Eu sei porque há medo da vinda dos médicos cubanos. Deve assustar mesmo, diante do que a saúde tornada comércio, açougue, prostíbulo se tornou. Mas eu me entristeço muito é com a conivência dos médicos e médicas comprometidos com a saúde da população. Meu pai, que foi ao UNICLINIC em Fortaleza, em cujo time trabalhou, passou uma semana com uma vesícula estourada dentro dele quando um exame simples poderia tê-lo salvo. Era um homem saudável, um atleta, não bebia, não fumava. Em função desse início - já em outro hospital - foi praticamente esquartejado, sofreu muitíssimo e o perdemos. Quanto lucro não rendeu sua agonia? Quanta dor não é apenas para o lucro? Como pensar em que a vida das pessoas que amamos sirva para lucro? Qual o impacto de mais e mais médicos e médicas tratarem as pessoas como sere humanos? E os brasileiros, fazem isso. Sim. Existem profissionais humanos, éticos.Tenho amigos médicos, e tenho referências profissionais como Teresinha Braga Monte (um anjo), Chico Passeata, Helena Serra Azul , Carlinhos, Dr. Júnior Parente, o Dr. André, um jovem médico da Cassi que me atende. Mas o esquema, o sistema, a formação dos médicos no Brasil não são para formar médicos humanos, solidários. O corporativismo, a ganância e o carreirismo são inimigos da vida e da justiça com que se deveriam punir exemplarmente os crimes de médicos que se consideram "erros" - mas que são muitas vezes crimes mesmo. Tem que enfrentar essa caixa preta. Saúde não é assunto que apenas a médicos corresponda, nossos familiares e nossos corpos e nossa vida não podem nem devem estar em mãos onipotentes, como se nada tivéssemos o que dizer. Tem que abrir a caixa preta dessa saúde de máfia que ignora o pobre, só pensa em dinheiro, não vai aonde é necessário. E não admite que ninguém vá. Medo. Já pensou esse povo saber que tem direito a renda, a escola, a saúde, ao trabalho?!?!? Que venham os médicos(as) de Cuba! Precisamos sim, da ajuda deles!
Pedro Porfírio: Por que os médicos cubanos assustam - Viomundo - O que você não vê na mídia
Por que os médicos cubanos assustam
Elite corporativista teme que mudança do foco no atendimento abale o nosso sistema mercantil de saúde
por Pedro Porfírio, em seu blog, via Cebes
A virulenta reação do Conselho Federal de Medicina contra a vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalhar em áreas absolutamente carentes do país é muito mais do que uma atitude corporativista: expõe o pavor que uma certa elite da classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo adotado na ilha, que prioriza a prevenção e a educação para a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades, mas sobretudo a necessidade de atendimento e os custos com a saúde.
Essa não é a primeira investida radical do CFM e da Associação Médica Brasileira contra a prática vitoriosa dos médicos cubanos entre nós. Em 2005, quando o governador de Tocantins não conseguia médicos para a maioria dos seus pequenos e afastados municípios, recorreu a um convênio com Cuba e viu o quadro de saúde mudar rapidamente com a presença de apenas uma centena de profissionais daquele país.
A reação das entidades médicas de Tocantins, comprometidas com a baixa qualidade da medicina pública que favorece o atendimento privado, foi quase de desespero. Elas só descansaram quando obtiveram uma liminar de um juiz de primeira instância determinando em 2007 a imediata “expulsão” dos médicos cubanos.
No Brasil, o apego às grandes cidades
Dos 371.788 médicos brasileiros, 260.251 estão nas regiões Sul e Sudeste
Neste momento, o governo da presidenta Dilma Rousseff só está cogitando de trazer os médicos cubanos, responsáveis pelos melhores índices de saúde do Continente, diante da impossibilidade de assegurar a presença de profissionais brasileiros em mais de um milhar de municípios, mesmo com a oferta de vencimentos bem superiores aos pagos nos grandes centros urbanos.
E isso não acontece por acaso. O próprio modelo de formação de profissionais de saúde, com quase 58% de escolas privadas, é voltado para um tipo de atendimento vinculado à indústria de equipamentos de alta tecnologia, aos laboratórios e às vantagens do regime híbrido, em que é possível conciliar plantões de 24 horas no sistema público com seus consultórios e clínicas particulares, alimentados pelos planos de saúde.
Mesmo com consultas e procedimentos pagos segundo a tabela da AMB, o volume de clientes é programado para que possam atender no mínimo dez por turnos de cinco horas. O sistema é tão direcionado que na maioria das especialidades o segurado pode ter de esperar mais de dois meses por uma consulta.
Além disso, dependendo da especialidade e do caráter de cada médico, é possível auferir faturamentos paralelos em comissões pelo direcionamento dos exames pedidos como rotinas em cada consulta.
Sem compromisso em retribuir os cursos públicos
Há no Brasil uma grande “injustiça orçamentária”: a formação de médicos nas faculdades públicas, que custa muito dinheiro a todos os brasileiros, não presume nenhuma retribuição social, pelo menos enquanto não se aprova o projeto do senador Cristóvam Buarque, que obriga os médicos recém-formados que tiveram seus cursos custeados com recursos públicos a exercerem a profissão, por dois anos, em municípios com menos de 30 mil habitantes ou em comunidades carentes de regiões metropolitanas.
Cruzando informações, podemos chegar a um custo de R$ 792.000,00 reais para o curso de um aluno de faculdades públicas de Medicina, sem incluir a residência. E se considerarmos o perfil de quem consegue passar em vestibulares que chegam a ter 185 candidatos por vaga (UNESP), vamos nos deparar com estudantes de classe média alta, isso onde não há cotas sociais.
Um levantamento do Ministério da Educação detectou que na medicina os estudantes que vieram de escolas particulares respondem por 88% das matrículas nas universidades bancadas pelo Estado. Na odontologia, eles são 80%.
Em faculdades públicas ou privadas, os quase 13 mil médicos formados anualmente no Brasil não estão nem preparados, nem motivados para atender às populações dos grotões. E não estão por que não se habituaram à rotina da medicina preventiva e não aprenderam como atender sem as parafernálias tecnológicas de que se tornaram dependentes.
Concentrados no Sudeste, Sul e grandes cidades
Números oficiais do próprio CFM indicam que 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades. Boa parte da clientela dos hospitais municipais do Rio de Janeiro, por exemplo, é formada por pacientes de municípios do interior.
Segundo pesquisa encomendada pelo Conselho, se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.
A pesquisa “Demografia Médica no Brasil” revela que há uma forte tendência de o médico fixar moradia na cidade onde fez graduação ou residência. As que abrigam escolas médicas também concentram maior número de serviços de saúde, públicos ou privados, o que significa mais oportunidade de trabalho. Isso explica, em parte, a concentração de médicos em capitais com mais faculdades de medicina. A cidade de São Paulo, por exemplo, contava, em 2011, com oito escolas médicas, 876 vagas – uma vaga para cada 12.836 habitantes – e uma taxa de 4,33 médicos por mil habitantes na capital.
Mesmo nas áreas de concentração de profissionais, no setor público, o paciente dispõe de quatro vezes menos médicos que no privado. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o número de usuários de planos de saúde hoje no Brasil é de 46.634.678 e o de postos de trabalho em estabelecimentos privados e consultórios particulares, 354.536.Já o número de habitantes que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 144.098.016 pessoas, e o de postos ocupados por médicos nos estabelecimentos públicos, 281.481.
A falta de atendimento de saúde nos grotões é uma dos fatores de migração. Muitos camponeses preferem ir morar em condições mais precárias nas cidades, pois sabem que, bem ou mal, poderão recorrer a um atendimento em casos de emergência.
A solução dos médicos cubanos é mais transcendental pelas características do seu atendimento, que mudam o seu foco no sentido de evitar o aparecimento da doença. Na Venezuela, os Centros de Diagnósticos Integrais espalhados nas periferias e grotões, que contam com 20 mil médicos cubanos, são responsáveis por uma melhoria radical nos seus índices de saúde.
Cuba é reconhecida por seus êxitos na medicina e na biotecnologia
Em sua nota ameaçadora, o CFM afirma claramente que confiar populações periféricas aos cuidados de médicos cubanos é submetê-las a profissionais não qualificados. E esbanja hipocrisia na defesa dos direitos daquelas pessoas.
Não é isso que consta dos números da Organização Mundial de Saúde. Cuba, país submetido a um asfixiante bloqueio econômico, mostra que nesse quesito é um exemplo para o mundo e tem resultados melhores do que os do Brasil.
Graças à sua medicina preventiva, a ilha do Caribe tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959, quando do triunfo da revolução) – inferior à do Canadá e dos Estados Unidos. Da mesma forma, a expectativa de vida dos cubanos – 78,8 anos (contra 60 anos em 1959) – é comparável a das nações mais desenvolvidas.
Com um médico para cada 148 habitantes (78.622 no total) distribuídos por todos os seus rincões que registram 100% de cobertura, Cuba é, segundo a Organização Mundial de Saúde, a nação melhor dotada do mundo neste setor.
Segundo a New England Journal of Medicine, “o sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os EUA”.
O Brasil forma 13 mil médicos por ano em 200 faculdades: 116 privadas, 48 federais, 29 estaduais e 7 municipais. De 2000 a 2013, foram criadas 94 escolas médicas: 26 públicas e 68 particulares.
Formando médicos de 69 países
Em 2012, Cuba, com cerca de 13 milhões de habitantes, formou em suas 25 faculdades, inclusive uma voltada para estrangeiros, mais de 11 mil novos médicos: 5.315 cubanos e 5.694 de 69 países da América Latina, África, Ásia e inclusive dos Estados Unidos.
Atualmente, 24 mil estudantes de 116 países da América Latina, África, Ásia, Oceania e Estados Unidos (500 por turma) cursam uma faculdade de medicina gratuita em Cuba.
Entre a primeira turma de 2005 e 2010, 8.594 jovens doutores saíram da Escola Latino-Americana de Medicina. As formaturas de 2011 e 2012 foram excepcionais com cerca de oito mil graduados. No total, cerca de 15 mil médicos se formaram na Elam em 25 especialidades distintas.
Isso se reflete nos avanços em vários tipos de tratamento, inclusive em altos desafios, como vacinas para câncer do pulmão, hepatite B, cura do mal de Parkinson e da dengue. Hoje, a indústria biotecnológica cubana tem registradas 1.200 patentes e comercializa produtos farmacêuticos e vacinas em mais de 50 países.
Presença de médicos cubanos no exterior
Desde 1963, com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, Cuba trabalha no atendimento de populações pobres no planeta. Nenhuma outra nação do mundo, nem mesmo as mais desenvolvidas, teceu semelhante rede de cooperação humanitária internacional. Desde o seu lançamento, cerca de 132 mil médicos e outros profissionais da saúde trabalharam voluntariamente em 102 países.
No total, os médicos cubanos trataram de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas. Atualmente, 31 mil colaboradores médicos oferecem seus serviços em 69 nações do Terceiro Mundo.
No âmbito da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), Cuba e Venezuela decidiram lançar em julho de 2004 uma ampla campanha humanitária continental com o nome de Operação Milagre, que consiste em operar gratuitamente latino-americanos pobres, vítimas de cataratas e outras doenças oftalmológicas, que não tenham possibilidade de pagar por uma operação que custa entre cinco e dez mil dólares. Esta missão humanitária se disseminou por outras regiões (África e Ásia). A Operação Milagre dispõe de 49 centros oftalmológicos em 15 países da América Central e do Caribe. Em 2011, mais de dois milhões de pessoas de 35 países recuperaram a plena visão.
Quando se insurge contra a vinda de médicos cubanos, com argumentos pueris, o CFM adota também uma atitude política suspeita: não quer que se desmascare a propaganda contra o regime de Havana, segundo a qual o sonho de todo cubano é fugir para o exterior. Os mais de 30 mil médicos espalhados pelo mundo permanecem fiéis aos compromissos sociais de quem teve todo o ensino pago pelo Estado, desde a pré-escola e de que, mais do que enriquecer, cumpre ao médico salvar vidas e prestar serviços humanitários.
Leia também:
Pedro Saraiva: Sobre a vinda dos 6.000 médicos cubanos
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sábado, 18 de maio de 2013
Quem tem medo dos médicos cubanos? | UJS
Quem tem medo dos médicos cubanos? | UJS
Pediatra cubano examina criança
O médico brasileiro que trabalha em Portugal, Pedro Saraiva, afirma achar estranho “o governo ter falado em atrair médicos cubanos, portugueses e espanhóis, e a gritaria ser somente em relação aos médicos cubanos. Será que somente os médicos cubanos precisam revalidar diploma?” ele complementa seu raciocínio e garante: “sou médico e vivo em Portugal, posso garantir que nos últimos anos conheci médicos portugueses e espanhóis que tinham nível técnico de sofrível para terrível”.
Para Saraiva, “profissional ruim há em todos os lugares e profissões. Do jeito que o discurso está focado nos médicos de Cuba, parece que o problema real não é bem a revalidação do diploma, mas sim puro preconceito”. Visão que se baseia na informação de que apenas 20 médicos cubanos, num universo de 182, foram aprovados no Revalida, exame brasileiro para avaliar a aptidão de estrangeiros para atuar no Brasil. Saraiva pergunta “será que estamos avaliando corretamente os médicos estrangeiros?”, porque, diz ele, em Portugal, 60 médicos cubanos prestaram exame e 44 foram aprovados (73,3%). Segundo Saraiva “há algo de estranho em tamanha dissociação”.
O preconceito é reforçado por texto da AMB (Associação Médica Brasileira) no qual afirma que “permitir que médicos, brasileiros ou não, formados fora do nosso país, especialmente em Cuba e Bolívia, venham trabalhar no Brasil sem que sejam testados seus conhecimentos, habilidades e atitudes é colocar a população em risco. Pior é dizer que esses irão para as cidades de mais difícil acesso, para as comunidades mais pobres”.
Posicionamento reforçado pelo CMF (Conselho Federal de Medicina). Editorial em seu site “condena veemente qualquer iniciativa que proporcione a entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação. Medidas neste sentido ferem a lei, configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população”. Será que se fossem médicos oriundo dos EUA e Europa, brancos de olhos azuis a posição seria a mesma?
Contraditoriamente, as entidades médicas brasileiras, que deveriam zelar pelo bem estar da população, atacam o projeto de lei 168/2012, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que obriga médicos recém-formados a trabalhar por dois anos em municípios com menos de 30 mil habitantes. O vice-presidente do CFM, Carlos Vital Corrêa Lima afirma que “não se pode exigir de um egresso que, contrariamente a sua consciência, ele vá exercer a profissão numa área desprovida de recursos, equipamentos e infra-estrutura minimamente adequada para assistência à população”.
Para tentar resolver essa demanda, o governo criou em 2011 o Provab (Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica) e ofertou salários de 8 mil reais para médicos que aceitassem trabalhar nas localidades onde não há assistência médica, mas até hoje somente 4 mil médicos aderiram. Isso mostra a elitização da Medicina no país. O acesso às universidades concentra-se na classe média alta devido aos altos custos dos cursos e os dados comprovam que nas universidades públicas 88% dos estudantes têm origem no ensino médio e fundamental privados.
Pior ainda. O Brasil conta com 371.788 médicos, sendo que 266.251 localizam-se nas regiões Sul e Sudeste, 70% do total, os outros 30% dividem-se no restante do país. Já começa pelo ensino superior do setor, no qual 58% das universidades são privadas e os quase 13 mil médicos que se formam anualmente já aprendem a lógica do mercado e voltam-se para instituições privadas ou consultórios particulares. Dados revelam que mesmo onde há mais médicos no setor público a presença é 4 vezes menor do que no privado.
De acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) existem no Brasil 46.634.678 usuários de planos de saúde e 354.536 postos de trabalho privados e consultórios particulares. Atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) os outros 144.098.016 de brasileiros em 281.481 postos ocupados por médicos no setor público.
A briga não é de hoje. Em 2005, o governo de Tocantins, por não conseguir profissionais para os locais mais afastados, contratou os cubanos. As entidades médicas do estado, comprometidas com o setor privado de assistência médica somente descansaram quando em 2007 um juiz concedeu liminar proibindo o trabalho dos médicos cubanos.
Para Pedro Saraiva, “infelizmente até a classe médica aderiu ao ativismo de Facebook. O cara lê a Veja ou O Globo, se revolta com o governo, vai no Facebook, repete meia dúzia de clichês ou frases feitas e sente que já exerceu sua cidadania” e acrescenta que “enquanto isso, a população carente, que nem sabe o que é Facebook morre à míngua, sem atendimento médico brasileiro ou cubano”. Ele afirma ainda que Portugal importou médicos cubanos em 2009 e “em 2012, sob pressão popular, o governo português renovou a parceria, com amplo apoio dos pacientes”.
