“A história avança e o mundo não voltará a ser o que era no passado”.
por Wevergton Brito
PORTAL VERMELHO Publicado 25/01/2021 21:16 | Editado 26/01/2021 13:00
O presidente chinês, Xi Jinping, participou, nesta segunda-feira (25), do Evento Virtual da Agenda de Davos do Fórum Econômico Mundial (FEM) a convite do fundador e presidente executivo do FEM, Klaus Schwab e fez um discurso especial via link de vídeo, diretamente de Pequim. Foi, sem dúvida, um discurso para a história, focado nos “valores centrais e os princípios básicos do multilateralismo”.
Direito ao desenvolvimento, ecologia, reforma da governança global, vacina contra a Covid-19 como bem público, defesa da paz e dos países mais fracos, nada ficou ausente, inclusive o anúncio de uma China mais assertiva no cenário internacional em prol desses princípios.
Destaco trechos do discurso, sugerindo, no entanto, que o internauta leia a íntegra que está publicada logo depois dos trechos selecionados.
A diversidade de modelos sociais
“Não haverá civilização humana sem diversidade, e essa diversidade continuará a existir por tanto tempo quanto podemos imaginar. A diferença em si não é motivo para alarme. O que soa o alarme é a arrogância, o preconceito e o ódio; é a tentativa de impor hierarquia à civilização humana ou de impor a própria história, cultura e sistema social aos outros.”
Em defesa do planeta terra, cooperação global
“A Terra é nossa única casa. Aumentar os esforços para lidar com as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável afeta o futuro da humanidade. Nenhum problema global pode ser resolvido por um único país. Deve haver ação global, resposta global e cooperação global.”
Uma nova guerra fria é o caminho para o confronto
“Construir pequenos círculos ou iniciar uma nova Guerra Fria, rejeitar, ameaçar ou intimidar os outros, impor deliberadamente dissociação, interrupção do fornecimento ou sanções e criar isolamento ou estranhamento apenas empurrará o mundo para a divisão e até para o confronto.”
Importância do Direito Internacional e da ONU
“Precisamos ser enérgicos em defender o estado de direito internacional e firmes em nossa determinação de salvaguardar o sistema internacional centrado na ONU e na ordem internacional baseada no direito internacional.”
Um recado para Biden?
Comentário: Como se sabe, os governos democratas utilizam, na arena internacional, o que alguns analistas chamam de “multilateralismo assertivo”, que seria uma forma mais branda, mas por vezes não menos agressiva, de impor os interesses unilaterais dos EUA combinando a instrumentalização de espaços multilaterais com o uso da força ou a ameaça ao uso da força. Embora em nenhum momento do seu discurso Xi Jinping faça referência direta aos EUA, o trecho abaixo pode ser identificado como um recado para o recém empossado governo democrata.
“O forte não deve intimidar o fraco. A decisão não deve ser tomada simplesmente pela exibição de músculos fortes ou com o aceno de um punho grande (…) O ‘multilateralismo seletivo’ não deve ser nossa opção (…) digamos não às políticas mesquinhas e egoístas de empobrecer o vizinho e acabemos com a prática unilateral de manter as vantagens do desenvolvimento só para nós. Direitos iguais ao desenvolvimento devem ser garantidos a todos os países para promover o desenvolvimento comum e a prosperidade. Devemos defender a competição justa, como competir uns com os outros pela excelência em um campo de corrida, não derrotar uns aos outros em uma arena de luta livre”.
Mudança climática
“Precisamos cumprir o Acordo de Paris sobre mudança climática e promover o desenvolvimento verde. Precisamos dar prioridade contínua ao desenvolvimento, implementar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e garantir que todos os países, especialmente os em desenvolvimento, compartilhem dos frutos do desenvolvimento global”.
