O presidenteda Bolívia, Evo Morales, confirmou neste sábado (13) sua lealdade ao processo de mudança que a Bolívia e disse que o país vai continuará adiante e terá ao seu lado o apoio de movimentos sociais e do povo.
Em declaração à imprensa latino americana, Evo Morales reafirmou sua fidelidade ao povo boliviano e ressaltou a força de seus princípios. "Nós temos projetos e valores políticos, econômicos e um programa concreto para a Bolívia".
Evo destacou ainda que e qualquer tentativa de desestabilizar seu país será combatida por ele, pelos os movimentos sociais e pelo povo boliviano.
Para o mandatário as oligarquias, bem como as nações imperialistas, sempre tentaram desestabilizar e tirar proveito de qualquer situação, afirmou ao lembrar do golpe empreendido no Paraguai.
"Não só lamento o que aconteceu no Paraguai, como não reconhecemos o atual governo deste país", reafirmou o primeiro presidente indío da América Latina.
Porém, Morales diz que o golpe ocorrido no Paraguai "permite uma reflexão: é difícil mudar um país, após anos de ditadura, sobretudo um país com muitos proprietários. Nosso respeitado e admirado presidente Fernando Lugo começou a mudar a política agrícola e, em seguida, vieram os proprietários para tirá-lo do poder. Tentaram aqui na Bolívia, mas nós tínhamos o povo ao nosso lado", lembrou.
"A consciência do povo boliviano, expressada em diversas lutas sociais permitiram parar pelo menos três tentativas golpes: em 2008, 2011 e 2012", disse Morales, acrescentando que aqueles que tentaram derrubar seu governo foram derrotados.
O presidente exemplificou sua reflexão lembrado da última marcha indígena para a capital do país e da forma como este ato foi usado pelos partidos de direita, especialmente pelo Movimento Sem Medo e pelo seu líder Juan del Granado. "Esta organização apoiou o movimento, mas o povo não acompanhou, o que acabou se tornando mais um triunfo deste processo de mudança, na revolução democrática e cultural, por que passa a Bolívia", disse ele.
Para Morales, "o povo de La Paz é sábio e sabe como e quando ser solidário. E se o governo não mente, não usa interesses pessoais ou sectários, sempre consegue sair vitorioso. A verdade é uma grande força", comentou o chefe de Estado, que lembrou que há 30 anos as forças opressoras diziam que para salvar a Bolívia da morte era preciso privatizar os recursos naturais e serviços básicos.
Hoje a Bolívia se apresenta com muita força, economicamente estável, politicamente forte e sobenara e culturalmente invencível", externou Morales.
Para o líder boliviano, "este processo não será parado. Então, vamos continuar essa luta, apesar de algumas dificuldades que podem surgir sempre."
A força de Cuba e da Venezuela
Ele também destacou a inspiração do líder cubano Fidel Castro e do comandante Hugo Chávez no processo vivo de mudança na Améria Latina. E esclareceu que somente leva a cabo uma tarefa deixada pelos antepassados, de Tupac Katari e Bartolina Sisa para os mineiros, os trabalhadores indígenas originários e vítimas ditaduras militares.
"Vou reconhecer a grande presença de Fidel, bem como o governo e povo cubano. E também o exemplo de Hugo Chávez, pois o governo venezuelano nos apresenta duas questões fundamentais e de amplo avanço: a saúde e educação", disse ele.
O mandatário rememorou a Missão Milagre. "É impressionante a solidariedade do povo cubano de Fidel e seu governo. É inestimável e parece inatingível. Também no campo da educação, com o apoio de Cuba e da Venezuela, em pouco tempo conseguimos erradicar o analfabetismo", disse ele.
Ele lembou que "antes muitos tentaram e nunca conseguiram, mas a solidariedade de dois países irmãos, como Cuba e Venezuela, ajudou a avançar. E organizações como a Alba (Alternativa Bolivariana para os Povso de Nossa América), se converteram como uma política latino-americana com definições ideológicas, com programa concreto e anti-capitalista. E já colhemos os resultados".
Finalmente, ele lembrou que "a luta é permanente. Uma batalha econômica, uma luta ideológica, com uma grande vantagem: o nosso movimento de bases das forças sociais, é baseado na lei cósmica que nossos antepassados nos deixaram: não roubar, mentir, ou ser preguiçoso ".
"Constitucionalizamos estes valores de nossos antepassados, mas eu notei que haverá provocações, internas e externos, geralmente engendradas e impostas de fora, financiada pelas nações capitalistas com o objetivo de minar as profundas mudanças que fizemos na Bolívia. Mas nós temos o povo ao nosso lado", destacou Morales.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Joanne Mota
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