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quinta-feira, 30 de junho de 2016
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Fim da guerra: Governo e Farc anunciam cessar fogo definitivo - Portal Vermelho
As
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc) e o
governo colombiano firmaram nesta quinta-feira (23) o tão esperado acordo de cessar fogo bilateral e definitivo.
Este é um passo histórico e decisivo para dar fim ao conflito interno
que já dura mais de 50 anos. “Chegou a hora de viver sem guerra”, disse o
presidente do país, Juan Manuel Santos.
Juan
Manuel Santos e Timoleón Jiménez firmam cessar fogo bilateral e
definitivo, principal passo para o acordo final do conflito que deve ser
anunciado em julho
O acordo de cessar fogo ainda não é o último passo do processo de
paz colombiano, mas é o mais importante porque as Farc se comprometem em
baixar as armas e converter-se em movimento político.
“Chegou a hora de viver sem guerra! A hora de ser um país normal! Um
país em paz! A paz se fez, por fim, possível e é de todos os
colombianos, sem exceção. O pesadelo da guerra se distancia para
sempre”, afirmou o presidente Juan Manuel Santos depois de firmar o
acordo de paz com o representante das Farc, Timoleón Jiménez.
O porta-voz de Cuba, Rodolfo Benítez, leu o comunicado conjunto número
76 com os pontos em que se chegou a um acordo: cessar fogo e baixar
armas; acordos sobre garantias de segurança e luta contra as
organizações criminais incluindo as denominadas sucessoras do
paramilitarismo e suas redes de apoio; acordo sobre referendo.
O documento estabelece que a partir do primeiro dia vigente do acordo a
“Força Pública reorganizará seus esquemas para que as Farc possam
retornar e reorganizar-se em 23 áreas do país”.
A partir do 5º dia “serão desalojadas as zonas seguindo as rotas estabelecidas pelo acordo”.
Serão 23 áreas transitórias de normalização que têm como objetivo o
baixar armas e a reincorporação da vida civil dos guerrilheiros. Serão
oito acampamentos, disse o porta-voz.
As Farc também vão designar 60 integrantes – homens e mulheres – para se
movimentarem por diferentes regiões do país a fim de cumprir o acordo.
Serão como “fiscais” responsáveis por ajudar na consolidação do
processo.
Serão instaladas 23 zonas monitoradas pela ONU para reintegrar os guerrilheiros à vida civil
municípios cumprindo tarefas relacionadas ao acordo de paz. Medidas de
segurança serão garantidas a todos os guerrilheiros.
“Ao redor de cada área haverá outra de segurança onde só haverá
equipamentos de monitoramento. Esta faixa terá sempre em torno de 1km”,
explicou Benitez.
As delegações, no acordo, pediram ao secretário geral da ONU, Ban
Ki-Moon, para agilizar a missão técnica que será encarregada de
verificar o baixar armas.
Sobre o baixar armas, o acordo anunciado deixa claro que existirá só um
“ponto de armazenamento onde estarão os containers para guardar as
armas. Estes serão resguardados por mecanismos de monitoramento da ONU”.
Ao firmar o cessar fogo, as duas partes se comprometeram em contribuir
com o surgimento de uma nova cultura que incentiva o uso de armas apenas
pela polícia. Além disso, assumem trabalhar para conquistar um consenso
nacional em que todos os setores apostem no exercício da política a fim
de garantir os valores da democracia e do debate civilizado. Desta
forma, não haverá mais espaço para intolerância e a perseguição por
razões políticas.
Foi estabelecida uma rota para que em no máximo 180 dias depois de
firmado o acordo final, se encerro o processo de baixar armas. O
objetivo do acordo firmado hoje é caminhar rumo ao fim definitivo das
ações ofensivas entre o governo e os guerrilheiros.
Serão criadas as condições para implementar o acordo final e preparar a
institucionalidade e o país para a reincorporação dos guerrilheiros na
vida civil.
O mecanismo de monitoramento e verificação será tripartite, integrado
por um representante do governo colombiano, a força pública, as Farc e
um componente internacional constituído pela Missão Política de
observadores não armados da ONU, integrada principalmente por
observadores dos países membros da Celac (Comunidade dos Estados
Latino-americanos e Caribenhos).
