Candidata de quem?
Marina não era candidata do Eduardo Campos. Marina não era a candidata do PSB. Virou candidata devido à morte de Eduardo Campos. Ou seja, se Eduardo Campos fosse vivo ela jamais seria candidata. E a pressão para que fosse a candidata do PSB, eu, você, todo mundo viu: o Partido da Imprensa Golpista, os especuladores que apostam contra a economia brasileira, os porta-vozes do ecoimperialismo, que querem o Brasil sem condições de defender o Pré-Sal, que defendem a internacionalização da Amazônia, que defendem a autonomia do Banco Central do Estado (e, portanto, defendem a sua dependência dos especuladores que ganham sem trabalhar, com os juros da taxa SELIC).
A nova política do Paleolítico
E a "nova política" de Marina não tem fidelidade a partido nenhum. Ela mesma não está no quarto projeto partidário? Isso já existe há muito, né?
A "nova política" não tem lado: nem de esquerda, nem de direita. Não existe esse negócio de elite, o Chico Mendes e um herdeiro de um banco são ambos da elite - mas só o Chico Mendes foi assassinado, né? Mesmo sua identidade ambientalista foi abandonada, com acenos despudorados ao agronegócio - e não me refiro aos pequenos produtores, ou à agricultura brasileira que ganha pela inovação. Não, não. Beto Albuquerque é um consistente defensor - não muda de lado a qualquer minuto ou proposta - da liberação dos transgênicos, inclusive da Monsanto. Quem muda de lado, de partido, de posição, com facilidade, é Marina.
Marina é um passo atrás no Estado laico e um salto no colo do neoliberalismo. Num infame episódio, ela mudou seu programa de governo por tweets ameaçadores do Pastor Malafaia, dando um passo atrás no reconhecimento do direito de quaisquer pessoas se unirem perante a lei e a sociedade e levarem a sua vida familiar, com acesso à construção de um patrimônio comum, plano de saúde, à própria família. Isso mostra que Marina não é tão escrupulosa em mudar de lado, mesmo quando isso afeta de modo tão doloroso a vida das pessoas. Ela se acovarda e as deixa expostas às pressões religiosas ilegítimas porque justificam a homofobia, as agressões, a humilhação, o status de cidadãos e cidadãs de segunda categoria. Ela levou um pito do Pastor, e mudou de lado, rapidinho. Se há um campo em que é preciso defender menos interferência do Estado e das religiões é esse. O que vem depois? Cura gay? Criacionismo nas escolas? Isso é a nova política?
A "nova política" contra o Desenvolvimento é caquética
Curioso quem defende o Estado a interferir na esfera mais íntima para excluir direitos, e depois defende que um Banco por definição do Estado - o Banco Central - seja "independente". De quem, para que?
A principal "herança" de FHC e a principal coluna do "Plano Real" é a que vincula os juros da taxa SELIC ao pagamento da dívida pública - os títulos do tesouro são ligados a essa referência, assim como diversas aplicações financeiras. Ao mesmo tempo, a SELIC é a principal referência do crédito. Por que isso não mudou? Ora, porque existe imensa pressão para que essa forma de controlar a inflação continue, pois é graças a ela que mais de 40% do orçamento da União vai para os especuladores. Funciona assim: diante de qualquer risco ou propaganda de crescimento da inflação, aumenta-se a taxa SELIC. Aí a economia cresce menos, o crédito e o consumo ficam mais caros, e os especuladores ficam mais ricos. E como o consumo e o crescimento da economia diminui, a inflação também não cresce.
Você paga juros de cheque especial, de cartão de crédito, de financiamento de carro, de financiamento de casa, de compra de eletrodoméstico? Pois é. No mundo da independência do Banco Central, ao contrário da ação do Governo para BAIXAR os juros, teríamos somente as pressões dos "independentes" e dos "técnicos". Mas, quem são eles? Consultores dos grandes especuladores, bancos e instituições que são os principais beneficiários quando há ALTA dos juros. Marina defende a autonomia do Banco Central do Estado, mas na prática, aonde isso se aplica, é apenas o slogan da DEPENDÊNCIA do Banco Central dos grandes especuladores, como é o caso do Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos. Essa proposta de BC independente tem pai e mãe, o PSDB, o DEM, o FHC. Foi o povo que nunca deixou que ela passasse. Em síntese: mais Estado na sua cama e vida pessoal, menos estado para impedir os especuladores de definirem quanto o povo paga em juros? Quer dizer que isso é nova política?
