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sexta-feira, 16 de junho de 2023

No novo tempo, apesar dos perigos - Paulo Vinícius da SIlva e Flauzino Antunes - Propostas para o 9o. Encontro Sindical Nacional do PCdoB


Pra que nossa esperança
Seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho
Que se deixa de herança[1].

A encruzilhada histórica vivida pelo Brasil se resolverá positivamente a partir do protagonismo da classe trabalhadora. Do contrário, o Brasil será presa da rapina do imperialismo, tendo comprometido o futuro de sua gente, sua unidade, inclusive territorial.

Ao mesmo tempo que politiza a massa, mostrando as maldades do capital, do imperialismo, da rapinagem do sistema financeiro sobre os recursos públicos, é preciso recuperar o tempo perdido, com ações no presente e norteando o futuro.

Precisamos agir diferente para termos resultados diferentes. Reconhecer as deficiências na disputa da opinião pública e a crise da representatividade política da Classe Trabalhadora é essencial para a defesa da Nação Brasileira e a incorporação da Classe Trabalhadora no Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Diante da vivência da inaudita destruição do país verificada no desgoverno genocida da extrema direita, a única forma de impedir qualquer retrocesso é apostar np revigoramento do movimento sindical classista, representado pela CTB, aproveitar a crítica e autocrítica para enfrentar os desafios atuais. As propostas seguintes são parte desse esforço:

a. O movimento sindical classista precisa da organização da consciência avançada comunista como esteio de sua unidade e crescimento. É insuficiente o atual modelo, de direção permanente a cargo de presidentes e tesoureiros de sindicatos âncora, secretários sindicais e presidentes da CTB e eventuais Encontros e reuniões de base, com a confusão entre estruturas de coordenação da CTB e do Partido. O estabelecimento da Fração Nacional da CTB - e não apenas a reunião do núcleo fixo em SP é parte disso, mas não apenas. É preciso retomar um instrumento mais amplo, intermediário entre a amplitude da Central e o Partido, importantíssimo para: i) fazer valer a unidade no Partido e a pluralidade na CTB; ii) favorecer o recrutamento e a estruturação partidária entre os trabalhadores(as) da base até o topo e em todos os estados e municípios com mais de 100 mil habitantes, a renovação, o rejuvenescimento, o crescimento da participação feminina, o recrutamento e a formação classista permanente, que resultarão no crescimento e na perenidade da própria CTB no novo contexto, que favorece à unificação do movimento sindical brasileiro;

b. É preciso posicionar a CTB na vanguarda da luta da Classe Trabalhadora na denúncia do capital financeiro e de seus instrumentos de ponta, utilizados pelo imperialismo, fazendo nossa Central reconhecida por algumas marcas de combatividade:

b1. A luta pela revogação da Deforma Trabalhista e a denúncia de seus males, notadamente o fim da ultratividade, o trabalho intermitente e temporário e a terceirização ilimitada;

b2. A guerra aos juros altos, a denúncia prática de seus impactos sobre a economia popular como expressão do capitalismo e a luta nas redes e nas ruas pela queda do atual Presidente do BC, mobilizando o povo para apoiar as mais avançadas denúncias feitas pelo Presidente Lula;

b3. A denúncia da neoescravidão do trabalho por plataformas e a luta pela valorização do trabalho na sua regulamentação, inclusive por plataformas brasileiras, próprias, cooperativas e sob patrocínio público;

b4. O envolvimento destacado na luta da Comunicação Digital e da Cultura para ampliar nossa capacidade de mobilização real, a partir da denúncia da ação nefasta das Bigtecs para a ascensão do fascismo e a exponencial desvalorização do trabalho;

b5. A denúncia da destruição do meio ambiente pelo capitalismo e da alternativa socialista como único caminho para superar a atual crise ambiental que ameaça a vida humana na terra;

b6. A defesa da unidade da classe trabalhadora em sua diversidade, prezando pela solidariedade e pela dimensão classista estratégica da unidade dos trabalhadores(as) como classe universal, protadora das esperanças dos movimentos de mulheres, negro, indígena, LGBTQIA+, da juventude, principais interessada na defesa da Nação Brasileira ameaçada;

b7. Experimentar e alargar as possibilidades de consulta e participação da classe trabalhadora através das ferramentas digitais de comunicação. mostrando na prática nosso interesse de ouvir a classe trabalhadora.

c. Superar o atual estágio de organização sindical, marcado pela exclusividade de um movimento de representação corporativa, para uma maior proximidade com a classe trabalhadora humilhada, precarizada e em grave sofrimento físico e psíquico. O desafio é ampliar o envolvimento de amplas parcelas das categorias, colocando para dentro dos sindicatos a solidariedade aos movimentos sociais, a solidariedade à população, a presença nos territórios, como esteios para uma maior representação política, lastreada nas amplas massas do povo;

d. Compreender a urgência de ampliar a taxa de filiação e o nível de participação dos trabalhadores e trabalhadoras formalizados, fazendo valer a renovação nas direções, a incorporação de novos militantes, de jovens e mulheres, e projetando os quadros experientes a novas tarefas;

e. As lutas pela unidade e pela renovação - que asseguram o futuro - devem ser provadas na fidelidade à representação das categorias concretas. Isso passa por ampliar a democracia e a unidade sindicais pela base, no que pode muito contribuir a adoção da Proporcionalidade Qualificada nos nossos sindicatos e em todas as Centrais Sindicais, para que a união se realize na ação pela base, estimulando o diálogo permanente e a representação das principais forças políticas e atores da luta sindical junto à ampla maioria de nossas categorias, que não tem partido, mas precisa ser ganha para a participação sindical e política;

f. Não basta, contudo, que os sindicatos acolham e organizem suas próprias categorias. A realidade da terceirização ilimitada, do trabalho por plataformas e aplicativos sem direitos e da informalidade estendida à maioria da População Ocupada, exige romper com o corporativismo e fazer dos grandes sindicatos o esteio para a organização das demais categorias. A organização de todas as categorias existentes em grandes unidades de trabalho é um desafio que só pode vencido com Cultura, para quebrar as estruturas e a insensibilidade, para despertar a solidariedade e construir uma rede mais sólida de representantes sindicais de base, de solidariedade com o povo e como espaços de promoção de direitos para toda a população. Retomar instrumentos próprios - por exemplo, um Centro Cultural Popular - CCP - em regiões de grande presença de trabalhadores e nas periferias das cidades, com o objetivo de ter maior interação social com a massa de trabalhadores, com prioridade na disputa das ideias que fazem a cabeça dos trabalhadores(as) e da juventude

O Brasil é o caminho, o Socialismo é o rumo, e o futuro pertence à Classe Trabalhadora

[1] No Novo Tempo, Canção de Ivan Lins

2 comentários:

  1. Ótimo texto, providencial! Tem um elemento fundamental nesse desafio atual, ganhar os que a entidade representa, requer muita dedicação, criatividade e paciência

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