Reinaldo Azevedo, o blogueiro da Veja, parece que voltou ao banco escolar. Bem que poderia aproveitar para ter aulas de educação e tolerância. Sua agressividade já virou doença crônica. Nos últimos dias, ele postou várias matérias sobre eleições em entidades estudantis. Todas declaradamente reacionárias. Será que ele pretende ser o “novo” líder estudantil da extrema-direita nativa?
Ele garante que não! Na sua singela modéstia, ele afirma: “Eu não estou organizando nada; sou apenas um cronista da libertação”. Seu objetivo, explica em tom que lembra os mentores do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), é alertar “a maioria silenciosa” dos estudantes para a urgente cruzada contra os “tiranos de extrema-esquerda que sequestram as instâncias da universidade”.
“Maconheiros e baderneiros” da USP
Com seu linguajar belicista e patético, ele informa que seus alvos são os “remelentos e mafaldinhas” da esquerda. Nesta semana, ele vibrou com a repressão da tropa de choque da PM aos “maconheiros e baderneiros” da USP. Chegou a polemizar com alguns amiguinhos da mídia demotucana, que questionaram a ação policial. Ele queria mais violência e prisões, mais bordoadas “corretivas”!
Ele também acompanhou atentamente as eleições no DCE da UnB, no Grêmio Politécnico da USP e no Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, que resultaram em derrotas de forças de esquerda – que deveriam apreender com os seus erros. No último caso, Reinaldo Azevedo se deu mal nas suas provocações fascistóides e levou uma bronca da direção eleita no XI de Agosto.
Ela retrucou as opiniões do blogueiro da Veja e rejeitou o seu apoio. “Por mais que se discorde das posições defendidas por setores estudantis, tentar caracterizá-las como apologia ao tráfico de drogas é criminalizar opiniões políticas e, portanto, é incompatível com o Estado Democrático de Direito”. E concluiu: “A liberdade de expressão deve ser exercida sempre com responsabilidade”.
“Eu tenho milhares de leitores”
A reação de Reinaldo Azevedo foi furiosa, coisa de maníaco depressivo que merece urgentemente uma camisa-de-força: “Estou pouco me lixando se vocês gostam de mim ou não! Eu tenho milhares de leitores... Continuo a elogiar os que votaram em vocês, mas reitero: vocês estão condenados a trair. Não fosse por vocação, seria por ruindade... Vocês são covardes, tolos e arrogantes”.
“Vocês já podem exibir aos seus adversários e à patrulha esquerdopata da faculdade, inclusive à docente, a mensagem que vocês me enviaram... Espalhem: ‘Reinaldo Azevedo nos considera uns babacas’. Sim, eu considero! Vocês escreveram um texto para demonstrar que não têm nada a ver comigo. Não sejam tão imodestos! Eu, definitivamente, não tenho nada a ver com vocês. Não tentem me chutar, seus bobinhos. Eu sei acarinhar como poucos. Mas sei chutar como ninguém”.
Eleição no DCE da USP
Toda essa agressiva militância, porém, tem um objetivo maior. A eleição para a nova diretoria do Diretório Central dos Estudantes da USP, que ocorre de 22 a 24 deste mês. Reinaldo Azevedo usa o espaço milionário do sítio do Grupo Abril para fazer campanha da chapa “Reação”. Chegou até a entrevistar seis integrantes da chapa, “a única não-esquerdista entre as que disputam o DCE”.
Ela ataca virulentamente a UNE – “devido ao seu aparelhamento, a instituição não passa de produtora de carteirinhas” – e afirma que a sua principal luta é “contra a partidarização do movimento estudantil”. Contraditoriamente, os entrevistados revelam que seis integrantes da chapa pertencem ao PSDB e um é filiado ao PV, “mas não são militantes profissionais”. O blogueiro da Veja está excitado!
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