China terá novo paradigma de desenvolvimento
“A China está em vias de terminar de construir uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos. Obtivemos ganhos históricos ao erradicar a pobreza extrema e embarcamos em uma nova jornada rumo à construção plena de um país socialista moderno. À medida que a China entra em um novo estágio de desenvolvimento, seguiremos uma nova filosofia de desenvolvimento e promoveremos um novo paradigma de desenvolvimento com a circulação doméstica como o esteio e as circulações doméstica e internacional reforçando-se mutuamente. A China trabalhará com outros países para construir um mundo aberto, inclusivo, limpo e bonito que desfrute de paz duradoura, segurança universal e prosperidade comum.
Pandemia, a tarefa mais urgente
“Conter o coronavírus é a tarefa mais urgente para a comunidade internacional. Isso porque as pessoas e suas vidas devem ser sempre colocadas antes de qualquer coisa. É também o que é necessário para estabilizar e reanimar a economia. Mais solidariedade e cooperação, mais compartilhamento de informações e uma resposta global mais forte são o que precisamos para derrotar o COVID-19 em todo o mundo (…) É especialmente importante aumentar a cooperação em Pesquisa e Desenvolvimento, produção e distribuição de vacinas e torná-las bens públicos que sejam verdadeiramente acessíveis e economicamente viáveis para as pessoas em todos os países”.
Cooperação Sul-Sul e postura mais ativa
“Como membro constante dos países em desenvolvimento, a China aprofundará ainda mais a cooperação Sul-Sul e contribuirá para os esforços dos países em desenvolvimento para erradicar a pobreza, reduzir o peso da dívida e alcançar mais crescimento. A China se envolverá mais ativamente na governança econômica global e pressionará por uma globalização econômica que seja mais aberta, inclusiva, equilibrada e benéfica para todos”.
Abaixo, a íntegra do discurso.
Professor Klaus Schwab,
Senhoras e senhores,
Amigos,
O ano passado foi marcado pelo ataque repentino da pandemia COVID-19. A saúde pública global enfrentou grave ameaça e a economia mundial entrou em uma recessão profunda. A humanidade encontrou-se diante de múltiplas crises raramente vistas na história.
O ano passado também testemunhou a enorme determinação e coragem de pessoas ao redor do mundo no combate ao coronavírus mortal. Guiado pela ciência, razão e espírito humanitário, o mundo alcançou um progresso inicial no combate ao COVID-19. Dito isso, a pandemia está longe de terminar. O recente ressurgimento dos casos COVID nos lembra que devemos continuar a luta. No entanto, continuamos convencidos de que o inverno não pode impedir a chegada da primavera e as trevas nunca podem ocultar a luz do amanhecer. Não há dúvida de que a humanidade vencerá o vírus e sairá ainda mais forte deste desastre.
Senhoras e senhores,
Amigos,
A história avança e o mundo não voltará a ser o que era no passado. Cada escolha e movimento que fizermos hoje moldarão o mundo do futuro. É importante abordarmos adequadamente as quatro principais tarefas que as pessoas enfrentam em nosso tempo.
A primeira é intensificar a coordenação da política macroeconômica e, em conjunto, promover o crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo da economia mundial. Estamos passando pela pior recessão desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Pela primeira vez na história, as economias de todas as regiões foram duramente atingidas ao mesmo tempo, com a indústria global e as cadeias de suprimentos bloqueadas e o comércio e os investimentos em crise. Apesar dos trilhões de dólares em pacotes de ajuda em todo o mundo, a recuperação global é bastante instável e as perspectivas permanecem incertas. Precisamos nos concentrar nas prioridades atuais e equilibrar a resposta ao COVID e o desenvolvimento econômico. O apoio à política macroeconômica deve ser intensificado para tirar a economia mundial fora de perigo o mais cedo possível. Mais importante, precisamos olhar além do horizonte e fortalecer nossa vontade e determinação para a mudança. Precisamos mudar as forças motrizes e os modelos de crescimento da economia global e melhorar sua estrutura, de modo a definir o curso de longo prazo, com desenvolvimento sólido e estável da economia mundial.
