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Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda
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terça-feira, 29 de junho de 2010
Estatuto da Igualdade Racial deve ser defendido
29/06/2010
A vitória do Estatuto da Igualdade Racial exigiu dez anos consecutivos de luta política, contrapondo permanentemente o movimento negro com os pensamentos mais reacionários na sociedade brasileira.
A aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, PL de iniciativa do Senador Paulo Paim (PT/RS), inaugura um novo paradigma de enfrentamento ao racismo no Brasil, ao invés de privilegiar a criminalização da prática focando medidas na relação interpessoal, com a transformação do ato em contraversão, como a revogada Lei Afonso Arinos, ou criminalizando conforme inciso XLII do artigo 5 da Constituição Federal e seu complemento na Lei 7.716/1989 conhecida como Caó, opta-se pela promoção social dos negros brasileiros. Dessa forma, o Estatuto tende a confrontar com o principal objetivo e conseqüência do racismo; que consiste em, através de um discurso ideológico com base na naturalização da desigualdade e no ódio, hierarquizar grupos sociais étnicos e racialmente diferentes, contribuir com a legitimação do direito a concentração e fruição das riquezas socialmente produzidas nas mãos de poucos, de uma minúscula elite branca, ao tempo que produz exércitos de pobres e miseráveis.
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quinta-feira, 24 de junho de 2010
Eliakim Araújo: a TV Globo é tão poderosa quanto vingativa
22 de Junho de 2010 - 19h42
Ninguém morre de amores pelo Dunga. Folgado, provocador, birrento e geralmente mal educado, embora não se possa negar sua dedicação ao ofício de treinador da seleção nacional. Dunga está na berlinda nesta segunda-feira depois de sua explosão de maus modos com um repórter da Globo que falava ao telefone enquanto ele respondia perguntas de outros repórteres na coletiva de imprensa após o jogo com a Costa do Marfim.
Por Eliakim Araújo, no Direto da Redação
Se Dunga é esse poço de grosseria, por outro lado é uma verdade indiscutível que boa parte dos jornalistas brasileiros se acham (é plural mesmo) acima do bem e do mal, se julgam superiores ao comum e mortal ser humano, sobretudo a garotada mais nova. Se acham donos da verdade, os sabichões. Falam o que querem de pessoas ou instituições que não dispõem de um espaço na mídia para se defender.
Esse breve perfil do jornalista brasileiro ganha novos contornos quando falamos daqueles que trabalham na Globo. Esses chegaram ao Olimpo e o crachá que usam muitas vezes abre portas proibidas aos jornalistas de outras emissoras. É comum que tenham prioridade em entrevistas e eventos. Os demais ou são preteridos ou têm que esperar até que o bambambã global termine seu trabalho.
Não só a Globo, como as demais emissoras fazem vista grossa quando seus profissionais conseguem superar a concorrência mesmo que façam uso de expedientes aéticos.
Todo mundo se lembra do que a Globo fez com Leonel Brizola. Durante seu primeiro mandato no estado do Rio de Janeiro, de 1982 a 1986, não havia um só dia em que o velho Cid Moreira, com sua grave e empostada voz, não abrisse o noticiário da cidade com a célebre frase: “A violência no Rio”. E aí vinham as estatísticas das ocorrências policiais da cidade naquele dia.
Isso era feito diariamente, um verdadeiro massacre, que resultou na derrota de Brizola na eleição presidencial de 89, por um lado. Por outro, no esvaziamento econômico do Rio com a fuga de empresas para São Paulo. A campanha do JN foi tão perfeita que até hoje muita gente desinformada de SP, ou até mesmo do Rio, prefere simplificar: “Ah, quem acabou com o Rio foi o Brizola”.
Não sabemos exatamente o que aconteceu entre Dunga e o repórter da Globo, é preciso investigar se já havia alguma animosidade entre os dois em razão de incidente anterior, é regra do bom jornalismo ouvir as duas partes. De qualquer maneira, Dunga se meteu numa encrenca daquelas. E a Globo é implacável com seus adversários.
Desde já o emprego dele está ameaçado. Se o Brasil ganhar a Copa, ele talvez se salve pelo gongo. Se perder, tá ferrado. Vai ter que procurar emprego. Mas em qualquer hipótese, será difícil sua permanência no cargo. A turma da CBF não tem peito para enfrentar o poderio econômico e político dos irmãos Marinho.
