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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Breno Altman: Eles exerceram o direito democrático de protestar | UJS

Breno Altman: Eles exerceram o direito democrático de protestar | UJS
Na última terça (19), o programa “Entre Aspas” da Globo News realizou um debate para discutir a presença de Yoani Sánchez no Brasil.
Para o debate, o jornal convidou Sandro Vaia, jornalista e ex-diretor do Jornal o Estado de São Paulo e o editor do site Opera Mundi Breno Altman.
O que deveria ser um contexto sobre Yoani perdeu espaço para um debate sobre as manifestações que a militância da UJS realizou em Recife e em Feira de Santana.
Ao iniciar o programa, Mônica Waldvogel, âncora do programa, questionou a ambos sobre quem era Yoani Sánchez, em resposta, Vaia e Altmam concordaram que, embora já famosa no Brasil, ela é uma figura desconhecida em Cuba.
O editor-chefe do Opera Mundi, Breno Altman destacou que em Cuba, Yoani não tem repercussão, pois é desconhecida por praticamente toda população e “não representa nada expressivo(lá)”
“Ela é uma blogueira que faz críticas a revolução cubana e por isso foi abraçada por um conjunto de forças conservadoras. Ela lançou o blog em 2007, e seis meses depois, ela ganhou todos os prêmio internacionais, dos principais jornais que são abertamente contra o governo cubano.”, declarou  Altman.
Mônica especulou uma possível articulação do governo brasileiro com Cuba, para que fossem realizados atos contra a blogueira, Mônica Waldvogel foi rebatida por Altman, segundo ele, o consulado Cubano apenas apresentou sua opinião sobre Yoani, sem nunca ter pedido ações do governo, “a embaixada cubana não pediu ao governo Brasileiro qualquer medida contra Yoani, o que a embaixada fez foi informar seu ponto de vista sobre Yoani e entregar sua informação, é um direito deles”.
A partir de então, o foco da discussão passou a ser as manifestações realizadas pela UJS, para a apresentadora e o ex-diretor do Estadão, as manifestações impediram a liberdade de expressão da cubana. Altman foi energético ao defender os atos, além de esclarecer que não houve qualquer violação ao direito da cubana, “houve um direito legítimo de protesto. Ninguém coibiu- coibir é exercer a violência, ninguém exerceu a violência. Não houve agressão ou coerção física, ou exercício de violência. As pessoas protestaram… Eu posso achar isso deselegante, incorreto, falar que isso não se faz, porém, as pessoas que lá estavam exerceram o direito democrático de protestar. Você pode criticar, mas eles exerceram o direito democrático de protestar”, defendeu Altman.
Sendo rebatido por críticas dos dois jornalistas, que insistiam em considerar que os militantes haviam agido com agressividade contra Yoani, Altman novamente defendeu a manifestação e apontou a agressividade dos defensores de Yoani, “eu vi hoje no twitter uma frase: Fernando Haddad tem que fechar os bueiros e esses vagabundos vão para Recife protestar contra Yoani. Isso também não é agressivo, violento? As pessoas podem ser agredidas por escrito, mas não podem protestar oralmente? Chamar de vagabundo quem protesta é anti democrático!”
Redação

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