O conceito é simples: uso de inteligência artificial para assumir o poder, enganando os humanos e utilizando robôs como instrumento para alcançar seu objetivo. Esse, na verdade, é o resumo do roteiro do filme norte-americano Eu, Robô, mas se encaixaria perfeitamente nas técnicas utilizadas pela campanha tucana para auxiliar o candidato Aécio Neves.
As práticas enganosas adotadas pelo PSDB para tentar marcar sua presença na internet já foram alvo de denúncias feitas pelo Muda Mais, e agora viraram até objeto de estudo da Universidade Federal do Espírito Santo. Durante o último debate presidencial transmitido pela Rede Record, as ações foram monitoradas pela UFES, que atestou que a campanha tucana utilizou, de fato, técnicas questionáveis.
O processo funciona da seguinte forma: estimuladas por um tema específico que esteja em destaque, as pessoas utilizam seus perfis no Twitter para falar sobre o assunto. Quanto mais se fala, mais o tema cresce, até que chegue ao ponto de entrar para o Trending Topics, a lista dos 10 assuntos mais comentados daquele período.
Partidos com militância expressiva e apoiadores, como é o caso do PT, entram para o Trending Topics com frequência durante os eventos políticos, uma vez que se tornam tema amplamente comentado entre perfis de pessoas reais.
No caso em questão, que ocorreu durante o último debate, veiculado no dia 28 de setembro, o PSDB agiu de forma não-orgânica. Ou seja, segundo a UFES, utilizou robôs - perfis falsos, que soltam tuítes automaticamente - para manipular positivamente o TT em favor próprio e dar a impressão de que eles eram, de fato, um tema relevante.
Vale lembrar que neste campo, a campanha de Aécio é reincidente. O Muda Mais já mostrou algumas vezes como os robôs de Aécio funcionam. O estudo da UFES, portanto, apenas endossa o que já dissemos: a militância petista existe dentro e fora das redes, já a do PSDB...
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