Uma nova Colômbia pode nascer depois de mais de 50 anos de guerra
será encarregada de administrar pequenos focos de discordância que
possam surgir, apresentar recomendações e gerar relatórios sobre os
avanços.
Imediatamente no dia seguinte após o acordo final, a força pública vai
reorganizar as tropas para facilitar o desmonte das estruturas das Farc
rumo às zonas demarcadas para cumprir o acordo de cessar fogo.
A saída dos combatentes das Farc dos acampamentos da guerrilha no meio
da floresta será feita sem armas e com vestimentas civis. Neste ponto as
duas partes concordaram com o compromisso de que não pode haver nenhuma
limitação para o desenvolvimento normal da vida em comunidade.
Números da guerra
Em 2012 o Centro Nacional de Memória Histórica publicou um informe
intitulado “Basta já! Colômbia: memórias da guerra e dignidade”, onde
expuseram o alcance e o dano social causado pelo conflito, considerado o
mais duradouro do mundo moderno.
Desde 1958 até 2012 a guerra na Colômbia deixou mais de 218 mil mortos e
25 mil desaparecidos, além de 9 mil presos políticos. As forças
paramilitares de extrema direita fizeram mais de 173 mil vítimas.
As desocupações violentas atingiram, desde 1985 até 2012 mais de 10
milhões de colombianos. Enquanto massacres deixaram mais de 156 mil
pessoas mortas.
Fim da guerra
Desde 2012 acontece em Havana, Cuba, os Diálogos de Paz, cujo objetivo
máximo foi atingido hoje: cessar fogo e firmar pontos de acordo para o
fim do conflito. Deste anúncio histórico, realizado na capital cubana,
participaram o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos e o comandante
das Farc, Timoleón Jiménez; além dos presidentes de Cuba, Chile,
Venezuela, República Dominicana e San Salvador.
Estiveram presentes ainda o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon,
diplomatas dos Estados Unidos e da União Europeia, além de representas
de organismos de integração continental.
Governo colombiano e Farc-EP anunciam acordo histórico de paz
A paz na Colômbia é para toda a América Latina, diz Maduro
Colômbia inicia um novo capítulo rumo à paz definitiva - Portal Vermelho
O
dia 23 de junho de 2016 certamente será um marco na história da América
Latina. Foi nesta quinta-feira de inverno que o governo da Colômbia e
as Farc (Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia – Exército do Povo)
assinaram o cessar fogo bilateral e definitivo. Ainda não significa o
fim do conflito de mais de 50 anos, mas com certeza um caminho sólido a
este rumo.
Por Mariana Serafini
A
assinatura do acordo de cessar fogo bilateral e definitivo abre um novo
capítulo na história da Colômbia e da América Latina
A América Latina vive um momento conturbado. O continente sequer se
recuperou de um golpe (contra o Paraguai) e já há outro em curso (no
Brasil). Os governos de Nicolás Maduro, na Venezuela; Evo Morales, na
Bolívia e Rafael Correa, no Equador sofrem tentativas de
desestabilização. E mesmo em meio a este pandemônio, a Colômbia
conseguiu avançar.
Depois de quatro anos de intensos debates, realizados em Havana, Cuba,
os chamados Diálogos de Paz atingiram seu ponto mais alto: o cessar fogo
bilateral e definitivo. Isso porque, este era o acordo mais difícil de
firmar entre as duas partes e agora, com o documento assinado por
diversos chefes de Estado com o monitoramento da ONU, a Colômbia caminha
rumo à paz.
Os próximos meses serão de boas expectativas. Espera-se que em julho o
acordo do fim do conflito seja assinado. Mas até lá, a guerrilha e o
governo já estarão desarmados e trabalhando para reintegrar os
guerrilheiros à sociedade.