Diferenças entre Cuba e Brasil
A OMS (Organização Mundial de Saúde) assegura que Cuba tem os melhores índices de saúde do continente americano e do Terceiro Mundo. Texto de Pedro Porfírio, em seu blog, afirma que a medicina cubana “prioriza a prevenção e educação para a saúde” e com isso reduz custos com o setor na ilha caribenha. Os cubanos têm um médico para cada 148 habitantes com 100% de cobertura no país, prevalece o “médico de família” na ilha socialista. O Distrito Federal, que tem a maior média brasileira, conta com 4,02 médicos por mil habitantes. O índice nacional brasileiro é de 1,95 médicos por mil habitantes.
A mortalidade infantil dos cubanos faz inveja é de 4,9 nascidos por mil habitantes, inferior aos índices de EUA e Canadá. A expectativa de vida está em 78,8 anos.
Os que se “indignam” com a contratação dos médicos estrangeiros, são os mesmo que não aceitam atender a população mais carente do interior do Brasil, esta visão não é somente corporativista, mas, extremamente elitista, pois, a entrada de médicos estrangeiros não mudara em nada a situação salarial dos médicos brasileiros, mas, poderá mudar profundamente a lastimável situação da saúde pública.
Pediatra cubano examina criança
O médico brasileiro que trabalha em Portugal, Pedro Saraiva, afirma achar estranho “o governo ter falado em atrair médicos cubanos, portugueses e espanhóis, e a gritaria ser somente em relação aos médicos cubanos. Será que somente os médicos cubanos precisam revalidar diploma?” ele complementa seu raciocínio e garante: “sou médico e vivo em Portugal, posso garantir que nos últimos anos conheci médicos portugueses e espanhóis que tinham nível técnico de sofrível para terrível”.
Para Saraiva, “profissional ruim há em todos os lugares e profissões. Do jeito que o discurso está focado nos médicos de Cuba, parece que o problema real não é bem a revalidação do diploma, mas sim puro preconceito”. Visão que se baseia na informação de que apenas 20 médicos cubanos, num universo de 182, foram aprovados no Revalida, exame brasileiro para avaliar a aptidão de estrangeiros para atuar no Brasil. Saraiva pergunta “será que estamos avaliando corretamente os médicos estrangeiros?”, porque, diz ele, em Portugal, 60 médicos cubanos prestaram exame e 44 foram aprovados (73,3%). Segundo Saraiva “há algo de estranho em tamanha dissociação”.
O preconceito é reforçado por texto da AMB (Associação Médica Brasileira) no qual afirma que “permitir que médicos, brasileiros ou não, formados fora do nosso país, especialmente em Cuba e Bolívia, venham trabalhar no Brasil sem que sejam testados seus conhecimentos, habilidades e atitudes é colocar a população em risco. Pior é dizer que esses irão para as cidades de mais difícil acesso, para as comunidades mais pobres”.
Posicionamento reforçado pelo CMF (Conselho Federal de Medicina). Editorial em seu site “condena veemente qualquer iniciativa que proporcione a entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação. Medidas neste sentido ferem a lei, configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população”. Será que se fossem médicos oriundo dos EUA e Europa, brancos de olhos azuis a posição seria a mesma?
Contraditoriamente, as entidades médicas brasileiras, que deveriam zelar pelo bem estar da população, atacam o projeto de lei 168/2012, do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que obriga médicos recém-formados a trabalhar por dois anos em municípios com menos de 30 mil habitantes. O vice-presidente do CFM, Carlos Vital Corrêa Lima afirma que “não se pode exigir de um egresso que, contrariamente a sua consciência, ele vá exercer a profissão numa área desprovida de recursos, equipamentos e infra-estrutura minimamente adequada para assistência à população”.
Para tentar resolver essa demanda, o governo criou em 2011 o Provab (Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica) e ofertou salários de 8 mil reais para médicos que aceitassem trabalhar nas localidades onde não há assistência médica, mas até hoje somente 4 mil médicos aderiram. Isso mostra a elitização da Medicina no país. O acesso às universidades concentra-se na classe média alta devido aos altos custos dos cursos e os dados comprovam que nas universidades públicas 88% dos estudantes têm origem no ensino médio e fundamental privados.
Pior ainda. O Brasil conta com 371.788 médicos, sendo que 266.251 localizam-se nas regiões Sul e Sudeste, 70% do total, os outros 30% dividem-se no restante do país. Já começa pelo ensino superior do setor, no qual 58% das universidades são privadas e os quase 13 mil médicos que se formam anualmente já aprendem a lógica do mercado e voltam-se para instituições privadas ou consultórios particulares. Dados revelam que mesmo onde há mais médicos no setor público a presença é 4 vezes menor do que no privado.
De acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) existem no Brasil 46.634.678 usuários de planos de saúde e 354.536 postos de trabalho privados e consultórios particulares. Atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) os outros 144.098.016 de brasileiros em 281.481 postos ocupados por médicos no setor público.
A briga não é de hoje. Em 2005, o governo de Tocantins, por não conseguir profissionais para os locais mais afastados, contratou os cubanos. As entidades médicas do estado, comprometidas com o setor privado de assistência médica somente descansaram quando em 2007 um juiz concedeu liminar proibindo o trabalho dos médicos cubanos.
Para Pedro Saraiva, “infelizmente até a classe médica aderiu ao ativismo de Facebook. O cara lê a Veja ou O Globo, se revolta com o governo, vai no Facebook, repete meia dúzia de clichês ou frases feitas e sente que já exerceu sua cidadania” e acrescenta que “enquanto isso, a população carente, que nem sabe o que é Facebook morre à míngua, sem atendimento médico brasileiro ou cubano”. Ele afirma ainda que Portugal importou médicos cubanos em 2009 e “em 2012, sob pressão popular, o governo português renovou a parceria, com amplo apoio dos pacientes”.
Diferenças entre Cuba e Brasil
A OMS (Organização Mundial de Saúde) assegura que Cuba tem os melhores índices de saúde do continente americano e do Terceiro Mundo. Texto de Pedro Porfírio, em seu blog, afirma que a medicina cubana “prioriza a prevenção e educação para a saúde” e com isso reduz custos com o setor na ilha caribenha. Os cubanos têm um médico para cada 148 habitantes com 100% de cobertura no país, prevalece o “médico de família” na ilha socialista. O Distrito Federal, que tem a maior média brasileira, conta com 4,02 médicos por mil habitantes. O índice nacional brasileiro é de 1,95 médicos por mil habitantes.
A mortalidade infantil dos cubanos faz inveja é de 4,9 nascidos por mil habitantes, inferior aos índices de EUA e Canadá. A expectativa de vida está em 78,8 anos.
Os que se “indignam” com a contratação dos médicos estrangeiros, são os mesmo que não aceitam atender a população mais carente do interior do Brasil, esta visão não é somente corporativista, mas, extremamente elitista, pois, a entrada de médicos estrangeiros não mudara em nada a situação salarial dos médicos brasileiros, mas, poderá mudar profundamente a lastimável situação da saúde pública.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Renato Rabelo fala no 5º Encontro Sindical Nacional do PCdoB: "Nossa luta é por desenvolvimento com soberania"
Renato Rabelo: "Nossa luta é por desenvolvimento com soberania"- PCdoB. O Partido do socialismo.
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, participou na tarde desta quinta-feira (16), do 5º Encontro Sindical e foi recebido com entusiasmo pelos sindicalistas comunistas. Renato pontuou que apesar do significativo avanço democrático, o processo neoliberalista ainda não está plenamente superado. E exemplificou que entre esses problemas estão a questão da democratização do Estado, através da democratização do Judiciário e dos meios de comunicação.
Mariana Viel, da Redação do VermelhoEm sua fala, o dirigente nacional afirmou que a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu um ciclo novo no Brasil. “Ele expressa a realidade dos anseios e reinvindicações e perspectivas de forças democráticas, patrióticas, de esquerda que antes não tinham chegado ao centro do poder no país”.
Leia também:
Dirigentes nacionais do PCdoB participam do Encontro SindicalDivanilton: Alcançar a hegemonia entre os trabalhadores
Movimento sindical deve preservar autonomia, afirmam comunistasEm encontro, sindicalistas do PCdoB reafirmam caráter classista
Segundo Renato, a vitória de Lula em 2002 se deu em um novo contexto e só foi possível através da pactuação de outros compromissos e apresentação de uma aliança mais alargada. Ele observou que mesmo após o primeiro decênio de um governo popular progressista a sociedade brasileira ainda possui fortes “componentes conservadores, reacionários e retrógrados”.
“Deveríamos levar em conta que nesses 10 anos se estabeleceu uma transição da herança maldita neoliberal”, reforçou Renato. Ele explicou que para chegar ao centro do poder o governo Lula teve que fazer concessões e promover avanços. Segundo o dirigente, toda a transição deve ser vista do ponto das tendências da mudança e da continuidade. “Só que nessa transição fomos avançando nos interesses da maioria da nação, alterando a relação e a interação entre a questão democrática e social”.
Ele lembrou a urgência do governo em resolver a questão da fome, enfrentando dessa maneira os problemas mais urgentes e graves da sociedade brasileira. Outro ponto exaltado pelo dirigente foi a mudança nas relações internacionais e o reforço da soberania brasileira.
“O pacto vai tendo uma mudança importante entre os interesses conservadores e populares. Foi prevalecendo a tendência de compreender os interesses da maioria do povo e essa transição foi avançando no campo político e no terreno social.”
No campo econômico, ele afirmou que o grande problema do país é não ter um crescimento robusto e continuado. “Temos que ter uma estratégia atual de crescimento. Temos uma taxa de investimento ainda relativamente baixa que deve ser retomada a um patamar maior. Temos nesse campo os PACs, mas é necessário puxar o investimento privado. Na concepção da presidenta Dilma Rousseff uma alternativa são as concessões. Atrair o capital privado e ampliar os meios de investimentos. Não podemos reclamar um desenvolvimento mais acelerado sem considerar esse aspecto.”
No caso dos leilões do petróleo, Renato apontou que apenas entre 4 ou 5% do recurso brasileiro é explorado. “Petrobras sozinha não dá conta disso. Só a partir da concessão – sob o controle do Estado – ampliamos a exploração e a produção de petróleo. Não podemos ver as coisas de forma ortodoxa.”
Ele abordou ainda a questão da frente parlamentar, de massas e da luta de ideias. “Não podemos separar as frentes. Temos que debater de forma franca e prévia essas questões. Partimos da ideia de que o trabalhador tem razão, para sempre avançarmos mais.”
“Nossa visão se articula em três questões fundamentais: soberania, democracia e progresso social. Para nossa natureza de Partido a questão do trabalho é fundamental, mas não podemos deixar de ver essas outras questões. Não poderemos seguir um caminho próprio de desenvolvimento sem soberania. O partido tem que ver essas questões de forma articulada.”
Renato conclamou ainda a militância sindicalista a manter a mente aberta e não partir de opiniões prévias. “A minha compreensão é que a questão das concessões são importantes para o desenvolvimento. Como a questão dos leilões. Sinceramente, não vi outra alternativa, isso olhando para o mundo. Temos desafios importantes, e precisamos ser ousados. Nossa presidenta Dilma tem conceitos e definições e está indo além de Lula. O objetivo dela é transformar o nosso país em uma grande nação. Historicamente é um momento novo que nós nunca passamos.”
Mariana Viel é enviada especial ao Rio de Janeiro
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, participou na tarde desta quinta-feira (16), do 5º Encontro Sindical e foi recebido com entusiasmo pelos sindicalistas comunistas. Renato pontuou que apesar do significativo avanço democrático, o processo neoliberalista ainda não está plenamente superado. E exemplificou que entre esses problemas estão a questão da democratização do Estado, através da democratização do Judiciário e dos meios de comunicação.
Mariana Viel, da Redação do VermelhoEm sua fala, o dirigente nacional afirmou que a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu um ciclo novo no Brasil. “Ele expressa a realidade dos anseios e reinvindicações e perspectivas de forças democráticas, patrióticas, de esquerda que antes não tinham chegado ao centro do poder no país”.
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Movimento sindical deve preservar autonomia, afirmam comunistasEm encontro, sindicalistas do PCdoB reafirmam caráter classista
Segundo Renato, a vitória de Lula em 2002 se deu em um novo contexto e só foi possível através da pactuação de outros compromissos e apresentação de uma aliança mais alargada. Ele observou que mesmo após o primeiro decênio de um governo popular progressista a sociedade brasileira ainda possui fortes “componentes conservadores, reacionários e retrógrados”.
“Deveríamos levar em conta que nesses 10 anos se estabeleceu uma transição da herança maldita neoliberal”, reforçou Renato. Ele explicou que para chegar ao centro do poder o governo Lula teve que fazer concessões e promover avanços. Segundo o dirigente, toda a transição deve ser vista do ponto das tendências da mudança e da continuidade. “Só que nessa transição fomos avançando nos interesses da maioria da nação, alterando a relação e a interação entre a questão democrática e social”.
Ele lembrou a urgência do governo em resolver a questão da fome, enfrentando dessa maneira os problemas mais urgentes e graves da sociedade brasileira. Outro ponto exaltado pelo dirigente foi a mudança nas relações internacionais e o reforço da soberania brasileira.
“O pacto vai tendo uma mudança importante entre os interesses conservadores e populares. Foi prevalecendo a tendência de compreender os interesses da maioria do povo e essa transição foi avançando no campo político e no terreno social.”
No campo econômico, ele afirmou que o grande problema do país é não ter um crescimento robusto e continuado. “Temos que ter uma estratégia atual de crescimento. Temos uma taxa de investimento ainda relativamente baixa que deve ser retomada a um patamar maior. Temos nesse campo os PACs, mas é necessário puxar o investimento privado. Na concepção da presidenta Dilma Rousseff uma alternativa são as concessões. Atrair o capital privado e ampliar os meios de investimentos. Não podemos reclamar um desenvolvimento mais acelerado sem considerar esse aspecto.”
No caso dos leilões do petróleo, Renato apontou que apenas entre 4 ou 5% do recurso brasileiro é explorado. “Petrobras sozinha não dá conta disso. Só a partir da concessão – sob o controle do Estado – ampliamos a exploração e a produção de petróleo. Não podemos ver as coisas de forma ortodoxa.”
Ele abordou ainda a questão da frente parlamentar, de massas e da luta de ideias. “Não podemos separar as frentes. Temos que debater de forma franca e prévia essas questões. Partimos da ideia de que o trabalhador tem razão, para sempre avançarmos mais.”
“Nossa visão se articula em três questões fundamentais: soberania, democracia e progresso social. Para nossa natureza de Partido a questão do trabalho é fundamental, mas não podemos deixar de ver essas outras questões. Não poderemos seguir um caminho próprio de desenvolvimento sem soberania. O partido tem que ver essas questões de forma articulada.”
Renato conclamou ainda a militância sindicalista a manter a mente aberta e não partir de opiniões prévias. “A minha compreensão é que a questão das concessões são importantes para o desenvolvimento. Como a questão dos leilões. Sinceramente, não vi outra alternativa, isso olhando para o mundo. Temos desafios importantes, e precisamos ser ousados. Nossa presidenta Dilma tem conceitos e definições e está indo além de Lula. O objetivo dela é transformar o nosso país em uma grande nação. Historicamente é um momento novo que nós nunca passamos.”
Mariana Viel é enviada especial ao Rio de Janeiro
Líder comunista chinês pede melhora em trabalho do PCCh - Portal Vermelho
Líder comunista chinês pede melhora em trabalho do PCCh - Portal Vermelho
Liu Yunshan, presidente da escola superior do PCCh e membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do PCC, pediu nesta quinta-feira (16) "esforços incansáveis" a fim de melhorar o estilo de trabalho do Partido Comunista da China (PCCh).
China Daily
Liu Yunshan, presidente da escola superior do PCCh
Liu fez as declarações em uma cerimônia para comemorar o início do novo semestre da Escola do Partido do Comitê Central do PCCh.
Liu disse que a melhora do estilo de trabalho é uma tarefa constante do Partido. Esses esforços não devem ser relaxados, acrescentou.
Do mesmo modo, Liu disse que a atual campanha sobre o estilo de trabalho deve se concentrar em eliminar o formalismo, a burocracia, o hedonismo e a extravagância, e os funcionários devem desempenhar papeis exemplares.
A fim de obter a confiança e o apoio da população, a direção do PCCh anunciou em dezembro do ano passado oito medidas para melhorar o estilo de trabalho do Partido, destacando a rejeição à extravagância e à burocracia.
Em outra ocasião, o presidente chinês Xi Jinping pediu que todos os órgãos e membros do Partido mantenham um estilo de vida frugal e realizem esforços contra a ostentação, hedonismo e extravagância.
