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Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda
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quinta-feira, 31 de março de 2011
Chávez: é necessário blindar os recursos da América do Sul
O Império agora passou à sua fase extrema de loucura, de manicômico.
Ameaça, bombardeia, para salvar povos, agora!...
Entra agora o imperialismo em sua fase de loucura,
e é uma ameaça verdadeira à paz no mundo.
Por isso se impõe, hoje muito mais que ontem,
a união, a plena unidade política, social e econômica da ALBA, da UNASUL
para que blindemos esse gigantesco território da América do Sul".
Hugo Chávez
quarta-feira, 30 de março de 2011
RO: revolta dos trabalhadores de Jirau reflete superexploração - Portal Vermelho
Em 15 de março, parte dos cerca de 22 mil trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, levantaram-se contra as péssimas condições de trabalho em que viviam. Mais do que isso. Muitos compreenderam que o consórcio Energia Sustentável do Brasil, formado pelas empresas Camargo Corrêa, Suez e Eletro, está lucrando às custas de sua exploração.
Na ocasião, dezenas de veículos foram incendiados e algumas instalações do canteiro de obras depredadas. Praticamente todos os alojamentos foram incendiados. As obras estão paralisadas por tempo indeterminado. Uma assembleia já havia sido marcada para o dia 27 de março. Segundo os trabalhadores, o estopim foi a agressão, por parte de um motorista da empresa que transporta os funcionários, a um operário que fora impedido de embarcar porque não possuía autorização para deixar o canteiro. A situação, então, tornou-se incontornável. Por causa da manifestação, cerca de 35 trabalhadores foram presos.“Vandalismo”
Emergem dúvidas, entretanto, sobre quem praticou o primeiro ato de “vandalismo”. “O funcionários nos relatam constantemente inúmeros desmaios por dia em plena obra, sendo que os ambulatórios não possuem médicos. E o pior: permanecem sob observação por dez minutos, e, depois, são obrigados a retornar ao trabalho”, revela a irmã Maria Ozânia da Silva, coordenadora da Pastoral do Migrante em Rondônia.
O transporte dos operários é de péssima qualidade. Segundo conta o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) em Rondônia, Océlio Muniz, aquele que perde um ônibus devido à lotação e chega atrasado na rodoviária de distribuição para os canteiros de obras perde o dia de serviço.
De acordo com ele, no almoço, que dura uma hora, todos se apressam para tomar o ônibus. Não há tempo para descanso. O mesmo acontece para quem perde o ônibus que retorna ao alojamento e é obrigado a andar por cerca de 7 quilômetros até o dormitório.
Em junho de 2010, um funcionário do setor de reciclagem de Jirau afirmou à reportagem do Brasil de Fato presente no local que o simples posicionamento de um trabalhador exigindo seus direitos, como a existência de instrumentos básicos de proteção, como máscaras, por exemplo, resultava em sua demissão ou perseguição.
“A falta de diálogo, o autoritarismo da empresa, isso tudo se reflete na violação dos direitos humanos tanto das comunidades atingidas quanto em relação aos operários”, critica a irmã Maria Ozânia da Silva. Também existem relatos de trabalhadores que teriam sido agredidos por outros funcionários contratados pela Camargo Corrêa.
Direitos atacados
Não é de hoje que as empresas que constroem a Usina Hidrelétrica de Jirau – que faz parte do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – estão envolvidas em sérios ataques aos direitos trabalhistas.
Em setembro de 2009, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia e o Ministério Público do Trabalho libertaram 38 pessoas que trabalhavam em condição análoga à escravidão para a BS Construtora, empresa terceirizada do consórcio dono da barragem que construía a Vila Nova Mutum, para onde serão transferidas as famílias que residem na área que será inundada.
A grande imprensa focaliza o “vandalismo” dos trabalhadores, mas pouco ou nada diz sobre os motivos da revolta que, para o sociólogo Luiz Fernando Novoa, professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir), reside na “insistência em disciplinar e aferrar a mão de obra a cronogramas físico-financeiros autistas e irreais, com condições de trabalho degradantes, e através da repressão policialesca”.
Para Novoa, grande parte dos erros cometidos contra os trabalhadores está inscrita em dois equívocos maiores: na “licenciosidade” por parte do governo federal em relação à implementação das obras no rio Madeira e na busca das empresas pelo lucro imediato, atrelados a tais “cronogramas autistas”, mesmo que o custo seja o desrespeito aos direitos dos barrageiros. “O governo federal, em nome da atratividade do negócio, afrouxou ao máximo a regulamentação e a fiscalização em todas as áreas afetadas devidos às obras (ambiental, trabalhista, urbanística, compensações sociais) e blindou política e juridicamente todo o processo de outorga, concessão e licenciamento”, destaca.
“Arranjo financeiro”
Novoa lembra que as hidrelétricas feitas na região amazônica devem ser extremamente flexíveis na sua implementação, oferecendo, nos leilões, tarifas reduzidas que justifiquem o risco nesse investimento. O consórcio Energia Sustentável do Brasil, que constrói Jirau, ofereceu, em leilão ocorrido em 2008, o preço de R$ 71,40 por Mwh (megawatt-hora), um considerável deságio de 21,5%.
Quase um ano depois das rebeliões ocorridas na Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, o sociólogo aprofunda a questão ao elucidar que o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira resulta de um arranjo financeiro, arquitetado pelo Ministério do Meio Ambiente (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e viabilizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que premia a máxima antecipação da operação das usinas com a venda de 100% da energia, gerada antes do prazo contratual, no mercado livre.
“Impõe-se a etapa da construção nas margens mínimas de tempo e de custos e quem paga por isso são os trabalhadores, a população atingida e o meio ambiente. É preciso lembrar que o governo federal, ao defender a construção da Usina de Belo Monte, apresentava as usinas do Madeira como modelo de sustentabilidade e participação. Será esse o paradigma para a construção de novas grandes hidrelétricas na Amazônia?”, critica Novoa. Como ele disse ao Brasil de Fato em 2010, “a fatura está vindo de modo informal, por meio dessas rebeliões”.
Altair Donizete de Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia (Sticcero), joga mais luz nessa situação. Ele lembra que a Camargo Corrêa não pagou a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que deveria ter sido repassada em novembro. “É dito cinquenta vezes por dia que a Usina de Jirau está um ano adiantada no cronograma, e a empresa não paga PLR porque diz que não teve lucro. Então, como fica a cabeça do trabalhador?”, conta.
O projeto da Usina Hidrelétrica de Jirau recebeu R$ 7,2 bilhões do BNDES. O salário médio dos funcionários é de R$ 1.500. Grosso modo, os gastos do consórcio com salários giram em torno de entre R$ 33 milhões e R$ 40 milhões.
Fonte: Brasil de Fato (com informações da Radioagência Notícias do Planalto)
Movimentos sociais se reúnem com centrais sindicais para construção de agenda unitária
Com previsão de lançamento oficial em 26 de abril, a agenda unitária será construída por comissão organizadora e terá inicio com jornada de luta pelos estados
Na manhã desta terça-feira (29), aconteceu na sede da CTB, em São Paulo, uma reunião entre movimentos sociais e centrais sindicais. O encontro teve como objetivo fortalecer a proposta aprovada durante a última Plenária Nacional da Coordenadoria dos Movimentos Sociais (CMS), de construção da unidade das agendas de luta da CMS e das Centrais.
Na reunião que buscou montar uma agenda de luta para o segundo semestre, estiveram presentes representantes da CTB, Força Sindical, UGT, CUT, UNE, UBM, UJS, CEBRAPAZ, MST, UBES, e UNEGRO, que reforçaram como de fundamental importância a unidade básica dos movimentos pela ampliação dos avanços sociais, já em curso no Brasil.
Segundo João Batista, secretario internacional adjunto da CTB, 2010 foi um ano importante para o conjunto das lutas populares, pois aprovar e entregar para a atual presidenta Dilma Rousseff o conjunto de propostas como a Agenda da Classe Trabalhadora e o Projeto Brasil tirados, respectivamente, durante a 2º Conclat e Plenária Nacional da CMS, já representavam um grande passo, mas que agora está sendo ampliado. “Essa união entre os movimentos sociais e sindicais é fundamental para o fortalecimento das lutas populares pela ampliação de seus direitos”, explica o sindicalista.
Augusto Chagas, presidente da UNE, ressaltou o otimismo que o movimento estudantil tem em relação à proposta de unificar as agendas dos movimentos e lembrou que a unidade das centrais é um patrimônio importante para a classe trabalhadora, mas somada a CMS representa uma ferramenta para ampliação dos avanços na área de políticas sociais. “É fundamental a construção de uma plataforma sólida de unidade de todos os movimentos para, por exemplo, lutar contra o conservadorismo no governo”, esclarece Chagas.
