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domingo, 10 de fevereiro de 2013

EUA: proteção aos terroristas; cárcere aos que os combatem - Portal Vermelho

EUA: proteção aos terroristas; cárcere aos que os combatem - Portal Vermelho

Como vocês sabem – apesar de que há muita gente dentro e fora dos Estados Unidos que o ignora- há cinco lutadores antiterroristas injustamente presos nas cárceres dos Estados Unidos.


Presos precisamente por ter-se infiltrado em organizações terroristas baseadas em Miami -e protegidas por diversas instâncias do governo estadunidense- com o propósito de desbaratar seus planos que já cobraram 3.478 vidas de cubanos e de não cubanos, deixando, além disso, um saldo de 2.099 inválidos. Portanto, o terrorismo produziu um total de 5.577 vítimas.

Ou seja, há uma vítima do terrorismo por cada 1.972 cubanos, o que configura um índice escandalosamente elevado para um país que não declarou guerra a ninguém e que é agredido ferozmente há mais de meio século.

Apesar de que "os 5” não subtraíram informação de nenhum organismo o governo dos Estados Unidos; de não ter-se apropriado de documento oficial algum; nem de ter cometido absolutamente nenhum delito mais do que conhecer desde dentro os planos que urdiam as organizações criminosas, os lutadores foram apreendidos e sentenciados a longas penas de prisão –inicialmente foram quatro cadeias perpétuas e mais 77 anos de prisão, para, em seguida, ser resentenciados, no caso de três deles: Antonio Guerrero Rodríguez, Ramón Labañino Salazar e Fernando González Tort.

Tanto a Gerardo Hernández Nordelo como a René González Sehwerert lhes foi negado o direito a resentença. As condenações atuais são: Fernando, 17 anos e 9 meses; Antonio, 21 anos e 10 meses; Ramón, 30 anos; Gerardo, duas cadeias perpétuas mais 15 anos; e a René, que cumpriu sua condenação de 15 anos no dia 7 de outubro de 2011, lhe foram aplicados 3 anos mais de liberdade supervisionada pelo "delito” de ter nascido nos Estados Unidos! O mesmo pretendem fazer com Antonio, que também nasceu nesse país.

René, Antonio, Ramón, Fernando e Gerardo

E, a pesar de não terem sido acusados de ter cometido nenhum crime federal, foi decidido que seu julgamento teria que ser em Miami, onde a imprensa contrarrevolucionária e da máfia anticastrista enquistada nessa cidade já os havia condenado de antemão. Assim, o que a justiça dos Estados Unidos garante a um violador e a um assassino em série de meninas da escola de ensino fundamental, trasladando-o a uma cidade onde os jurados possam estar isentos das pressões do meio em que o delito foi cometido, esse mesmo direito a um julgamento justo foi negado "aos 5”.

Esses heróis cubanos estão perto de cumprir 15 insuportáveis anos de prisão, exceto René González, que deve permanecer absurdamente dois anos mais de liberdade supervisionada na Flórida, antes de poder voltar a Cuba. Em suma: trata-se de uma condenação injusta, ilegítima, ilegal e violatória da própria Constituição dos Estados Unidos. Não só isso: uma condenação que se estendeu aos familiares dos prisioneiros.

Durante todos esses anos, Olga Salanueva e Adriana Pérez, as esposas de René e de Gerardo, respectivamente, tiveram negados os seus pedidos de visto para entrar aos Estados Unidos para visitar a seus esposos presos. Uma violação ao direito de todo prisioneiro de receber a visita familiar e o direito da família, denunciado por reiteradas vezes pelos organismos de direitos humanos em todo o mundo, entre eles, a Anistia Internacional.

Autoridades dos Estados Unidos disseram, repetidamente, que sua visita colocaria em risco a segurança nacional do império mais poderoso que jamais existiu sobre a face da terra. Tampouco, foi permitido "aos 5” visitar seus familiares gravemente enfermos ou em seu leito de morte. Como se pode ver, além da flagrante injustiça, há uma crueldade que repugna à condição humana.

O que poderia explicar esse enfermiça sanha com os prisioneiros e suas famílias e tão sistemática violação da própria institucionalidade norte-americana? Cremos que essas aberrações morais expressam uma insana vontade de sancionar Cuba por ter tido a ousadia de levar a cabo uma revolução e construir o socialismo.

Um castigo exemplar para um país subdesenvolvido do Terceiro Mundo que pode, graças precisamente a sua revolução, garantir condições de saúde e educação superiores as da grande maioria dos países do mundo desenvolvido, e facilitar o acesso à cultura e à recreação a todas/os. E isso tem sido assim porque na Cuba socialista não existe a mercantilização da saúde, da educação, da cultura, da segurança social, da recreação ou de qualquer dos bens e serviços requeridos para ter acesso a uma vida digna. Esse flagelo, padecido em quase todos os países da América Latina e do Caribe não existe em Cuba e, por isso, a ilha de Martí e de Fidel constitui um péssimo exemplo que o império pretende erradicar a qualquer preço, mesmo que para isso tenha que violar quanta norma moral ou religiosa exista no país que imprime em sua moeda a frase "in God we trust” e todas as suas leis e prescrições constitucionais.

Em aberto contraste com a política adotada em relação aos heroicos antiterroristas cubanos, o governo dos Estados Unidos convalidou e apoiou a ação de dois dos mais sanguinários terroristas do continente: Orlando Bosch e Luis Posada Carriles. Autores de inúmeros crimes, ativos protagonistas das maiores atrocidades cometidas contra o povo e o governo cubanos e de outros países também, ambos revistaram nos serviços de inteligência dos Estados Unidos e seus governantes os acolheram em seu seio, protegendo-os para assegurar a total impunidade por seus crimes.

Em abril de 2011, Bosch deixou esse mundo com a alma impoluta, em sua casa, sem jamais ter sido incomodado por seus inúmeros crimes. Não só isso, para sua eterna vergonha a muito "séria e rigorosa” Universidade de Miami, a qual chegam numerosos estudantes da América Latina e do Caribe, destruiu sem remédio a escassa reputação que lhe restava (por ser uma das mais virulentas usinas de mentiras e difamações contra Cuba) ao conferir a Orlando Bosch o título de Doutro honoris causa, fazendo caso omisso das evidências que o assinalavam, juntamente com Posada Carriles, como ator principal em sinistros projetos, como o Plano Condor, que assolou a América do Sul nos anos 70, o atentado do voo 455 da Cubana de Aviação, que provocou a morte de 73 pessoas e, inclusive, dizem, do assassinato de Orlando Letelier, em Washington, em 1976.

Fonte: Adital

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