Debate Juventude, Empreendedorismo e o Mundo do Trabalho no 16º Congresso da UJS. Fala de Paulo Vinícius |
O Secretário Nacional de Juventude Trabalhadora da CTB, Paulo Vinícius e a doutoranda em sociologia do trabalho, Luísa Barbosa participaram nesta quinta, 07 de junho da mesa de debate "Juventude, empreendendorismo e mundo do trabalho", que teve lugar no 16º Congresso Nacional da UJS. O objetivo da mesa foi reforçar a identidade da UJS com a luta dos trabalhadores e trabalhadoras e contribuir com o debate que fazem acerca de sua política de quadros.
Luísa Barbosa e Osvaldo Lemos da DN-UJS |
A intervenção da CTB seguiu o seguinte roteiro, que compartilhamos com os leitores de Coletivizando:
- O Trabalho como categoria ontológica e sua importância para o socialismo e a UJS. Criador de toda a riqueza, formador da humanidade como tal. A centralidade da classe trabalhadora, o proletariado, os que vivem de salário e do seu trabalho, a maioria, a classe fundamental da construção do socialismo;
- O Brasil e a crise de 20 anos do projeto de desenvolvimento e a ascensão do neoliberalismo, o desemprego e seus impactos para a juventude;
- O bônus demográfico e a importância da juventude na PEA. A Juventude e seu papel no novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.
Para a militância da UJS: "O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO VOCÊ CRESCER?" - Renato Russo
- Militar por toda vida e a importância da independência financeira e de um plano pessoal que integre educação e trabalho, permitindo a autonomia material que assegure a liberdade de pensar e lutar. O Contrasenso de querer mudar o mundo sem ter como coordenar a própria vida pessoal num sentido exitoso. O legado do pensamento de Che Guevara de que a juventude comunista deve lutar para ser a vanguarda, e o desafio da liderança coletiva e do exemplo individual. A importância da UJS como escola formadora de lideranças combativas que vem do povo, dos trabalhadores, e seu papel em possibilitar à militância uma visão mais ampla de como manter a militância na e para além da juventude.
- A Educação e o Trabalho como ponto de encontro de todas as tribos e principal palco da luta contra as discriminações e os preconceitos. Se vamos bem no campo educacional, temos de avançar para o mundo do trabalho;
O cubano Hanói Sanchez, Secretário Geral da FMJD e o Secretário Executivo da OCLAE, Matheus Florentini: Como o Che dizia: "juventude é vanguarda" |
Ronaldo Leite, Secretário Geral da CTB-RJ e do SINTECT-RJ, veterano da UJS. Ao fundo, delegados internacionais. |
- A mudança geracional em curso no trabalho e no movimento sindical, possibilidades e dificuldades;
- A juventude filha do neoliberalismo e de 20 anos de crise econômica e o papel da UJS em sua politização e na promoção de quadros;
- O surgimento da CTB, sua pluralidade e a importância da presença do Sindicalismo Socialista Brasileiro, dos rurais, dos marítimos, dos independentes e comunista, com cuja unidade se constrói uma central crescentemente influente. Nosso compromisso com essa pluralidade e com a construção da Central classista;
- A importância das mulheres para o trabalho, para o Brasil, para o movimento sindical e para a CTB. A força das jovens mulheres e a imensa contribuição para a luta sindical;
- A militância juvenil consoante com o ingresso na vida adulta é inseparável do enfrentamento dos dilemas relacionados ao ingresso no mundo do trabalho. As oportunidades que o país vive, fruto da mudança que estamos construindo, permite a ampliação da presença do povo nas universidades, nas escolas técnicas e profissionais, através de conquistas como o PROUNI, o REUNI, a expansão das federais, os novos IFETs e o PRONATEC. O momento de fortalecimento do Estado, da formalização do trabalho e as nossas opções pessoais para que a nossa luta não se dê num campo meramente sentimental, mas se lastreie na vinculação progressiva com a classe trabalhadora. A UJS e seu papel de formar quadros para a classe trabalhadora;
- O limites da luta estudantil e a luta de classes no trabalho como parte da formação dos revolucionários;
- As opressões próprias da juventude trabalhadora:
- Menores salários;
- Precarização, subemprego, diferenciação salaria pela idade;
- Assédio moral, sexual, práticas antissindicais;
- A alta rotatividade;
- A cooptação da juventude com as mentiras que eufemizam a exploração capitalista.
O Vice-Presidente da Federação Sindical Mundial e Secretário Adjunto de RRII da CTB, Batista Lemos, prestigiou o debate. |
- A importância da disputa ideológica dessa juventude só poderá ocorrer se a juventude socialista se inserir no mercado de trabalho e puder com ela dialogar;
- Disciplina pessoal, independência financeira, convicção revolucionária, planejamento e método;
- O papel das direções estaduais e das maiores cidades no trato das questões da juventude trabalhadora.
Por Paulo Vinícius S. Silva
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