Presidida por Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, a reunião buscou deliberar a formação de uma comissão composta por representantes sindicais e dos movimentos sociais, que irão organizar cinco pontos relevantes de unidade entre as agendas, além de construir uma Jornada Nacional de Lutas que iniciará a partir de junho, pelos estados, e se estenderá até agosto, quando acontecerá um grande ato em Brasília.
Por Fábio Ramalho – Portal CTB
Para um novo Brasil é preciso fazer a reforma da mídia - Portal Vermelho
No terceiro vídeo da série Reformas Democráticas você vai saber por que os meios de comunicação estão nas mãos de poucas famílias, o papel da internet na democratização da comunicação e o que propõem aqueles que defendem uma mídia livre. Produzida pela equipe do Vermelho, a série conta com seis vídeos temáticos sobre as reformas estruturais necessárias para que o Brasil continue se desenvolvendo e avance nas mudanças.
Veja também os demais vídeos da série Reformas Democráticas:
- Primeiro vídeo: Reforma Urbana
-Segundo vídeo: Reforma da Educação
Asssista aqui mais Vídeos Nossos.
Leia mais:
-Barão promove debate “O papel da mídia na atualidade”
-Paulo Bernardo defende "ação saneadora" nas concessões
-Tributos e falta de infraestrutura encarecem banda larga no país
-Governador tucano imita Serra e lança ataques à mídia alternativa
-Altamiro Borges: A emergência da blogosfera
terça-feira, 29 de março de 2011
TeleSURtv.net - Libia nombra a nicaragüense Miguel D` Escoto como su representante ante la ONU
El Gobierno libio nombró este martes como representante del país norteafricano ante la Organización de las Naciones Unidas (ONU) al ex canciller de Nicaragua, Padre Miguel D' Escoto.
“El Comité Popular General de Enlace Exterior y Cooperación Internacional comunicar a vuestra Excelencia que la Jamahiria ha decidido nombrar al Señor Miguel D’Escoto Brockmann, ex Ministro del Exterior de Nicaragua como su representante de las Naciones Unidas en Nueva York”, anunció el canciller libio, Moussa Kusa, en una carta enviada al Secretario General de la ONU, Ban ki-moon.
La minuta informa que D`Escoto está autorizado para hablar en nombre del pueblo libio ante los órganos del Sistema de Naciones Unidas.
Precisa que la decisón se toma luego que Ali Abdussalam Treki, que fue nombrado representante de Libia en una carta del pasado 4 de marzo, no pudiera iniciar sus obligaciones como representante de Libia por no conseguir visa de entrada al territorio de Estados Unidos de América.
Por su parte, el presidente de Nicaragua, Daniel Ortega pidio a D' Escoto aceptar el nombramiento y representar al pueblo y al Gobierno libio en su lucha por restablecer la Paz y defender su legítimo derecho a resolver sin injerencia externa sus conflictos nacionales.
El pasado 24 de marzo, D' Escoto había viajado a Nueva York a fin de coordinar en la ONU los esfuerzos de Nicaragua con otros países para tratar de poner fin a la agresión contra Libia.
El viaje respondía a instrucciones precisas del presidente nicaragüense,que le indicó "luchar de la forma más efectiva para buscar que se detenga la masacre en Libia", declaró el padre D'Escoto antes de partir, reportó la emisora capitalina La Nueva Radio Ya en su sitio Web.
"Vamos en manifestación de solidaridad con el gran pueblo libio, a encontrar la paz a través de la justicia y los métodos pacíficos", dijo el sacerdote de la orden de los Maricknoll, de acuerdo con la misma fuente.
Destacó que la masacre que está cometiendo Estados Unidos, Reino Unido, Francia y otros aliados contra Libia, "nos incumbe a todos porque es un quebrantamiento de la paz, es una violación al derecho internacional y no lo podemos dejar pasar".
Según D' Escoto, el presidente estadounidense, Barack Obama, excedió a su predecesor, George W. Bush, y Washington, por sus prácticas imperiales y su política exterior, "constituye la peor amenaza a la paz y a la seguridad internacional, llevando a la humanidad al borde de la extinción".
D' Escoto fue presidente del sexagésimo tercer período de sesiones de la Asamblea General de las Naciones Unidas, de junio de 2008 a septiembre de 200, por lo que conoce al detalle las estructuras y el funcionamiento de la organización y aboga por la reforma y la democratización de esa organización mundial.
El Gobierno libio nombró este martes como representante del país norteafricano ante la Organización de las Naciones Unidas (ONU) al ex canciller de Nicaragua, Padre Miguel D' Escoto.
“El Comité Popular General de Enlace Exterior y Cooperación Internacional comunicar a vuestra Excelencia que la Jamahiria ha decidido nombrar al Señor Miguel D’Escoto Brockmann, ex Ministro del Exterior de Nicaragua como su representante de las Naciones Unidas en Nueva York”, anunció el canciller libio, Moussa Kusa, en una carta enviada al Secretario General de la ONU, Ban ki-moon.
La minuta informa que D`Escoto está autorizado para hablar en nombre del pueblo libio ante los órganos del Sistema de Naciones Unidas.
Precisa que la decisón se toma luego que Ali Abdussalam Treki, que fue nombrado representante de Libia en una carta del pasado 4 de marzo, no pudiera iniciar sus obligaciones como representante de Libia por no conseguir visa de entrada al territorio de Estados Unidos de América.
Por su parte, el presidente de Nicaragua, Daniel Ortega pidio a D' Escoto aceptar el nombramiento y representar al pueblo y al Gobierno libio en su lucha por restablecer la Paz y defender su legítimo derecho a resolver sin injerencia externa sus conflictos nacionales.
El pasado 24 de marzo, D' Escoto había viajado a Nueva York a fin de coordinar en la ONU los esfuerzos de Nicaragua con otros países para tratar de poner fin a la agresión contra Libia.
El viaje respondía a instrucciones precisas del presidente nicaragüense,que le indicó "luchar de la forma más efectiva para buscar que se detenga la masacre en Libia", declaró el padre D'Escoto antes de partir, reportó la emisora capitalina La Nueva Radio Ya en su sitio Web.
"Vamos en manifestación de solidaridad con el gran pueblo libio, a encontrar la paz a través de la justicia y los métodos pacíficos", dijo el sacerdote de la orden de los Maricknoll, de acuerdo con la misma fuente.
Destacó que la masacre que está cometiendo Estados Unidos, Reino Unido, Francia y otros aliados contra Libia, "nos incumbe a todos porque es un quebrantamiento de la paz, es una violación al derecho internacional y no lo podemos dejar pasar".
Según D' Escoto, el presidente estadounidense, Barack Obama, excedió a su predecesor, George W. Bush, y Washington, por sus prácticas imperiales y su política exterior, "constituye la peor amenaza a la paz y a la seguridad internacional, llevando a la humanidad al borde de la extinción".
D' Escoto fue presidente del sexagésimo tercer período de sesiones de la Asamblea General de las Naciones Unidas, de junio de 2008 a septiembre de 200, por lo que conoce al detalle las estructuras y el funcionamiento de la organización y aboga por la reforma y la democratización de esa organización mundial.
Centenas de milhares vão às ruas na Síria em apoio ao regime - Portal Vermelho
A Síria foi palco nesta terça-feira de uma grande manifestação popular em apoio ao regime, que anuncia mudanças democráticas e no governo para os próximos dias.
O presidente da Síria Bashar al Assad aceitou a renúncia do primeiro-ministro Mohammed Naji Otri nesta terça-feira (29), e se prepara para anunciar uma mudança no gabinete de governo, informou um porta-voz na televisão estatal.- O presidente Assad aceita a demissão do governo.
Segundo a agência de notícias Reuters, Otri tinha sido escolhido em 2003 pelo presidente para ser o zelador de seu governo.
Segundo a rede árabe Al Jazeera, é esperado que Assad faça um pronunciamento à nação ainda nesta terça-feira ou quarta-feira (30).
O vice-presidente Faruk el Shara anunciou nesta segunda-feira (28) que o presidente iria aparecer em 48 horas para anunciar medidas para tranquilizar a população.
Seu discurso pode incluir a decisão de abolir as leis de emergência em vigor no país desde 1963, na tentativa de aplacar as duas semanas de protestos em todo o país.
Até agora, os confrontos entre opositores e as forças do governo provocaram a morte de mais de 60 pessoas, principalmente na cidade de Deera, no sul do país.
Segundo o jornal espanhol El País, dezenas de milhares saíram nas ruas hoje para manifestar apoio a Assad. Mais um sinal de que o governo sírio, ao contrário do que se vê no Bahrein e Iêmen, conta com significativo apoio da população.