A segunda tarefa é abandonar o preconceito ideológico e, em conjunto, seguir um caminho de coexistência pacífica, benefício mútuo e cooperação ganha-ganha. Não existem duas folhas no mundo idênticas e nenhuma história, cultura ou sistema social é igual. Cada país é único com sua própria história, cultura e sistema social, e nenhum é superior ao outro. Os melhores critérios são se a história, a cultura e o sistema social de um país se ajustam à sua situação específica, se contam com o apoio do povo, se servem para proporcionar estabilidade política, progresso social e vidas melhores e se contribuem para o progresso humano. As diferentes histórias, culturas e sistemas sociais são tão antigos quanto as sociedades humanas e representam características inerentes da civilização humana. Não haverá civilização humana sem diversidade, e essa diversidade continuará a existir por tanto tempo quanto podemos imaginar. A diferença em si não é motivo para alarme. O que soa o alarme é a arrogância, o preconceito e o ódio; é a tentativa de impor uma hierarquia à civilização humana ou de impor a própria história, cultura e sistema social aos outros. A escolha certa é que os países busquem uma coexistência pacífica baseada no respeito mútuo e na expansão de bases comuns, enquanto arquivam as diferenças, para promover o intercâmbio e o aprendizado mútuo. Esta é a forma de impulsionar o progresso da civilização humana.
A terceira tarefa é eliminar a divisão entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e, em conjunto, gerar crescimento e prosperidade para todos. Hoje, a desigualdade continua a crescer, a lacuna Norte-Sul ainda precisa ser superada e o desenvolvimento sustentável enfrenta sérios desafios. À medida que os países lutam com a pandemia, suas recuperações econômicas seguem trajetórias divergentes, e o hiato Norte-Sul corre o risco de se ampliar e até mesmo se perpetuar. Os países em desenvolvimento aspiram por mais recursos e espaço para o desenvolvimento e clamam por uma representação e voz mais fortes na governança econômica global. Devemos reconhecer que, com o crescimento dos países em desenvolvimento, a prosperidade e a estabilidade globais serão colocadas em bases mais sólidas, e os países desenvolvidos poderão se beneficiar desse crescimento. A comunidade internacional deve manter seus olhos no longo prazo, honrar seu compromisso, e fornecer o apoio necessário aos países em desenvolvimento e salvaguardar seus legítimos interesses de desenvolvimento. Direitos iguais, oportunidades iguais e regras iguais devem ser fortalecidos, para que todos os países se beneficiem das oportunidades e frutos do desenvolvimento.
A quarta tarefa é a união contra os desafios globais para, juntos, criarmos um futuro melhor para a humanidade. Na era da globalização econômica, as emergências de saúde pública como o COVID-19 podem muito bem ocorrer, e a governança global da saúde pública precisa ser aprimorada. A Terra é nossa única casa. Aumentar os esforços para lidar com as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável afeta o futuro da humanidade. Nenhum problema global pode ser resolvido por um único país. Deve haver ação global, resposta global e cooperação global.
Senhoras e senhores,
Amigos,
Os problemas que o mundo enfrenta são intrincados e complexos. A saída é defender o multilateralismo e construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.
Primeiro, devemos permanecer comprometidos com a abertura e a inclusão, em vez de isolamento e exclusão. Multilateralismo significa ter assuntos internacionais tratados por meio de consultas e o futuro do mundo decidido por todos trabalhando juntos. Construir pequenos círculos ou iniciar uma nova Guerra Fria, rejeitar, ameaçar ou intimidar os outros, impor deliberadamente dissociação, interrupção do fornecimento ou sanções e criar isolamento ou estranhamento apenas empurrará o mundo para a divisão e até para o confronto. Não podemos enfrentar desafios comuns em um mundo dividido, e o confronto nos levará a um beco sem saída. A humanidade aprendeu lições da maneira mais difícil e essa história não acabou. Não devemos retornar ao caminho do passado.