Veterano da Guerra do Iraque arrebenta com o cinismo do capitalismo
Internacional:
"Se a corja vil cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verá que as nossas balas
São ara os nossos generais!"
É espetacular o depoimento, vejam!
Veterano da Guerra do Iraque arrebenta com o cinismo do capitalismo
Internacional:
"Se a corja vil cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verá que as nossas balas
São ara os nossos generais!"
É espetacular o depoimento, vejam!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Campanha convoca boicote a Globo em jogos do Brasil na Copa
Esta madrugada “bombou” no twitter a palavra de ordem #diasemglobo, que estimula as pessoas a verem o jogo entre Brasil e Portugal, sexta-feira, em qualquer emissora que não a Globo. Não é uma campanha de “esquerdistas”, de “brizolistas”, de “intelectuais de esquerda”. É a garotada, a juventude.
Também não é uma campanha inspirada na popularidade de Dunga, que nunca tinha sido nenhuma unanimidade nacional. Na verdade, isso só está acontecendo porque um episódio sem nenhuma importância — um técnico de futebol e um jornalista esportivo terem um momento de hostilidade — foi elevado pela própria Globo à condição de um “crime de insubordinação” inaceitável por ela.
As empresas Globo ontem, escandalosamente, passaram o dia pressionando a Fifa por uma “punição” a Dunga. Atônitos, os oficiais da Fifa simplesmente perguntavam: “mas, por que?”
A edição do jornal do grupo Globo, hoje, só não beira o ridículo porque mergulha nele, de cabeça. O ódio a qualquer um que não abaixe a cabeça e diga “sim, senhor” a ela é tão grande que ela não consegue reduzir o episódio àquilo que ele realmente foi — uma bobagem insignificante.
Não, ela se levanta num arreganho autoritário e exige “punição exemplar” para técnico da seleção. Usa, logo ela, uma emissora de tanta história autoritária e tão pródiga em baixarias, a liberdade de imprensa e os “bons modos” como pretextos, como se isso ferisse seus “brios”.
Há muita gente bem mais informada do que eu em matéria de seleção que diz que isso se deve ao fato de Dunga ter cortado os privilégios globais no acesso aos jogadores. E que isso lhe traria prejuízos, por não “alavancar” a audiência ao longo do dia.
Lembrei-me daquele famoso direito de resposta de Brizola à Globo, em 1994.
Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos que dominou o nosso país.
Todos sabem que critico há muito tempo a TV Globo, seu poder imperial e suas manipulações. Mas a ira da Globo, que se manifestou na quinta-feira, não tem nenhuma relação com posições éticas ou de princípios.É apenas o temor de perder o negócio bilionário que para ela representa a transmissão do Carnaval. Dinheiro, acima de tudo.
Pois o arreganho autoritário da Globo, mais do que qualquer discurso, evidenciou a tirania com que a emissora trata o evento esportivo que mais mobiliza os brasileiros mas que, para ela, é só um milionário negócio.
Dunga não é o melhor nem o pior técnico do mundo, nunca foi um ídolo que empolgasse multidões. A sociedade dividia-se, como era normal, entre os que o apoiavam, os que o criticavam e os que apenas torciam por ele e pela seleção.
A Globo acabou com esta normalidade. Quer apresentá-lo como um insano, um louco incontrolável. Nem mesmo se preocupa com o que isso pode fazer no ambiente, já naturalmente cheio de tensões, de uma seleção em meio a uma Copa do Mundo. Ela está se lixando para o resultado deste episódio sobre a seleção.
De agora em diante, a Globo fará com Dunga como que fez, naquela ocasião, com a Passarela do Samba, como descreveu Brizola naquele “direito de resposta”: “quando construí a passarela, a Globo sabotou, boicotou, não quis transmitir e tentou inviabilizar de todas as formas o ponto alto do Carnaval carioca.”
Vocês verão – ou não verão, se seguirem a campanha #diasemglobo – como, durante o jogo, os locutores (aquele um, sobretudo) farão de tudo para dizer que a Globo está torcendo para que o Brasil ganhe o jogo. Todo mundo sabe que, quando se procura afirmar insistentemente alguma coisa que parece óbvia, geralmente se está mentindo.