Fonte: Rádio Internacional da China
Liu Yunshan, presidente da escola superior do PCCh e membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do PCC, pediu nesta quinta-feira (16) "esforços incansáveis" a fim de melhorar o estilo de trabalho do Partido Comunista da China (PCCh).
China Daily
Liu Yunshan, presidente da escola superior do PCCh
Liu fez as declarações em uma cerimônia para comemorar o início do novo semestre da Escola do Partido do Comitê Central do PCCh.
Liu disse que a melhora do estilo de trabalho é uma tarefa constante do Partido. Esses esforços não devem ser relaxados, acrescentou.
Do mesmo modo, Liu disse que a atual campanha sobre o estilo de trabalho deve se concentrar em eliminar o formalismo, a burocracia, o hedonismo e a extravagância, e os funcionários devem desempenhar papeis exemplares.
A fim de obter a confiança e o apoio da população, a direção do PCCh anunciou em dezembro do ano passado oito medidas para melhorar o estilo de trabalho do Partido, destacando a rejeição à extravagância e à burocracia.
Em outra ocasião, o presidente chinês Xi Jinping pediu que todos os órgãos e membros do Partido mantenham um estilo de vida frugal e realizem esforços contra a ostentação, hedonismo e extravagância.
Fonte: Rádio Internacional da China
Martin Almada: Videla, sócio de Stroessner morre atrás das grades - Portal Vermelho
Martin Almada: Videla, sócio de Stroessner morre atrás das grades - Portal Vermelho
A jornalista argentina Stella Calloni, define a Operação Condor como o pacto criminoso entre os governos militares da década de 1970 de Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai que deixou como saldo mais de 100 mil vítimas no Cone Sul. Suas vítimas foram os dirigentes sindicais, estudantis, professores, jornalistas, religiosos/as, os seguidores da Teologia da Libertação, advogados, médicos, cooperativistas, intelectuais, ou seja, a classe pensante da América Latina.
Por Martín Almada
La Nación
Jorge Videla e o presidente do Paraguai, Alfredo Stroessner em 1977
O então Secretpario norte-americano Henry Kissinger foi o cérebro do mal que deu a ordem ao general Augusto Pinochet do Chile de limpar o aparato Estado, a sociedade civil e a sociedade política de comunistas no Chile e no Cone Sul da América Latina. Por outro lado, o general boliviano Hugo Banzer tinha que limpar a Igreja Católica por dentro dos sacerdotes esquerdistas envolvidos com a Teologia da Libertação.
Leia também:
Morre Jorge Videla, o maior genocida da América Latina
O governo norte-americano que naquele momento queria impor o modelo neoliberal estabelecendo o mercado total e a insegurança total e para cumprir com este objetivo cometeu os crimes de lesa humanidade por meio de seus mercenários latino-americanos formados na Escola das Américas na zona do Canal de Panamá. O governo norte-americano financiou e forneceu assistência técnica para realizar a Operação Condor.
Videla cumpriu o papel secundário na Operação Condor e para reconciliar-se com o governo norte-americano para fazer mérito extraordinário incorporou o sequestro dos bebês das mães parturientes, sistematicamente, aplicou o saque e morte ao se apoderar dos bens dos que seriam supostamente cumplices dos subversivos e perseguiu implacavelmente os Centros Universitários, uma conspiração contra a sociedade do conhecimento.
Videla não morreu em sua casa, mas na prisão cumprindo uma condenação judicial, diferentemente de seus associados Augusto Pinochet (Chile); Alfredo Stroessner (Paraguai), Hugo Banzer (Bolívia), Juan Bordaberry (Uruguai), Ernesto Geisel (Brasil), etc. Impunes. No caso de Videla se cumpre o refrão: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido” atrás das grades de sua cela.
*Martín Almada foi vítima da Operação Condor e descobridor de seus arquivos secretos
Tradução: da Redação do Vermelho
A jornalista argentina Stella Calloni, define a Operação Condor como o pacto criminoso entre os governos militares da década de 1970 de Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai que deixou como saldo mais de 100 mil vítimas no Cone Sul. Suas vítimas foram os dirigentes sindicais, estudantis, professores, jornalistas, religiosos/as, os seguidores da Teologia da Libertação, advogados, médicos, cooperativistas, intelectuais, ou seja, a classe pensante da América Latina.
Por Martín Almada
La Nación
Jorge Videla e o presidente do Paraguai, Alfredo Stroessner em 1977
O então Secretpario norte-americano Henry Kissinger foi o cérebro do mal que deu a ordem ao general Augusto Pinochet do Chile de limpar o aparato Estado, a sociedade civil e a sociedade política de comunistas no Chile e no Cone Sul da América Latina. Por outro lado, o general boliviano Hugo Banzer tinha que limpar a Igreja Católica por dentro dos sacerdotes esquerdistas envolvidos com a Teologia da Libertação.
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O governo norte-americano que naquele momento queria impor o modelo neoliberal estabelecendo o mercado total e a insegurança total e para cumprir com este objetivo cometeu os crimes de lesa humanidade por meio de seus mercenários latino-americanos formados na Escola das Américas na zona do Canal de Panamá. O governo norte-americano financiou e forneceu assistência técnica para realizar a Operação Condor.
Videla cumpriu o papel secundário na Operação Condor e para reconciliar-se com o governo norte-americano para fazer mérito extraordinário incorporou o sequestro dos bebês das mães parturientes, sistematicamente, aplicou o saque e morte ao se apoderar dos bens dos que seriam supostamente cumplices dos subversivos e perseguiu implacavelmente os Centros Universitários, uma conspiração contra a sociedade do conhecimento.
Videla não morreu em sua casa, mas na prisão cumprindo uma condenação judicial, diferentemente de seus associados Augusto Pinochet (Chile); Alfredo Stroessner (Paraguai), Hugo Banzer (Bolívia), Juan Bordaberry (Uruguai), Ernesto Geisel (Brasil), etc. Impunes. No caso de Videla se cumpre o refrão: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido” atrás das grades de sua cela.
*Martín Almada foi vítima da Operação Condor e descobridor de seus arquivos secretos
Tradução: da Redação do Vermelho
2º Encontro da Juventude da CTB São Paulo acontece neste sábado na capital
2º Encontro da Juventude da CTB São Paulo acontece neste sábado na capital
O Encontro Estadual debaterá os principais temas ligados à atual conjuntura política, econômica, sindical e social, a partir do viés da juventude trabalhadora, tanto do campo como da cidade. o objetivo é reunir dezenas de jovens trabahadores ruais e urbanos, como agricultores, ecetistas, funcionários públicos, metalúrgicos, educação, saúde, movimentação, marceneiros, condutores, metroviários, entre outros.
Paulo Vinícius, secretário nacional de Juventude da CTB, que participa da primeira mesa, sobre a organização da juventude trabalhadora, ressaltou a importância do momento que o país vive para a formulação de políticas para os jovens. "Há um bônus demográfico, ou seja, uma situação favorável em que os jovens 15 a 34 anos somam 35% da população total, algo em torno de 67 milhões de pessoas. Nunca houve e, se cumprida a tendência da curva de crescimento da população, nem haverá tantos jovens quanto agora, em plena idade produtiva e em busca de um lugar na sociedade", explica.
Para ele, esse momento de bônus demográfico deve ser aproveitado por meio da integração produtiva dessa juventude. "Se a juventude é a maior vítima proporcional do desemprego, se ela não tem educação e uma qualificação profissional, se seu ingresso no mercado de trabalho é precário e sem direitos, se ela não pode se expressar e viver sua identidade, sexualidade, se ela não tem acesso à previdência, ao crédito e à terra, como o Brasil vencerá nesse novo momento econômico? Assim as políticas para a juventude são fundamentais para o Brasil dar um salto no rumo do desenvolvimento com valorização do trabalho", argumenta.
A direção estadual da CTB orienta a seus sindicatos que mobilizarem suas bases para o Encontro, que acontece a partir das 10h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema). A inscrição é gratuita.
A CTB São Paulo está mobilizando jovens trabalhadores de todas regiões do estado para participar do 2º Encontro Estadual da Juventude, no próximo sábado (18). A atividade é preparatória à etapa nacional, que acontece nos dias 28 e 30 de junho, em Belo Horizonte.
O Encontro Estadual debaterá os principais temas ligados à atual conjuntura política, econômica, sindical e social, a partir do viés da juventude trabalhadora, tanto do campo como da cidade. o objetivo é reunir dezenas de jovens trabahadores ruais e urbanos, como agricultores, ecetistas, funcionários públicos, metalúrgicos, educação, saúde, movimentação, marceneiros, condutores, metroviários, entre outros.
Paulo Vinícius, secretário nacional de Juventude da CTB, que participa da primeira mesa, sobre a organização da juventude trabalhadora, ressaltou a importância do momento que o país vive para a formulação de políticas para os jovens. "Há um bônus demográfico, ou seja, uma situação favorável em que os jovens 15 a 34 anos somam 35% da população total, algo em torno de 67 milhões de pessoas. Nunca houve e, se cumprida a tendência da curva de crescimento da população, nem haverá tantos jovens quanto agora, em plena idade produtiva e em busca de um lugar na sociedade", explica.
Para ele, esse momento de bônus demográfico deve ser aproveitado por meio da integração produtiva dessa juventude. "Se a juventude é a maior vítima proporcional do desemprego, se ela não tem educação e uma qualificação profissional, se seu ingresso no mercado de trabalho é precário e sem direitos, se ela não pode se expressar e viver sua identidade, sexualidade, se ela não tem acesso à previdência, ao crédito e à terra, como o Brasil vencerá nesse novo momento econômico? Assim as políticas para a juventude são fundamentais para o Brasil dar um salto no rumo do desenvolvimento com valorização do trabalho", argumenta.
A direção estadual da CTB orienta a seus sindicatos que mobilizarem suas bases para o Encontro, que acontece a partir das 10h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema). A inscrição é gratuita.
Fonte: CTB-SP
quinta-feira, 16 de maio de 2013
"Dia da Nakba" na Palestina é marcado com memória e confrontos - Portal Vermelho
"Dia da Nakba" na Palestina é marcado com memória e confrontos - Portal Vermelho
Milhares de palestinos reuniram-se nesta quarta-feira (15) na Praça Yasser Arafat, em Ramallah (centro administrativo da Autoridade Palestina) e outras cidades na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, para marcar os 65 anos desde que foram forçados a deixar as suas casas e terras, na Palestina histórica (território da Palestina mais os territórios ocupados na criação do Estado de Israel), um dia que foi denominado “Dia da Nakba”.
Wafa
Manifestante palestina é detida pelas forças israelenses em Jerusalém, durante protestos pelo "Dia da Nakba", ou catástrofe, nesta quarta-feira (15)A Nakba, ou catástrofe, refere-se ao dia em que grupos armados judeus declararam guerra contra os palestinos nativos, em 15 de maio de 1948, imediatamente depois de a Grã Bretanha anunciar o fim do seu mandato e ocupação da Palestina.
A guerra terminou em seguida, com os grupos judeus sionistas (de ideais colonialistas e racistas) ocupando a maior parte da Palestina e forçando mais da metade da sua população a abandonar as suas casas, tornando-se refugiada em seu próprio território ou em Estados árabes vizinhos.
Leia também:
Palestinos lembram a "Nakba" e denunciam ocupação israelense
Desde então, os palestinos marcam o dia 15 de maio todos os anos, como o Dia da Nakba, e o lema das manifestações deste ano é: “O retorno é um direito e a vontade do povo”, em referência a uma das reivindicações fundamentais do povo palestino, o direito dos refugiados de voltar às suas terras.
Na Cisjordânia, o evento central ocorreu em Ramallah, na Praça Yasser Arafat (ex-presidente palestino considerado o líder da resistência). Os palestinos reuniram-se no mausoléu de Arafat, no complexo presidencial, desde onde marcharam, liderados por forças militares e batedores, até a Praça, no centro da cidade.
Refugiados levavam cartazes com os nomes das suas vilas e cidades, de onde foram expulsos em 1948. Também exibiam chaves-símbolo, das suas casas deixadas para trás, como um sinal da resistência e do empenho em “retornar”.
Ao meio-dia, os palestinos marcaram 65 segundos de silêncio, para os 65 anos desde a Nakba. Nas manifestações, grupos cantaram músicas nacionalistas.
Também houve notícias de palestinos manifestando-se pacificamente no posto de controle militar israelense Calândia, que leva a Jerusalém. Houve confrontos com as forças israelenses no local, de acordo com um correspondente da agência palestina de notícias Wafa.
As forças israelenses lançaram gás lacrimogênio e bombas acústicas, e dispararam balas revestidas de borracha contra os protestantes, o que levou a confrontos e ferimentos.
Como de costume, os palestinos responderam lançando pedras contra as forças israelenses, numa amostra evidente da assimetria entre os envolvidos.
Confrontos também foram relatados entre forças israelenses e protestantes palestinos no leste da cidade de al-Ram, no distrito de Jerusalém.
Com Wafa,
da redação do Vermelho
Milhares de palestinos reuniram-se nesta quarta-feira (15) na Praça Yasser Arafat, em Ramallah (centro administrativo da Autoridade Palestina) e outras cidades na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, para marcar os 65 anos desde que foram forçados a deixar as suas casas e terras, na Palestina histórica (território da Palestina mais os territórios ocupados na criação do Estado de Israel), um dia que foi denominado “Dia da Nakba”.
Wafa
Manifestante palestina é detida pelas forças israelenses em Jerusalém, durante protestos pelo "Dia da Nakba", ou catástrofe, nesta quarta-feira (15)A Nakba, ou catástrofe, refere-se ao dia em que grupos armados judeus declararam guerra contra os palestinos nativos, em 15 de maio de 1948, imediatamente depois de a Grã Bretanha anunciar o fim do seu mandato e ocupação da Palestina.
A guerra terminou em seguida, com os grupos judeus sionistas (de ideais colonialistas e racistas) ocupando a maior parte da Palestina e forçando mais da metade da sua população a abandonar as suas casas, tornando-se refugiada em seu próprio território ou em Estados árabes vizinhos.
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Desde então, os palestinos marcam o dia 15 de maio todos os anos, como o Dia da Nakba, e o lema das manifestações deste ano é: “O retorno é um direito e a vontade do povo”, em referência a uma das reivindicações fundamentais do povo palestino, o direito dos refugiados de voltar às suas terras.
Na Cisjordânia, o evento central ocorreu em Ramallah, na Praça Yasser Arafat (ex-presidente palestino considerado o líder da resistência). Os palestinos reuniram-se no mausoléu de Arafat, no complexo presidencial, desde onde marcharam, liderados por forças militares e batedores, até a Praça, no centro da cidade.
Refugiados levavam cartazes com os nomes das suas vilas e cidades, de onde foram expulsos em 1948. Também exibiam chaves-símbolo, das suas casas deixadas para trás, como um sinal da resistência e do empenho em “retornar”.
Ao meio-dia, os palestinos marcaram 65 segundos de silêncio, para os 65 anos desde a Nakba. Nas manifestações, grupos cantaram músicas nacionalistas.
Também houve notícias de palestinos manifestando-se pacificamente no posto de controle militar israelense Calândia, que leva a Jerusalém. Houve confrontos com as forças israelenses no local, de acordo com um correspondente da agência palestina de notícias Wafa.
As forças israelenses lançaram gás lacrimogênio e bombas acústicas, e dispararam balas revestidas de borracha contra os protestantes, o que levou a confrontos e ferimentos.
Como de costume, os palestinos responderam lançando pedras contra as forças israelenses, numa amostra evidente da assimetria entre os envolvidos.
Confrontos também foram relatados entre forças israelenses e protestantes palestinos no leste da cidade de al-Ram, no distrito de Jerusalém.
Com Wafa,
da redação do Vermelho
Aprovada MP dos Portos; PCdoB garante direito dos trabalhadores - Portal Vermelho
Aprovada MP dos Portos; PCdoB garante direito dos trabalhadores - Portal Vermelho
Após quase 23 horas seguidas de sessão, a Câmara concluiu na manhã desta quinta-feira (16) a votação da Medida Provisória (MP) dos Portos, que estabelece novas regras para as concessões e autorizações de portos públicos e terminais privados. O texto será enviado ao Senado, onde precisa ser votado ainda hoje, já que a MP perde a validade à meia-noite - os senadores têm sessão marcada para as 11 horas.
O texto final aprovada contém emendas das deputadas comunistas Alice Portugal (BA) e Jô Moraes (MG), que procuraram garantir os direitos dos trabalhadores portuários.
“Se houve um vencedor, foi o debate, a controvérsia, a formação democrática, a lealdade da base do governo, a valentia da oposição e a responsabilidade de todos os parlamentares”, disse o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) ao final da votação. “A partir de hoje, o povo brasileiro, que assistiu a esse debate recorde na história do Parlamento, vai poder se orgulhar mais desta Casa.”