Com agências
Patinhas: "Iremos discutir a Fortaleza que queremos" - PCdoB. O Partido do socialismo.
Em entrevista ao programa Questão de Ordem, veiculado na TV Assembleia, o presidente estadual do PCdoB-Ceará, Carlos Augusto Diógenes (Patinhas), falou sobre sucessão municipal de 2012. Segundo o dirigente comunista, “o PCdoB está respaldado para colaborar e elevar o nível do debate nas próximas eleições”.
O dirigente comunista explicou que essa não é uma iniciativa exclusiva do Ceará, mas sim, uma orientação para todo o Brasil. “Nacionalmente, o PCdoB vive um processo de crescimento e fortalecimento da legenda objetivando ampliar ainda mais espaços. Neste sentido, deveremos apresentar candidaturas próprias em diversas cidades”, reforçou.
Patinhas ratificou a importância das eleições de 2012. “Ela será a base para 2014. Já estamos pensando além. Neste ano vivenciaremos um processo de construção pois iniciaremos novo período de conferências municipais e estaduais onde teremos a oportunidade de debater política e traçar projetos para os municípios”. Segundo o dirigente, a previsão é de, só em Fortaleza, reunir 120 núcleos de base. “Serão cerca de três mil pessoas pensando num projeto político para a cidade”, contabilizou.
Além do projeto eleitoral, Patinhas também considera importante o debate que será feito durante o processo de conferências sobre a organização dos movimentos sociais, a participação nos sindicatos, entidades estudantis, associação de moradores.
Eleições de 2012
O presidente estadual do PCdoB-CE disse que o partido já iniciou seu processo de mobilização para as eleições de 2012. “Após reunião do Comitê Estadual, avaliamos que temos legitimidade para lançar candidatura própria para disputar prefeituras, não só em Fortaleza mas também em outros municípios cearenses”. Segundo o comunista, a intenção é filiar novos quadros, eleger mais vereadores e intensificar a atuação do PCdoB também em novas cidades. “Até o final de setembro, viveremos um momento de muito revolvimento no Partido. Iremos discutir a preparação para o projeto eleitoral e, neste sentido, o PCdoB depende muito dos comitês municipais”.
Projeto para Fortaleza
Questionado sobre a relação com a atual administração de Fortaleza, ele reforçou o espírito unitário dos comunistas. “Contribuímos com a administração de Luizianne, apoiamos sua eleição no 2º turno em 2004 e a reeleição em 2008. Participamos de secretarias e colaboramos com nossos mandatos”. Patinhas afirmou que o PCdoB irá conversar com os diversos partidos da base aliada, no sentido de buscar soluções para a cidade. “Nosso espírito não é de rompimento de aliança nem de revanchismo”. Para ele, a intenção do PCdoB é contribuir e elevar o debate nas próximas eleições. “O Partido procura seu espaço. É natural, neste momento, que a gente apresente nossas lideranças”, considera.
Desde dezembro de 2010 o PCdoB cearense se articula e debate o projeto para 2012 com o entendimento de buscar a Fortaleza “que nós queremos”. “Não vamos focar na postura negativista em relação à atual administração. Participamos dela, conhecemos a máquina, mas buscaremos participar das eleições caso seja concretizada nossa candidatura. Nossa intenção não é de fragilizar a atual administração, mas de contribuir com nossas ideias”.
Debates sobre Fortaleza
Patinha informou que em breve o Comitê Municipal de Fortaleza dará início a uma série de debates, com o objetivo de discutir a cidade com um olhar mais amplo e dialogar com a população e os aliados. “Serão palestrar e debates. Teremos a participação dos nossos parlamentares, professores e sociedade. O Comitê Municipal será o grande condutor deste processo”, informou.
Sobre a formatação dos debates e do lançamento de candidatura própria para a disputa em Fortaleza, Patinhas alertou: “Não existe decisão fechada. Estamos trabalhando ainda em cima desses fatos. A determinação do Comitê Estadual, em consenso, será em cima desta ideia de construir a candidatura. Precisamos de aliança e de apoio. Vamos discutir durante o processo de conferência. Viveremos um processo de construção de uma candidatura que leve Fortaleza para um avanço”.
Diante da proposta de fomentar e enriquecer o debate em torno da “Fortaleza que queremos”, o PCdoB cearense considera estar respaldado para isto. “Temos muitos nomes preparados para encabeçar esta discussão. O próprio Senador Inácio Arruda está preparado para isso pois foi o relator do Estatuto da Cidade, que este ano completa 10 anos”.
Para Patinhas, o nome mais preparado para assumir esta provável candidatura é o do atual senador Inácio Arruda. “Ele conhece bem Fortaleza, adquiriu experiência no Senado, tem a vivência na construção do Estatuto da Cidade. buscaremos elevar o nível da campanha de Fortaleza para não ficar naquela picuinha sem projetos para a cidade. Buscaremos contribuir com um olhar amplo para cidade”. O comunista considera um desafio administrar uma cidade com mais de 2 milhões e 500 mil habitantes “Não é fácil administrar Fortaleza. A cidade é muito problemática e é preciso dialogar com a população. Nosso projeto não é revanchista, vivemos um processo de aprendizado e buscaremos contribuir com nossas ideias”.
De Fortaleza,
Carolina Campos
Luto
"Eu tenho medo é da desonra".
Fará muita falta.
Altamiro Borges: José Alencar: a morte de um guerreiro
Morreu nesta terça-feira (29), aos 79 anos, o ex-vice-presidente da República, José Alencar. Ele estava internado na UTI do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde segunda (30) com quadro de suboclusão intestinal.
Alencar havia sofrido um infarto agudo do miocárdio em novembro e foi submetido a um cateterismo. Foi internado e liberado com saúde. Seu estado piorou, porém, nesta segunda.
O vice-presidente tem um histórico de luta contra o câncer. Já passou por uma série de cirurgias desde 1997, quando foram identificados pela primeira vez tumores, nos rins e no estômago. Nesta semana, passava mais uma vez por sessões de quimioterapia. "Hoje não existe um paciente de câncer que não o veja como um exemplo", escreveu o diretor do centro de oncologia do Sírio Libanês, Paulo Hoff num perfil de Alencar para a Revista Época, que o elegeu um dos cem homens mais influentes do País.
Medo da morte
Foram 13 anos enfrentando o câncer e 18 cirurgias. Em 2009, Alencar passou por um dos momentos mais delicados do tratamento. Foi submetido a uma cirurgia de 18 horas para retirada de tumores da região do abdome. A recuperação rápida surpreendeu os médicos. Terno alinhado, cadeira de rodas, recém-saído do quarto de hospital, declarou em coletiva: "Não tenho medo da morte".
Biografia
José Alencar Gomes da Silva nasceu em 17 de outubro 1931 na cidade de Muriaé, em Minas Gerais. Ele exercia o segundo mandato de vice-presidente da República, posto que ocupa desde 2003 durante os dois mandatos do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Alencar foi senador por Minas Gerais entre 1998 e 2002. Era também empresário: em 1967, em parceria com o empresário Luiz de Paula Ferreira, fundou, na cidade mineira de Montes Claros, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas.
Morre em São Paulo ex-vice-presidente José Alencar - Portal Vermelho
O ex-vice-presidente da República José Alencar morreu na tarde desta terça-feira (29), aos 79 anos, em São Paulo, depois de lutar por mais de 13 anos contra o câncer. A informação foi confirmada pela equipe médica do Hospital Sírio-Libanês.
Entrevista com Juan Castilho da PIT CNT Uruguai: A unidade da classe trabalhadora na América do sul é fundamental para combater as classes dominantes
Durante a 8ª Reunião da Executiva Nacional da CTB, os dirigentes cetebista receberam a visita de Fernando Pereira e Juan Castillo, representantes do Plenário Intersindical de Trabalhadores e Convenção Nacional dos Trabalhadores (PIT-CNT), que fizeram parte da delegação oficial que acompanhou o presidente uruguaio, José Mujica, em viagem ao Brasil.
No período em que esteve reunido com a direção da CTB, Juan Castillo concedeu uma entrevista ao Portal CTB em que enfatizou a luta classista pela unidade da luta da classe trabalhadora no Brasil e o trabalho desenvolvido pela PIT-CNT e como essa unidade fortalece o combate contra as classes dominantes na América Latina. Leia abaixo:
Portal CTB: Em seu discurso, você comentou que a luta da PIT-CNT, no Uruguai, é pela unidade na luta dos trabalhadores. Essa é a mesma luta que a CTB tem no Brasil. Qual a importância dessa unidade para fortalecer as lutas populares na América latina?
