"Los que mueren por la vida no pueden llamarse muertos"
Ali Primera
Paro às vezes e vem essa constatação dolorida, esse vazio, o Chávez morreu...
Não tenho ainda escrito sobre isso, por pura falta de tempo e a certeza de que é preciso refletir. Mas essa tristeza me dá quando sinto que aquela luz, sim, aquela luz que se refletia tão fortemente em todos e todas que partilhamos das mesmas certezas, aquela luz se apagou.
Mas aí, o choro, o punho erguido, a palavra Revolução, dita em tantas bocas, de tantos lugares no mundo, mas sobretudo na Venezuela, aos milhões, animam-me. Dizia o João Amazonas, em pleno domínio neoliberal, que eram tempos de trevas ainda, mas que o século XXI seria um tempo de trevas e luz. Primeiro treva, muita treva, e um ou outro ponto de luz, como era o caso de Cuba.
E ele dizia que a luta do povo, o socialismo, por ser uma necessidade objetiva da vida, ia retomar seu lugar no novo século, com outras luzes, inicialmente uma aqui - Chávez - outra acolá. E fomos vendo, nas ruas, nos governos, as luzes lutando para assombrar tanta treva. E chegamos aqui. E é uma dor lancinante essa de ver o apagar de uma luz tão bonita, e importante para nós.
O próprio fato de nós, brasileiros, sentirmos a perda de um presidente da Venezuela, já é em si um sinal de que a mudança caminha e fortemente. Quando isso chegaria até nós, no passado, com a política do colonialismo e do imperialismo a nos separar de nossos irmãos latino-americanos?! Chávez nos deu isso, e com carinho e coragem, pranteamo-lo. Mas, apenas por ahora, como ele diria. Porque ele também chorava, ria, cantava, dançava, sofria, ele era uma pessoa como nós, e que agigantou-se pela tarefa histórica que não recusou, e que aceitou até o último segundo em vida, e além.
Chávez é bandeira. Mesmo a vela tímida e bruxuleante tem o poder de acender inúmeras outras.
Observemos, portanto, admirados, quanta luz das lágrimas de homens e mulheres, nos cerros, nos locais de trabalho e estudo, na Venezuela e alhures, lágrimas de compromisso com o sonho de Bolívar, de Martí, de tantos próceres, sonho a que Chávez deu espinha, estrutura, coração, razão, porque ele mesmo foi instrumento de um povo que lutava atomizado e nele reconheceu sua dignidade e potencialidades. Há que ver essas luzes todas, e enfim sorrir, porque a vida é isso mesmo, né? Curtinha. Em especial para as pessoas boas, que fazem falta porque fazem o mundo avançar. E as coisas ruins acontecem às pessoas boas.
Mas às vezes, em meio à finitude desesperante dessa nossa passagem por aqui, é possível fazer muito mais,e ele fez, cravando-se com sorriso, coragem, ternura e razão nos corações e mentes de milhões. Que vida admirável, que bom termos tido essa chance, que exemplo para o que ainda podemos fazer de nós mesmos por aqui! Brilha, brilha ainda a luz do Comandante Chávez. E é para o combate que somos chamados. Ele, afinal, mostrou: dá para fazer. A História está aí, aberta para a coragem, o sonho, a utopia, o socialismo do século XXI, possível, parecido com a gente, difícil, cheio de problemas, mas cheio também de possibilidades novas, criadoras, lindas, em especial nesse momento em que a humanidade precisa tanto de sonhos e utopias. Não é pouco para a vida de uma pessoas. Alvíssaras! E obrigado, Chávez, amigo querido. Obrigado povo venezuelano, que nos deu Simón Bolívar e ajudou a quebrar as cadeias do colonialismo, e agora pariu Chávez, na hora em que mais a humanidade precisava. O resto é com os povos, porque a Revolução é tarefa de milhões. E há milhões nas ruas da Venezuela dispostos a fazê-la, defendê-la, que lindo!
Portanto, digamos e cantemos, como Ali Primera, tão cantado por Chávez e pela Revolução Bolivariana:
"Los que mueren por la vida no pueden llamarse muertos"
F# Los que mueren por la vida no pueden llamarse muertos F# y a partir de este momento es prohibido llorarlos F# B Que se callen los redobles en todos campanarios B vamos pu' pa'l carajo que para amanecer C#7 F# no hacen falta gallinas sino cantar de gallos B F# Ellos no serán bandera C#7 F# para abrazarnos con ella B F# y el que no la pueda alzar C#7 F# que abandone la pelea B F# no es tiempo de recular C#7 F# ni de vivir de leyendas F# Canta, canta compañero C#7 F# que tu voz sea disparo que con las manos del pueblo C#7 F# no habrá canto desarmado F# Canta, canta compañero C#7 F# canta, canta compañero canta, canta compañero C#7 F# que no calle tu canción Si te falta bastimento C#7 F# tienes ese corazón B F# que tiene latir de bongo B F# color de vino ancestral Viene tu cuenca de lucha C#7 F# cabalgando un viento austral Canta, canta compañero C#7 F# F# Canta, canta compañero F# Canta, canta compañero C#7 F# que tu voz sea disparo que con las manos del pueblo C#7 F#7 no habrá canto desarmado F# Canta, canta compañero C#7 F# canta, canta compañero canta, canta compañero C#7 F# que no calle tu canción Si te falta bastimento C#7 F# tienes ese corazón B F# que tiene latir de bongo B F# color de vino ancestral Viene tu cuenca de lucha C#7 F# cabalgando un viento austral Canta, canta compañero C#7 F# Canta, canta compañero los que mueren por la vida C#7 F# no pueden llamarse muertos Canta, canta compañero C#7 F# F# canta, canta compañero F# Canta, canta compañero C#7 F# que no calle tu canción Si te falta bastimento C#7 F# tienes ese corazón Canta, canta compañero C#7 F# canta, canta compañero
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