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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Conselho Político da CTB: que os ricos paguem pela crise e não ao golpismo! Portal CTB


Resolução da reunião do Conselho Político da CTB


Reunido em São Paulo no dia 26 de fevereiro o Conselho Político da CTB, ampliado com a participação de dirigentes estaduais, aprovou a seguinte resolução política:

1- O Brasil vive um momento político complexo e delicado que merece atenção redobrada e um posicionamento firme, justo e equilibrado do sindicalismo classista;

2- Presenciamos um cenário de crise econômica e geopolítica do capitalismo internacional, do qual decorre a radicalização da luta de classes em quase todo o mundo. É notória e preocupante a ofensiva golpista da direita neoliberal, que neste momento propaga o ódio de classes e agita a bandeira do impeachment contra a presidenta Dilma, atropelando a vontade popular expressa recentemente nas urnas, com propósitos reacionários e antidemocráticos;

3- Cumpre registrar e denunciar o papel particularmente nocivo e infame da grande mídia nas empreitadas para desestabilização do governo, cuja reeleição a CTB e a Contag apoiaram em oposição ao retrocesso neoliberal que viria com o tucano Aécio Neves. A ofensiva tem por alvo também a Petrobras, a pretexto de combater a corrupção, e o petróleo do pré-sal cobiçado pelo capital estrangeiro;

4- É preciso alertar e esclarecer a classe trabalhadora brasileira, rural e urbana, sobre a natureza dos acontecimentos em curso, para que não se deixe iludir pela campanha midiática e se oponha com toda força aos golpistas, cujo objetivo é o retrocesso social em toda linha, a supressão das conquistas obtidas ao longo dos 12 anos de governos Lula e Dilma, o fim da democracia e da soberania e a entrega do pré-sal, fazendo neste sentido o jogo do imperialismo;

5- A luta em defesa da democracia, da soberania e do ciclo mudancista iniciado por Lula e continuado por Dilma é prioritária e deve envolver o movimento sindical rural e urbano em unidade com as forças democráticas, patrióticas e progressistas do país;

6- Temos consciência de que o golpe branco que a direita prepara por aqui, bem como na Venezuela e na Argentina, tem o objetivo de derrotar e reverter o ciclo político mudancista que se verifica na América Latina, onde um novo arranjo geopolítico regional teve ingresso após a rejeição da Alca, a criação da Alba, da Unasul e da Celac. Contando com apoio das forças locais da direita neoliberal os EUA buscam recompor sua hegemonia na região estimulando golpes e campanhas de desestabilização dos governos progressistas, em detrimento da integração e da soberania dos países latino-americanos e caribenhos;

7- A CTB defende a formação de uma ampla frente democrática, patriótica e popular em defesa da democracia, da soberania e dos direitos sociais para fazer frente à ofensiva reacionária;

8- Também temos o dever de ampliar a mobilização das bases em defesa dos direitos, dos interesses e do projeto da classe trabalhadora, visando a rejeição da PL 4330, a revogação das MPs 664 e 665, a mudança da política econômica, defesa da Petrobras, reforma agrária e fortalecimento da agricultura familiar;

9- A crise do capitalismo deflagrada no final de 2007 nos EUA atinge hoje com maior força os países ditos emergentes ou em desenvolvimento como é o caso do Brasil, da Rússia e Venezuela, entre outros. Não é admissível que a conta das perturbações que afetam o sistema seja cobrada da classe trabalhadora através de ajustes fiscais recessivos e antissociais;

10- Vamos lutar para que os ricos paguem a crise, cobrando medidas como a instituição de um Imposto sobre Grandes Fortunas e Heranças, uma forte taxação das remessas de lucros e dividendos ao exterior pelas multinacionais e desoneração do trabalho e da produção, entre outras.

São Paulo, 25 de fevereiro de 2015
Conselho Político Ampliado da CTB

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