É de fundamental importância. A PIT-CNT e a CTB são entidades que tem a mesma concepção e forma de buscar mudanças reais para um mundo melhor. Apesar de termos avançado muito politicamente na América latina, vencendo projetos que não possibilitavam que o trabalhador pudesse ter melhores condições de vida, sabemos que falta muito a conquistar. Assim acreditamos que só conseguiremos os avanços necessários com a unidade da classe trabalhadora para a elaboração de plataformas reivindicativas claras e importantes, capazes de mobilizar a sociedade será possível dar combate mais efetivo contra as classes dominantes.
Portal CTB: Os países sul americanos estão passando, nesses últimos anos, por uma transformação no cenário político em que quase todos os países são administrados pelas forças de esquerda. Mas a herança dos governos de direita ainda existem. Como reverter esse quadro?
O que esta acontecendo na América Latina é que os países estão ampliando suas riquezas. Porque hoje o Brasil, o Uruguai, a Argentina, a Venezuela, Bolívia, Paraguai estão todos melhor por conta das constantes derrotas das forçar dominantes, mas essa herança traz ainda muita miséria. Existe na América do sul uma diferença muito grande entre os países muito ricos e os países muito pobres, contudo para rompermos com essa situação é preciso seguir lutando contra as classes dominantes, por uma melhor distribuição de renda e como sempre, pela unidade na organização social, pois nós sabemos que é de fundamental importância a contribuição de movimentos como: estudantis, de mulheres, campesinos, indígenas, sem-terra, entre outros.
Portal CTB: Em 2010 tivemos as eleições presidenciais no Brasil e, novamente, o neoliberalismo foi vencido. Qual a importância desse resultado para a América Latina?
Antes das eleições do Brasil, nos outros países da América já diziam que estavam na expectativa do que poderia ser esse pleito, pois sabíamos que havia uma continuidade do programa de governo de Lula, com Dilma. Mas se tivéssemos perdido as eleições brasileiras e o neoliberalismo voltasse ao poder, seria um retrocesso para toda América, pois o Brasil é um dos países mais importantes por toda sua capacidade de negociação e que beneficia todos a sua volta. Agora estamos na expectativa de que o Brasil possa continuar a avançar, pois os outros terão muito a ganhar.
Por Fábio Ramalho – Portal CTB
Pesquisador compara trabalhadores do telemarketing aos bancários dos anos 70
Pesquisador compara trabalhadores do telemarketing aos bancários dos anos 70 | | | |
Pesquisador do mundo do trabalho e de práticas sindicais, o professor titular de sociologia do trabalho na Unicamp, Ricardo Antunes, compara o telemarketing aos bancários dos anos 60 e 70, ou seja, cargos ocupados em sua maior parte por estudantes universitários, que têm a perspectiva de sair do setor. A ação sindical, neste ambiente, “é difícil”, mas, segundo Antunes, deve aproveitar as “condições adversas da função, isto é, a penúria, a exploração, a intensidade e pressão”, que “empurram o trabalhador para outro emprego ou para se organizar”. Para Antunes, os sindicatos devem compreender melhor a “nova morfologia do trabalho”, que, diferentemente de categorias tradicionais, como metalúrgicos e bancários, trata de terceirizados, jovens e mulheres. A seguir, os principais trechos da entrevista: Valor: Ricardo Antunes: O telemarketing hoje tem mais ou menos a mesma característica que os bancários tinham na década de 1960 e início dos anos 70. Era o primeiro emprego, ocupado em sua maior parte por estudantes que, tão logo formados, saíam dos bancos para trabalhar em economia, advocacia, jornalismo. Claro que as diferenças no mercado de trabalho dos anos 60 para hoje, começo de 2010, é brutal. O país é muito diferente. O telemarketing é o reflexo da classe trabalhadora “invisível” em tempos de retração e desemprego, como tivemos nos anos 90, que vai ocupar postos de trabalho onde existe demanda. Há uma profunda mudança de perfil no mundo do trabalho, que poucos perceberam ou estão percebendo. São Bernardo do Campo chegou a ter 240 mil operários na cadeia automotiva, entre os anos 70 e 80. Hoje, não chega a 90 mil. Os bancários chegaram a bater na casa dos 850 mil, mas hoje não alcançam 400 mil. Ao contrário disso tudo, os call centers cresceram e já empregam mais que estes dois setores tradicionais. Nos anos 90, com a privatização da Telebrás, temos a explosão desse processo. Valor: Mas já não havia grande contingente de trabalhadores em empresas de telefonia antes do telemarketing e call center? Antunes: Sim, mas os operadores de telemarketing não têm nada a ver com o antigo trabalhador de telefonia, que era um sujeito especializado, sindicalizado e, por ser funcionário de empresas públicas, tinha certa estabilidade de emprego, o que permitia um nível de desenvolvimento e aprimoramento individual e coletivo que o telemarketing não permite. O telemarketing é o oposto de tudo isso. O trabalhador não é especializado e normalmente divide seu tempo com universidade ou mesmo com outro emprego. Trabalham seis horas ao dia num ritmo extenuante, onde a voz é o instrumento de trabalho. Com esse ritmo e um supervisor intervindo a todo momento, é a categoria que mais remete ao passado, sendo herdeira do taylorismo e do fordismo. Valor: Qual é o perfil deste trabalhador? Antunes: É uma categoria intensamente explorada, fortemente individualizada, muito jovem, e que está num emprego temporário, onde entrou com um sonho que logo é transformado. Existe uma espécie de mito, entre os jovens que trabalham como operadores, de que o trabalho, normalmente o primeiro emprego, é um sonho que permitirá dar o ponto de partida. Seis meses depois, o sonho é sair da empresa. E o jovem só não sai porque não tem condições de encontrar outro trabalho, muitas vezes porque não é especializado. É um trabalho extremamente individualizado, em que os funcionários ficam separados por baias, o diálogo é restrito, há pouco tempo livre e, quando há, o espaço de socialização é pequeno. Trata-se de um setor novo, sem tradição sindical. E há, por parte das empresas, uma campanha muito intensa, explícita ou não, de manter-se distante dos sindicatos. Valor: Ainda é possível construir sindicatos fortes hoje? Antunes: De modo geral, a atuação sindical está muito fragilizada. Da década de 1990 para cá, houve um processo muito forte de descaracterização dos sindicatos como órgãos de representação coletiva. Vários sindicatos tradicionais foram desmontados no mundo inteiro, devido a este movimento coordenado de individualização das relações. Além disso, há a tragédia do sindicalismo pelego, aquele atrelado ao Estado, que tem efeito devastador sobre os sindicatos mais sérios. Podemos ilustrar esse fenômeno do telemarketing por meio de outra categoria “nova”: os motoboys. Trata-se de uma área dos serviços que também se expandiu muito nas últimas duas décadas, que igualmente sofre preconceito social e com uma jornada de trabalho acachapante. Os problemas dos motoboys acabam sendo, principalmente nas grandes cidades, mais visíveis que os de telemarketing, porque as motos estão nas ruas. Mas as dificuldades são as mesmas, quer dizer, descobrir como agir em áreas novas e individualistas. Valor: Como fica a atuação sindical neste ambiente? Antunes: É difícil sindicalizar trabalhadores nessas circunstâncias, mas não impossível. É possível, por exemplo, constituir núcleos mais conscientes no local de trabalho. Muitos operadores de telemarketing são estudantes universitários, têm certa propensão ao pensamento crítico. A individualização e a necessidade de ter emprego empurram o trabalhador para um universo ideológico mais próximo da empresa, que aproveita, é claro. As condições adversas de trabalho – a penúria, a exploração, a intensidade e pressão- empurram, num prazo mais longo, o trabalhador para outro emprego ou para se organizar. É aí que deve entrar o sindicato. Nenhuma categoria nasceu com organização sindical forte, isto é algo que é moldado a partir de ações cotidianas dos trabalhadores. Valor: O sr. vê isto ocorrendo? Antunes: Não, mas este é um processo lento, molecular. Isto ocorrerá com um sindicalismo mais ousado, mais claramente representativo da base dos trabalhadores, algo que também é muito difícil, porque hoje o ambiente é brutalmente desfavorável aos trabalhadores sindicalizados, se compararmos com o que existia nos anos 80. Há muita informalidade, muito trabalho terceirizado. É um terreno onde os sindicatos, todos eles, não têm conseguido fazer avanços. Os sindicatos não têm conseguido representar esta nova morfologia do trabalho, que tem classe trabalhadora mais heterogênea, com maior participação da mulher – e o sindicato brasileiro é herdeiro de tradição machista. Há muita dificuldade em representar corretamente os terceirizados, os jovens, mulheres. Uma mudança neste equilíbrio de forças deve ocorrer agora, nesta década de 2010. (JV) Fonte: Valor Econômico |
segunda-feira, 28 de março de 2011
Reforma da Educação: um caminho para transformar o Brasil - Portal Vermelho
Reforma da Educação: um caminho para transformar o Brasil
No segundo vídeo da série Reformas Democráticas você vai saber por que nossas escolas se parecem tanto com presídios, as propostas de especialistas sobre como fazer uma reforma da educação e a importância estratégica desta área para mudanças estruturais no Brasil. A série produzida pela equipe do Vermelho tem seis vídeos temáticos, de cerca de seis minutos cada, com os melhores momentos de sete horas de gravação.