O documento de cessar-fogo bilateral e definitivo foi assinado por
representantes do governo colombiano, pelos principais líderes das Farc e
por chefes de Estado, entre eles Nicolás Maduro e Michelle Bachelet
(Chile). Coube ao mandatário cubano, Raúl Castro, entregar uma cópia de
cada um dos documentos ao presidente colombiano Juan Manuel Santos e ao
líder das Farc, Timoleón Jiménez. A cerimônia contou com a presença do
secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Assista ao vídeo:
domingo, 19 de junho de 2016
Ele está de volta - Mario Santayana
Mauro Santayna
O lançamento, na Europa, do filme “Ele está de volta”, uma “comédia” “leve” sobre o que aconteceria se Adolf Hitler voltasse à Alemanha de nossos dias, com cenas de pessoas parando, na rua, para tirar selfies com o maior assassino da História; e o relançamento de sua obra-síntese, o “Mein Kampf” – “Minha Luta”, em vários países – uma edição portuguesa esgotou-se em poucas horas, esta semana, na Feira do Livro de Lisboa – mostram que, mais do que perder o medo de Hitler, o mundo está, para com ele, cada vez mais simpático, no rastro da entrega – quase sem concorrência – dos grandes meios de comunicação globais a meia dúzia de famílias e de milionários conservadores que, se não simpatizam abertamente com o nazismo, com ele comungam de um profundo, hipócrita, e tosco anticomunismo, fantasma a que sempre recorrem quando seus interesses estão em jogo, ou se sentem de alguma forma ameaçados.
Como também mostram o filme e o livro, e manifestações em vários lugares do planeta, defendendo a tortura, a ditadura, o racismo, o sexismo, a homofobia, o criacionismo, o fundamentalismo religioso, não é Hitler que está de volta.
É o Fascismo.
Um perigo sempre iminente, permanente, persistente, sagaz, que se esconde no esgoto da História, pronto a emergir, como a peste, com sua pregação e suas agressões contra os direitos individuais, a Liberdade e a Democracia, regime que não apenas odeia, como despreza, como um arranjo de fracos e de tolos, desprovidos de mão forte na defesa dos seus interesses.
Os interesses de uma elite “meritocrática” e egoísta, ou da elite sagrada, ungida por direito de sangue e de berço, na hora do nascimento
terça-feira, 7 de junho de 2016
Dilma: Governo interino é pequeno e mesquinho - Portal Vermelho
“Governo
interino é pequeno e mesquinho. O que explica nosso momento é que
precisam de uma ruptura democrática para viabilizar outras, que não
passam pelo processo eleitoral”, afirmou nesta terça-feira (07) a
presidenta Dilma Rousseff, em encontro com historiadores em defesa da
democracia, no Palácio da Alvorada.
Na ocasião, a presidenta eleita criticou as limitações impostas por Temer a suas viagens e a tentativa de dificultar seu direito de defesa.
"Estão testando sistematicamente as características de um regime
democrático. Tentam proibir meu direito de defesa nas instâncias da
Câmara e do Senado. Tentam transformar o Palácio da Alvorada em uma
'prisão dourada' colocando uma barreira. Criam obstáculos para o meu
direito de ir e vir. Ainda apresentam toda sorte de armadilhas. Me
obrigam a responder se foi golpe ou não", afirmou.
O governo interino negou a Dilma estrutura para fazer uma viagem a Campinas, no interior de São Paulo. Nesta
terça, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidenta,
protocolou um ofício no Planalto informando que Dilma fará viagens com
aviões de carreira e que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) será responsável pela segurança da presidenta.
No encontro com os historiadores, Dilma voltou a defender a recriação da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para ela,
é preciso aumentar a arrecadação do governo, para que a população mais
carente não pague a conta da crise econômica.
"Numa crise, se acirra o conflito distributivo. Os mais ricos não vão
querer pagar uma parte da conta. Daí esse horror [dos ricos] com a
CPMF", condenou. Segundo ela, tal tributo é positivo, pois "quem faz
mais transações financeiras paga mais".
Afastando-se da visão do governo Temer, que prega o corte de gastos sociais,
Dilma defendeu a manutenção dos investimentos em Saúde e Educação. "Em
todos os países, diante da crise, se discute quem paga a conta. Se você
coloca a conta toda para cima da população, você tem um retrocesso
inimaginável. Daí que você tem que necessariamente aumentar a receita.
