Sindicato é melhor com unicidade sindical
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) defende o sindicalismo classista, apoia o fortalecimento das entidades de classe dos trabalhadores e contribui para a luta em defesa do desenvolvimento com valorização do trabalho.
A CTB defende a manutenção do Artigo 8º da Constituição Federal, que, entre outros pontos importantes, garante a unicidade e a contribuição sindical.
A unicidade é uma proteção legal e um freio para a fragmentação dos sindicatos, pois garante um único sindicato por ramo de atividade na mesma base territorial. A contribuição sindical é uma fonte indispensável para a sobrevivência da maioria dos sindicatos brasileiros.
Sindicato forte não pode ser dividido e precisa ter preservadas suas fontes de custeio. Essa é a posição da grande maioria do movimento sindical brasileiro, que compartilha com a CTB a defesa da unicidade e da contribuição sindical.
A unicidade é uma opção coletiva, o pluralismo é individualista
Com o pluralismo, a ação sindical deixa de ser um direito, duramente conquistado, e transforma-se num serviço. E o trabalhador, nessa relação, perde a cidadania e veste a máscara de consumidor. Esta maneira de ver reduz a relação patrão-empregado ao confronto de duas vontades individuais, disfarçando a contradição de classe que permeia a troca entre patrão e empregado (em que o trabalhador vende sua força de trabalho em troca do salário).
A opção coletiva (classista) enfatiza, por sua vez, os interesses da classe trabalhadora e o conflito fundamental entre o capital e a força de trabalho. Esta concepção considera os trabalhadores em seu conjunto. Nesse sentido, a tradição operária aponta para a construção da unidade de ação – e para a unicidade sindical, e não pluralidade.
A defesa e manutenção dos sindicatos é, assim, uma tarefa da classe trabalhadora em prol de seus interesses.
Quem deve sustentar os sindicatos
Existem exemplos de que os sindicatos podem ser sustentados pelos trabalhadores, pelos empresários ou pelos governos. Em nossa opinião, os sindicatos devem ser sustentados pelos trabalhadores, pois só assim poderá manter sua independência, necessária para encaminhar suas lutas.
Na sociedade atual existe o dízimo para a igreja, a contribuição para o time de futebol, entre tantas outras. Contribuir com o seu sindicato é a mais nobre de todas elas, porque permite que o equivalente a um dia de trabalho se reverta em 365 dias de luta por ano.
O fim da contribuição sindical pode significar um aumento no valor das contribuições, pois cada sindicato poderá cobrar livremente o que quiser. Por tudo isso, somos a favor da manutenção da atual contribuição sindical.
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