Eu disse no início que esta não é uma campanha dos políticos, dos intelectuais, da “esquerda” convencional. Não é, justamente, porque estamos, infelizmente, diante de um quadro em que a parcela politicamente mais “preparada” da sociedade desenvolveu um temor reverencial pelos meios de comunicação, Globo à frente.
Políticos, artistas, intelectuais, na maioria dos casos – ressalvo as honrosas exceções – têm medo de serem atacados na TV ou nos jornais. Alguns, para parecerem “independentes e corajosos”, até atacam, mas atacam os fracos, os inimigos do sistema, os que se contrapõem ao modelo que este sistema impôs ao Brasil.
Ou ao Dunga, que acabou por se tornar um gigante que nem é, mas virou, com o que se faz contra ele. Eu não sei se é coragem ou se é o fato de eu ser “maldito de nascença” para eles, mas não entro nessa.
O que a juventude está fazendo é o que a juventude faz, através dos séculos: levantar-se contra a tirania, seja ela qual for. Levantar-se da sua forma alegre, original, amalucada, libertária, irreverente e, por isso mesmo, sem direção ou bandeiras “certinhas”, comportadas, convencionais.
A maravilha do processo social aí está. Quem diria: um torneio de futebol, um técnico, uma rusga como a que centenas ou milhares de vezes já aconteceu no esporte, viram, de repente, uma “onda nacional”.
Uma bobagem? Não, nada é uma bobagem quando desperta os sentimentos de liberdade, de dignidade, quando faz as pessoas recusarem a tirania, quando faz com que elas se mobilizem contra o poder injusto. Se eu fosse poeta, veria clarins nas vuvuzelas.
Essa é a essência da juventude, um perfume que o vento dos anos pode fazer desaparecer em alguns, mas que, em outros, lhes fica impregnado por todas as suas vidas. E a ela, a juventude, não derrotam nunca, porque ela volta, sempre, e sempre mais jovem. E é com ela que eu vou.
Por Brizola Neto, no blog Tijolaço
terça-feira, 22 de junho de 2010
Dilma comenta acusações da oposição
sexta-feira, 18 de junho de 2010
DAVID BYRNE W FORRO IN THE DARK - NUBLU RECORDS
Wagner Dutra David Byrne falando de Luis Gonzaga e ainda usando nosso velho chapéu (lendário e mitológico) de couro. Coincidência que ontem fui a um bar perto do Liceu (Eliomar... para os mais íntimos: JASON!) e lá ele botou prá tocar todos os clássicos do Rei do Baião, dentre outros. Eu curti... Enjoy!
terça-feira, 15 de junho de 2010
JUVENTUDE E CLASSISMO: DA BAHIA PARA O BRASIL
Regresso a Salvador para uma agenda intensa vinculada aos jovens trabalhadores. Estarei no I Encontro da Juventude Trabalhadora da CTB da Bahia, a 16 de junho, a convite do camarada e amigo Adilson Araújo, nosso presidente, que preparou com determinação e esmero uma atividade que vai dar grande contribuição à luta classista. Afinal, a CTB, a terceira central sindical brasileira, tem na Bahia uma de suas principais referência, sendo a maior central desse Estado de formidáveis tradições de lutas. A estruturação desse trabalho juvenil de fato representará muito para o sindicalismo classista.
Mas Salvador também será palco do XV Congresso da União da Juventude Socialista, a UJS. Será meu primeiro congresso saído, inaugurando o painel dos "tios", os veteranos da UJS, ainda que me caiba essa "peinha" de juventude que é a de organizar os jovens trabalhadores, entendidos assim aqueles até 35 anos de idade identificados com a juventude. E estar nessa tarefa mais tem a ver com a compreensão de sua importância que com qualquer apego ao tema, De fato acredito que minha contribuição essencial nesta quadra é ajudar a preparar a passagem de largos contingentes juvenis para o sindicalismo classista, fechando com chave de ouro esse ciclo. Nesse sentido, comporei uma mesa entitulada Mundo do trabalho e juventude, uma descoberta, a 17 de junho, tendo como colegas expositores, Nilton Vasconcelos - Secretário Estadual do Trabalho e Renda da Bahia, Danilo Moreira – Presidente do Conselho Nacional de Juventude e meu colega de UNE e Luiz Paulo Oliveira – Professor da Universidade Federal do Recôncavo. Além de outras atividades no Congresso, ligadas à juventude trabalhadora, haverá também o Sétimo Congresso da FETAG-BA, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado da Bahia, que inicia também no dia 17 de junho, debatendo a política e elegendo a direção de uma das mais importantes organizações da luta camponesa no Brasil.
