Palavra do Presidente”, ao falar sobre o papel de João Amazonas e Maurício Grabois na história política do Partido e do Brasil.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Durante o programa, o presidente nacional do PCdoB falou sobre a realização de um ato em homenagem a estes dois símbolos que será realizado na próxima sexta-feira (9), em Brasília, na Câmara dos Deputados. Segundo ele, “a homenagem pode contar até com a presença da presidenta Dilma Rousseff, que sinalizou, pessoalmente, que estando em Brasília faz questão de participar do evento”.
Renato falou com entusiasmo sobre a homenagem e lembrou que “João Amazonas e Maurício Grabois compõem duas gerações, a segunda e a terceira, da trajetória dos 90 anos do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Eles tiveram um papel destacado nas trincheiras de nosso Partido, especialmente na segunda geração, cuja liderança foi de Luis Carlos Prestes. Esses companheiros participaram de momentos marcantes da história do PCdoB, e um deles foi a célebre Conferência da Mantiqueira, quando o Partido foi desmantelado pela ditadura do Estado Novo”.
Ele credita a Amazonas e Grabois a condução do Partido na terceira geração, momento em que o PCdoB foi reorganizado, em 1962. “A trajetória desses dois grandes líderes define a própria trajetória do PCdoB”, frisou o dirigente.
Para Renato, “Amazonas e Grabois cultivaram o caráter revolucionário que defendemos e sustentaram todas as frentes de luta ao longo da história do nosso país. Ou seja, liderado por João Amazonas e Maurício Grabois, o PCdoB sempre esteve na linha de frente de todas as lutas e na defesa da justiça social” .
Ele reafirma que “a responsabilidade da geração atual é enorme, pois é preciso dar continuidade ao legado destes dois símbolos e dos demais companheiros que dedicaram suas vidas ao Partido. Somos continuadores dessa causa, e, como tais, devemos preservar e perpetuar a história iniciada por nossos companheiros”.
Um verbo: lutar
João Amazonas completaria 100 anos em 1° de janeiro de 2012; viveu 90 anos, e destes 70 anos foram de militância. Esse companheiro foi o representante do Rio de Janeiro na Constituinte de 1946, foi uma grande intelectual, o idealizador da Guerrilha do Araguaia.
“Amazonas participou de duas constituintes, a de 1946 e a 1988, dando uma grande contribuição em ambas. Esse companheiro foi um político de grande estatura, um homem que tinha um grande discernimento estratégico e tático, além de um grande nível de abstração que foi materializado em uma grande contribuição teórica para o PCdoB. O consideramos o grande ideólogo do Partido”, explicou.
Como exemplo da grande contribuição de João Amazonas, Renato rememorou que ele foi um protagonista, decisivo, na formação da Frente Brasil Popular, que foi a primeira frente a lançar Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989, à presidência da República.
Renato também destacou que “Amazonas assumiu um papel central na compreensão de um momento marcante de nossa história, a queda do Muro de Berlim. Ele procurou, exatamente, entender este momento, entender o que foi a Revolução de Outubro, tirando justamente os ensinamentos e procurando fundamentar nas novas condições que o socialismo é viável”.
Uma vida de combates
Maurício Grabois faria 100 anos em 2 de outubro de 2012, viveu 61 anos, destes mais de 50 anos foram dedicados à militância. Durante a segunda geração do Partido, Grabois foi o líder da bancada comunista na Constituinte de 1946, foi um grande deputado, elogiado por figuras como Jorge Amado.
Grabois foi político e lutou com as ideias, mas também foi a campo e liderou um dos maiores movimentos de resistência do PCdoB, a Guerrilha do Araguaia. Isso é o PCdoB, esse Partido foi construído graças a líderes como Grabois, que deu sua vida por um ideal, esta que é nossa razão de luta nestes tempos.
Ouça a reflexão na íntegra:
Programa Palavra do Presidente
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