Assista aqui o primeiro vídeo da série: Reforma Urbana.
Veja aqui mais Vídeos Nossos.
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Gilse Cosenza: História viva do PCdoB - PCdoB. O Partido do socialismo.
Gilse Cosenza: História viva do PCdoB
Há mais de dez anos distante, Gilse Cosenza volta ao Ceará para rever os amigos e receber justas homenagens alusivas ao Dia Internacional da Mulher. O Vermelho/CE acompanhou a conversa da comunista conversou com dirigentes do PCdoB que trabalham sobre a história do Partido no Ceará. Perseverança, força e determinação são adjetivos desta mineira que acolheu o Ceará no coração. Leia a seguir a íntegra da matéria.Gilse Cosenza foi uma das responsáveis pela reorganização do PCdoB no Ceará.
A mineira Gilse Cosenza teve a vida marcada pela luta em defesa dos direitos dos brasileiros. Cada passo de sua trajetória trás a marca de dias difíceis e de incontáveis vitórias. Ainda jovem, aos 16 anos, Gilse ingressa num colégio interno de freiras. Lá conhece a Juventude Estudantil Católica (JEC) onde ajudou a criar o grêmio estudantil. A principal atuação do grêmio era mobilizar as alunas na luta pelas reformas de base propostas pelo presidente João Goulart. “A partir de então, passei a me envolver também com as questões sociais. Passamos a lutar pelo direito à educação pública para todos em Belo Horizonte”. Na época, segundo Gilse, a capital mineira só contava com duas escolas públicas para 2º grau (hoje, ensino médio).
O movimento das alunas ampliou o leque de atuação e a mobilização foi feita para que elas dessem aulas para analfabetos. “Íamos às favelas e usávamos o método de Paulo Freire. Com o contato com a realidade dos moradores vindos do campo, ampliamos novamente nosso tema de discussão e passamos a defender, além da Educação, as Reformas Agrária e Urbana”, relembra.
Gilse terminou o 2º grau decidida a fazer um curso superior que a colocasse no centro dos problemas sociais e optou por Serviço Social. Em 1964, foi aprovada em 1º lugar no vestibular da Pontifícia Universidade Católica - PUC de Minas Gerais. “Caloura, chegamos à faculdade no dia 1º de abril, mas a cidade amanheceu diferente. Pelo rádio, soube do golpe militar. Reunimos a turma e decidimos não assistir as aulas naquele dia. Partimos em direção à Praça Sete, (centro de Belo Horizonte), pois consideramos que lá deveria ter mais gente que nos orientasse”, recorda. Em passeata, os alunos do Serviço Social encontraram pelo caminho estudantes de diversos cursos. “A gente não tinha armas, mas teríamos que descobrir meios de resistir”.
O ingresso na ação política
Segundo Gilse, foi naquele 1º de abril de 1964 que ela chegou à conclusão de que para enfrentar a repressão não bastava uma ação limitada da juventude católica. “Era preciso entrar numa organização política que pudesse dar conta de enfrentar a ditadura. Foi quando procurei a Ação Popular (AP)”. Com a resistência dos estudantes dentro da legalidade, Gilse foi eleita presidente do Diretório Acadêmico do Serviço Social da PUC-MG. Já militando pela AP, expandiu a ação para outras escolas da PUC organizando um núcleo da organização na universidade. Em 1966, foi eleita vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Foi quando assumiu a luta pública contra a ditadura.
Em 1967, quando já terminava o mandato no DCE, Gilse foi eleita membro da Executiva Nacional de Serviço Social. “Mesmo inserida no movimento estudantil, sempre gostei de estudar. Era destaque pelas ótimas notas. Terminei o curso em 1967 com media 9,5. A ideia era me formar e continuar na militância”. Devido ao bom histórico, foi convidada a ser professora da PUC. “Imaginava estar diante de uma sala de aula com jovens chamando-os para a luta. Foi quando recebi um aviso de que existia uma lista de lideranças estudantis com nome de pessoas que deveriam ser presas de imediato. E o meu nome estava entre eles. Tive que sair da casa do meu pai escondida, não pude colar grau e comecei a viver na semi-clandestinidade”.
O casamento
Gilse ainda cursava o 3º ano da faculdade quando conheceu, numa passeata, aquele que seria seu companheiro por mais de 20 anos. Após serem perseguidos, um grupo de alunos invadiu a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Na fuga, muitos ficaram machucados. “Dentre eles, um companheiro da AP da Faculdade de Economia, Abel Rodrigues, que estava com uma mão machucada que cuidei. Ficamos um dia e uma noite inteira sitiados lá. Nesta mesma manifestação o então vice-presidente da União Nacional dos Estudantes - UNE, Renato Rabelo (atual presidente nacional do PCdoB) estava presente”, relembra. As negociações davam conta de que a repressão permitiria a saída de todas as moças. “Eu fiquei indignada. Discursei dizendo que foi-se o tempo onde as mulheres ficavam trancadas em torres de cristal. Ou nos deixam empunhar as lanças, junto com os homens, ou também ficaremos aqui. Daqui só sai todo mundo ou ninguém. Consegui reverter a assembleia e os militares garantiram de que todos poderiam sair sem ser presos”, recorda.
Após a proximidade com o cuidado do ferimento, Gilse considerou ter encontrado em Rodrigues mais que um simples companheiro. “Achei ele um amor e enquanto a polícia nos sitiava lá fora, viramos namorados na luta”.
Com a repressão apertando, Gilse avaliou que era hora de sumir. Junto com Abel avaliou que ambos poderiam ser presos logo. “Procuramos meus pais e instaurou-se uma crise familiar. Como a filha mais velha de uma família de classe média, conservadora, patriarcal iria fugir sem casar? Meu pai ainda não admitia que a filha tenha ido parar na Universidade, fazer política contra o Governo e participar de encontros clandestinos”. Ao informar aos pais que fugiria de Belo Horizonte com Rodrigues, os pais, chocados, pediram que eles casassem. “Pensamos: casar não custa nada, nem tira pedaço. Encontramos um padre progressista e resolvemos oficializar a união”.
A irmã Gilda, que namorava Henrique de Souza Filho, o cartunista Henfil, também decidiu casar. “A gente casa tudo de uma vez. Eu de mini-saia vermelha e ela, azul piscina. Foi um escândalo. Nosso pai dizia que o povo ia pensar que não éramos mais virgens. Cedemos a cor e ele o tamanho da saia”, recorda sorridente. A cerimônia aconteceu no dia 13 de janeiro de 1968, em seguida Gilse Westin Cosenza Avelar e Abel Rodriges Avelar partiram para a clandestinidade.
A clandestinidade
Num primeiro momento, o casal ainda morou em Belo Horizonte e Gilse ainda tentou continuar seu trabalho na antiga FEBEM. “Pouco tempo depois fui avisada de que havia sido decretada a prisão preventiva de 17 estudantes, inclusive eu. Sai do trabalho, passei na faculdade de Economia e avisei Rodrigues. Ele pegou os livros e disse que sozinha eu não iria. Juntos, fomos para outra favela e passamos a trabalhar numa tecelagem onde conseguimos, por certo tempo, sobreviver e fazer política com as operárias”.
Pouco tempo depois, recorda Gilse, surgem novos problemas. “Naquele tempo em que ninguém sabia o que era assédio moral, um chefe quis se engraçar comigo e me transferiu para outro setor. Falou que se eu fosse boazinha, seria contratada e passaria a ser a chefe de setor. Ele começou uma perseguição e me criou problemas pois não poderia denunciá-lo já que estava visada pela repressão”.
Neste período Gilse descobre que está grávida. “Minha situação complica mais ainda. Eu já usava o nome falso de Márcia. A tecelagem passou a ser alvo de investigações, policiais levavam fotos dos perseguidos para as portas das fábricas. Diante disso vimos que já não era mais possível ficar em Belo Horizonte”.