Cabe mencionar a grata surpresa havida com a leitura da Tese do XV Congresso Nacional da UJS, cujo lema é Pra ser Muito mais Brasil. Nem terminei, mas a leitura me levou incontinenti a realizar esta postagem. Texto limpo, idéias claras, disposição para enfrentar com a juventude essa singular quadra histórica vivida pelo nosso país. Segundo o texto:
"Ao chegar aos 25 anos, a UJS reafirma seu caráter juvenil, patriótico e socialista.
Juvenil, por entender que não é possível realizar transformações profundas na sociedade sem envolver essa parcela significativa de brasileiros. Patriótico, porque compreende que o imperialismo manifesta sua face mais cruel no processo de desmonte dos Estados nacionais e combate aauto-determinação dos povos. Socialista, por afirmar que apenas com o fim da sociedade dividida entre explorados e exploradores resolveremos as contradições profundas no seio do nosso povo. (...) Por toda essa história, por nos
caracterizarmos como uma “Escola de Socialismo”, lutamos para ser a principal força de mobilização da juventude brasileira na busca pela nova sociedade. É essa a vocação e razão de ser da UJS: lutar pela construção do Brasil socialista!"
Ademais, a UJS avança na compreensão dos dilemas vividos pelo Brasil nesse momento de transição, reafirmando as convicções no seu papel militante e na unidade da juventude como protagonista da mudança para um Novo Projeto nacional de Desenvolvimento. São claros sinais de um maior entendimento do desenvolvimento nacional e uma visão mais abrangente da participação da juventude, através da escola e do trabalho, nesse processo.
Oxalá a renovação de suas fileiras, de seu ânimo militante e de suas bandeiras, lastreados na convicção de seus princípios tão vivos ajudem o Brasil a vencer a batalha de 2010, inclusive nos Estados, fazendo avançar a força da juventude brasileira. E é bom, ainda que por uns dias, estar no meio desse furacão outra vez, sabendo que cresce a consciência dessa moçada de que, seja na escola, na faculdade, no trabalho, militância é pra vida inteira.
Leia também:
Juventude da CTB-BA promove encontro visando o fortalecimento da luta no Estado - Portal CTB
Tese do 15º Congresso Nacional da UJS - Pra Ser Muito Mais Brasil - www.ujs.org.br
Sangue novo e experiência marcam o futuro da FETAG-BA - Portal CTB
Resoluções da III Conferência Nacional do Esporte
http://www.esporte.gov.br/conferencianacional/resolucoesIIICNE.jsp
Resoluções da III Conferência Nacional do Esporte
Carta de Brasília - Arquivo PDF - 60Kb
Moções Aprovadas na III CNE - Arquivo PDF - 47Kb
Propostas encaminhadas aos Anais da III CNE - Arquivo PDF - 47Kb
Plenária Final – 05 e 06 de Junho de 2010
- Linha 1 - Sistema Nacional de Esporte e Lazer - Arquivo PDF - 59Kb
- Linha 2 - Formação e Valorização Profissional - Arquivo PDF - 67Kb
- Linha 3 - Esporte, Lazer e Educação - Arquivo PDF - 66Kb
- Linha 4 - Esporte, Saúde e Qualidade de Vida - Arquivo PDF - 63Kb
- Linha 5 - Ciência e Tecnologia - Arquivo PDF - 49Kb
- Linha 6 - Esporte de Alto Rendimento - Arquivo PDF - 70Kb
- Linha 7 - Futebol - Arquivo PDF - 65Kb
- Linha 8 - Financiamento do Esporte - Arquivo PDF - 65Kb
- Linha 9 - Infraestrutura Esportiva - Arquivo PDF - 72Kb
- Linha 10 - Esporte e Economia - Arquivo PDF - 60Kb
sexta-feira, 11 de junho de 2010
I Encontro de Jovens Trabalhadores da CTB Bahia
Brasil, avançar mais no caminho das mudanças
Juventude trabalhadora: mola propulsora para um sindicalismo autêntico, de luta e renovado
Ampliar a atuação do movimento sindical entre os jovens brasileiros é fundamental para a luta geral dos trabalhadores por uma nova sociedade. Atuando sempre de forma enérgica e irreverente, os jovens de todo o mundo têm sido protagonistas de mudanças importantes na política e de grandes transformações históricas.