A abordagem certa é agir de acordo com a visão de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade. Devemos defender os valores comuns da humanidade, ou seja, paz, desenvolvimento, equidade, justiça, democracia e liberdade, superar o preconceito ideológico, tornar os mecanismos, princípios e políticas de nossa cooperação tão abertos e inclusivos quanto possível e, em conjunto, salvaguardar a paz mundial e estabilidade. Devemos construir uma economia mundial aberta, defender o regime de comércio multilateral, descartar padrões, regras e sistemas discriminatórios e excludentes e derrubar barreiras ao comércio, investimento e intercâmbio tecnológico. Devemos fortalecer o G20 como o principal fórum para a governança econômica global, nos engajar em uma coordenação mais estreita da política macroeconômica e manter as cadeias industriais e de fornecimento globais estáveis e abertas. Devemos garantir o funcionamento correto do sistema financeiro global, promover reformas estruturais e expandir a demanda agregada global em um esforço para buscar maior qualidade e maior resiliência no desenvolvimento econômico global.
Em segundo lugar, devemos permanecer comprometidos com o direito internacional e as regras internacionais, em vez de buscar a supremacia. Os antigos chineses acreditavam que “a lei é a base da governança”. A governança internacional deve ser baseada nas regras e consensos alcançados entre nós, não na ordem dada por um ou por poucos. A Carta das Nações Unidas são as normas básicas e universalmente reconhecidas que regem as relações entre os Estados. Sem o direito internacional e as regras internacionais que são formadas e reconhecidas pela comunidade global, o mundo pode voltar para a lei da selva, e a consequência seria devastadora para a humanidade.
Precisamos ser enérgicos em defender o estado de direito internacional e firmes em nossa determinação de salvaguardar o sistema internacional centrado na ONU e na ordem internacional baseada no direito internacional. As instituições multilaterais, que fornecem as plataformas para colocar o multilateralismo em ação e que são a arquitetura básica que sustenta o multilateralismo, devem ter sua autoridade e eficácia protegidas. As relações entre os Estados devem ser coordenadas e regulamentadas por meio de instituições e regras adequadas. O forte não deve intimidar o fraco. A decisão não deve ser tomada simplesmente exibindo músculos fortes ou acenando com o punho grande. O multilateralismo não deve ser usado como pretexto para atos de unilateralismo. Os princípios devem ser preservados e as regras, uma vez feitas, devem ser seguidas por todos. O “multilateralismo seletivo” não deve ser nossa opção.
Terceiro, devemos permanecer comprometidos com a consulta e cooperação, em vez de conflito e confronto. As diferenças de história, cultura e sistema social não devem ser uma desculpa para antagonismo ou confronto, mas sim um incentivo à cooperação. Devemos respeitar e acomodar as diferenças, evitar interferir nos assuntos internos de outros países e resolver divergências por meio de consulta e diálogo. A história e a realidade deixaram claro, uma e outra vez, que a abordagem equivocada de antagonismo e confronto, seja na forma de guerra fria, guerra quente, guerra comercial ou guerra tecnológica, acabaria prejudicando os interesses de todos os países e minando o bem de todos.
Devemos rejeitar a Guerra Fria desatualizada e a mentalidade de jogo de soma zero, aderir ao respeito mútuo e à busca pelo consenso, aumentando a confiança política por meio da comunicação estratégica. É importante que nos atenhamos ao conceito de cooperação baseado no benefício mútuo, digamos não às políticas mesquinhas e egoístas de empobrecer o vizinho e acabemos com a prática unilateral de manter as vantagens do desenvolvimento só para nós. Direitos iguais ao desenvolvimento devem ser garantidos a todos os países para promover o desenvolvimento comum e a prosperidade. Devemos defender a competição justa, como competir uns com os outros pela excelência em um campo de corrida, não derrotar uns aos outros em uma arena de luta livre.