Depois de votações nominais lentas e da apresentação de diversas emendas aglutinativas pela oposição, o governo decidiu apoiar a possibilidade facultativa de prorrogação de contratos de arrendamento firmados segundo as regras da Lei dos Portos, de 1993, por uma única vez, pelo prazo máximo previsto contratualmente. Como condição, o arrendatário terá de fazer investimentos para expansão e modernização das instalações portuárias.
A emenda determina ainda ao Executivo o envio, ao Congresso, de relatório anual detalhado sobre contratos em vigor, relação de instalações exploradas com autorização, lista de contratos licitados e outros dados.
Ao todo, o Plenário votou desde a manhã desta quarta-feira (15) dez destaques e uma emenda em cerca de 15 horas de sessões. O texto principal da MP já havia sido aprovado na noite de terça-feira (14).
Proteção ao trabalhador
A deputada Alice Portugal conseguiu incluir quatro emendas no texto aprovado, entre elas a que estabelece que a administração do porto deve organizar com pessoal de seu quadro funcional a guarda portuária e a que torna o Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho Portuário (OGMO) solidário também com dívidas trabalhistas relativas a acidente do trabalho.
Para a deputada, a manutenção da guarda portuária é constituída de pessoal preparado, com larga experiência e qualificação para assegurar a vigilância dos serviços e atividades nos portos e em terminais de uso privativo dentro de cada porto.
Já a obrigação do Órgão Gestor para com as dívidas trabalhistas decorrentes de acidentes de trabalho visa, segundo a parlamentar, preservar direitos dos trabalhadores dentro do novo modelo de gestão dos portos brasileiros.
Uma das emendas da deputada Jô Moraes determina que a inscrição no cadastro e registro do trabalhador portuário extingue-se por morte ou cancelamento. A emenda exclui a hipótese de cancelamento do cadastro e do registro do trabalhador por aposentadoria. Segundo a parlamentar, a proposta quer evitar a punição ao trabalhador avulso de ter o registro cancelado após 35 anos de contribuição e criar diferença entre os trabalhadores permitindo que um continue a trabalhar e outro não.
A outra emenda de Jô Moraes inclui cobrança de multa em caso de desobediente à legislação trabalhista na gestão da mão de obra do trabalho portuário avulso. Para a parlamentar, “sem prejuízo das medidas cabíveis, a cobrança de multa vai manter as regras para o necessário serviço de fiscalização do Ministério do Trabalho no setor portuário”.
Da Redação em Brasília
Após quase 23 horas seguidas de sessão, a Câmara concluiu na manhã desta quinta-feira (16) a votação da Medida Provisória (MP) dos Portos, que estabelece novas regras para as concessões e autorizações de portos públicos e terminais privados. O texto será enviado ao Senado, onde precisa ser votado ainda hoje, já que a MP perde a validade à meia-noite - os senadores têm sessão marcada para as 11 horas.
O texto final aprovada contém emendas das deputadas comunistas Alice Portugal (BA) e Jô Moraes (MG), que procuraram garantir os direitos dos trabalhadores portuários.
“Se houve um vencedor, foi o debate, a controvérsia, a formação democrática, a lealdade da base do governo, a valentia da oposição e a responsabilidade de todos os parlamentares”, disse o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) ao final da votação. “A partir de hoje, o povo brasileiro, que assistiu a esse debate recorde na história do Parlamento, vai poder se orgulhar mais desta Casa.”
Depois de votações nominais lentas e da apresentação de diversas emendas aglutinativas pela oposição, o governo decidiu apoiar a possibilidade facultativa de prorrogação de contratos de arrendamento firmados segundo as regras da Lei dos Portos, de 1993, por uma única vez, pelo prazo máximo previsto contratualmente. Como condição, o arrendatário terá de fazer investimentos para expansão e modernização das instalações portuárias.
A emenda determina ainda ao Executivo o envio, ao Congresso, de relatório anual detalhado sobre contratos em vigor, relação de instalações exploradas com autorização, lista de contratos licitados e outros dados.
Ao todo, o Plenário votou desde a manhã desta quarta-feira (15) dez destaques e uma emenda em cerca de 15 horas de sessões. O texto principal da MP já havia sido aprovado na noite de terça-feira (14).
Proteção ao trabalhador
A deputada Alice Portugal conseguiu incluir quatro emendas no texto aprovado, entre elas a que estabelece que a administração do porto deve organizar com pessoal de seu quadro funcional a guarda portuária e a que torna o Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho Portuário (OGMO) solidário também com dívidas trabalhistas relativas a acidente do trabalho.
Para a deputada, a manutenção da guarda portuária é constituída de pessoal preparado, com larga experiência e qualificação para assegurar a vigilância dos serviços e atividades nos portos e em terminais de uso privativo dentro de cada porto.
Já a obrigação do Órgão Gestor para com as dívidas trabalhistas decorrentes de acidentes de trabalho visa, segundo a parlamentar, preservar direitos dos trabalhadores dentro do novo modelo de gestão dos portos brasileiros.
Uma das emendas da deputada Jô Moraes determina que a inscrição no cadastro e registro do trabalhador portuário extingue-se por morte ou cancelamento. A emenda exclui a hipótese de cancelamento do cadastro e do registro do trabalhador por aposentadoria. Segundo a parlamentar, a proposta quer evitar a punição ao trabalhador avulso de ter o registro cancelado após 35 anos de contribuição e criar diferença entre os trabalhadores permitindo que um continue a trabalhar e outro não.
A outra emenda de Jô Moraes inclui cobrança de multa em caso de desobediente à legislação trabalhista na gestão da mão de obra do trabalho portuário avulso. Para a parlamentar, “sem prejuízo das medidas cabíveis, a cobrança de multa vai manter as regras para o necessário serviço de fiscalização do Ministério do Trabalho no setor portuário”.
Da Redação em Brasília
Movimento sindical deve preservar autonomia, afirmam comunistas - Portal Vermelho
Movimento sindical deve preservar autonomia, afirmam comunistas - Portal Vermelho
Após a abertura do 5º Encontro Sindical Nacional, nesta quarta-feira (15), no Rio de Janeiro, foi iniciado o processo para a manifestação dos delegados que participam do evento. Democraticamente, sindicalistas de mais de 20 estados brasileiros manifestaram sua opinião em relação à atuação do PCdoB no movimento sindical, a necessidade do protagonismo dos comunistas nessa frente e as perspectivas e anseios dos sindicalistas em todo o Brasil.
Do Rio de Janeiro, Mariana Viel
Para o secretário nacional Sindical do PCdoB, Nivaldo Santana, os debates desse primeiro do de encontro foi rico, diversificado e com qualidade. O que chamou a atenção foi o tema candente do movimento sindical dos trabalhadores do setor público e as relações complexas entre este movimento e os governos apoiados pelo Partido. “A opinião prevalecente é de que o movimento sindical deve preservar sua autonomia e sempre procurar construir posições nos debates internos partidários”.
Em entrevista ao Portal Vermelho, o membro da Comissão Sindical Nacional do PCdoB, Divanilton Pereira, afirmou que uma das grandes expectativas do encontro é a consolidação de um salto organizativo do Partido entre os trabalhadores.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) na Bahia, Adilson Araújo, disse que a realização do 5º Encontro Sindical Nacional significa um momento de celebração dos sindicalistas comunistas. “O encontro traz um novo horizonte de perspectivas e abre caminho para um sindicalismo classista, autêntico e renovado”. Para Adilson os debates deverão contribuir para “manter acesa a bandeira do socialismo”.
Augusto Petta, coordenador técnico do Centro de Estudos Sindicais (CES), lembrou a necessidade da análise e diretrizes da frente sindical do Partido. Ele reafirmou a convicção da importância da formação política de todos os trabalhadores que integram a área sindical. “A elevação do nível de consciência pólitica para alcançar o socialismo”.
Segundo Petta, nos últimos quatro anos o CES realizou cursos de formação para mais de oito mil sindicalistas em todo o Brasil. Para ele, apesar de positivo a formação deve ser vista como prioridade e intensificada.
A secretária-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Andreia Diniz, lembrou a luta pela ampliação da participação das mulheres no movimento sindical. Apesar de reconhecer, principalmente entre os metalúrgicos, uma presença muito mais masculina, Andreia disse que há espaço para a luta e a defesa das bandeiras das mulheres no cerne do movimento sindical.
Após a abertura do 5º Encontro Sindical Nacional, nesta quarta-feira (15), no Rio de Janeiro, foi iniciado o processo para a manifestação dos delegados que participam do evento. Democraticamente, sindicalistas de mais de 20 estados brasileiros manifestaram sua opinião em relação à atuação do PCdoB no movimento sindical, a necessidade do protagonismo dos comunistas nessa frente e as perspectivas e anseios dos sindicalistas em todo o Brasil.
Do Rio de Janeiro, Mariana Viel
Para o secretário nacional Sindical do PCdoB, Nivaldo Santana, os debates desse primeiro do de encontro foi rico, diversificado e com qualidade. O que chamou a atenção foi o tema candente do movimento sindical dos trabalhadores do setor público e as relações complexas entre este movimento e os governos apoiados pelo Partido. “A opinião prevalecente é de que o movimento sindical deve preservar sua autonomia e sempre procurar construir posições nos debates internos partidários”.
Em entrevista ao Portal Vermelho, o membro da Comissão Sindical Nacional do PCdoB, Divanilton Pereira, afirmou que uma das grandes expectativas do encontro é a consolidação de um salto organizativo do Partido entre os trabalhadores.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) na Bahia, Adilson Araújo, disse que a realização do 5º Encontro Sindical Nacional significa um momento de celebração dos sindicalistas comunistas. “O encontro traz um novo horizonte de perspectivas e abre caminho para um sindicalismo classista, autêntico e renovado”. Para Adilson os debates deverão contribuir para “manter acesa a bandeira do socialismo”.
Augusto Petta, coordenador técnico do Centro de Estudos Sindicais (CES), lembrou a necessidade da análise e diretrizes da frente sindical do Partido. Ele reafirmou a convicção da importância da formação política de todos os trabalhadores que integram a área sindical. “A elevação do nível de consciência pólitica para alcançar o socialismo”.
Segundo Petta, nos últimos quatro anos o CES realizou cursos de formação para mais de oito mil sindicalistas em todo o Brasil. Para ele, apesar de positivo a formação deve ser vista como prioridade e intensificada.
A secretária-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Andreia Diniz, lembrou a luta pela ampliação da participação das mulheres no movimento sindical. Apesar de reconhecer, principalmente entre os metalúrgicos, uma presença muito mais masculina, Andreia disse que há espaço para a luta e a defesa das bandeiras das mulheres no cerne do movimento sindical.
Em encontro, sindicalistas do PCdoB reafirmam caráter classista - Portal Vermelho
Em encontro, sindicalistas do PCdoB reafirmam caráter classista - Portal Vermelho
Começou nesta quarta-feira (15), no Rio de Janeiro, o 5º Encontro Sindical Nacional do PCdoB. O evento reúne cerca de 200 comunistas que atuam na frente sindical em mais de 20 estados brasileiros. O encontro objetiva realizar um balanço político e organizativo da atuação dos comunistas sindicalistas em todo o Brasil e apontar perspectivas e tarefas para o crescimento do Partido junto à classe trabalhadora.
Do Rio de Janeiro, Mariana Viel
Durante a abertura do evento, o secretário nacional Sindical do PCdoB, Nivaldo Santana, fez um balanço da conjuntura política brasileira, os impactos da crise do capitalismo e a defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento como caminho para a realização do Programa socialista para o Brasil.
Leia mais:
Movimento sindical deve preservar autonomia, afirmam comunistas
Segundo o dirigente nacional, a crise capitalista no mundo – que atinge com mais intensidade os EUA, o Japão e alguns países da Europa – alcança hoje dimensões planetárias. Ele reforçou o momento histórico de mudança na liderança econômica do mundo, com o deslocamento do centro dinâmico da economia mundial para a Ásia.
Nesse cenário de crise, Nivaldo lembrou que a América Latina tem sido um fator de diferenciação – através do avanço das forças progressistas em diversos países da região, uma maior distribuição de renda e ageração de empregos.
No Brasil, a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff significou uma viragem histórica para os trabalhadores, com a liquidação da política neoliberal. O dirigente nacional ressaltou, no entanto, que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Ele citou a precarização do mercado de trabalho, a gigantesca rotatividade e grande oferta de empregos de até dois salários mínimos e o grande índice de trabalhadores na informalidade. “Quem atua na frente sindical deve ter um olhar mais atento. A situação melhorou, mas ainda temos muito chão pela frente”. Para o dirigente, o ambiente mais democrático para o trabalhador, criado a partir da eleição de Lula, é também uma questão essencial.
Ele alertou para a questão econômica do país. “Do ponto de vista mais geral estamos enfrentando um grande gargalo que é o crescimento econômico. Num balanço dos dois primeiros anos do governo Dilma o crescimento está engatinhando”.
Fortalecimento do Partido entre os trabalhadores
O presidente estadual do PCdoB no Rio de Janeiro e membro do Comitê Central, João Batista Lemos, saudou a militância sindicalista presente no 5º Encontro. Para ele, esse é um momento decisivo para o acúmulo e fortalecimento do Partido entre os trabalhadores.
Batista citou a realização do 13º Congresso do Partido, em novembro, e o projeto eleitoral de 2014 como dois fatores decisivos para a militância sindicalista do PCdoB no próximo período. “Queremos aprofundar o processo de mudança iniciado por Lula, com soberania, democracia e direito aos trabalhadores. Para avançar, precisamos mudar a correlação de forças no Congresso”. Ele defendeu uma forte pressão política e social das massas para a efetivação dessas mudanças.
O dirigente estadual defendeu ainda o financiamento público de campanha como um dos fatores essenciais para a vitória de trabalhadores nas eleições. “Fortalecer o protagonismo político da classe trabalhadora é necessário para fortalecer o PCdoB. É necessário ainda fortalecer os trabalhadores na estrutura partidária, na composição da nossa classe na direção do Partido”.
O secretário nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, apontou que o atual período é um dos mais perigosos para os povos do mundo. O discurso dúplice do imperialismo estadunidense que fala de paz, respeito, alianças e na prática realiza uma política que viola os interesses dos povos deve ser um dos pontos de atenção dos comunistas brasileiros. “Temos o desafio de colocar nosso país e povo brasileiro no lado correto dessa batalha, como defensores da paz e das conquistas democráticas no mundo. Não somos um Partido para encarar essa situação internacional de maneira olímpica”.
O dirigente ressaltou o crescimento das fileiras partidárias do PCdoB nos últimos anos. “Somos um Partido de luta social, de luta política e de ideologia. Devemos estar atentos para que não venhamos a crescer como um partido qualquer. É preciso qualificar o crescimento para que o nosso Partido não perca o seu caráter de classe”.
O deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB-BA) falou da importância de reforçar o enraizamento do Partido no movimento sindical. Segundo o parlamentar, vivemos momentos de contradição e em determinadas situações é necessário compreender o que está em jogo. “Nem todo movimento é progressista e revolucionário e nem toda greve é avançada. Uma greve que não aumenta o nível de consciência política, não aumenta a organização classista dos trabalhadores e não busca vitórias objetivas, não atende aos objetivos classistas”.
Para o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, o encontro é um momento para a discussão do ponto de vista mais político e dos objetivos centrais do sindicalismo partidário no próximo período. Ele falou do crescimento da CTB no movimento sindical nacional e reforçou o objetivo de alcançar o posto de segunda maior central sindical do país.
Começou nesta quarta-feira (15), no Rio de Janeiro, o 5º Encontro Sindical Nacional do PCdoB. O evento reúne cerca de 200 comunistas que atuam na frente sindical em mais de 20 estados brasileiros. O encontro objetiva realizar um balanço político e organizativo da atuação dos comunistas sindicalistas em todo o Brasil e apontar perspectivas e tarefas para o crescimento do Partido junto à classe trabalhadora.
Do Rio de Janeiro, Mariana Viel
Durante a abertura do evento, o secretário nacional Sindical do PCdoB, Nivaldo Santana, fez um balanço da conjuntura política brasileira, os impactos da crise do capitalismo e a defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento como caminho para a realização do Programa socialista para o Brasil.
Leia mais:
Movimento sindical deve preservar autonomia, afirmam comunistas
Segundo o dirigente nacional, a crise capitalista no mundo – que atinge com mais intensidade os EUA, o Japão e alguns países da Europa – alcança hoje dimensões planetárias. Ele reforçou o momento histórico de mudança na liderança econômica do mundo, com o deslocamento do centro dinâmico da economia mundial para a Ásia.
Nesse cenário de crise, Nivaldo lembrou que a América Latina tem sido um fator de diferenciação – através do avanço das forças progressistas em diversos países da região, uma maior distribuição de renda e ageração de empregos.