Nos últimos tempos, as mudanças ocorridas no perfil do proletariado brasileiro atestam a importância da organização dos jovens trabalhadores. Os jovens trabalhadores estão entre os segmentos que mais sentem a exploração capitalista. Sob o pretexto da “falta de experiência”, a grande maioria dos jovens, quando encontra emprego, recebe baixos salários e é submetida a jornadas acima da média e a condições precárias de trabalho.
Essa situação coloca na ordem do dia – não apenas como reivindicação da juventude, mas do conjunto dos trabalhadores – as lutas por melhores remunerações, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, contra a informalidade e pelo direito ao trabalho e à educação e contra a demissão imotivada.
Em função de diversos fatores, a participação da juventude no movimento sindical ainda está longe de ser a ideal, principalmente se considerarmos a enorme quantidade de jovens participantes da População Economicamente Ativa (PEA) e o papel estratégico desempenhado por esse segmento nos momentos de ascensão da luta dos trabalhadores e nas rupturas políticas.
Atuar entre os jovens trabalhadores significa na prática fortalecer a organização por local de trabalho e a luta contra a exploração e a dominação capitalista. Além disso, uma juventude atuante, com sua característica básica de ousadia e inovação, pode servir de mola propulsora para importantes transformações na organização sindical.
A juventude representa um importante vetor da disputa pela hegemonia das idéias avançadas no movimento sindical brasileiro. Contudo, é imprescindível forjar nas futuras lideranças uma consciência política avançada e classista. *(Resolução do 1º Encontro Nacional de Jovens Trabalhadores da CTB)
O quê: Brasil, avançar mais no caminho das mudanças
I Encontro de Jovens Trabalhadores da CTB Bahia
Quando: 16 de junho de 2010
Onde: Ginásio dos Bancários
Horário: 08:30 às 20:00
Programação:
08:30 - Ato Político de Abertura
09:00 - Sindicalismo para um novo tempo: Adilson Araújo (Presidente da CTB Bahia)
09:30 - Trabalho e juventude: Paulo Vinícius (Secretário de Juventude da CTB)
11:00 - Os movimentos sociais e o Novo Projeto de Desenvolvimento para o Brasil: Lúcia Stumpf (Coordenação dos Movimentos Sociais-CMS)
14:00 – Intervenção especial: Juventude e Perspectiva Socialista – Juremar Oliveira (Presidente da UJS Bahia)
14:10 - A juventude rural e a luta no campo: Claúdio Bastos ( Diretor da Fetag Bahia)
15:20 – Intervenção especial: Jovens operários: o dia a dia no chão da fábrica – Júlio Bonfim (Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Diretor da CTB Bahia)
15:30 - Cultura e Cidadania – MC William (Nação Hip Hop Brasil)
16:50 – Intervenção especial: A luta nacional pela Isonomia – Augusto Vasconcelos ( Diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Membro da Comissão de Empregados da Caixa)
17:00 - Proposta de Resolução Política/ Eleição do Coletivo Estadual da Juventude Trabalhadora da CTB Bahia
20:00 - FORRÓ DA JUVENTUDE: DAVI CARVALHO E BANDA FAROFA DÁGUA
Realização: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB Bahia
Apoio: FETAG, FETIM, FEEB-BASE, FECOMERCIO, UJS, JSB, UNEGRO, UBM, CAJAVERDE, IAPAZ, UEB, ABES, UNE, UBES, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica de Camaçari, Sindicato dos Bancários da Bahia.quarta-feira, 9 de junho de 2010
Veja abaixo nos vídeos os seis eixos estratégicos aprovados pelas cinco centrais no Conclat
www.portalctb.org.br
1. Crescimento com Distribuição de Renda e Fortalecimento do Mercado Interno
2. Valorização do Trabalho Decente com Igualdade e Inclusão Social
3. Estado como Promotor do Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental
4. Democracia com Efetiva Participação Popular
5. Soberania e Integração Internacional
6. Direitos Sindicais e Negociação Coletiva
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Esse Time Chamado Brasil
Paulo Vinícius
De volta, e a razão do sumiço
Retomo minha produção de textos para estes espaços após um dos maiores desafios que já enfrentei, coordenar a Sistematização da III Conferência Nacional do Esporte.