Quarto, devemos permanecer comprometidos em acompanhar os tempos em vez de rejeitar as mudanças. O mundo está passando por mudanças nunca vistas em um século, e agora é a hora de grande desenvolvimento e grande transformação. Para defender o multilateralismo no século XXI, devemos promover sua nobre tradição, assumir novas perspectivas e olhar para o futuro. Precisamos defender os valores centrais e os princípios básicos do multilateralismo. Também precisamos nos adaptar ao cenário internacional em mudança e responder aos desafios globais à medida que eles surgem. Precisamos reformar e melhorar o sistema de governança global com base em ampla consulta e construção de consenso.
Precisamos desenvolver plenamente o papel da Organização Mundial da Saúde na construção de uma comunidade global de saúde para todos. Precisamos promover a reforma da Organização Mundial do Comércio e do sistema financeiro e monetário internacional de uma forma que estimule o crescimento econômico global e proteja os direitos, interesses e oportunidades de desenvolvimento dos países em desenvolvimento. Precisamos seguir uma orientação política centrada nas pessoas e baseada em fatos ao explorar e formular regras sobre governança digital global. Precisamos cumprir o Acordo de Paris sobre mudança climática e promover o desenvolvimento verde. Precisamos dar prioridade contínua ao desenvolvimento, implementar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e garantir que todos os países, especialmente os em desenvolvimento, compartilhem dos frutos do desenvolvimento global.
Senhoras e senhores,
Amigos,
Após décadas de esforços extenuantes do povo chinês, a China está em vias de terminar de construir uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos. Obtivemos ganhos históricos ao erradicar a pobreza extrema e embarcamos em uma nova jornada rumo à construção plena de um país socialista moderno. À medida que a China entra em um novo estágio de desenvolvimento, seguiremos uma nova filosofia de desenvolvimento e promoveremos um novo paradigma de desenvolvimento com a circulação doméstica como o esteio e as circulações doméstica e internacional reforçando-se mutuamente. A China trabalhará com outros países para construir um mundo aberto, inclusivo, limpo e bonito que desfrute de paz duradoura, segurança universal e prosperidade comum.
– A China continuará a participar ativamente da cooperação internacional no combate ao COVID-19. Conter o coronavírus é a tarefa mais urgente para a comunidade internacional. Isso porque as pessoas e suas vidas devem ser sempre colocadas antes de qualquer coisa. É também o que é necessário para estabilizar e reanimar a economia. Mais solidariedade e cooperação, mais compartilhamento de informações e uma resposta global mais forte são o que precisamos para derrotar o COVID-19 em todo o mundo. É especialmente importante aumentar a cooperação em Pesquisa e Desenvolvimento, produção e distribuição de vacinas e torná-las bens públicos que sejam verdadeiramente acessíveis e economicamente viáveis para as pessoas em todos os países. Até agora, a China forneceu assistência a mais de 150 países e 13 organizações internacionais, enviou 36 equipes de especialistas médicos a países necessitados e manteve um forte apoio e um envolvimento ativo na cooperação internacional em vacinas COVID. A China continuará a compartilhar sua experiência com outros países, a fazer o seu melhor para ajudar os países e regiões que estão menos preparados para a pandemia e a trabalhar para maior acessibilidade e disponibilidade das vacinas COVID nos países em desenvolvimento. Esperamos que esses esforços contribuam para uma vitória rápida e completa sobre o coronavírus em todo o mundo.
– A China continuará a implementar uma estratégia de abertura onde todos ganham. A globalização econômica atende à necessidade de crescimento da produtividade social e é um resultado natural do avanço científico e tecnológico. Não interessa a ninguém usar a pandemia como desculpa para reverter a globalização e buscar o isolamento e o desacoplamento. Como apoiadora de longa data da globalização econômica, a China está empenhada em seguir sua política fundamental de abertura. A China continuará a promover a liberalização e a facilitação do comércio e do investimento, ajudará a manter as cadeias industriais e de abastecimento globais escorreitas e estáveis e promoverá a cooperação de alta qualidade no âmbito do projeto “Um Cinturão e uma Rota”. A China promoverá a abertura institucional que abrange regras, regulamentos, gestão e padrões. Promoveremos um ambiente de negócios baseado nos princípios do mercado, regidos por lei e de acordo com os padrões internacionais, visando liberar o potencial do enorme mercado da China e da enorme demanda interna. Esperamos que esses esforços tragam mais oportunidades de cooperação a outros países e deem mais ímpeto à recuperação e ao crescimento econômico global.