No Brasil, a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff significou uma viragem histórica para os trabalhadores, com a liquidação da política neoliberal. O dirigente nacional ressaltou, no entanto, que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Ele citou a precarização do mercado de trabalho, a gigantesca rotatividade e grande oferta de empregos de até dois salários mínimos e o grande índice de trabalhadores na informalidade. “Quem atua na frente sindical deve ter um olhar mais atento. A situação melhorou, mas ainda temos muito chão pela frente”. Para o dirigente, o ambiente mais democrático para o trabalhador, criado a partir da eleição de Lula, é também uma questão essencial.
Ele alertou para a questão econômica do país. “Do ponto de vista mais geral estamos enfrentando um grande gargalo que é o crescimento econômico. Num balanço dos dois primeiros anos do governo Dilma o crescimento está engatinhando”.
Fortalecimento do Partido entre os trabalhadores
O presidente estadual do PCdoB no Rio de Janeiro e membro do Comitê Central, João Batista Lemos, saudou a militância sindicalista presente no 5º Encontro. Para ele, esse é um momento decisivo para o acúmulo e fortalecimento do Partido entre os trabalhadores.
Batista citou a realização do 13º Congresso do Partido, em novembro, e o projeto eleitoral de 2014 como dois fatores decisivos para a militância sindicalista do PCdoB no próximo período. “Queremos aprofundar o processo de mudança iniciado por Lula, com soberania, democracia e direito aos trabalhadores. Para avançar, precisamos mudar a correlação de forças no Congresso”. Ele defendeu uma forte pressão política e social das massas para a efetivação dessas mudanças.
O dirigente estadual defendeu ainda o financiamento público de campanha como um dos fatores essenciais para a vitória de trabalhadores nas eleições. “Fortalecer o protagonismo político da classe trabalhadora é necessário para fortalecer o PCdoB. É necessário ainda fortalecer os trabalhadores na estrutura partidária, na composição da nossa classe na direção do Partido”.
O secretário nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, apontou que o atual período é um dos mais perigosos para os povos do mundo. O discurso dúplice do imperialismo estadunidense que fala de paz, respeito, alianças e na prática realiza uma política que viola os interesses dos povos deve ser um dos pontos de atenção dos comunistas brasileiros. “Temos o desafio de colocar nosso país e povo brasileiro no lado correto dessa batalha, como defensores da paz e das conquistas democráticas no mundo. Não somos um Partido para encarar essa situação internacional de maneira olímpica”.
O dirigente ressaltou o crescimento das fileiras partidárias do PCdoB nos últimos anos. “Somos um Partido de luta social, de luta política e de ideologia. Devemos estar atentos para que não venhamos a crescer como um partido qualquer. É preciso qualificar o crescimento para que o nosso Partido não perca o seu caráter de classe”.
O deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB-BA) falou da importância de reforçar o enraizamento do Partido no movimento sindical. Segundo o parlamentar, vivemos momentos de contradição e em determinadas situações é necessário compreender o que está em jogo. “Nem todo movimento é progressista e revolucionário e nem toda greve é avançada. Uma greve que não aumenta o nível de consciência política, não aumenta a organização classista dos trabalhadores e não busca vitórias objetivas, não atende aos objetivos classistas”.
Para o presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, o encontro é um momento para a discussão do ponto de vista mais político e dos objetivos centrais do sindicalismo partidário no próximo período. Ele falou do crescimento da CTB no movimento sindical nacional e reforçou o objetivo de alcançar o posto de segunda maior central sindical do país.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Conselho Nacional Eleitoral inicia transmissão ao vivo, via internet, auditoria na venezuela
CNE transmite auditoría en vivo por internet
El Consejo Nacional Electoral inicia este martes la transmisión en vivo, vía internet, del proceso de auditoría de Verificación Ciudadana Fase II que se está desarrollando actualmente y en la que participan técnicos de organizaciones con fines políticos y observadores de distintos sectores de la sociedad.
La transmisión será continua durante las horas que dura la auditoría en cada día de trabajo, iniciándose a las ocho de la mañana y con cierre hacia el inicio de la tarde, cuando los participantes firman el acta correspondiente al trabajo realizado. Cualquiera podrá acceder a través del sitio oficial www.cne.gob.ve
, haciendo click en el recuadro "transmisión en vivo".
Auditoría
Este lunes, el Consejo Nacional Electoral continuó con las Auditorías de Verificación Ciudadana en su Fase II, que arrojó un 99,98% de coincidencia de los comprobantes de votación con las Actas de Escrutinio y lo contabilizado por el Centro Nacional de Totalización.
Los representantes técnicos del Consejo Nacional Electoral y de las organizaciones con fines políticos auditaron 355 mesas de votación, de las cuales 103 correspondieron al estado Miranda, 108 Monagas, 69 Nueva Esparta y 75 Portuguesa. Fueron contados un total de 147 mil 216 comprobantes de votación.
El Consejo Nacional Electoral inicia este martes la transmisión en vivo, vía internet, del proceso de auditoría de Verificación Ciudadana Fase II que se está desarrollando actualmente y en la que participan técnicos de organizaciones con fines políticos y observadores de distintos sectores de la sociedad.
La transmisión será continua durante las horas que dura la auditoría en cada día de trabajo, iniciándose a las ocho de la mañana y con cierre hacia el inicio de la tarde, cuando los participantes firman el acta correspondiente al trabajo realizado. Cualquiera podrá acceder a través del sitio oficial www.cne.gob.ve
, haciendo click en el recuadro "transmisión en vivo".
Auditoría
Este lunes, el Consejo Nacional Electoral continuó con las Auditorías de Verificación Ciudadana en su Fase II, que arrojó un 99,98% de coincidencia de los comprobantes de votación con las Actas de Escrutinio y lo contabilizado por el Centro Nacional de Totalización.
Los representantes técnicos del Consejo Nacional Electoral y de las organizaciones con fines políticos auditaron 355 mesas de votación, de las cuales 103 correspondieron al estado Miranda, 108 Monagas, 69 Nueva Esparta y 75 Portuguesa. Fueron contados un total de 147 mil 216 comprobantes de votación.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Robson Câmara defende doutoramento sobre movimento sindical docente no Maranhão na UnB nessa sexta-feira 17/05
Nosso colega, amigo e camarada, o professor Robson Câmara, defende sua tese de doutoramento nessa sexta-feira, com o tema: "Sindicalismo docente da educação básica no Maranhão: da Associação à emergência do Sindicato".
Com uma espetacular contribuição à luta dos pós-graduandos, Robson seguirá na luta, muito mais qualificado, seja no movimento docente, seja na luta de ideias.
Local: Auditório da Sociologia da UnB ICC/Norte
Horário: 9h
Dia 17/05/2013
Acesse o meu blog: http://blog-do-robson-camara.blogspot.com
Horário: 9h
Dia 17/05/2013
Acesse o meu blog: http://blog-do-robson-camara.blogspot.com
PCdoB alerta contra ataques à democracia e prega reformas para ampliá-la
10/5/2013, http://renatorabelo.blog.br/2013/05/10/pcdob-alerta-contra-ataques-a-democracia-brasileira/
A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reuniu-se nesta sexta-feira (10), em São Paulo, e divulgou nota alertando a sociedade brasileira contra os recentes ataques desferidos contra a democracia no país pela oposição. A nota também defende reformas para ampliar a democracia.
Leia a seguir a integra da nota, divulgada no fim da tarde desta sexta-feira (10) em São Paulo.
A um ano e quatro meses da realização das eleições presidenciais, o sistema de oposição acirra a disputa política e, na busca de uma sobrevida no jogo sucessório, realiza investidas aparentemente desarticuladas, mas que no seu conjunto indicam uma tendência de afronta crescente à democracia. O PCdoB julga que esse fenômeno pernicioso merece o alerta das forças políticas progressistas.
Não é algo novo na história brasileira. Este atávico vício remonta ao udenismo reacionário que conspirou contra Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, João Goulart e, recentemente, contra Luiz Inácio Lula da Silva. Basta o Brasil se colocar de pé e caminhar na direção do desenvolvimento e do progresso social, basta afirmar sua soberania nacional, para as forças mais retrógadas serem tentadas a infringir valores e normas da disputa democrática.
A presidenta Dilma Rousseff, no contexto de uma grande crise mundial do capitalismo, procura alavancar o desenvolvimento nacional, erradicar a miséria no país e avançar o processo de mudanças. São iniciativas que incomodam setores da classe dominante, sobretudo aqueles que sempre se locupletaram com a desigualdade e a posição subalterna do Brasil perante as grandes potências. Estes setores não admitem perder privilégios, status e os ganhos proporcionados por um sistema financeiro predatório.
Por isso, movimentam-se freneticamente para bloquear, mesmo que às custas de ataques à democracia, o caminho que o povo brasileiro escolheu para trilhar desde a vitória de Lula em 2003.
Vejamos alguns fatos que justificam esse alerta.
Desmoralização e judicializacão da política
Para afrontar a democracia, realiza-se uma ruidosa e persistente campanha para desmoralizar a política e os partidos. Sob o diagnóstico de que os partidos teriam se fragilizado como instituições, busca-se judicializar a política e subtrair prerrogativas de suas instituições, como é o caso do Congresso Nacional. Recentemente, um ministro do STF desrespeitou a autonomia do Poder Legislativo ao sustar a legítima tramitação de um projeto de lei. Fato que provocou justificada reação das presidências do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
Por óbvio, essa operação de desacreditar a política é muito seletiva, atinge, sobretudo, a base de sustentação da presidenta Dilma, particularmente os partidos de esquerda. Exemplo disso são os prolongados e renitentes ataques ao PT e também ao PCdoB.
Outro exemplo de investidas por parte de estruturas do Estado contra a política – e, mais precisamente, contra as lideranças e os partidos que sustentam o governo da presidenta Dilma Rousseff – se revela na decisão do Ministério Público Federal de abrir inquérito contra o ex-presidente Lula. No julgamento do “mensalão”, o STF não incriminou o ex-presidente, pois nada há contra ele. O fato é que, de modo arbitrário e absurdo, a Polícia Federal hoje promove uma investigação contra uma das maiores lideranças do povo brasileiro e personalidade respeitada no mundo.
No balanço dos últimos dez anos (2003-2013), que abrange a governança de Lula e Dilma, destaca-se um combate cerrado contra a corrupção. O governo procurou fortalecer as instituições encarregadas de empreender este combate. Contudo, no âmbito de um Estado erguido e moldado para servir às classes dominantes, há nele setores que reagem com hostilidade . Ao mesmo tempo, ocupantes de órgãos de controle exorbitam prerrogativas e, deliberadamente, obstruem a realização de obras e projetos importantes ao desenvolvimento nacional.
Desrespeito aos direitos individuais
São preocupantes também frequentes ações que desrespeitam os direitos individuais consagrados na Constituição. Estas agressões aos direitos civis, não raro, também são seletivas, direcionadas a personalidades e lideranças do campo democrático e de esquerda.
Pisoteia-se o princípio elementar da presunção da inocência. Caso típico foi praticado na semana passada contra uma liderança do PCdoB. Carlos Fernando Niedersberg, então secretário do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, foi preso, agredido por agentes do Estado e teve sua reputação linchada pela mídia, embora o inquérito policial da chamada Operação Concutare não tenha absolutamente nada contra ele, exceto ilações artificialmente construídas. Um ato, portanto, de violência política contra uma liderança do PCdoB, com o objetivo claro de enfraquecer a legenda comunista e atingir o projeto das forças progressistas desse estado.
Abuso de poder do monopólio midiático
Outra questão que justifica o sinal de alerta é o abuso de poder do monopólio midiático. Este abuso – como arsenal do sistema de oposição que agride a democracia brasileira – é um fato que se agrava e exige uma tomada de posição do campo político democrático. O exemplo mais recente é a grita dos meios de comunicação contra a decisão do governo da presidenta Dilma Rousseff de baixar os juros. Tal medida chocou-se frontalmente com a lógica e a ganância da oligarquia financeira. E, desde então, a grande mídia, a serviço dessa oligarquia, desinforma e desorienta a sociedade manipulando dados referentes à inflação, torce pelo “quanto pior melhor” para os rumos da Nação.
Realizar reformas para ampliar a democracia
É preciso fazer cumprir a Constituição Federal que veda a existência de monopólios e garante à sociedade o pleno direito à informação, à liberdade de expressão e de imprensa. O Brasil sequer tem regulamentado o direito de resposta, basilar à democracia. Hoje, tais preceitos e direitos estão mitigados e, na prática, se procura negá-los ao povo brasileiro. Por isto, impõe-se uma reforma democrática dos meios de comunicação – o que exigirá ampla mobilização do povo e de vários segmentos e lideranças da sociedade.
No seu conjunto, os fatos acima narrados – apenas alguns no contexto mais amplo de ataques à democracia – requerem das forças políticas democráticas, patrióticas e populares, a firme decisão de responder a essa tentativa de sufocar a democracia, intensificando jornadas de sentido oposto: ampliar, alargar e aperfeiçoar a democracia. Está, portanto, na ordem do dia, debater este temário com a sociedade e as forças progressistas, reforçar as iniciativas e mobilizações pela democratização dos meios de comunicação, pela reforma do Judiciário e por uma reforma política democrática, através de um amplo movimento social e político.
São Paulo, 10 de maio de 2013
Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil – PCdoB
A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reuniu-se nesta sexta-feira (10), em São Paulo, e divulgou nota alertando a sociedade brasileira contra os recentes ataques desferidos contra a democracia no país pela oposição. A nota também defende reformas para ampliar a democracia.
Leia a seguir a integra da nota, divulgada no fim da tarde desta sexta-feira (10) em São Paulo.
A um ano e quatro meses da realização das eleições presidenciais, o sistema de oposição acirra a disputa política e, na busca de uma sobrevida no jogo sucessório, realiza investidas aparentemente desarticuladas, mas que no seu conjunto indicam uma tendência de afronta crescente à democracia. O PCdoB julga que esse fenômeno pernicioso merece o alerta das forças políticas progressistas.
Não é algo novo na história brasileira. Este atávico vício remonta ao udenismo reacionário que conspirou contra Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, João Goulart e, recentemente, contra Luiz Inácio Lula da Silva. Basta o Brasil se colocar de pé e caminhar na direção do desenvolvimento e do progresso social, basta afirmar sua soberania nacional, para as forças mais retrógadas serem tentadas a infringir valores e normas da disputa democrática.
A presidenta Dilma Rousseff, no contexto de uma grande crise mundial do capitalismo, procura alavancar o desenvolvimento nacional, erradicar a miséria no país e avançar o processo de mudanças. São iniciativas que incomodam setores da classe dominante, sobretudo aqueles que sempre se locupletaram com a desigualdade e a posição subalterna do Brasil perante as grandes potências. Estes setores não admitem perder privilégios, status e os ganhos proporcionados por um sistema financeiro predatório.
Por isso, movimentam-se freneticamente para bloquear, mesmo que às custas de ataques à democracia, o caminho que o povo brasileiro escolheu para trilhar desde a vitória de Lula em 2003.
Vejamos alguns fatos que justificam esse alerta.
Desmoralização e judicializacão da política
Para afrontar a democracia, realiza-se uma ruidosa e persistente campanha para desmoralizar a política e os partidos. Sob o diagnóstico de que os partidos teriam se fragilizado como instituições, busca-se judicializar a política e subtrair prerrogativas de suas instituições, como é o caso do Congresso Nacional. Recentemente, um ministro do STF desrespeitou a autonomia do Poder Legislativo ao sustar a legítima tramitação de um projeto de lei. Fato que provocou justificada reação das presidências do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
Por óbvio, essa operação de desacreditar a política é muito seletiva, atinge, sobretudo, a base de sustentação da presidenta Dilma, particularmente os partidos de esquerda. Exemplo disso são os prolongados e renitentes ataques ao PT e também ao PCdoB.
Outro exemplo de investidas por parte de estruturas do Estado contra a política – e, mais precisamente, contra as lideranças e os partidos que sustentam o governo da presidenta Dilma Rousseff – se revela na decisão do Ministério Público Federal de abrir inquérito contra o ex-presidente Lula. No julgamento do “mensalão”, o STF não incriminou o ex-presidente, pois nada há contra ele. O fato é que, de modo arbitrário e absurdo, a Polícia Federal hoje promove uma investigação contra uma das maiores lideranças do povo brasileiro e personalidade respeitada no mundo.
No balanço dos últimos dez anos (2003-2013), que abrange a governança de Lula e Dilma, destaca-se um combate cerrado contra a corrupção. O governo procurou fortalecer as instituições encarregadas de empreender este combate. Contudo, no âmbito de um Estado erguido e moldado para servir às classes dominantes, há nele setores que reagem com hostilidade . Ao mesmo tempo, ocupantes de órgãos de controle exorbitam prerrogativas e, deliberadamente, obstruem a realização de obras e projetos importantes ao desenvolvimento nacional.