Com o objetivo de organizar camponeses e trabalhadores rurais, Gilse e Abel trocam novamente de moradia. “Fomos morar perto da cidade mineira Coronel Fabriciano. Mudei de nome novamente e passei a usar Ceci. Tivemos que recomeçar do zero. Aprender a plantar arroz, usar a enxada, viver como eles. Foi um período complicado pois a gente não sabia trabalhar na terra. Além disso, tivemos que conviver com machismo e pensamento retrogrado. Mesmo assim, era preciso conviver e não chamar atenção”, recorda.
Aos poucos, o casal se adaptou à nova rotina. Ceci lavava roupa no rio e levava comida na roça para o marido. Na volta, visitava as casas das pessoas da vizinhança. Numa dessas visitas, encontrou uma criança prestes a morrer. “Ela estava coberta de feridas, tinha febre e vômitos. Com uma maleta que eu tinha com remédios tipo amostras grátis, comecei a tratá-la, dar banhos e chás. Em 15 dias, a criança já brincava na rua e a mãe, antes aflita, disse que queria que eu fosse madrinha do próximo filho que tivesse. Foi quando começaram a me chamar de Cumadre Ceci”.
Era dezembro de 1968. Ceci já era respeitada na localidade e conversava com as mulheres sobre a realidade das explorações, saúde e cuidados. Rodrigues conversava com os maridos sobre a roça e propôs outra forma de trabalhar. Juntos, resolveram trabalhar em forma de mutirão. O trabalho começou a render e ficamos ainda mais queridos na região”, recorda.
A gravidez
O trabalho ia bem, o casal já estava integrado com a comunidade, os sinais da gravidez já apareciam. “Foi em 13 de dezembro de 1968 que decretaram o Ato Institucional nº 5 (AI-5). Aí a coisa ficou brava e ficamos ainda mais atentos. Em janeiro do ano seguinte, recebemos um recado de que deveríamos ir a Belo Horizonte para uma reunião da AP a fim de discutir como sobreviver ao AI 5. Já era fevereiro e eu estava com sete meses de gravidez. Na reunião clandestina, ia o tempo inteiro ao banheiro e descobrimos que eu tinha entrado em trabalho de parto”. O imprevisto desarticulou a reunião. Todos foram mobilizados para encontrar um médico progressista que pudesse realizar o parto. “Lembro que uma colega chegou a dizer que era tarefa revolucionária não deixar o bebê nascer antes da chegada de um médico”, recorda rindo.
Gilse foi para um hospital. Ao ser atendida por estudantes de Medicina, notou que eles pareciam preocupados. “Ouvi o comentário de um deles dizendo que eram duas cabeças. Entrei em pânico porque só aí descobri que estava grávida de gêmeos. No dia seguinte nasceram Juliana e Adriana”.
As meninas prematuras ficaram internadas na incubadora do hospital e um casal de amigos se prontificou a esconder Gilse. Quinze dias depois, Adriana morreu. “Ela foi enterrada numa caixinha de sapatos. Juliana voltou ainda fraca. Para alimentá-la tinha que pingar leite com conta-gotas. Juliana não abria os olhos e teve várias doenças”, recorda.
Gilse, Abel e Juliana viveram ainda sob o abrigo de outros casais para fugir da polícia. “No dia 17 de junho de 1969, com a repressão violentíssima, era aniversário da minha irmã, Gilvania. Pensei que seria um bom dia para dar notícias aos meus pais que, desde minha fuga, não tinham contatos comigo. Estava dentro de casa quando bateram na porta anunciando que era da polícia. Minha mãe os atendeu pela porta de vidro. Os policiais anunciaram a prisão do meu irmão Gildásio e disseram que viriam revistar a casa a minha procura. Peguei a identidade da minha irmã, que parecia muito comigo, coloquei um lenço na cabeça e pulei do sobrado até chegar na outra rua”.
A prisão
Preocupada com a prisão do irmão e com a de outros colegas, Gilse foi até o “aparelho” para informar sobre as baixas. “Lá, fui identificada pela pinta no lado direito do meu pescoço. Levaram-me para a ‘solitária’, onde fiquei três meses sendotorturada. Depois, fiquei junto com outras presas políticas. Levaram-nos para um interrogatório. A intenção era que a gente entregasse mais fugitivos. Achávamos que seriamos mortas neste dia”.
Gilse recorda a crueldade que os policiais faziam com ela. “Eles descreviam as torturas que fariam com a Juliana, que nesta época deveria estar com 6 ou 7 meses. Eu entrava em pânico! Quase enlouquecia ao imaginar que ela poderia estar sendo torturada. A única coisa que eu pensava era que precisava enlouquecer rápido”, admite.
Notícias de Juliana
Transferida para uma prisão em Juiz de Fora, Gilse teve acesso a um advogado. “Eles não permitiam muita conversa, mas pelo menos era uma visita. Nesta época, fizemos uma greve de fome para ter direito de assinar um jornal e ter notícias do mundo. Na primeira edição que recebemos, as meninas correram pra ver a primeira página. Pedi para ver a página que tinha os quadrinhos. Queria ver as charges do meu cunhado Henfil. Na hora que abri a charge, vi o desenho de um bebê de cabelo encaracolado. Nas letras, a referência a Juliana. Sabia que ele tinha feito isso pra mim. Só assim soube que ela estava bem. Depois descobri que, desde que fui presa, ele deixava recadinhos com a esperança de que chegassem a mim”.
A absolvição
Gilse considera ter tido “sorte” para ser absolvida. “Atribuíram a mim vários processos, inclusive no Rio de Janeiro onde nunca fiz nenhuma manifestação. Eles alegavam ser prova de que eu era uma pessoa perigosa, meu currículo”. Uma pessoa considerada ‘subversiva’, com inteligência precisa ser condenada, consideravam. Para os militares e para a Justiça, o único crime cometido por Gilse era ser inteligente demais. “Meu advogado foi brilhante. Ele falou que concordaria se eu fosse condenada mas, junto com minha a sentença, pediria a condenação de todo o júri. Fui absolvida por unanimidade”. Ainda no julgamento, Gilse viu os familiares, dentre eles, alguém que chamou atenção. “Juliana estava linda, de macacão azul. Fazia mais de um ano que não a via”.
Após o julgamento, Gilse foi orientada a sumir novamente. “Meu advogado disse que seu eu fosse presa novamente, poderia ser ainda por. Ele pediu pra eu esquecer que era mineira”. Em São Paulo, a comunista reecontrou a Abel e Juliana e soube do debate intern na AP sobre a incorporação ao PCdoB. “A orientação era de que eu deveria trabalhar como comerciária na periferia paulista e começar nova vida clandestina”. Nesta época Gilse passou a estudar os documentos do PCdoB e posiciona-se favorável ao ingresso no partido.
O PCdoB
Não demora muito e a AP é incorporada ao PCdoB. Em 1972. Gilse entra no Partido. Em 1973, completa-se sua incorporação pois ela já militava para o PCdoB em São Paulo.
Em meados de 1976, Gilse e Rodrigues recebem a orientação de vir para o Ceará. Nesta época, o casal já tinha outra filha. Juliana tinha entre 6 anos e Gilda, a caçula, por volta de 3 anos e meio.
A orientação do PCdoB era que eles trocassem novamente de nome e a tarefa ordenada pela Direção Nacional do Partido era de que eles trabalhassem como fotógrafos. “Com a prisão de vários militantes, o PCdoB decidiu que deveríamos vir para o Ceará. Nossos contatos eram Benedito Bizerril e Oswald Barroso”. As crianças sofriam com a asma. Médicos orientavam que, se fossem morar perto do mar, elas melhorariam. Nova mudança para a família.
Ceará
A chegada não foi tarefa fácil. “A determinação era que a gente não podia ser preso. Da gente dependia a reorganização do Partido. Demore o tempo que demorar, o PCdoB depende de vocês”, alertou-nos Pedro Pomar. Era segundo semestre de 1976. O desafio inicial era a integração, fazer amigos, manter ligação com a vizinhança. “Pomar nos informou que em dezembro viria nos ajudar”. Não deu tempo. Gilse caminhava pela Praça da Lagoinha, no centro de Fortaleza, quando comprou um jornal com notícias nacionais. “Simplesmente desmontei com o jornal na mão. Na capa, o anúncio da chacina na Lapa. Dentre os mortos, Pedro Pomar. Chegamos à conclusão de que tínhamos que descobrir o Ceará por nós mesmos”, relembra.
A morada foi numa casa simples, na Rua Olavo Bilac. As meninas foram matriculadas na escola. Cecília e Rodrigo, os novos codinomes, trabalhavam com fotografia. “Enquanto isso, a gente procurava livros em bibliotecas para conhecer esta linguagem diferente daqui. Parecia que a gente vivia em outro país. É uma cultura completamente diferente”, compara.
