Colômbia: ministro da Justiça polemiza com pacifista brasileira
Após declarações da presidente do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, a uma rádio colombiana, o ministro da Justiça, Juan Carlos Esguerra, declarou que “na Colômbia não há presos políticos”.
A polêmica surgiu após a também presidente do Cebrapaz denunciar a falta de comprometimento do governo de Juan Manuel Santos com a solução do conflito na Colômbia, diante da recusa da permissão para que ativistas visitassem os presos de guerra e políticos em prisões no país.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) informaram recentemente - entre os
preparativos para as libertações - que veriam como um gesto positivo a autorização dessas visitas.
A pacifista sustenta que na Colômbia existem sim presos políticos porque há um "conflito político com mais de seis décadas" naquele país.
No entanto, Esguerra indicou que em seu país não há "ninguém privado de sua liberdade por suas convicções políticas ou religiosas".
Em entrevista concedida ao Vermelho nesta quinta-feira (5), Socorro foi taxativa sobre a atitude do governo: “é uma demonstração de que ele não quer a paz, nem o diálogo. Ele quer, na verdade, esmagar a guerrilha. Está empenhado em uma operação de cerco e aniquilamento da insurgência” e ressaltou que “não há solução militar para o conflito colombiano. A solução só pode ser política”.
Para as Farc, é uma contradição que o governo negue a existência dos presos políticos para impedir a visita, quando autoridades penitenciárias reconhecem que há 15 mil prisioneiros políticos na Colômbia.
Como uma das integrantes do grupo Mulheres pela Paz, que participaria das visitas às prisões no país, Socorro sublinhou que a atitude frustrou a expectativa dos ativistas internacionais. “O que ele [Santos] quer esconder? Por que não podemos fazer as visitas? Há ou não há violação de direitos humanos nas prisões da Colômbia?”, questiona.
Da Redação, com informações da Prensa Latina
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