Ainda que tenha dito a patente, o nome pouco informa, e esclareço. A III CNE terminou domingo, 6 de junho, tendo reunido mais de 220 mil pessoas de 3112 municípios de todos os Estados e do DF. Foi a última das 68 Conferências realizadas no governo Lula, constituindo um valioso manancial da participação popular para a formulação das políticas públicas brasileiras.
O fenômeno das conferências é uma contribuição nossa, brazuca, que, mesmo limitada, diz muito como construímos a participação popular nesses 8 anos. Elas consolidaram áreas, deram visibilidade a setores vulneráveis, abriram caminhos para debates inéditos e de profundo sentido republicano, e são base para inúmeras proposições legislativas, programas sociais e organização de redes.
No caso da III Conferência Nacional do Esporte, ela abriu à participação popular um desafio sumamente complexo. A partir de 10 linhas estratégicas, eleger 10 ações principais para cada e derivada de cada ação, até 4 metas, colhendo a opinião popular para contribuir com a elaboração do I Plano Decenal do Esporte, que também abrange o lazer.
Preito de gratidão
Então, minha tarefa foi exatamente coordenar uma equipe muito dedicada de jovens e professores de todas as regiões do país, de técnicos do Ministério dos Esportes e de pessoas, como eu, envolvidas apenas na realização da Conferência, buscando expressar a vontade popular. Ao final, ainda depauperado pela dimensão desumana da tarefa, tenho a certeza de que nos saímos bem, apesar das dificuldades de toda sorte que enfrentamos. E tenho de agradecer a confiança em mim depositada pela Professora Cássia Damiani, a quem cabe o principal mérito dessa conferência e da sistematização.
O mérito da Conferência por nela ter apostado todas as fichas numa dedicação sem limites, a despeito de sua saúde, inclusive. Da sistematização, porque a espinha dorsal de todo o plano, o Texto Básico - um conjunto de Linhas, Ações e Metas apresentado pela Comissão Organizadora Nacional a partir do Ministério - foi em grande medida por ela concebido. E é um feito intelectual invejável essa capacidade de traduzir o trabalho feito por um governo, apresentá-lo ao olhar do povo e dele receber a acolhida que observamos. As pessoas foram ganhas e sua dedicação foi muito além de um mero dever profissional. terminado o mais árduo da tarefa, não deixo de me comover com esses jovens arregimentados pela Cássia que tanto de si deram nesses meses. E a base desse esforço foi a dedicação da Professora Cássia, que inspirou esforços imensos de toda a equipe numa batalha que só pode ser adjetivada de épica.
Ela defendeu o legado do Ministério dos Esportes, de seus programas, cujo êxito lastreou os grandes objetivos a que se propõe nesta década que será única para o esporte. Não é à toa o arrojo desses feitos nos Esportes na gestão de Orlando Silva. Queremos a universalização do esporte como direito, a excelência da gestão, o controle social e os resultados nos pódios -, um conjunto apresentado e muito bem acolhido pelo povo. Imagino se Paulo Renato Souza apresentasse à opinião pública tal oportunidade quando conduzia o Ministério da Educação nos anos FHC, o que receberia...
E essa tradução politizadora que foi o leito mais justo para a expressão da vontade popular numa área tão pouco consolidada - mas que nesses sete anos e meio ganhou uma consistência inédita - foi obra de Cássia Damiani. Isso bem demonstra como os intelectuais orgânicos podem contribuir para galvanizar direitos, apontar conquistas, preservar legados como o do Esporte no governo Lula, que gerou o Programa Segundo Tempo, Esporte e Lazer na Cidade, a Bolsa Atleta, entre tantas realizações que nos fizeram chegar à transcendente conquista que é poder sediar a segunda Copa do Mundo em 2014 e as primeiras Olimpíadas e Paraolimpíadas da América Latina, em 2016, acontecimentos que mudarão as cidades, o mercado de trabalho e o olhar do Brasil sobre si mesmo.