A reconstrução do Partido
Com a prisão e a clandestinidade das principais lideranças do PCdoB, Gilse e Rodrigues passaram a ser o núcleo do Partido no Ceará. Do contato com o advogado comunista Benedito Bizerril, renasce a legenda no estado. Até então, toda atividade dos comunistas girava era em torno dos familiares de presos políticos, a luta pela anistia e articulação do jornal Mutirão. O primeiro desafio para recompor o Partido era a tentativa de, minimamente, estabelecer-se. “Acompanhávamos a política do partido através da Rádio Tirana, da Albânia (então um país socialista), gravávamos e transcervíamos os textos. Com a ajuda de um mimeógrafo, reproduzíamos para distribuirmos cladestinamente. Como não sabíamos para quem enviar, pegamos uma lista telefônica, anotávamos os endereços e fazíamos a distribuição nas caixas de correio”, relembra Gilse.
Benedito Bizerril trouxe contatos dos militantes da época e o grupo passou a direcionar os documentos mimeografados. O trabalho inicial, segundo a comunista, resumia-se a ir para dentro da luta pela anistia e divulgar os documentos do Partido. “Com certa dificuldade, já com um pequeno grupo indicado pelo Benedito, surgem lideranças dos metalúrgicos e ligados aos direitos dos trabalhadores”.
Outra iniciativa que movimentou o PCdoB na época foi o jornal Mutirão. Os jornalistas e militantes comunistas Luiz Carlos Antero e Messias Pontes participavam a empreitada. “Apesar da participação de muita gente, politicamente o conteúdo era direcionado ao pensamento do PCdoB, focando na luta pela anistia e pela Constituinte”.
A força da juventude
Com o crescimento do PCdoB no Ceará, Gilse alertou para a importância da juventude nesta reconstrução. “Sem estudante não dá, tem que ter juventude para dar força ao nosso processo de ampliação. Foi quando nos chegou o contato de um estudante de Medicina que poderia fazer parte do Partido”, recorda. Lula Morais tinha ligação com movimento estudantil. Além disso, Rui Frazão, expressiva liderança de Pernambuco e desaparecido político, era seu cunhado. “Marcamos data e hora para conversar. O encontro aconteceu na Praça Coração de Jesus. A partir de então, aconteceram encontros semanais durante cerca de três meses e Lula Morais passou a ser nosso contato dentro da Universidade”.
O desafio do jovem estudante era distribuir os documentos do PCdoB sem ser preso. “Ele deixou uma pilha de papeis impressos com o "Manifesto à Nação" sob uma árvore, na cantina e nas salas de aula. Os alunos pegavam o documento e, a partir dele, passavam a discutir o tema. O documento era datado, atual e ninguém sabia quem tinha distribuído. Naquela época, o grande problema era retomar a confiança no Partido. Quando alguém se apresentava, era difícil acreditar. Era uma paranoia”, relembra Gilse
Pós-Anistia
Em 1979, com a Anistia, o PCdoB passa a crescer ainda mais. A cuidados, porém eficaz, ação na Faculdade de Medicina ganha força. Juntos, os acadêmicos visitavam bairros de Fortaleza para oferecer serviços de saúde. O contato inicial era feito com uma liderança do bairro que se encarregava de reunir a comunidade. Enquanto uns atendiam, outros orientavam os moradores e alertavam que esta não era função dos estudantes, mas sim do Estado. Para que todos tivessem acesso aos seus direitos, tinham que se organizar. Papicu, Bela Vista e Dias Macedo foram alguns dos bairros atendidos. Desta iniciativa, nasceu a comissão Pró-Federação de Bairros e Favelas de Fortaleza.
Alguns bancários também passam a se integrar ao PCdoB. O Partido foi crescendo, juntando estudantes e organizando bases. “No Ceará era onde o Partido estava mais organizado no país. A gente já tinha influência em várias áreas e atuava em diversas frentes. Estávamos em todo lugar”, recorda Gilse.
Em outubro de 1979, acontece a eleição DCE da UFC. “Luis Carlos Paes (atual presidente do PCdoB/Fortaleza) é eleito presidente e Clodoveu (Veveu) Arruda (atual prefeito de Sobral), vice. O PCdoB coordenava o DCE”, confirma. A criação do jornal “Tribuna da Luta Operária”, de circulação nacional, coincide com a anistia e a volta dos exilados políticos. “O partido precisava se organizar novamente e a criação do jornal surge como elemento articulador e protagonista no movimento de juntar os comunistas”, considera Gilse.
Em 1980, o Partido já tinha crescido com ações consolidadas nos movimentos operários, estudantil e comunitário. Com ações na Universidade, no Sindicato dos Metalúrgicos e junto aos trabalhadores, chega a hora de lançar candidatura do PCdoB nas eleições. A ideia de concorrer nas eleições de 1982 foi amadurecendo aos poucos. A eleição de Chico Lopes para vereador de Fortaleza coroou todo um processo de reconstrução do PCdoB no Ceará. Atualmente, o partido comunista é uma das mais respeitadas legendas do estado, com lideranças destacadas e projetos ousados. Muito destas conquistas são graças a Gilse Cosenza, uma mulher que vive muito além de seu tempo e que superou inúmeras e pesadas dificuldades em nome de uma vida mais justa.
De Fortaleza,
Carolina Campos
FitMetal defende Contrato Coletivo Nacional para metalúrgicos - Portal Vermelho
A defesa de um Contrato Coletivo Nacional para os metalúrgicos é uma das principais bandeiras de luta da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FitMetal) definida no 1º Seminário Intersetorial da entidade, realizado entre os dias 25 e 27 de março em Salvador (BA). Presidida por Marcelino Rocha, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, a federação foi fundada por sindicalistas da CTB e CGTB.
O evento reuniu 30 sindicatos de nove diferentes estados (SP, MG, RJ, RS, PE, AM, ES, MA e BA) e foi considerado “um sucesso” por Marcelino Rocha. “O seminário cumpriu os objetivos. Debatemos a conjuntura nacional e internacional, os desafios do sindicalismo e contamos com a preciosa de especialistas do Dieese e do Ipea na análise dos diferentes segmentos da categoria e perspectivas da catagoria”.Concepção classista
Fundada no dia 1º de junho de 2010, data da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat, ocorrida em São Paulo), a federação organizada pela CTB e CGTB representa hoje cerca de 350 mil metalúrgicos no país, incluindo operários dos setores automotivo, naval, siderúrgico e eletroeletrônico.
“A FitMetal surge para ser porta-voz de uma política nova, orientando-se por uma concepção classista do movimento sindical e defendendo a unidade mais ampla da categoria, o que implica ação conjunta das centrais sindicais. Não viemos para dividir, muito pelo contrário. Queremos a unidade com a CNM-CUT e a CMTC da Força Sindical”, salientou Marcelino.
Prevalece nos estados uma expressiva assimetria entre os trabalhadores, com notáveis divergências em relação a salários, jornada e condições de trabalho. O meio de corrigir isto, garantindo maior unidade dos trabalhadores e avanço nas conquistas, é a conquista de um Contrato Coletivo Nacional, segundo o dirigente sindical.
Desenvolvimento com valorização do trabalho
“Nós também prezamos a independência frente aos governos, patrões e partidos políticos. Apoiamos decididamente a eleição de Dilma, porém com autonomia e independência. Não concordamos com a atual política econômica, por exemplo, e não vamos nos furtar a criticá-la”, destacou.
O centro da luta estratégica da federação “é por um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania e a valorização do trabalho”, explicou Marcelino, acrescentando que está na ordem do dia a batalha para tornar realidade a pauta da Conclat, destacando a luta pela mudança da política econômica, redução dos juros, redução da jornada de trabalho sem redução de salários, ratificação da Convenção 186 da OIT e fim do fator previdenciário. A FitMetal promete lançar, no prazo de 20 dias, um portal eletrônico para refletir as lutas e os problemas da categoria.
Da Redação
Ataque à Líbia contraria direito internacional, diz China - Portal Vermelho
O embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, condenou nesta segunda-feira (28) a série de ataques aéreos que começou no último dia 19 na Líbia. O diplomata chinês afirmou que a medida aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, de impor uma zona de exclusão aérea na região, contraria os “princípios internacionais de soberania, integridade, unidade e independência”.
“Lamentamos por este ataque militar porque achamos que a soberania, a integridade territorial da Líbia, a unidade, a independência têm de ser respeitadas e os países o têm de fazer, de acordo com a carta da Organização das Nações Unidas, baseada nos princípios básicos das leis internacionais”, afirmou Xiaoqi, em entrevista coletiva, em Brasília.No último dia 17, o Conselho de Segurança aprovou, por 10 votos favoráveis, a resolução de imposição de exclusão aérea e intervenção militar na Líbia. Apenas o Brasil, a China, Rússia, Índia e Alemanha se abstiveram. Não houve votos contrários à proposta, que contava com a defesa da França, Inglaterra, do Líbano e dos Estados Unidos.