Se não aumentar a receita, a conta é paga pelos mais pobres", declarou.
A presidenta criticou as primeiras medidas da gestão interina, que
extinguiu ministérios e sinaliza para cortes em várias áreas. Segundo
ela, o presidente promove um desmantelamento do aparato institucional.
"A lei que rege o impeachment é absolutamente arcaica. É estarrecedor
que, sem nenhum voto, um governo provisório e interino assuma a condução
do país e desmantele o seu aparato institucional", avaliou.
Ela criticou ainda a política externa implementada pelo chanceler José Serra, que, para ela, significa "despreparo" . De acordo com Dilma, o ministro não percebe a importância de manter relações com regiões como a África e a própria América Latina. "Isso
é pensar que o mundo é unilateral, só com os Estados Unidos e com a
Europa. Temos que ter relações boas com Estados Unidos e Europa, mas não
únicas e exclusivas", completou.
Para a presidenta, os historiadores devem ficar atentos ao presente para
passar à sociedade um panorama do futuro. “É muito importante debater a
história enquanto ela está em curso. Apesar dos pontos negativos,
acredito que algumas coisas podem ser positivas. Especialmente que as
pessoas estão participando. Mulheres, jovens... Vejo um despertar para a
questão do risco que vivemos”, acrescentou.
Dilma reafirmou sua defesa do modelo presidencialista. “Tenho clareza
que no Brasil é imprescindível que se mantenha o presidencialismo.
Acredito que, desde a República Velha (1889-1930), há a questão das
oligarquias regionais, que sempre foram extremamente conservadoras e
antipopulares”, afirmou, acrescentando: “As propostas de parlamentarismo
sempre foram no país o que são. Coroações de períodos golpistas”,
acrescentou.
Para ela, há uma onda de rupturas das oligarquias tradicionais. “Cada
vez temos mais governadores progressistas que fogem do parâmetro
regional conservador. É interessante que isso ocorreu no Nordeste”,
disse. Um dos principais exemplos foi a queda dos governos tradicionais
no Maranhão. No pleito de 2014, Flávio Dino (PCdoB) rompeu com a
hegemonia de famílias como Lobão e Sarney.
Dilma novamente argumentou que processo de impeachment em curso não tem
bases legais. “Fui questionada se o governo provisório poderia remontar
todas as estruturas. Decidem sobre tudo, sobre o pré-sal, e isso é ditar
o futuro. Argumentam que impeachment não é golpe porque está na
Constituição. Mas não dizem o resto, que tem que haver crime de
responsabilidade. Não dizem que no presidencialismo não se pode tirar o
chefe de Estado e de Governo por impopularidade. Até porque existe um
contraponto no parlamentarismo: o chefe de Governo pode destituir o
Parlamento e vice-versa”, afirmou.
A presidenta reafirmou que mais que a batalha contra o impeachment, está
em jogo defender a democracia. "Ninguém é ingênuo para não saber que a
grande briga é no Senado. Temos que ter os 28 votos no Senado, mas a
briga é ganha porque os senhores senadores fazem parte da sociedade, mas
é ganha por todos que acreditamos na democracia", disse Dilma.