Desrespeito aos direitos individuais
São preocupantes também frequentes ações que desrespeitam os direitos individuais consagrados na Constituição. Estas agressões aos direitos civis, não raro, também são seletivas, direcionadas a personalidades e lideranças do campo democrático e de esquerda.
Pisoteia-se o princípio elementar da presunção da inocência. Caso típico foi praticado na semana passada contra uma liderança do PCdoB. Carlos Fernando Niedersberg, então secretário do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, foi preso, agredido por agentes do Estado e teve sua reputação linchada pela mídia, embora o inquérito policial da chamada Operação Concutare não tenha absolutamente nada contra ele, exceto ilações artificialmente construídas. Um ato, portanto, de violência política contra uma liderança do PCdoB, com o objetivo claro de enfraquecer a legenda comunista e atingir o projeto das forças progressistas desse estado.
Abuso de poder do monopólio midiático
Outra questão que justifica o sinal de alerta é o abuso de poder do monopólio midiático. Este abuso – como arsenal do sistema de oposição que agride a democracia brasileira – é um fato que se agrava e exige uma tomada de posição do campo político democrático. O exemplo mais recente é a grita dos meios de comunicação contra a decisão do governo da presidenta Dilma Rousseff de baixar os juros. Tal medida chocou-se frontalmente com a lógica e a ganância da oligarquia financeira. E, desde então, a grande mídia, a serviço dessa oligarquia, desinforma e desorienta a sociedade manipulando dados referentes à inflação, torce pelo “quanto pior melhor” para os rumos da Nação.
Realizar reformas para ampliar a democracia
É preciso fazer cumprir a Constituição Federal que veda a existência de monopólios e garante à sociedade o pleno direito à informação, à liberdade de expressão e de imprensa. O Brasil sequer tem regulamentado o direito de resposta, basilar à democracia. Hoje, tais preceitos e direitos estão mitigados e, na prática, se procura negá-los ao povo brasileiro. Por isto, impõe-se uma reforma democrática dos meios de comunicação – o que exigirá ampla mobilização do povo e de vários segmentos e lideranças da sociedade.
No seu conjunto, os fatos acima narrados – apenas alguns no contexto mais amplo de ataques à democracia – requerem das forças políticas democráticas, patrióticas e populares, a firme decisão de responder a essa tentativa de sufocar a democracia, intensificando jornadas de sentido oposto: ampliar, alargar e aperfeiçoar a democracia. Está, portanto, na ordem do dia, debater este temário com a sociedade e as forças progressistas, reforçar as iniciativas e mobilizações pela democratização dos meios de comunicação, pela reforma do Judiciário e por uma reforma política democrática, através de um amplo movimento social e político.
São Paulo, 10 de maio de 2013
Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil – PCdoB
Carlos Fernando Niedersberg concede entrevista a Zero Hora - Portal Vermelho
Carlos Fernando Niedersberg concede entrevista a Zero Hora - Portal Vermelho
O ex-secretário de Meio Ambiente, Carlos Fernando Niedersberg, concedeu entrevista ao jornalista André Machado, onde nega qualquer envolvimento em ações irregulares quando esteve a frente da Fepam e diz que licenças ambientais são processos técnicos. Leia abaixo a integra da entrevista publicada no jornal Zero Hora de hoje (11):
André Machado/Agência RBS
Filiado ao PC do B, ex-titular do Meio Ambiente espera conversar com o governador e provar inocência
– Quantos milhões tem neste saco, seu corrupto? – disse o brigadiano, apertando com força os testículos de Carlos Fernando Niedersberg, 46 anos, no momento em que ele passava pela revista para ir falar com seu advogado, no parlatório do Presídio Central.
A situação constrangedora foi relatada ontem, durante uma hora de entrevista no mesmo apartamento onde o então secretário estadual do Meio Ambiente foi preso pela Polícia Federal na manhã de 29 de abril, suspeito de envolvimento em fraudes no licenciamento ambiental de empreendimentos.
O acanhado imóvel no bairro Bom Fim já estava sendo esvaziado na chegada dos policiais. Niedersberg está trocando o aluguel de R$ 1 mil pela locação de outro imóvel, no qual irá morar com a namorada, testemunha de sua prisão. Ele ficou no Central por quatro dias.
Mas nem os maus-tratos na revista nem o constrangimento de ser preso diante dos vizinhos foram os momentos mais difíceis para o químico indicado pelo PC do B para ocupar postos no governo Tarso Genro – antes de assumir a secretaria, no início de abril, ele presidiu a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
As piores recordações são das 12 horas que passou em uma sala apertada e de pé direito baixo dentro da sede da PF em Porto Alegre. Virado para a parede forrada com isolamento acústico, o ex-secretário passou a metade daquela segunda-feira buscando foco para entender o que ocorria. Havia um agravante: depois de ficar preso em um cano de esgoto aos seis anos de idade, Niedersberg passou a sofrer de claustrofobia.
Zero Hora – Como tem sido a rotina depois que o senhor deixou o Presídio Central?
Niedersberg – Tem sido um momento de acolher a solidariedade da família, dos amigos, dos camaradas de partido. Momento de reestruturar a vida. Foi um baque forte que a gente está vendo agora como se supera.
ZH – Trecho de um documento da Justiça Federal afirma que o senhor estaria diretamente envolvido na concessão ilegal de licenças ambientais. O senhor recebeu alguma vantagem indevida?
Niedersberg – Afirmo categoricamente que não. Repilo a ideia de que licenças ambientais possam ser transacionadas desta forma. Não é um ato político que dependa da vontade do gestor. A licença é um ato de construção técnico-jurídica.
ZH – Em algum momento lhe ofereceram vantagem para influenciar em processos?
Niedersberg – Nunca me ofereceram e sabem, olhando para a minha cara e conhecendo a minha vida, que jamais isto teria trânsito comigo.
ZH – Qual o seu relacionamento com os ex-secretários Berfran Rosado e Giancarlo Tusi Pinto e com o Instituto Biosenso?
Niedersberg – Tive a oportunidade conhecer Berfran e Giancarlo na campanha de 2008. Depois, fiquei um longo tempo sem vê-los. Com a criação do Biosenso, eles passaram a atuar como consultores ambientais, que é uma das atividades mais comuns de ter contato na Fepam.
ZH – Em uma gravação, o senhor pede recurso a Giancarlo para a campanha para vereadora de Jussara Cony. Como se deu este contato e o que o senhor pediu?
Niedersberg – Pela relação política construída com Berfran e Giancarlo, o que fiz foi ofertar convites para a festa da Jussara Cony. Foram 15 convites. Não recordo o valor, pois tinha convites de R$ 500 e R$ 1 mil. Eles ficaram com 15 convites para depois ajudar a vender.
ZH – Ainda sobre o pedido de recursos para a campanha de Jussara Cony. Depois da venda destes convites, de acordo com a PF, o senhor teria atuado em prol do Biosenso com a OHR. O senhor conhece a OHR?
Niedersberg – Pessoalmente não conheço, mas, como estudei o processo, sei do que se trata. É um dos dois processos do Biosenso que eu tinha conhecimento na Fepam. É absolutamente inverídica esta afirmação de que há qualquer ligação. Era um processo extremamente moroso pela sua dificuldade e que não atendeu aos interesses iniciais do empreendedor.
ZH – O senhor não atendeu então o interesse da OHR em um condomínio no Litoral? O projeto ao fim foi liberado?
Niedersberg – O empreendimento tinha licença da Fepam. No processo de revisão que fizemos em todos os processos do Litoral por conta de uma busca e apreensão da polícia em 2012, esta licença foi revisada. Nesta revisão, vários interesses dos empreendedores foram revertidos. Trata-se de saber se o terreno tinha ou não área de banhado. A posição foi de que havia e que o banhado deveria ser preservado.
ZH – Consta no relatório da PF que o senhor teria almoçado com representantes da OHR e com Berfran em uma churrascaria. O senhor lembra disto?
Niedersberg – Lembro e isto não corresponde. Almocei exclusivamente com Berfran.
ZH – Qual a sua reação diante da exoneração imediata?
Niedersberg – A posição do governador, estando em Israel e sabendo de um ato que chegou à consequência de uma prisão, não poderia ser outra que não a exoneração. Não o critico. Espero ter a oportunidade de conversar, olhar nos olhos dele e falar: sou inocente. Ele sabe disso e conhece o meu trabalho.
ZH – Quando Gabriele Gottlieb foi indicada para a presidência da Fepam, o senhor sabia que ela respondia a um processo em razão da rápida concessão de licença para um parque eólico em Quintão?
Niedersberg – Com certeza. Era um dos processos que mais me orgulhavam. Conseguimos fazer do Rio Grande do Sul uma referência em energia eólica. O Conama está debatendo uma resolução sobre o licenciamento destes parques baseada na experiência gaúcha. Criamos uma expertise para licenciar parques sem nenhuma irregularidade.
ZH – O senhor foi apontado por outros presos da operação como o mais nervoso no Central. Por quê?
Niedersberg – No Central, não concordo com a afirmação. Eu estava muito mal no dia da prisão por ter claustrofobia. Aos seis anos, fiquei preso por 12 horas em um cano de esgoto com outras pessoas por cima. Sou muito claustrófobo, e o ambiente na PF foi muito angustiante. Senti como se fosse a boate Kiss durante 12 horas.
ZH – Qual era a sua relação com o servidor Mattos’Alem Roxo?
Niedersberg – Mattos’Alem era chefe do balcão do Litoral Norte quando tivemos denúncias em relação à atuação dele num inquérito do MP. O retiramos da chefia e o trouxemos para a sede. Ele ficou afastado da atividade de licenciamento, e abrimos uma sindicância interna. As duas reuniões que ele teve comigo desde então foram para pedir para ingressar no serviço de emergência ambiental, um dos mais importantes da casa. E apresentei para ele a impossibilidade diante do inquérito e da sindicância que ele respondia.
ZH – O presidente estadual do PC do B, deputado Raul Carrion, fez referência a agressões que o senhor teria sofrido no sistema prisional. Como foi?
Niedersberg – Foi um episódio isolado. Dentro do possível, o tratamento no presídio se deu com dignidade. A curva que fugiu do ponto foi em uma revista quando fui ao parlatório conversar com meu advogado. Na revista, tive uma pressão psicológica muito forte, me chamando de coisas que não tenho coragem de repetir, e pressionando os meus testículos simultaneamente. O fato já foi debatido com a direção do presídio.
ZH – O que a sua vida mudou do ponto de vista pessoal e material desde que o senhor assumiu funções públicas?
Niedersberg – O meu crescimento profissional foi fabuloso nestes dois anos. Acho que fiz uma gestão revolucionária na Fepam. Do ponto de vista material, ao longo deste período, não tenho nada a acrescentar de positivo. Meu saldo bancário e fiscal está disponível e pelas condições que vivo é possível demonstrar que não ganhei um centavo de patrimônio ao longo destes anos.
Fonte: Zero Hora
O ex-secretário de Meio Ambiente, Carlos Fernando Niedersberg, concedeu entrevista ao jornalista André Machado, onde nega qualquer envolvimento em ações irregulares quando esteve a frente da Fepam e diz que licenças ambientais são processos técnicos. Leia abaixo a integra da entrevista publicada no jornal Zero Hora de hoje (11):
André Machado/Agência RBS
Filiado ao PC do B, ex-titular do Meio Ambiente espera conversar com o governador e provar inocência
– Quantos milhões tem neste saco, seu corrupto? – disse o brigadiano, apertando com força os testículos de Carlos Fernando Niedersberg, 46 anos, no momento em que ele passava pela revista para ir falar com seu advogado, no parlatório do Presídio Central.
A situação constrangedora foi relatada ontem, durante uma hora de entrevista no mesmo apartamento onde o então secretário estadual do Meio Ambiente foi preso pela Polícia Federal na manhã de 29 de abril, suspeito de envolvimento em fraudes no licenciamento ambiental de empreendimentos.
O acanhado imóvel no bairro Bom Fim já estava sendo esvaziado na chegada dos policiais. Niedersberg está trocando o aluguel de R$ 1 mil pela locação de outro imóvel, no qual irá morar com a namorada, testemunha de sua prisão. Ele ficou no Central por quatro dias.
Mas nem os maus-tratos na revista nem o constrangimento de ser preso diante dos vizinhos foram os momentos mais difíceis para o químico indicado pelo PC do B para ocupar postos no governo Tarso Genro – antes de assumir a secretaria, no início de abril, ele presidiu a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
As piores recordações são das 12 horas que passou em uma sala apertada e de pé direito baixo dentro da sede da PF em Porto Alegre. Virado para a parede forrada com isolamento acústico, o ex-secretário passou a metade daquela segunda-feira buscando foco para entender o que ocorria. Havia um agravante: depois de ficar preso em um cano de esgoto aos seis anos de idade, Niedersberg passou a sofrer de claustrofobia.
Zero Hora – Como tem sido a rotina depois que o senhor deixou o Presídio Central?
Niedersberg – Tem sido um momento de acolher a solidariedade da família, dos amigos, dos camaradas de partido. Momento de reestruturar a vida. Foi um baque forte que a gente está vendo agora como se supera.
ZH – Trecho de um documento da Justiça Federal afirma que o senhor estaria diretamente envolvido na concessão ilegal de licenças ambientais. O senhor recebeu alguma vantagem indevida?
Niedersberg – Afirmo categoricamente que não. Repilo a ideia de que licenças ambientais possam ser transacionadas desta forma. Não é um ato político que dependa da vontade do gestor. A licença é um ato de construção técnico-jurídica.
ZH – Em algum momento lhe ofereceram vantagem para influenciar em processos?
Niedersberg – Nunca me ofereceram e sabem, olhando para a minha cara e conhecendo a minha vida, que jamais isto teria trânsito comigo.
ZH – Qual o seu relacionamento com os ex-secretários Berfran Rosado e Giancarlo Tusi Pinto e com o Instituto Biosenso?
Niedersberg – Tive a oportunidade conhecer Berfran e Giancarlo na campanha de 2008. Depois, fiquei um longo tempo sem vê-los. Com a criação do Biosenso, eles passaram a atuar como consultores ambientais, que é uma das atividades mais comuns de ter contato na Fepam.
ZH – Em uma gravação, o senhor pede recurso a Giancarlo para a campanha para vereadora de Jussara Cony. Como se deu este contato e o que o senhor pediu?
Niedersberg – Pela relação política construída com Berfran e Giancarlo, o que fiz foi ofertar convites para a festa da Jussara Cony. Foram 15 convites. Não recordo o valor, pois tinha convites de R$ 500 e R$ 1 mil. Eles ficaram com 15 convites para depois ajudar a vender.
ZH – Ainda sobre o pedido de recursos para a campanha de Jussara Cony. Depois da venda destes convites, de acordo com a PF, o senhor teria atuado em prol do Biosenso com a OHR. O senhor conhece a OHR?
Niedersberg – Pessoalmente não conheço, mas, como estudei o processo, sei do que se trata. É um dos dois processos do Biosenso que eu tinha conhecimento na Fepam. É absolutamente inverídica esta afirmação de que há qualquer ligação. Era um processo extremamente moroso pela sua dificuldade e que não atendeu aos interesses iniciais do empreendedor.
ZH – O senhor não atendeu então o interesse da OHR em um condomínio no Litoral? O projeto ao fim foi liberado?
Niedersberg – O empreendimento tinha licença da Fepam. No processo de revisão que fizemos em todos os processos do Litoral por conta de uma busca e apreensão da polícia em 2012, esta licença foi revisada. Nesta revisão, vários interesses dos empreendedores foram revertidos. Trata-se de saber se o terreno tinha ou não área de banhado. A posição foi de que havia e que o banhado deveria ser preservado.
ZH – Consta no relatório da PF que o senhor teria almoçado com representantes da OHR e com Berfran em uma churrascaria. O senhor lembra disto?
Niedersberg – Lembro e isto não corresponde. Almocei exclusivamente com Berfran.
ZH – Qual a sua reação diante da exoneração imediata?
Niedersberg – A posição do governador, estando em Israel e sabendo de um ato que chegou à consequência de uma prisão, não poderia ser outra que não a exoneração. Não o critico. Espero ter a oportunidade de conversar, olhar nos olhos dele e falar: sou inocente. Ele sabe disso e conhece o meu trabalho.
ZH – Quando Gabriele Gottlieb foi indicada para a presidência da Fepam, o senhor sabia que ela respondia a um processo em razão da rápida concessão de licença para um parque eólico em Quintão?
Niedersberg – Com certeza. Era um dos processos que mais me orgulhavam. Conseguimos fazer do Rio Grande do Sul uma referência em energia eólica. O Conama está debatendo uma resolução sobre o licenciamento destes parques baseada na experiência gaúcha. Criamos uma expertise para licenciar parques sem nenhuma irregularidade.