Nesse caminho, o povo brasileiro se fez ouvir, pela ampliação dos programas, pelo enfrentamento das desigualdades regionais, pela universalização do acesso, pelo papel fundamental da educação, do esporte e da saúde como áreas indissociáveis na busca do avanço da qualidade de vida para todos. Afirma-se a importância do Esporte como uma política pública que integra o primeiro nível do nosso projeto nacional de desenvolvimento.
O meu lugar entre a arquibancada e o gramado
Para mim essa tarefa também teve uma dimensão pessoal. Afinal, meu pai, o Seu Louro, é um homem do futebol, com mais de 50 anos de atuação profissional, como goleiro, massagista, árbitro, tendo saído de casa aos 14 aos para jogar bola, estando nessa lida obstinada até hoje. Se o marxismo para mim é a cosmogonia, não exagero em dizer que para o meu pai o equivalente é o futebol, a partir de onde interpreta todos os aspectos da vida. E, ainda que não seja da área, exerci a tarefa que me coube a partir desse exemplo do trabalho árduo e tão pouco reconhecido que teve meu pai, da paixão intimorata de vencer as barreiras mais difíceis para viver de algo que para muitos é diversão, mas que para existir traz nos bastidores uma multidão de anônimos.
Muitos deles, além de vivenciarem jornadas de trabalho sem limites e baixíssimos salários, jamais tiveram oportunidade de ascensão profissional por ausência de políticas públicas que lhes permitam o acesso à educação formal. E se meu pai teve o tirocínio de migrar da condição de atleta para outras áreas do futebol, além de uma disciplina única pois jamais se afastou de uma obstinada busca por dar à sua família uma condição de vida digna, eu sei que ele é exceção e como foi titânica a sua caminhada. Teve a sorte de ter Dona Lourdes ao seu lado. E afinal, eu e Betinho avançamos muito. Meu irmão inclusive já está no mestrado, eu me formei em Ciências Sociais, ou seja, a empresa familiar daquele atleta vindo do Juazeiro do Norte e da funcionária de escola pública do Ceará deu resultados.
E eu que me achava tão ignorante sobre tudo isso, fui buscando pouco a pouco os campos de várzea e as quadras de futebol da minha infância, as chuteiras e uniformes, os atletas e a torcida, tudo que pensara perdido e se agigantava quando me debruçava sobre o conteúdo desses sonhos, expressos em política. E a partir daí pude dialogar com esse mundo pujante e desafiador do esporte, com o olhar supostamente distanciado do cientista social, mediado pela proximidade do político, mas imerso em lembranças que nos ligam a todos. O debate sobre o esporte e o lazer é realmente público, não é coisa só de atletas ou profissionais, e essa dimensão se ampliará cada vez mais nos próximos anos.
Mas a base de onde partimos para os voos inacreditáveis que ora realizamos diante do mundo é feita desses aficionados como seu Louro, de gente apaixonada pelo esporte que dedica-se às crianças e adolescentes mais pobres, de toda essa legião que acredita apaixonadamente nesse "Time chamado Brasil". E, por esse caminho, a vida recoloca as coisas em seu devido lugar. E eu, que por tanto tempo neguei essa minha ligação com o esporte, fui chamado a ajudar a interpretar todos esses sonhos, algo que com certeza me orgulha muito. E a política, já dizia Aristóteles, é a esperança de um bem. Aos operários da política como eu, os militantes, essa satisfação de ter contribuído é a única que verdadeiramente importa.
Agora é mais luta!
E há que registrar também a contribuição da Central e Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil a esse processo, ao permitir que um membro de sua Executiva Nacional se deslocasse temporariamente para contribuir com esse ápice da participação social na definição das políticas para o esporte. A CTB, assim, vai demonstrando sua capacidade de atuar em diversas batalhas simultaneamente, dando uma contribuição multifacetada a várias conquistas do povo. Mesmo sendo a caçula das centrais sindicais, agiganta-se pela solidez da política e da representação do sindicalismo classista.
E assim, com o coração pleno de alegria, volto à minha trincheira para dar a contribuição mais importante que posso nessa quadra, ao movimento sindical. Depois da III Conferência Nacional do Esporte, tocado pela força da pressão popular e pelo que ela gestou no plano, só reforcei essa canção que me acompanha e não esqueço, a dizer: "os meninos e o povo no poder eu quero ver".
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Andei em busca da Cifra da Internacional, o hino mundial dos trabalhadores e trabalhadoras e não achei opções, excetuando-se a versão d...
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