No dia 17 de
julho o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu ordenou o início
da ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza. Por enquanto as tropas
israelenses ocuparam um território muito limitado no norte do enclave
palestino. Mas o alargamento da sua zona de controle pode ser esperada a
qualquer momento.
Uso de urânio empobrecido em armamentos é disseminado por EUA e Israel
O início da ofensiva terrestre é acompanhado pelo aumento dos bombardeamentos aéreos contra Gaza.
Os acontecimentos na Faixa de Gaza foram relatados ao correspondente da Voz da Rússia pelo habitante de Gaza Atef Abu Saif.
"Desde o fim do dia que Israel está bombardeando intensamente com fogo
de artilharia a Faixa de Gaza, o que durou até à manhã de hoje. Como
resultado, muitas pessoas começaram a abandonar as suas casas, caso
contrário teriam uma morte iminente. Muitos edifícios ficaram
destruídos, há vítimas, incluindo crianças. Tudo indica que Israel quer
mostrar quem manda aqui. E tudo isto acontece com a aprovação silenciosa
da comunidade internacional e dos países árabes", informa Saif.
Quanto aos refugiados, eles normalmente se juntam em escolas ou em
lugares especiais. "Eu próprio tive de abandonar minha casa. É evidente
que as pessoas se ajudam umas às outras, se abastecem com os produtos
necessários quando é possível. Mas até quando pode isso continuar? Na
Faixa de Gaza se assiste desde o início a uma escassez de produtos
alimentares. Agora tudo indica que a falta de alimentos poderá ser
simplesmente catastrófica", acrescenta.
Também há muitos problemas com a assistência médica. Ainda antes da
ofensiva israelense era impossível obter uma assistência médica de
qualidade nos hospitais locais devido ao bloqueio. Agora nem temos de
onde esperar assistência de emergência.
"Além do mais, Israel usa muito o gás lacrimogêneo. Foram milhares de
projéteis apenas durante a noite passada. O exército israelense também
não se abstém de usar munições de fósforo e com urânio empobrecido, o
qual provoca um aumento exponencial dos casos de câncer. Dessa forma,
podemos dizer com segurança que na Faixa de Gaza está começando uma
catástrofe humanitária", finaliza Saif.
Fonte: Voz da Rússia
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