Assista ao pronunciamento:
sábado, 4 de junho de 2016
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Coragem, bancários(as), eu sei que vocês podem mais! Campanha Salarial de 2016 - Paulo Vinícius Silva
Quarta-feira, 08/06/2016, teremos a Assembleia do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, respectivamente o primeiro e o segundo maiores bancos do país, em importância e número, ambos reunindo mais de 200 mil bancários e bancárias, com uma concentração imensa em Brasília, que reúne as funções estratégicas dessas empresas na capital federal. Mas a categoria não reconhece a sua própria força. Pressionada pelas empresas, temerosa ante o futuro, desiludida muitas vezes com sua representação. Penso nos(as) colegas e me vem à mente uma música do Raul Seixas, Por quem os sinos dobram, com vontade de dizer-lhes:
"Nunca se vence uma guerra lutando sozinho
Você sabe que a gente precisa entrar em contato
Com toda essa força contida que vive guardada
O eco de suas palavras não repercute em nada
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado,
Convence as paredes do quarto, e dorme tranquilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais"
Essa semana uma colega me perguntou o que conquistaríamos a nova gestão do sindicato nessa greve... Eu me senti um terceirizado das obrigações políticas da categoria. Pra mim é muito claro que conquistaremos o que a nossa greve conquistar. Afinal, de quem é a Campanha Salarial, de quem é a greve, senão de cada um(a) de nós? Você já pensou quanto duraria a greve se todos nós parássemos? Num momento como esse é fundamental que a Greve Nacional dos Bancários e Bancários faça a diferença, em especial em Brasília. E toda a minha garra ao aceitar o desafio de alinhar a CTB Bancários com a CUT na eleição passada se baseou na firme convicção de que a nossa unidade é indispensável nesse momento dramático da vida nacional.
E eu entrei para tentar algo novo. Não penso em repetir as greves anteriores, nem compactuo com o espírito de rotina. É preciso romper com a acomodação na forma de construir a campanha salarial, da parte das direções sindicais, por um lado. E por outro, é preciso chamar à responsabilidade a categoria, que cai na conversa fiada dos patrões que lucram e nos adoecem, ao tempo que alimenta uma visão errada, terceiriza sua responsabilidade e participação política, e ainda espera um resultado ótimo na campanha salarial. Isso é ainda mais absurdo num momento desses. Por isso, minha convicção é que se não pudermos abrir o sindicato à participação da categoria, sensibilizando-a, seremos derrotados.
Os primeiros atos do governo golpista demonstram o firme propósito de retomada da agenda de privatizações, de retirar direitos, acabar com a CLT, terceirizar tudo, submeter as mulheres, negar a diversidade e o Estado laico, violentar a liberdade e liquidar os bancos públicos. Por isso, não podemos ter dúvidas, os temerários sacrificarão os bancários e bancárias, o que passa, inicialmente, pela redução de pessoal e pelo aprofundamento das piores práticas do sistema financeiro, que impõem grande sofrimento psíquico à categoria, revertido em graves problemas de saúde. Como você pode terceirizar tão importantes questões a quem quer que seja?!
A Campanha Salarial é nossa chance de criticar, de denunciar os patrões, de exigir tudo que se nos nega no dia a dia. Além do mais, vimos desde 2015 o que querem os banqueiros: voltar à agenda de perdas salariais, de abonos. Participação nos Lucros, comissões pelo atingimento de metas gigantes, tudo isso precisa ser visto criticamente. Nos últimos doze anos não tivemos perdas, conquistamos modestos ganhos salariais, e sofremos os impactos da mudança perfil da remuneração, que se baseou sobretudo em benefícios e remuneração variável, e não em um aumento do piso e dos salários que recuperasse as perdas salariais devastadoras dos anos FHC.
Muito jovem, a categoria não entende que seu padrão de vida é mantido de modo precário, baseado naquilo que não ficará para a aposentadoria, para a previdência, nem para os planos de saúde. Mais que isso, a categoria precisa entender que a defesa dos bancos públicos e de seu papel no desenvolvimento é decisivo para nosso futuro e para o Brasil. A agenda de Temer e Cunha, Globo e CIA é para um país com uma economia menor, mais pobre, de exclusão. Nós também seremos atingidos, é contra todos nós essa agenda.
Por isso, nessa campanha salarial, pela opinião da Central de Trabalhadoras e Trabalhadoras do Brasil, estará em jogo, simultaneamente:
- a democracia;
- os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em todos os níveis;
- o emprego da categoria bancária, o tamanho e o papel dos bancos públicos;
- se perderemos novamente para a inflação, ou se nos uniremos pela valorização do ganho real no salário e no piso salarial, se seguiremos escravos das metas e da remuneração variável, ou se avançaremos para mais dignidade no reconhecimento de uma categoria que se mostrou indispensável para a inclusão social e o desenvolvimento da economia real, com gente, salário, consumo.