ZH – O senhor foi apontado por outros presos da operação como o mais nervoso no Central. Por quê?
Niedersberg – No Central, não concordo com a afirmação. Eu estava muito mal no dia da prisão por ter claustrofobia. Aos seis anos, fiquei preso por 12 horas em um cano de esgoto com outras pessoas por cima. Sou muito claustrófobo, e o ambiente na PF foi muito angustiante. Senti como se fosse a boate Kiss durante 12 horas.
ZH – Qual era a sua relação com o servidor Mattos’Alem Roxo?
Niedersberg – Mattos’Alem era chefe do balcão do Litoral Norte quando tivemos denúncias em relação à atuação dele num inquérito do MP. O retiramos da chefia e o trouxemos para a sede. Ele ficou afastado da atividade de licenciamento, e abrimos uma sindicância interna. As duas reuniões que ele teve comigo desde então foram para pedir para ingressar no serviço de emergência ambiental, um dos mais importantes da casa. E apresentei para ele a impossibilidade diante do inquérito e da sindicância que ele respondia.
ZH – O presidente estadual do PC do B, deputado Raul Carrion, fez referência a agressões que o senhor teria sofrido no sistema prisional. Como foi?
Niedersberg – Foi um episódio isolado. Dentro do possível, o tratamento no presídio se deu com dignidade. A curva que fugiu do ponto foi em uma revista quando fui ao parlatório conversar com meu advogado. Na revista, tive uma pressão psicológica muito forte, me chamando de coisas que não tenho coragem de repetir, e pressionando os meus testículos simultaneamente. O fato já foi debatido com a direção do presídio.
ZH – O que a sua vida mudou do ponto de vista pessoal e material desde que o senhor assumiu funções públicas?
Niedersberg – O meu crescimento profissional foi fabuloso nestes dois anos. Acho que fiz uma gestão revolucionária na Fepam. Do ponto de vista material, ao longo deste período, não tenho nada a acrescentar de positivo. Meu saldo bancário e fiscal está disponível e pelas condições que vivo é possível demonstrar que não ganhei um centavo de patrimônio ao longo destes anos.
Fonte: Zero Hora
SANAÚD - VOLTAREMOS: Stephen Hawking recusa ir a Israel, em defesa da Palestina
Não é de agora o interesse de Hawking pelo destino da Palestina Paul McErlane/REUTERS
SANAÚD - VOLTAREMOS: Stephen Hawking recusa ir a Israel, em defesa da Palestina
Físico recusa convite para conferência patrocinada pelo Presidente Shimon Peres, apoiando boicote lançado por grupo acadêmico britânico.
Clara Barata 09/05/2013
O físico britânico Stephen Hawking vai boicotar uma conferência patrocinada pelo Presidente israelita, Shimon Peres, e faz questão de que se saiba que é por causa da Palestina. Em Israel, é a indignação; do lado dos activistas palestinianos, o júbilo: Hawking é o mais importante cientista a dar o seu apoio à iniciativa de um grupo de académicos britânicos que apela ao boicote de Israel.
A Universidade de Cambridge, no Reino Unido, onde Hawking é director de investigação do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica, anunciou inicialmente que era por motivos de saúde que o cientista que associou o seu nome à radiação que provou ser emitida pelos buracos negros (antes pensava-se que nada escapava a estes gigantes que tudo devoram em seu redor) não iria à 5.ª conferência Enfrentar o Futuro 2013, de 18 a 20 de Junho, que este ano assinala também o 90.º aniversário de Shimon Peres.
Hawking, com 71 anos, tem uma debilitante doença (uma forma de esclerose lateral amiotrófica, que o imobiliza e o impede de falar sem ser graças a um programa informático ligado à sua cadeira de rodas). Mas a informação de que estava com problemas de saúde que o impediriam de fazer a viagem até Israel foi corrigida num segundo momento pelos serviços de imprensa: a decisão de Hawking “baseou-se em conselhos de académicos palestinianos de que deveria respeitar o boicote”.
O boicote em causa foi decretado pelo Comité Britânico pelas Universidades da Palestina (Bricup, na sigla em inglês), que divulga o apelo ao boicote de universidades e instituições culturais israelitas, lançado em 2004 em Ramallah por várias organizações palestinianas. Uma declaração publicada no site desta organização com a autorização do cientista explica que Hawking “decidiu de forma independente respeitar o boicote, baseando-se no seu conhecimento da Palestina, e no aconselhamento unânime dos seus contactos naquele território.”
Não é a primeira vez que Stephen Hawking toma uma posição a favor da Palestina, que visitou em 2006, no âmbito de uma viagem a Israel e a Ramallah, numa viagem organizada pela embaixada britânica em Israel. Em 2009, pronunciou-se contra a operação Chumbo Fundido, o ataque de três semanas de Israel contra Gaza, recorda o jornal britânico The Guardian. No canal de televisão Al Jazira afirmou que a resposta israelita aos tiros de rocket a partir de Gaza “era claramente desproporcionada”. “A situação é como a da África do Sul antes de 1990 e não pode continuar”, concluiu.
Da parte de Israel, este boicote de Hawking a uma conferência onde estarão nomes como o ex-presidente norte-americano Bill Clinton ou a cantora Barbra Streisand é incompreensível. “Esta decisão é injustificável e é errada”, disse Israel Maimon, o presidente da conferência.
Nas últimas quatro semanas, desde que foi anunciado o programa da conferência, com a presença de Hawking, o cientista tem sido bombardeado com mensagens de académicos britânicos e de outros países para que a boicotasse, diz o Guardian.
A campanha de boicote da Bricup está em pleno. Em Abril, o Sindicato Irlandês de Professores tornou-se a primeira associação de professores europeia a apelar ao boicote de Israel, e nos EUA a Associação de Estudos Asiático-Americanos decidiu em votação apoiar este boicote, tornando-se o primeiro grupo académico norte-americano a fazê-lo.
Se vários artistas britânicos já anunciaram a sua decisão de boicotar Israel – como Annie Lennox, Elvis Costello, Roger Waters, Mile Leigh ou Brian Eno, Stephen Hawking é o primeiro cientista de renome mundial a tomar esta posição. E a reacção no Facebook, por exemplo, foi feroz, com acusações de anti-semitismo e comentários a concentrarem-se nas suas limitações físicas – e no facto de a tecnologia da sua cadeira de rodas especial ter sido desenvolvida por uma subsidiária israelita da empresa norte-americana Intel.
Fonte: Publico
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Poder feminino: UJS indica pernambucana Virgínia Barros à Presidência da UNE
Virgínia Barros: “Viver é lutar e lutar vale a pena” | UJS
Nesta última quarta (01), o movimento Bloco na Rua indicou Virgínia Barros como candidata a presidência da UNE. O 53º Congresso da entidade ocorrerá em Goiânia, de 29 de maio a 02 de junho.
Natural de Garanhuns (PE), Virgínia, mais conhecida como “Vic”, foi presidente da União dos Estudante de Pernambuco (UEP) entre 2009 e 2011, onde conquistou a gratuidade para os estudantes da Universidade de Pernambuco (UPE), que até então tinham que pagar para estudar. Atualmente cursa Letras na Universidade de São Paulo (USP). Virgínia exerce a função de diretora de comunicação da UNE.
Em entrevista exclusiva ao Bloco na Rua , a candidata à presidência da UNE fala das conquistas da entidade no último período e destaca os próximos desafios da União Nacional dos Estudantes.
Bloco na Rua: O que representa o congresso da UNE para o Brasil? Qual a participação do movimento Bloco na Rua?
Vic: Estamos chegando na reta final do congresso e teremos quase dois milhões de jovens elegendo seus representantes com votação direta em urna, em mais de 90% das universidades brasileiras! É desta maneira que a UNE se consolida como uma das entidades mais democráticas e legitimas do movimento social brasileiro.
Por esta amplitude o congresso da UNE é o principal espaço de discussão, mobilização e integração dos estudantes brasileiros. É no congresso da UNE que colocamos em revista toda a educação brasileira e, que os estudantes apontam novos desafios para melhorar a educação superior, por isso, o congresso da UNE é sempre um marco, um ponto de partida das grandes transformações educacionais.
O novo movimento Bloco na Rua é o maior coletivo de estudantes do Brasil, o único que consegue estar em todos os Estados, nas universidades públicas e privadas, a consequência é que temos uma opinião mais completa sobre a educação brasileira e, por isso, a maioria dos estudantes brasileiros tem votado nas propostas do nosso movimento, o que nos faz ser o maior movimento ao congresso da UNE, com maior número de delegados!
Bloco na Rua: Quais são as principais propostas que você defenderá em nome do movimento Bloco na Rua no Congresso da UNE?
Vic: Hoje o principal desafio dos estudantes e, acredito, do conjunto do povo brasileiro, é criar as condições para uma nova arrancada no desenvolvimento econômico, social e humano do nosso país. Para isso, a educação é fundamental.
Uma das principais pautas no campo educacional segue sendo a destinação de 10% do PIB, 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação, por políticas mais eficazes de assistência estudantil, garantia da qualidade do ensino superior e por uma regulamentação democrática e soberana do ensino superior privado em nosso país. Para além disso, pautas mais gerais como a reforma política e a democratização dos meios de comunicação assumem cada vez mais centralidade nas lutas estudantis.
Bloco na Rua: Como você avalia a atuação da UNE neste último período?
Vic: A UNE conquistou muitas vitórias, a principal que eu destacaria foi a aprovação dos 10% do PIB para educação pública. Foi uma conquista obtida com muito suor e anos de luta – fizemos marcha em Brasília, #OcupeBrasilia, abaixo-assinado e muita pressão até que no dia 26 de Junho do ano passado ocupamos a Câmara e garantimos a aprovação da medida. O projeto agora está no Senado e seguimos na luta para consolidar esta vitória.
Também conseguimos, ao longo dos últimos anos, através de nossas lutas, convencer a presidenta Dilma da importância de utilizar a riqueza do petróleo brasileiro para a melhoria da educação do nosso país. No final do ano passado, ela editou uma Medida Provisória destinando 50% do Fundo Social do Pré-sal e 100% dos royalties do petróleo brasileiro para educação. Foi um golaço! A Medida caducou sem que fosse aprovada no Congresso Nacional, mas, essa semana, em rede nacional, a presidenta já anunciou que enviará um novo projeto sobre o mesmo tema para o Congresso.
Outras lutas que destaco é a aprovação da Lei de Reserva de Vagas, o aumento expressivo de verbas para assistência estudantil no orçamento federal deste ano, tivemos também uma atuação combativa e consequente no período de greve das universidade
s federais, por ultimo destacaria as obras da sede da UNE no Rio de Janeiro. Muitos dos frutos desta gestão só serão percebidos, inclusive, daqui a alguns anos. Tudo, tudo, tudo, valeu muito a pena.
Bloco na Rua: De que maneira você acha que a UNE poderá contribuir para a superação dos próximos desafios?
Vic: A gestão da UNE precisa ser construída em permanente diálogo com os Centros Acadêmicos, DCE’s, Uniões Estaduais dos Estudantes e demais organizações estudantis existentes na universidade, ampliando nossos instrumentos de comunicação, fazendo nossa opinião chegar a mais gente, ampliar a Ouvidoria da UNE, fortalecer cada vez mais os fóruns da entidade, é desta maneira que vamos conquistar mais e mais vitórias. Através deste tipo de ação, levamos os debates gerais e específicos do movimento estudantil para o cotidiano da universidade que agregamos cada vez mais gente.
Bloco na Rua: Como é se dedicar à luta dos estudantes?
Vic: É um aprendizado permanente. Abrir mão de sua individualidade para fazer parte das lutas coletivas é, certamente, uma opção de vida bonita e necessária para o país – opção, esta, trilhada por milhões de jovens heróis anônimos em todo o Brasil.
A gente passa por muito perrengue, mas também se diverte bastante, conhece muita gente, aprende a ser mais tolerante, mais aberto para as ideias avançadas. O movimento estudantil é o melhor espaço para um jovem brasileiro conhecer nosso país e aprender a amá-lo na sua diversidade e complexidade.
Não tem um dia que não tenha uma coisa pra fazer. Desde montar um mural do Centro Acadêmico da faculdade até ocupar o Congresso Nacional por 10% do PIB pra educação, cada gesto que um estudante faz pelo bem comum é fundamental para o fortalecimento da democracia de nosso país.
Bloco na Rua: Qual a principal mensagem do movimento Bloco na Rua aos estudantes brasileiros?
Vic: Na sede da União Nacional dos Estudantes, em São Paulo, tem uma grafitagem que diz: “Viver é lutar e lutar vale a pena”. Como eu acho isso bonito, essa coisa de saber que, unidos, podemos transformar a realidade! A principal mensagem que o nosso movimento quer deixar para o país é que a luta dos estudantes brasileiros carrega consigo os mais belos sonhos de um outro mundo possível.
Foi assim que, ainda na década de 1930, conquistamos a Petrobrás, foi assim que enfrentamos e contribuímos para derrubar a Ditadura Militar, foi assim que derrubamos um presidente da República!
E é assim que, no último período, através da ação combativa e consequente da UNE, temos contribuído para fazer o Brasil avançar no caminho das mudanças e se tornar um lugar melhor para o conjunto dos brasileiros e das brasileiras que constroem este país todos os dias.
Redação
Nesta última quarta (01), o movimento Bloco na Rua indicou Virgínia Barros como candidata a presidência da UNE. O 53º Congresso da entidade ocorrerá em Goiânia, de 29 de maio a 02 de junho.
Natural de Garanhuns (PE), Virgínia, mais conhecida como “Vic”, foi presidente da União dos Estudante de Pernambuco (UEP) entre 2009 e 2011, onde conquistou a gratuidade para os estudantes da Universidade de Pernambuco (UPE), que até então tinham que pagar para estudar. Atualmente cursa Letras na Universidade de São Paulo (USP). Virgínia exerce a função de diretora de comunicação da UNE.
Em entrevista exclusiva ao Bloco na Rua , a candidata à presidência da UNE fala das conquistas da entidade no último período e destaca os próximos desafios da União Nacional dos Estudantes.
Bloco na Rua: O que representa o congresso da UNE para o Brasil? Qual a participação do movimento Bloco na Rua?
Vic: Estamos chegando na reta final do congresso e teremos quase dois milhões de jovens elegendo seus representantes com votação direta em urna, em mais de 90% das universidades brasileiras! É desta maneira que a UNE se consolida como uma das entidades mais democráticas e legitimas do movimento social brasileiro.
Por esta amplitude o congresso da UNE é o principal espaço de discussão, mobilização e integração dos estudantes brasileiros. É no congresso da UNE que colocamos em revista toda a educação brasileira e, que os estudantes apontam novos desafios para melhorar a educação superior, por isso, o congresso da UNE é sempre um marco, um ponto de partida das grandes transformações educacionais.
O novo movimento Bloco na Rua é o maior coletivo de estudantes do Brasil, o único que consegue estar em todos os Estados, nas universidades públicas e privadas, a consequência é que temos uma opinião mais completa sobre a educação brasileira e, por isso, a maioria dos estudantes brasileiros tem votado nas propostas do nosso movimento, o que nos faz ser o maior movimento ao congresso da UNE, com maior número de delegados!
Bloco na Rua: Quais são as principais propostas que você defenderá em nome do movimento Bloco na Rua no Congresso da UNE?
Vic: Hoje o principal desafio dos estudantes e, acredito, do conjunto do povo brasileiro, é criar as condições para uma nova arrancada no desenvolvimento econômico, social e humano do nosso país. Para isso, a educação é fundamental.
Uma das principais pautas no campo educacional segue sendo a destinação de 10% do PIB, 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação, por políticas mais eficazes de assistência estudantil, garantia da qualidade do ensino superior e por uma regulamentação democrática e soberana do ensino superior privado em nosso país. Para além disso, pautas mais gerais como a reforma política e a democratização dos meios de comunicação assumem cada vez mais centralidade nas lutas estudantis.
Bloco na Rua: Como você avalia a atuação da UNE neste último período?
Vic: A UNE conquistou muitas vitórias, a principal que eu destacaria foi a aprovação dos 10% do PIB para educação pública. Foi uma conquista obtida com muito suor e anos de luta – fizemos marcha em Brasília, #OcupeBrasilia, abaixo-assinado e muita pressão até que no dia 26 de Junho do ano passado ocupamos a Câmara e garantimos a aprovação da medida. O projeto agora está no Senado e seguimos na luta para consolidar esta vitória.