– A China continuará a promover o desenvolvimento sustentável. A China implementará integralmente a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Ela fará mais na frente ecológica, transformando e melhorando sua estrutura industrial e matriz energética em um ritmo mais rápido e promovendo um modo de vida e produção verdes e de baixo carbono. Anunciei a meta da China de se esforçar para atingir a meta das emissões de dióxido de carbono antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060. O cumprimento dessas metas exigirá um trabalho árduo da China. No entanto, acreditamos que quando os interesses de toda a humanidade estão em jogo, a China deve dar um passo à frente, agir e fazer o trabalho. A China está elaborando planos de ação e já tomando medidas específicas para garantir o cumprimento das metas estabelecidas. Estamos fazendo isso como uma ação concreta para defender o multilateralismo e como uma contribuição para proteger nossa casa comum e realizar o desenvolvimento sustentável da humanidade.
– A China continuará avançando em ciência, tecnologia e inovação científica, tecnologia e inovação são um motor fundamental para o progresso humano, uma arma poderosa para enfrentar muitos desafios globais e a única maneira de a China promover um novo paradigma de desenvolvimento e alcançar um desenvolvimento de alta qualidade. A China investirá mais em ciência e tecnologia, desenvolverá um sistema que possibilite a inovação como prioridade, transformará avanços em ciência e tecnologia em produtividade real em um ritmo mais rápido e aumentará a proteção da propriedade intelectual, tudo com o propósito de promover maior inovação e crescimento de qualidade. Os avanços científicos e tecnológicos devem beneficiar toda a humanidade, em vez de serem usados para barrar e conter o desenvolvimento de outros países. A China pensará e agirá com mais abertura no que diz respeito ao intercâmbio e cooperação internacional em ciência e tecnologia. Trabalharemos com outros países para criar um ambiente justo, equitativo e não discriminatório para o avanço científico e tecnológico que seja benéfico a todos e compartilhado por todos.
– A China continuará a promover um novo tipo de relações internacionais. O jogo de soma zero ou de “o vencedor leva tudo” não é a filosofia que norteia o povo chinês. Como seguidora convicta de uma política externa independente e de paz, a China está trabalhando duro para superar as diferenças por meio do diálogo e resolver disputas por meio da negociação e para buscar relações amigáveis e cooperativas com outros países com base no respeito mútuo, igualdade e benefício mútuo. Como membro constante dos países em desenvolvimento, a China aprofundará ainda mais a cooperação Sul-Sul e contribuirá para os esforços dos países em desenvolvimento para erradicar a pobreza, reduzir o peso da dívida e alcançar mais crescimento. A China se envolverá mais ativamente na governança econômica global e pressionará por uma globalização econômica que seja mais aberta, inclusiva, equilibrada e benéfica para todos.
Senhoras e senhores,
Amigos,
Existe apenas uma Terra e um futuro compartilhado para a humanidade. Enquanto enfrentamos a crise atual e nos esforçamos para que venham dias melhores para todos, precisamos permanecer unidos e trabalhar juntos. Foi-nos mostrado uma e outra vez que empobrecer o próximo, seguir sozinho e cair em um isolamento arrogante sempre falhará. Vamos todos dar as mãos e deixar que o multilateralismo ilumine nosso caminho em direção a uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.
Obrigado.
Tradução livre da Redação
Wevergton Brito
Jornalista, vice-presidente nacional do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade ao Povos e Luta pela Paz)
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