Luciano no JC: “O adversário está do outro lado” - PCdoB. O Partido do socialismo.
Cotado para vice, o deputado Luciano Siqueira (PCdoB) afirmou ontem à Rádio JC/CBN que a eleição terá duas “frentes populares”. Uma liderada pelo PSB e outra, pelo PT, sem que isso cause maiores arranhões.
POR QUE O PSB?
“Ninguém esperava que a eleição no Recife ganhasse este formato. Quando se estabeleceu a prévia no PT, o PCdoB se colocou à disposição do prefeito João da Costa e do deputado Mauricio Rands para, concluída a prévia, ajudar a unir a Frente Popular, fosse um ou outro vencedor.
O mesmo fizemos depois com o senador Humberto Costa. O que aconteceu? As dificuldades internas e o nível de agressividade dentro do PT chegaram a um ponto que não havia mais o que fazer. Mesmo assim, nunca deixamos de discutir a nossa proposta de cinco pontos: atualizar o programa da Frente Popular para o Recife; assumir um pacto entre o futuro prefeito e os partidos aliados e a sociedade; discussão de critérios para a escolha do vice; e construir um ambiente solidário no conjunto dos partidos aliados para a disputa na Câmara Municipal. Não se pode discutir essa agenda no PT tamanha a dificuldade interna. Com o PSB, sim.”
DUAS FRENTES
“Humberto é candidato da Frente Popular e Geraldo Júlio também. A Frente, ao contrário do que o PT insinua, não acabou. Este é um desafio tático que nós temos (ter dois palanques governistas). Precisamos distinguir que existem dois campos de forças: o da Frente Popular, que disputa com dois candidatos, e as oposições, que até agora têm três candidatos.
Não gosto de apostar, mas sou capaz de apostar uma caixa de um bom uísque ou de uma coleção de Rainha, uma boa cachaça da Paraíba, que após a eleição o projeto da Frente Popular não estará arranhado. Eu acho até que o PT não deve sair do governo do Estado. Nem o PSB, que tem o vice-prefeito. O nosso adversário está do outro lado, através dos candidatos Mendonça Filho, Daniel Coelho e Raul Jungmann.”
ANTIPETISMO
“Vejo as críticas com naturalidade. Sou amigo de Raul Henry, liguei para ele hoje (ontem) para cumprimentá-lo pela decisão corajosa (de retirar a candidatura) e dizer que me sinto à vontade e feliz com a presença dele nessa coligação. Não quer dizer que eu esteja de acordo com os termos usados pelo PMDB em relação ao PT. Quando o PMDB foca críticas ao PT e, mesmo sem nominar, ao prefeito, nós estamos em desacordo.
Com todas as dificuldades que João da Costa enfrentou, inclusive de saúde, eu tenho certeza que nesse final de governo as pesquisas vão lhe dar um saldo positivo. Agora, numa frente ampla, cada um dá sua opinião. E o foco da campanha de Geraldo Júlio com certeza não será a crítica à gestão João da Costa, até porque o vice-prefeito é do PSB”.
Fonte: Jornal do Commercio
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