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quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Comentário sobre: Um militar que não vota em Bolsonaro - As votações dele Congresso
O depoimento do militar é excelente reflexão sobre o nosso país. É uma reflexão do primeiro turno, mas que reúne importantes lições e polêmicas legítimas sobre os projetos em disputa.
A desqualificação do candidato da extrema direita é escondida por uma campanha midiática sem paralelo na História política do país. Uma campanha que estimula o ódio e a divisão do país e que esconde a diversidade que é a grande força do nosso país. E o primeiro que fazem é impedir o debate pela demonização do outro, num baixo nível doentio e violento. É preciso recuperar a condição do diálogo e da defesa da humanidade.
Isso não implica a concordância com tudo o que ele observa, ainda que reconheça o mérito da lucidez. É absolutamente aceitável discutir os erros do socialismo no século XX. É uma reflexão rica, que já fizemos e estamos bem para o diálogo, temos inclusive um Programa Socialista para o Brasil, que defende as formas mistas de propriedade, o pluralismo, mas sobretudo coloca como primeira tarefa a defesa do Brasil ameaçado pela ganância do imperialismo.
A interdição do debate e o ataque à esquerda se dá por um posicionamento em defesa da soberania brasileira. Defendemos as estatais. Defendemos o gás e a gasolina mais baratos por um preço regulado pela Petrobras que deve fazer a autossuficiência servir ao povo e com transportes públicos de massa eficientes. Defendemos a ELETROBRAS, o BB, a CEF, a Amazônia, o programa do submarino nuclear brasileiro, a modernização das forças armadas brasileiras, defendemos que a base de Alcântara lance o veículo brasileiro e JAMAIS seja entregue aos estadunidenses.
Então, para além do debate moral, comportamental, resta a questão de como é possível desconsiderar a suma importância do debate nacional na vida brasileira. A constituição do nosso Exército e uma das consequências não previstas da Guerra do Paraguai - um ato genocida de nosso país - foi o fortalecimento da luta contra a escravidão, que avançou até a Lei Áurea como corolário da maior mobilização nacional já vista e que é o verdadeiro ato fundacional da Nação Brasileira. Não é à toa que o Hino da Proclamação da República diz:
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar !
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
É a Lei Áurea que se quer abolir.
A terceirização infinita instaura o intermediador de mão-de-obra, em conjunto com a Deforma Trabalhista, acaba por ser o mais brutal ajuste contra os trabalhadores no mundo, precarizando o trabalho, favorecendo os acidentes de trabalho, calote dos empregadores, trabalho intermitente, exposição de mulheres e lactantes ao trabalho insalubre e à culpabilização pecuniária e moral do demandante na justiça do trabalho. Ademais, institui-se a indenização segundo o salário do atingido, e não pelo dano que atingiu a vítima. Diminuiu as multas dos que violam as leis trabalhistas.
É, concretamente, uma lei que favorece as formas de trabalho análogas à escravidão, a precarização do trabalho, à perda de poder aquisitivo de todos e todas, às injustiças no trabalho e à dificuldade de se demandar à justiça, é uma violência que leva a classe trabalhadora brasileira para um patamar anterior à CLT de Getúlio Vargas. A Deforma Trabalhista de Temer que foi votada pelo candidato fascista é a neo-escravidão. e eles acharam um pouco Querem Acabar com 13º salario criar uma carteira sem nenhum direito, será a plena aplicação da deforma Trabalhista de Temer.
Isso implodir área as categorias profissionais e levará a uma perda salarial massiva. A venda do patrimônio público terá um efeito pior do que a mudança da política de combustíveis. Estaremos entregando as principais ferramentas do desenvolvimento nacional construídas por gerações de brasileiros a uma banda de entreguistas, o Brasil está mesmo ameaçado.
O povo brasileiro é uno, a classe trabalhadora não é uma segunda classe. Votar em Haddad 13, votar em Manuela 13, é defender a integridade social da nação brasileira e é defender a democracia, porque a democracia social e política devem andar juntas para fazerem sentido como defesa da Nação Brasileira, feita de gente, de povo.
Mais adiante, debaterei o tema do socialismo.
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