Grupos armados pró-ocidentais perpetraram um novo massacre contra famílias indefesas, desta vez na comunidade de Karm Louz, elevando a 60, entre eles crianças e mulheres, o número de civis brutalmente assassinados na província síria de Homs.
As imagens divulgadas na manhã desta quarta-feira (14) mostram cenas horríveis dos crimes cometidos na terça-feira (13) por bandos financiados e armados por potências estrangeiras, que estão sendo caçados pelas forças armadas sírias no deserto situado na região central do país, assinalaram as autoridades.
Da mesma forma que no último domingo (11) em Karm Zaytoun, onde 45 membros de famílias pobres alauitas foram baleados, os terroristas atiraram contra outras 15 pessoas em Karm Louz, entre as quais estavam uma mãe e seus quatro filhos, na sala de seu lar, ao mesmo tempo em que assaltaram e saquearam as moradias, de acordo com os meios de comunicação.
Os abomináveis atos de terror acontecem depois que o enviado especial da ONU, Kofi Annan, visitou Damasco para promover um diálogo e um arranjo político da crise na Síria. Esses crimes – segundo um funcionário público afirmou à Prensa Latina – são um insulto à missão de Annan e a qualquer outra negociação que se realize.
Na operação para caçar e deter o grupo terrorista, agentes das forças de segurança encontraram um esconderijo usado pelos bandos, onde filmavam e realizavam informes falsificados para os canais al-Jazira e al-Arabiya, que depois os repassavam aos meios de comunicação ocidentais, informou a agência de notícias SANA.
A Rede Síria de Direitos Humanos condenou o assassinato de 45 pessoas pelos grupos terroristas depois que as sequestraram e torturaram, para filmá-las e enviar a gravação a emissoras anti-sírias, com o objetivo de culpar o Exército sírio por tais atrocidades, denuncia em um comunicado essa organização.
A RSDH repudiou também que um grupo de franco-atiradores tenha feito disparos contra moradias para aterrorizar a população de Eyadat.
"Enquanto esses grupos continuam recebendo o apoio e o amparo de países como Estados Unidos, França, Reino Unido, Turquia e Estados árabes como Catar e Arábia Saudita, estarão ameaçados os direitos humanos e socavada a luta contra o terrorismo", advertiu a organização.
"Esse apoio dá aos grupos terroristas licença para prosseguir com seus crimes e violações sem respeito aos valores morais e os sentimentos humanos", conclui a nota.
Por sua vez, o Observatório Sírio pelas Vítimas da Violência e o Terrorismo, um grupo humanitário recém-criado, condenou o massacre contra famílias em Homs.
O Observatório enfatizou que tais crimes são "uma clara evidência da brutalidade do Conselho de Istambul e não deixam dúvida alguma sobre o tipo de democracia e liberdade que essa gente acredita".
Em uma mensagem, a organização assinala que esses atos brutais tiveram lugar em torno de um novo debate no Conselho de Segurança da ONU, o qual demonstra a premeditação do eixo catari-saudita no planejar, dirigir e utilizar as imagens e os atos em seus canais para fomentar a sedição e o conflito religioso na Síria.
O Observatório Sírio pelas Vítimas da Violência e o Terrorismo pede às organizações não governamentais deste país a mobilizar esforços para desmascarar os crimes do Conselho de Istambul em todos os círculos internacionais e as organizações humanitárias.
Fonte: Prensa Latina
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