Ontem fomos beber o Alessandro Lutfy Ponce de Leon
e a Luciana Fontes. Estávamos tão desconsolados e incrédulos que era
preciso fazer descer essa tragédia. Estávamos trisitíssimos, é certo,
mas não foi uma noite triste. No Beirute da 10 Norte, em Brasília, sob inúmeros brindes
ao som de: "Porra, Billy", ficamos a lembrar tanta coisa boa dele que
ficou na gente.
Foi um encontro casual, de chofre, mas nele, rapidinho,
havia militantes de 5 partidos cobrindo boa parte do espectro ideológico
brasileiro, com adversários e parceiros em tantas lutas, todos
irmanados na convicção da justeza da vida e da falta do Alessandro e do
lamento pela trágica morte de sua companheira Luciana.
Isso tem duas razões
grandes. A primeira é o tema da juventude ter sido historicamente uma
bandeira que UNE amplas forças políticas. Eu mesmo comecei a admirar o
De Leon no PSDB, apresentado pelo Danilo Moreira,
e nunca me arrependi de nele confiar nas lides que muitas vezes nos
opõem tanto, mas não foi esse o caso e talvez as vitórias advenham
disso.
A segunda é que o Billy era um boa praça incontornável,
tinha uma visão geracional linda, e soube cativar amigos e amigas por
todos os lados. Só afirmando essas lembranças bem queridas é que a gente
consegue ver cair a fica, mas também é assim que a gente deixa ele ir,
em paz, minorando a dor no peito e a saudade que não passará, nem será
sempre de choro, mas a lembrança dessa amizade, que nos ensinou e há de
ensinar por esses caminhos às vezes tão áridos da luta política, mas que
também carecem desses instantes de leveza, alegria, unidade, sem nunca
esquecer que a vida vale muito a pena.
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Querido PV!
ResponderExcluirTambém fiquei bastante comovido com a morte do nosso querido De Leon. Ainda mais como se deu.
Fomos parceiros em inúmeras iniciativas à época do CEMJ. Era sempre um enorme prazer conversar com ele: pessoa inteligente, de bons e ponderados argumentos.
Ademais de um grande amigo, era uma pessoa boa e generosa.
Viverá para sempre em nossas memórias!
Abraço!
Fábio.