O embaixador chinês no Brasil lembrou que o ideal é que as forças da coalizão, com o apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aprovem um cessar-fogo imediato. “O objetivo da ONU é de proteção humanitária e não causar catástrofes. A parte chinesa está disposta a buscar soluções diplomáticas para a Líbia”, disse Xiaoqi.
Inicialmente, os ataques aéreos na Líbia eram comandados pelas forças de coalizão, mas, desde a última semana, a Otan passou a liderar as ações na região. Os líderes estrangeiros negam planos de uma intervenção por terra.
Fonte: Agência Brasil
140 anos da Comuna de Paris:um hino de amor ao partido comunista - Portal Vermelho
Nos 140 da Comuna de Paris, vale lembrar a canção do maestro Anthar López. Com letra forte, mas simples, a música pode ser considerada um verdadeiro hino de amor ao partido comunista. Cantada em espanhol, a canção é adotada em inúmeros países de todo mundo por expressar solidariedade e combatividade, marcas dos "guerreiros" de 1871 até os dias atuais.
1
Puedo morir como nací, sabedlo
Puro, sencillo y optimista,
De pié sobre la tierra como un árbol
En las filas del partido comunista
En las filas del partido comunista
2
Abrí sobre la tarde mi ventana,
Y me sentí un diestro paisajista
Porque es bello, pintar para la vida
Pintar para el partido comunista
Pintar para el partido comunista
3
La sangre que se amasa entre las nubes,
Del criminal, del sádico, del guerrista,
Será aplastado en un mañana limpio
Por el limpio partido comunista
Por el limpio partido comunista
4
No quiero que mi sangre fluya fácil,
Siempre y a primera vista
No puede equivocarse compañero
Que mi amor es el partido comunista
Que mi amor es el partido comunista.
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Ousaram tomar o céu de assalto; serão lembrados eternamente
Caderno Cultural homenageia neste sábado a Comuna de Paris
Inédito: série diz que Brasil só avança com Reformas Democráticas - Portal Vermelho
Acompanhe a partir desta segunda-feira (28) a série inédita "Reformas Democráticas". Produzida em 20 dias pela equipe do portal Vermelho, a série traz seis episódios que revelam: o Brasil só avança com mudanças estruturais na área urbana, da educação, da mídia, tributária, agrária e política. No 1º episódio, “Reforma Urbana”, você vai saber por que viver nas cidades é cada vez mais caro e como o planejamento urbano pode melhorar nossas vidas.
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Emocione-se com o protesto que levou 300 mil às ruas de Portugal - Portal Vermelho
Dezenas de milhares de pessoas responderam no sábado passado (12), no coração de Lisboa, ao apelo para uma manifestação histórica de jovens congregados na denominada “geração à rasca”, em defesa de “uma mudança qualitativa do país” que ponha termo à “falta de perspectivas”. Contra a precariedade e a falta de oportunidades de trabalho, o movimento estendeu-se a várias cidades e juntou manifestantes de diferentes idades.
Segundo o internauta português Fernando Valente, que nos enviou a preciosa dica deste vídeo, o ato "foi convocado a partir das redes sociais, daí a novidade deste protesto". Fernando informa que a manifestação também contou a participação de militantes da esquerda e, particularmente, do Partido Comunista Português (PCP), além de outras organizações. "Contudo, uma grande quantidade de pessoas não tinham qualquer filiação partidária e era, inclusive, a primeira vez que participavam de um ato destes".Leia mais:
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sexta-feira, 25 de março de 2011
2º Seminário do Saep - DF - A Organização dos Auxiliares em Educação
ORGANIZAÇÃO DOS AUXILIARES
2º Seminário do SAEP: últimos dias para inscrições
O 2º Seminário dos Auxiliares de Administração Escolar do Distrito Federal, que via ser realizado nesta terça-feira (25), no Centro de Eventos e Treinamentos da CNTC - SGAS 902, Bloco C.
No encontro, o SAEP quer debater com os auxiliares de ensino a organização da categoria, pois neste ano em que serão negociadas as Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) da educação básica e do ensino superior é essencial tratar dos rumos do Sindicato com os trabalhadores.
Desde o último ano, a diretoria do SAEP intensificou o ritmo de reuniões nas instituições – escolas, faculdades e universidade – com objetivo de tratar dos assuntos de interesse da categoria em seus respectivos locais de trabalho, levar a mensagem da entidade e a luta que o SAEP empreende com o propósito de organizar os auxiliares em educação em defesa de seus direitos e conquistas.
Assim, o 2º Seminário dos auxiliares em educação das instituições privadas de ensino vai debater assuntos que dizem respeito à vida e organização da categoria.
Colega participe, pois o evento é do Sindicato para a categoria e sua estruturação para defesa e ampliação das conquistas do segmento.
Clique aqui e faça sua inscrição.
1º Seminário
Em 2009, o SAEP realizou com sucesso o 1º Seminário de Valorização dos Auxiliares de Administração Escolar, quando, entre outros assuntos, foram debatidos a campanha salarial daquele ano e os cenários econômico, político e sindical.
O evento teve como objetivo situar o segmento no debate das reivindicações da categoria, cuja relação foi e é econômica, política e, também, levava em consideração o nível de organização e intervenção da categoria naquele momento de definições das convenções coletivas de trabalho.
9h30 – Abertura dos trabalhos e composição da mesa diretora do seminário
9h50 – Pronunciamento da presidente do SAEP, Maria de Jesus
10h – 1º Painel: O que é Sindicato
Painelista: Paulo Vinícius (CTB)
10h40 – debates
11h – 2º Painel: Conquistas dos trabalhadores na era Lula e perspectivas
Painelista: Marcos Verlaine – jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar)
11h40 – Debate
12h – Almoço
14h – 3º Painel: Bancos de Horas: assédio material ou apropriação indébita
Painelista: Mário Lacerda – professor e advogado é diretor do SAEP
14h40 – debate
15h – 4º Painel – Campanha salarial 2011
Apresentação dos eixos estruturantes da campanha: 1) reposição das perdas e aumento real de salário; 2) taxa assistencial; e 3) filiação ao Sindicato
15h40 – Debate
16h – Aprovação da pauta e dos eixos da campanha salarial 2011
16h20 – Encerramento
16h30 – Café da tarde
quinta-feira, 24 de março de 2011
PCdoB na TV: o partido que “joga para o Brasil vencer” - Portal Vermelho
“O partido do socialismo. Há 89 anos jogando para o Brasil vencer.” É assim que o PCdoB se apresentou em rede nacional, na noite desta quinta-feira (24), durante a exibição de sua propaganda partidária. Nesta sexta-feira, 25 de março, o Partido completa 89 anos.
Por André Cintra
O programa – com dez minutos de duração – foi ao ar às 20 horas nas emissoras de rádio e às 20h30 nos canais abertos de TV. Já as inserções partidárias de 30 segundos serão veiculadas de 26 de março a 2 de abril, ao longo da programação das emissoras.
Prestes a completar seu 89º aniversário, o PCdoB, fundado em 25 de março de 1922, destaca o fato de ser a legenda partidária “com mais história” e “experiência política” no país. No filme, há menções à contribuição dos comunistas em lutas históricas, como a resistência e o combate à ditadura militar (1964-1985).
Mas o foco do programa está no ciclo de mudanças aberto com a Era Lula (2003-2010) e renovado com a eleição da presidente Dilma Rousseff. É um período, segundo a propaganda do PCdoB, marcado “pela inclusão econômica e pelo combate às desigualdades”.
Em meio a imagens e alegorias esportivas, o programa lembra que o novo status do Brasil foi determinante para trazer ao país a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O ministro do Esporte, Orlando Silva, enfatiza que grandes eventos deixam legados inestimáveis. “A Copa vai passar, as Olimpíadas vão passar, mas o desenvolvimento vai ficar!”. O programa destaca ainda o impacto social de projetos como o Segundo Tempo, coordenado pelo Ministério do Esporte.
A propaganda desta quinta-feira mostra também o êxito das gestões comunistas em cidades como Olinda (PE) e Aracaju (SE). Dirigentes e parlamentares reforçam as propostas de reformas estruturais democráticas do PCdoB, bem como seu Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.
“Procuramos profissionalizar cada vez mais nossos programas, para transmitir, em linguagem clara e acessível, a mensagem socialista do PCdoB”, explica José Reinaldo Carvalho, secretário de Comunicação do partido. As peças foram produzidas pelo publicitário Marcelo Brandão, sob a coordenação de Kérisson Lopes, da Comissão Nacional de Comunicação do PCdoB.
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