O presidente da Síria, Bashar al-Assad, promulgou nesta terça-feira (13) um decreto que estabelece a realização de eleições legislativas nacionais no dia 7 de maio próximo, sob os ditames da nova constituição, aprovada em 22 de fevereiro passado.
Nessa data, de acordo com o decreto publicado hoje, terá lugar o primeiro turno das eleições, no qual participarão pela primeira vez organizações políticas que não integram a aliança de governo encabeçada pelo Partido Árabe Socialista al-Baath e várias delas se situam na oposição.
A eleição para escolher os deputados da Assembleia do Povo é parte do processo de reformas integrais que a administração dirigida por Al-Assad promove em resposta a demandas da população para conceber um maior pluralismo democrático na Síria.
Um peso, duas medidas
Os Estados Unidos, como era de se esperar, fizeram um estardalhaço contra o anúncio do governo sírio. O Departamento de Estado classificou como "ridículo" o anúncio da a fixação da data para a eleição. E ainda "exigiu" das autoridades de Damasco que detenham a "repressão".
"Realizar eleições rotineiras para um Parlamento sem questionamento algum, no meio do tipo de violência que estamos vendo no país, é ridículo", afirmou Victoria Nuland, porta-voz do Departamento de Estado durante sua entrevista coletiva diária.
O que é profundamente contraditório, já que em um passado não muito distante os Estados Unidos promoveram eleições no Afeganistão e no Iraque em meio a uma guerra civil causada pela invasão e posterior ocupação do país por tropas suas e de seus satélites.
O argumento dos invasores americanos naquela época é que a "eleição" serviria para pacificar os países em questão. Outro exemplo de contradição americana, que demonstra o apetite imperial dos Estados Unidos, foi a realização na década de 1970 de eleições no Vietnã do Sul, invadido e controlado pela potência ocidental, em meio à guerra que destruia o país asiático.
Com agências
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