Então, humildemente, eu sei que sozinho não posso nada, nem mesmo promover as mudanças que desejo em nosso sindicato. Isso só será possível se a categoria cumprir o seu papel, e se a direção nova souber abrir-se à participação dessa nova geração, falando e ouvindo, aceitando as críticas, mas também questionando o papel passivo e oportunista de muitos que acham natural furar a greve e xingar a representação sindical; Que acham aceitável furar o piquete e votar pela continuidade da greve; Que consideram estar em vantagem quando querem aparecer bonitos diante dos chefes, ao mesmo tempo que tratam com desdém aqueles e aquelas que lutam pelos seus direitos ameaçados. Mudou o contexto. Nem os(as) dirigentes sindicais nem a base poderão encenar esse teatro do absurdo, esse pacto da mediocridade. Por isso, mais que a confiança daquele que abandona, achando que votando se desobrigou, eu preciso da confiança que se mobiliza: aí sim faremos algo diferente, na prática.
Como diria o Jorge Ben, está na hora dessa gente bronzeada mostrar o seu valor. O movimento é nosso, podemos melhorá-lo. No sindicato localizado na capital do país e sede das empresas, com um funcionalismo de milhares, extremamente qualificado e em funções estratégicas, ouso em sonhar que a maioria poderá entender e cumprir seu papel, porque em parte nisso repousam o futuro do país, dos bancos públicos e de nossos sonhos profissionais. Por isso, essa Campanha Salarial não pode nem será igual às outras. Ela é parte destacada da luta de classes, quando a burguesia parasitária e subalterna quer ajoelhado o país e seu povo. Nossa categoria é grande, forte, tem o único acordo efetivamente nacional, e luta contra o setor mais perigoso, lucrativo e pernicioso, os banqueiros. É preciso que nosso número, nossa criatividade, nossa ação mostre seu peso, pois aí obteremos a vitória, apontando um caminho de retomada da iniciativa política para todas as categorias, ao tempo que defenderemos o papel e a dimensão atual dos esteios fundamentais do desenvolvimento brasileiro, que são os bancos públicos e a PETROBRAS.
Nessa quarta-feira, 08 de junho, na sede do Sindicato dos Bancários de Brasília, precisamos dos bancários e bancárias do BB e da Caixa para dizerem que propostas querem sejam aprovadas para a Campanha Salarial de 2016. Nesse espaço, elegeremos nossos delegados(as) para elaborarem nossa pauta, inclusive as propostas de remuneração, saúde do trabalhador, além de ser aonde podemos dizer em alto e bom som o que queremos do nosso movimento. Precisamos de mais: que a categoria diga o que se pode esperar dela na Campanha Salarial e na Greve.
Tenho muita esperança que podemos unir nossas inteligências e sensibilidades para que nossas atividades possam abrir os olhos dos(as) colegas, mudando a maneira de fazer o movimento sindical bancário em Brasília. Podemos fazer uma greve diferente, uma greve legal, animada, cheia de cultura e com uma escala de participação que possa envolver muito mais colegas, uma greve com alma, que fale para as pessoas, que denuncie a exploração de que somos vítimas bancários e clientes, afirmando ao mesmo tempo aquilo que podemos fazer de melhor pelo Brasil e por nós mesmos.
SERVIÇO - ASSEMBLEIA DE ELEIÇÃO DOS DELEGADOS(AS) E DA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES
AO 27º CONGRESSO DO BANCO DO BRASIL E
AO 32º CONGRESSO DOS EMPREGADOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
QUARTA-FEIRA - 08/06/2016
ÀS 19H00 NO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE BRASÍLIA
SHCS EQ. 314/315 Bloco “A” – Asa Sul - Brasília/DF
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E nossa história não estará pelo avesso, assim, sem final feliz: teremos coisas bonitas pra contar. E até lá, vamos viver, temos muito ainda...
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Andei em busca da Cifra da Internacional, o hino mundial dos trabalhadores e trabalhadoras e não achei opções, excetuando-se a versão d...
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A campanha nacional dos bancários termina com gosto amargo. Especialmente no BB, a revolta com a falta de ganho real significativo é imens...