Amanheço comovido. Li esses dias vários artigos sobre el Gran Debate, acerca da transição socialista enquanto Che era membro do governo Cubano. Este Che Ministro, a debater a lei do valor, o sistema de cálculo econômico soviético e o que intentava criar em Cuba, sendo o mesmo Che, mostra dons de uma escrita rica e cheia de conteúdo teórico dos mais difíceis, sua rebeldia a mesma, seu olhar crítico, suas reflexões, o estilo elegante da escrita, excelente referência.
Note-se: tanto ele quanto os debatedores fundamentais super atentos aos textos do camarada Stálin sobre o socialismo na URSS, com grande respeito. E a polêmica dura, mas elegante, no que, para o bem ou para o mal, muito se viu de uma influência do Che em aspectos fundamentais da economia e do socialismo em Cuba. Che tinha horror à canalha trotsquista.
E como uma coisa puxa à outra, eis-me lendo sobre sua trajetória. Suas experiências no Congo, e por fim na Bolívia. E o relato de que poderia ter-se salvo se não tivesse insistido em cobrir a retaguarda da fuga dos últimos guerrilheiros feridos. Só cinco escaparam.
Mas aí vem a pedra de toque comovedora. Sabendo já que executado seria, responde ao Sargento boliviano Mario Terán, que - a mando de seus superiores, na ação arquitetada com a CIA e o governo daquele país sob René Barrientos - o executaria desarmado, prisioneiro, mas ainda a dizer, sem medo: «¡Póngase sereno y apunte bien! ¡Va a matar a un hombre!».
O mesmo Mario Terán, que quatro décadas mais tarde, em 2007, teria devolvida sua visão graças ao convênio de solidariedade de Bolívia e Cuba, aos médicos cubanos que andam por tantas partes do mundo, fazendo o bem, sem olhar a quem.
Como disse, amanheço comovido. Por isso deixo-os com La zamba del Che, de outro querido revolucionário, Victor Jara:
http://www.cifraclub.com.br/victor-jara/la-zamba-del-che/
Tom: G
Introducion: Em B Am Em Em B Am G B7 Em Em B7 Vengo cantando esta zamba Em con redoble libertario, B7 mataron al guerrillero Em E Che comandante Guevara. Am G B Em E Selvas, pampas y montañas Am G B Em patria o muerte su destino. Que los derechos humanos los violan en tantas partes, en America Latina domingo, lunes y martes. Nos imponen militares para sojuzgar los pueblos, dictadores, asesinos, gorilas y generales. Explotan al campesino al minero y al obrero, cuanto dolor su destino, hambre miseria y dolor. Bolivar le dio el camino y Guevara lo siguio: liberar a nuestro pueblo del dominio explotador. A Cuba le dio la gloria de la nacion liberada. Bolivia tambien le llora su vida sacrificada. San Ernesto de la higuera le lAm an los campesinos, selvas, pampas y montañas, patria o muerte su destino.
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