Comunistas tchecos são segunda força nas eleições regionais - Portal Vermelho

Comunistas tchecos são segunda força nas eleições regionais - Portal Vermelho

Alguns meios de comunicação já faziam eco da notícia quanto a apuração já alcançava 65% do total, mas com a contagem já em 99%, é um fato que os comunistas tchecos (Partido Comunista da Boêmia e Morávia - KSCM) alcançaram a segunda força eleitoral nas eleiçoes regionais de 2012, celebradas ao mesmo tempo que o primeiro turno das eleições para o Senado.

Os comunistas aumentaram consideravelmente sua força, passando de 15,05% e 114 assentos em 2008 (terceira força eleitoral) para 20,44% e 182 deputados. É seu maior resultado histórico desde que se celebram eleições a nível regional na República Tcheca, o que acontece desde o ano 2000, sendo esta a quarta eleição.

Esse potente avanço ocorreu às custas da debilitação do bipartidarismo, formado pelo Partido Social-democrata Tcheco (CSSD) e pelo atual governante Partido Democrático Cívico (ODS).

As duas formações perderam no total 153 assentos e 23,55% dos votos, aproximadamente na mesma proporção. Mas, para desgraça dos conservadores, eles não estavam em posição de perder muitos votos (passaram de 23,57% para 12,29% e uma débil terceira posição) enquanto que os social-democratas conseguiram manter a liderança regional por seus resultados de 2008, onde quase alcançaram os 40% (de 35,85% passaram para 23,58%).

Os comunistas conseguiram obter além disso o controle de duas das treze regiões: Karlovy Vary, e Ústí nad Labem, ambas na região histórica da Boêmia. O CSSD por sua vez conseguiu vencer em outras nove regiões, enquanto que o ODS só conseguiu manter a região de Pilsen, e uma formação regional (a SKL), conseguiu vencer em Liberec.

Em relação às eleições para o Senado, apesar de não ter eleito nenhum candidato dos 27 por maioria simples, o segundo turno – no qual disputam os candidatos mais votados – mostra uma tendência similar à das eleições regionais.

O CSSD tem 23 candidatos nessa fase (11 na liderança), o Partido Comunista 12 (quatro na liderança), a ODS obteve 10 (cinco na liderança) e os nove restantes são de pequenos partidos ou coalizões, com sete deles encabeçando a preferência do eleitorado.

Fonte: La República, a partiro do original em http://elpravda.blogspot.com.es. Tradução de Humberto Alencar