Também conseguimos, ao longo dos últimos anos, através de nossas lutas, convencer a presidenta Dilma da importância de utilizar a riqueza do petróleo brasileiro para a melhoria da educação do nosso país. No final do ano passado, ela editou uma Medida Provisória destinando 50% do Fundo Social do Pré-sal e 100% dos royalties do petróleo brasileiro para educação. Foi um golaço! A Medida caducou sem que fosse aprovada no Congresso Nacional, mas, essa semana, em rede nacional, a presidenta já anunciou que enviará um novo projeto sobre o mesmo tema para o Congresso.
Outras lutas que destaco é a aprovação da Lei de Reserva de Vagas, o aumento expressivo de verbas para assistência estudantil no orçamento federal deste ano, tivemos também uma atuação combativa e consequente no período de greve das universidade
s federais, por ultimo destacaria as obras da sede da UNE no Rio de Janeiro. Muitos dos frutos desta gestão só serão percebidos, inclusive, daqui a alguns anos. Tudo, tudo, tudo, valeu muito a pena.
Bloco na Rua: De que maneira você acha que a UNE poderá contribuir para a superação dos próximos desafios?
Vic: A gestão da UNE precisa ser construída em permanente diálogo com os Centros Acadêmicos, DCE’s, Uniões Estaduais dos Estudantes e demais organizações estudantis existentes na universidade, ampliando nossos instrumentos de comunicação, fazendo nossa opinião chegar a mais gente, ampliar a Ouvidoria da UNE, fortalecer cada vez mais os fóruns da entidade, é desta maneira que vamos conquistar mais e mais vitórias. Através deste tipo de ação, levamos os debates gerais e específicos do movimento estudantil para o cotidiano da universidade que agregamos cada vez mais gente.
Bloco na Rua: Como é se dedicar à luta dos estudantes?
Vic: É um aprendizado permanente. Abrir mão de sua individualidade para fazer parte das lutas coletivas é, certamente, uma opção de vida bonita e necessária para o país – opção, esta, trilhada por milhões de jovens heróis anônimos em todo o Brasil.
A gente passa por muito perrengue, mas também se diverte bastante, conhece muita gente, aprende a ser mais tolerante, mais aberto para as ideias avançadas. O movimento estudantil é o melhor espaço para um jovem brasileiro conhecer nosso país e aprender a amá-lo na sua diversidade e complexidade.
Não tem um dia que não tenha uma coisa pra fazer. Desde montar um mural do Centro Acadêmico da faculdade até ocupar o Congresso Nacional por 10% do PIB pra educação, cada gesto que um estudante faz pelo bem comum é fundamental para o fortalecimento da democracia de nosso país.
Bloco na Rua: Qual a principal mensagem do movimento Bloco na Rua aos estudantes brasileiros?
Vic: Na sede da União Nacional dos Estudantes, em São Paulo, tem uma grafitagem que diz: “Viver é lutar e lutar vale a pena”. Como eu acho isso bonito, essa coisa de saber que, unidos, podemos transformar a realidade! A principal mensagem que o nosso movimento quer deixar para o país é que a luta dos estudantes brasileiros carrega consigo os mais belos sonhos de um outro mundo possível.
Foi assim que, ainda na década de 1930, conquistamos a Petrobrás, foi assim que enfrentamos e contribuímos para derrubar a Ditadura Militar, foi assim que derrubamos um presidente da República!
E é assim que, no último período, através da ação combativa e consequente da UNE, temos contribuído para fazer o Brasil avançar no caminho das mudanças e se tornar um lugar melhor para o conjunto dos brasileiros e das brasileiras que constroem este país todos os dias.
Redação
Homenaje ao camarada Jerónimo Carrera, líder del Partido Comunista de Venezuela - PCV
En horas de la madrugada del 29 de abril ha fallecido el Camarada Jerónimo Carrera. Una entera vida ejemplar dedicada a la Revolución, al Partido Comunista de Venezuela, al Movimiento Obrero y Sindical de Venezuela y del mundo, y sobre todo a la educación y la formación ideológica Comunista.
Muy joven aún, desde su nativa Cumaná, el camarada Jerónimo tomó contacto con los Comunistas en Cumaná. Con los Camaradas que desde los años 25 en adelante formaron organizaciones Comunistas en esa ciudad.
Jerónimo estuvo relacionado desde muy joven, en su ciudad nativa de Cumaná, con los Camaradas que construyeron los grupos y organizaciones Comunistas iniciales en esa ciudad. Posteriormente, se trasladó a Caracas, donde se integró al trabajo sindical en la Asociación Nacional de Empleado (ANDE) y al Partido Comunista..
Formó parte del Comité Organizador del Primer Festival Mundial de la Juventud y estuvo integrado después en representación de Venezuela al Comité Directivo de la FMJD y al Partido Comunista Francés.
El Camarada Jerónimo regresó a Venezuela para el año 1.949, donde se integró a la lucha contra el perezjimenismo, formando parte de la resistencia, y entre otras actividades, cuando el PCV tomó la decisión de proponer la formación de la Junta Patriótica y se le encomendó tal tarea a Guillermo García Ponce, el Camarada Jerónimo fue de quienes actuaron en Comisión con Guillermo en los contactos y trabajo con otras Fuerzas Políticas para hacer efectiva tal organización.
Igualmente tuvo una participación importante al lado de Eloy Torres, Carlos Arturo Pardo, Douglas Bravo, Hemmy Croes, Cruz Villegas otros dirigentes sindicales y del Camarada Alberto Lovera –Secretario de Organización del PCV en el Distrito Federal– en la preparación de la huelga general y la insurrección que cuajó el 21 de Enero del 1.958 con la Huelga General y toma de las calles en Caracas que constituyeron la base del derrocamiento de la dictadura de Pérez Jiménez. Desde la Empresa donde actuaba le tocó dar ese día el primer grito de Huelga y a la calle.
El Camarada Jerónimo Carrera, posteriormente, en el período de la lucha armada, fue trasladado a Europa, donde se integró a Organismos Sindicales Internacionales, a la Redacción de la Revista Internacional —Órgano Teórico Político de los Partidos Comunistas del mundo– donde cumplió una muy importante labor en la difusión de la situación en Venezuela y en la gestión de solidaridad concreta del Movimiento Comunista y los Partidos Comunistas en el poder para el movimiento revolucionario venezolano, el FLN y las FALN.
A su regreso a Venezuela el Camarada Jerónimo Carrera pasó a formar parte del Comité Central y del Buró Político del PCV, se mantuvo como Representante de Venezuela en la Revista Internacional, y ejerció la Presidencia del PCV. Fue igualmente un factor fundamental en las relaciones internacionales del PCV, y en la lucha por la Paz, formando parte de varios Congresos mundiales, continentales y nacionales en la lucha por la Paz, y fundador del COSI, Comité de Solidaridad Internacional de Venezuela.
El fallecimiento del Camarada Jerónimo Carrera constituye una dura pérdida para el Partido Comunista de Venezuela –del cual era su Presidente y miembro del Buró Político y el Comité Central–y para el Movimiento y la difusión de las ideas comunistas en América y el mundo.
El Partido Comunista de Venezuela (PCV) Organización Intermunicipal Miranda Centro, nuestra Red de Comunicación Comunista Mirandina (REDECCOMI) — de la cual el Camarada Jerónimo nos ayudó con su continuo estímulo y colaboración en la orientación para mantenerla y desarrollarla—nuestro Portavoz Prensa Popular Solidaria, del cual el camarada Jerónimo fue un colaborador permanente más alla de su colaboración semanal escrita, en su honor, nos ratificamos en sus orientaciones y recogemos su ejemplo para mantener nuestra lucha consecuente de toda la vida por la Revolución Venezolana y por el Comunismo.
Acompañamos a los familiares del Camarada Jerónimo en su dolor, así como a sus amigos, y al Partido Comunista de Venezuela y los Comunistas del mundo en el sentimiento de dolor que constituye la pérdida física del Camarada Jerónimo, que vivirá siempre en nosotros en su ejemplo de firmeza y constancia en la defensa del Partido en todas las circunstancias.
Muy joven aún, desde su nativa Cumaná, el camarada Jerónimo tomó contacto con los Comunistas en Cumaná. Con los Camaradas que desde los años 25 en adelante formaron organizaciones Comunistas en esa ciudad.
Jerónimo estuvo relacionado desde muy joven, en su ciudad nativa de Cumaná, con los Camaradas que construyeron los grupos y organizaciones Comunistas iniciales en esa ciudad. Posteriormente, se trasladó a Caracas, donde se integró al trabajo sindical en la Asociación Nacional de Empleado (ANDE) y al Partido Comunista..
Formó parte del Comité Organizador del Primer Festival Mundial de la Juventud y estuvo integrado después en representación de Venezuela al Comité Directivo de la FMJD y al Partido Comunista Francés.
El Camarada Jerónimo regresó a Venezuela para el año 1.949, donde se integró a la lucha contra el perezjimenismo, formando parte de la resistencia, y entre otras actividades, cuando el PCV tomó la decisión de proponer la formación de la Junta Patriótica y se le encomendó tal tarea a Guillermo García Ponce, el Camarada Jerónimo fue de quienes actuaron en Comisión con Guillermo en los contactos y trabajo con otras Fuerzas Políticas para hacer efectiva tal organización.
Igualmente tuvo una participación importante al lado de Eloy Torres, Carlos Arturo Pardo, Douglas Bravo, Hemmy Croes, Cruz Villegas otros dirigentes sindicales y del Camarada Alberto Lovera –Secretario de Organización del PCV en el Distrito Federal– en la preparación de la huelga general y la insurrección que cuajó el 21 de Enero del 1.958 con la Huelga General y toma de las calles en Caracas que constituyeron la base del derrocamiento de la dictadura de Pérez Jiménez. Desde la Empresa donde actuaba le tocó dar ese día el primer grito de Huelga y a la calle.
El Camarada Jerónimo Carrera, posteriormente, en el período de la lucha armada, fue trasladado a Europa, donde se integró a Organismos Sindicales Internacionales, a la Redacción de la Revista Internacional —Órgano Teórico Político de los Partidos Comunistas del mundo– donde cumplió una muy importante labor en la difusión de la situación en Venezuela y en la gestión de solidaridad concreta del Movimiento Comunista y los Partidos Comunistas en el poder para el movimiento revolucionario venezolano, el FLN y las FALN.
A su regreso a Venezuela el Camarada Jerónimo Carrera pasó a formar parte del Comité Central y del Buró Político del PCV, se mantuvo como Representante de Venezuela en la Revista Internacional, y ejerció la Presidencia del PCV. Fue igualmente un factor fundamental en las relaciones internacionales del PCV, y en la lucha por la Paz, formando parte de varios Congresos mundiales, continentales y nacionales en la lucha por la Paz, y fundador del COSI, Comité de Solidaridad Internacional de Venezuela.
El fallecimiento del Camarada Jerónimo Carrera constituye una dura pérdida para el Partido Comunista de Venezuela –del cual era su Presidente y miembro del Buró Político y el Comité Central–y para el Movimiento y la difusión de las ideas comunistas en América y el mundo.
El Partido Comunista de Venezuela (PCV) Organización Intermunicipal Miranda Centro, nuestra Red de Comunicación Comunista Mirandina (REDECCOMI) — de la cual el Camarada Jerónimo nos ayudó con su continuo estímulo y colaboración en la orientación para mantenerla y desarrollarla—nuestro Portavoz Prensa Popular Solidaria, del cual el camarada Jerónimo fue un colaborador permanente más alla de su colaboración semanal escrita, en su honor, nos ratificamos en sus orientaciones y recogemos su ejemplo para mantener nuestra lucha consecuente de toda la vida por la Revolución Venezolana y por el Comunismo.
Acompañamos a los familiares del Camarada Jerónimo en su dolor, así como a sus amigos, y al Partido Comunista de Venezuela y los Comunistas del mundo en el sentimiento de dolor que constituye la pérdida física del Camarada Jerónimo, que vivirá siempre en nosotros en su ejemplo de firmeza y constancia en la defensa del Partido en todas las circunstancias.
Cristina Kirchner homenageia Jorge Pereyra às vésperas do Primeiro de Maio
Quiero rendirle un homenaje a quien falleció hace pocos días, a Jorge Pereyra. Quiero decirles que no es un homenaje de protocolo, a la familia Pereyra la conozco de toda la vida porque vive en la cuadra donde todavía vive mi madre y donde yo viví desde los 10 años, 552 bis, entre 7 y 8. Ahí vivía la familia Pereyra
y él siempre fue militante del PC, en el barrio todos decían “esos son militantes del PC”. Claro, en
aquella época… Recuerdo una anécdota, estábamos en la casa de mi madre, ya había venido el golpe,
la dictadura, año 76, nosotros estábamos todavía en La Plata, y de repente cerraron la cuadra.
Me acuerdo que estábamos con Néstor y dijimos sonamos, hasta acá llegamos. Pero resulta que
no venían a casa, venían a la casa de Jorge Pereyra, que no estaba, estaba su padre. Su mamá vendía
plantas me acuerdo, tenía un chalecito muy lindo y la recuerdo como si la estuviera viendo, una señora de mejillas coloradas, pelo canoso, una mujer sencilla, una vecina, y tenía un negocio al fondo de su casa, un pequeño vivero donde vendía plantas. La queríamos mucho todos en el barrio, una señora muy buena vecina.
Y como Jorge no estaba porque obviamente era un blanco móvil, como éramos en esa época todos
los que teníamos alguna idea, se llevaron a su padre preso y estuvo más de un año detenido en la unidad carcelaria número 9 de La Plata. Después yo me fui a vivir al sur con Néstor, mamá me contaba siempre cómo su mujer lo iba a visitar a la cárcel hasta que finalmente fue liberado. Por eso el homenaje que le quiero hacer a este militante es además muy sentido desde mi corazón y fundamentalmente porque lo conocí
desde muy joven y en épocas en donde conocerse con alguien que militaba era peligroso.
Así que quería rendirle este homenaje, mañana va a ser el Día de los Trabajadores, y convocar a todos a seguir trabajando por un país mejor, por un país sin violencia, sin nada que incite al odio o al enfrentamiento con el otro. Se pueden tener ideas diferentes, de hecho todos tenemos ideas diferentes, no me hace falta estar en otro partido para tener ideas diferentes, por lo menos en el peronismo podemos dar cátedra de ideas diferentes. Nadie se sienta mal por lo que decimos porque en el peronismo tenemos gran amplitud.
Es una cosa que siempre nos han criticado y nunca nos han entendido algunos otros partidos por ahí de Latinoamérica, no voy a decir nada de nadie en especial para no comprometer. Pero me acuerdo que un día estaba dando una disertación en la Universidad de Berkeley y estaba Tulio Halperin Donghi, que es titular de cátedra en esa universidad norteamericana, y alguien -ya habíamos dado la charla, después vinieron las preguntas-preguntó si podía explicar exactamente de qué se trataba el peronismo. Yo dije que tenía boleto
ya de ida para la Argentina y que no podía quedarme más para dar algún curso en especial, que además
seguramente tampoco me iba a alcanzar, pero creo que -sin que nadie se sienta mal- el peronismo es un poco como los argentinos, somos una mezcla rara.
Pero definitivamente sí comprometernos como siempre, más allá de la dedicación o la idea partidaria
que hemos tenido, o por lo menos ha tenido quien les habla desde muy joven, comprometerme como lo he hecho siempre con los 40 millones de argentinos en seguir trabajando, en seguir empujando el carro como lo venimos haciendo, sin echar la culpa de nada a nadie, simplemente poniendo el compromiso del esfuerzo
y el trabajo cotidiano, son las cosas que podemos contar. Si uno leyera todas las obras que hoy hemos firmado con los intendentes de las provincias de Santa Fe, de Buenos Aires, de Córdoba, lo que es el hospital de alta complejidad, que está detallado cada una de las cosas que van a hacer, tienen todas sus banderas, el Peronismo Militante, La Cámpora, todos, todos, el socialismo, todo este colectivo, yo ya no hablo de partido, ni siquiera de movimiento, colectivo, un conglomerado, un colectivo de gente de distintas
historias, de distintas experiencias.
¿Quién podía decir que los peronistas podíamos estar con gente del Partido Comunista en el año 73 y no te cuento allá por el 40? Ni hablar. Así que creo que todo esto es bueno, porque significa evolución y progreso. Cuando uno es capaz de incorporar a partir de las coincidencias, dejando para el final las disidencias, me parece que habla de un país que ha crecido, que se ha desarrollado, y que ha crecido fundamentalmente desde adentro, desde la calidad de cada uno de nosotros, de los seres humanos, y la verdad que esto me pone muy feliz como Presidenta. Como decía el otro día, hay de todo en todas partes
pero lo que es importante es que cada vez seamos más los que pensemos que lo más importante es
el país y que como digo siempre la patria es el otro, que es la mejor manera de poder seguir trabajando.
Felicitaciones, muchas gracias y feliz Día del Trabajo mañana para todos y para todas”.
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