UNE participou da homenagem do estudante, que comemoraria aniversário de 65 anos hoje
UNB viveu hoje um dia de homenagem: dia no qual Honestino Guimarães, estudante raptado por agentes das forças opressoras no Rio de Janeiro há 39 anos, e continua desaparecido, completaria 65 anos de vida. Honestino, que sempre se destacou como liderança estudantil na luta por melhorias, pela democratização da educação brasileira, e contra a ditadura militar, foi eleito presidente da UNE em 1969.
Hoje, o Comitê pela Memória, verdade e Justiça do DF organizou na universidade um ato em memória do estudante para cobrar da Comissão da Verdade a investigação sem punição dos arquivos da ditadura. O ato contou com presenças ilustres. Dona Maria da rosa, uma elegante senhora de 85 anos, e mãe de Honestino esteve presente, bem como Mateus Guimarães, sobrinho do estudante, membros do comitê, ex-companheiros de militância de Honestino e líderes de entidades estudantis estiveram presentes.
A diretora da UNE no DF, Patricia Matos, reafirmou a importância de que a Comissão da Verdade abra os arquivos e essa memória do país seja resgatada. “Precisamos resgatar o período da ditadura para que o Brasil possa entender sua própria história. Honestino foi presidente da UNE e toda a juventude brasileira precisa conhecer essa história para continuar nossa luta por um país mais democrático e igualitário”.
O ex-companheiro de militância e colega de Honestino, Wilon Wander Lopes esteve presente na homenagem e relembrou a importância do líder para a luta estudantil brasileira: “A democracia que temos hoje foi conquistada pela luta de pessoas como Honestino. Sua ação política merece o reconhecimento de todos, dentro e fora das universidades, por isso precisamos encarar com seriedade e luta pela memória e justiça do país”, disse.
O sobrinho de Honestino, Mateus, finalizou o ato homenagem reciitando um poema escrito pelo estudante em 1965, “Canção da Liberdade”, poema que reproduzimos aqui:
A canção da liberdade
Mais uma vez venho cantar
Pois a fome, a desigualdade
E a ausência de liberdade
Tentam impedir o meu canto
E transformá-lo em pranto
Mas em minh´alma de alegria
de viver em rebeldia
Faz sagrado o meu cantar
E a canção da liberdade
Que nos há de libertar
E nos trará igualdade
MAIS UMA VEZ VENHO CANTAR
Camila Hungria, de Brasília / Foto Gisella Sá
UNB viveu hoje um dia de homenagem: dia no qual Honestino Guimarães, estudante raptado por agentes das forças opressoras no Rio de Janeiro há 39 anos, e continua desaparecido, completaria 65 anos de vida. Honestino, que sempre se destacou como liderança estudantil na luta por melhorias, pela democratização da educação brasileira, e contra a ditadura militar, foi eleito presidente da UNE em 1969.
Hoje, o Comitê pela Memória, verdade e Justiça do DF organizou na universidade um ato em memória do estudante para cobrar da Comissão da Verdade a investigação sem punição dos arquivos da ditadura. O ato contou com presenças ilustres. Dona Maria da rosa, uma elegante senhora de 85 anos, e mãe de Honestino esteve presente, bem como Mateus Guimarães, sobrinho do estudante, membros do comitê, ex-companheiros de militância de Honestino e líderes de entidades estudantis estiveram presentes.
A diretora da UNE no DF, Patricia Matos, reafirmou a importância de que a Comissão da Verdade abra os arquivos e essa memória do país seja resgatada. “Precisamos resgatar o período da ditadura para que o Brasil possa entender sua própria história. Honestino foi presidente da UNE e toda a juventude brasileira precisa conhecer essa história para continuar nossa luta por um país mais democrático e igualitário”.
O ex-companheiro de militância e colega de Honestino, Wilon Wander Lopes esteve presente na homenagem e relembrou a importância do líder para a luta estudantil brasileira: “A democracia que temos hoje foi conquistada pela luta de pessoas como Honestino. Sua ação política merece o reconhecimento de todos, dentro e fora das universidades, por isso precisamos encarar com seriedade e luta pela memória e justiça do país”, disse.
O sobrinho de Honestino, Mateus, finalizou o ato homenagem reciitando um poema escrito pelo estudante em 1965, “Canção da Liberdade”, poema que reproduzimos aqui:
Canção da Liberdade
Mais uma vez venho cantarA canção da liberdade
Mais uma vez venho cantar
Pois a fome, a desigualdade
E a ausência de liberdade
Tentam impedir o meu canto
E transformá-lo em pranto
Mas em minh´alma de alegria
de viver em rebeldia
Faz sagrado o meu cantar
E a canção da liberdade
Que nos há de libertar
E nos trará igualdade
MAIS UMA VEZ VENHO CANTAR
Camila Hungria, de Brasília / Foto Gisella Sá
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