Para completar, o Programa de governo é coordenado pela herdeira do Itaú e na sua ekipekonômica vemos gente com as mesmas ideias da turma de FHC, que derrotamos.São essas ideias, caquéticas, que querem voltar. O neoliberalismo está desmoralizado no mundo afora, e eles querem implantar essa antiga agenda que nos levaria à crise e ao desemprego, de mais juros e recessão. Eles atacam a Petrobrás e propõem medidas que prejudicarão o atual papel do BNDES, da Caixa, do BNB e do Banco do Brasil, as grandes ferramentas que impulsionam a economia brasileira para o futuro.
Finalmente cai a máscara que ocultava uma neoliberal encubada, que faz qualquer acordo por um projeto de poder, mesmo que ele seja o de colocar o Brasil à venda. Essa é a mais velha das políticas. Precisamos de um governo nacionalista, preparado para defender a Amazônia e o Pré-Sal da ganância estrangeira! Não podemos aceitar um passo atrás no desenvolvimento, infuenciada pelas ongs ambientalistas estrangeiras que servem à "internacionalização da Amazônia". Uma agenda que diz que o Pré-Sal não é tão importante assim, depois que a Dilma e os movimentos sociais conquistaram que 75% dos royalties do Pré-Sal e irão para a Educação e 25% irão para a saúde.
Vamos outra vez deixar os entreguistas terem nas mãos o futuro das riquezas do Brasil?
Na prática, a "nova política" de Marina será uma tragédia econômica para a juventude, que é a principal interessada no crescimento da economia com distribuição de renda e novas oportunidades. Se Dilma oferece PROUNI, REUNI, 8 milhões de vagas de cursos técnicos, Ciências Sem Fronteiras e e novas universidades e IFETs, a agenda de Marina em economia será de maiores juros, crescimento negativo e crise.
Dilma é a Presidenta, ela tem muitas responsabilidades, e muitos limites para o que deseja fazer, e também erra, ela é humana, não é uma líder messiânica, uma salvadora da pátria, nem candidata a santa. Mas Dilma Rousseff tem o mais importante numa Presidenta, ela tem lado, e o lado certo. Dilminha está do lado dos mais fracos, dos mais pobres, de quem mais precisa. Durante seu governo a fome ficou longe das casas mais humildes, e a agricultura familiar se fortaleceu. O povo mais pobre teve chances que nossos avós não tiveram, estudar, até no exterior. Dilma foi uma voz de coragem no mundo, não baixou a cabeça pros EUA. Ao contrário, fez a Copa das Copas, renovou nossos estádios, estradas, ferrovias e portos, gerou mais de 5 milhões de empregos, manteve a inflação controlada, aumentou o salário mínimo acima da inflação. Aprovou a lei que as centrais sindicais pediram, que garante que o salário mínimo cresce mais que a inflação, razão porque o salário mínimo pulou de 50 dólares aproximadamente em 2002 para mais de 350 dólares nesse ano. No governo de Dilma, o Banco do Brasil, a Caixa, o BNDES e a Petrobrás cresceram e se fortaleceram, tornando-se peças fundamentais do desenvolvimento do Brasil. Dilma Rousseff deu imenso protagonismo às mulheres, na política, nos programas sociais, no governo. Dilma além disso fez imensas obras de infraestrutura, complicadas e importantes, como a Transposição do Rio São Francisco, as Hidrelétricas e mesmo a exploração do Pré-Sal, obras que prepararão o Brasil para um novo tempo de desenvolvimento, democracia e justiça.
A nova política não chegará com os os velhos senhores. Sem enfrentar a imprensa golpista, o sistema financeiro parasita, as oligarquias políticas filhas do poder econômico, não tem nova política. Quem tem a coragem de mudar? Dilma tem essa coragem. Dilma tem lado. Não é à toa que ela não sorri, quando se vê cercada por hienas. Aquela cara da Dilma, na bancada do Jornal Nacional, diante dos xingamentos no Maracanã, diante dos juízes militares na Ditadura, é a cara certa. É a cara "verás que um filho teu não foge à luta". Dilminha sorri mesmo é quando está com o povo. Mas quando as mentiras são repetidas milhões de vezes até parecerem verdades, nessa hora não dá para sorrir. É a hora de o Brasil inteiro denunciar o golpe midiático em curso para restaurar o neoliberalismo no Brasil, para barrar a nossa independência, para barrar a democratização da comunicação, um golpe para manter os especuladores dando as cartas da economia, para dar mais poder para os fundamentalistas religiosos e para setores estrangeiros que querem dominar o Brasil.
Dilma sorri com o Brasil
Dilma Roussef é a única candidata em defesa do Brasil, da democracia, do avanço social, do combate às desigualdades, de uma Reforma Política que diminua os interesses de banqueiros e empresários sobre as eleições. Essas são as verdadeiras bandeiras da Nova Política, pois é com Dilma que estão as verdadeiras mudanças para o Brasil!
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