SIGA O COLETIVIZANDO!
Páginas
Livro Kindle Textos de Combate - Venda Disponível
Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda
O livro Textos de Combate: sem perder a ternura, jamais! já está disponível!Não precisa ter kindle, basta baixar o aplicativo ou entrar no c...
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Jesuíta Van der Lugt é assassinado na Síria - UNISINOS
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/530027-jesuita-van-der-lugt-e-assassinado-na-siria
O padre católico holandês Frans Van der Lugt, jesuíta, foi assassinado na manhã de hoje, 07-04-2014, às 8 horas, na frente da residência dos jesuítas em Homs, por um grupo de homens armados.
A informação é publicada por Il Sismógrafo, 07-04-2014.
A notícia da morte do padre Van der Lugt, 75 anos, foi dada pela agência AP e confirmada pelo padre Alex Bassili, da Cúria provincial do Oriente Médio e do Maghreb.
Há alguns meses, Giorgio Bernardelli, narrava: "Originário da Holanda, padre van der Lugt vive no Oriente Médio já há 50 anos. Na Síria chegou em 1966, depois de um período transcorrido no Líbano para aprender a língua árabe. Ele chegou com uma experiência humana muito particular: um religioso que também é psicoterapeuta. Uma experiência que se revelou preciosa ao construir pontes de paz e de compreensão entre cristãos e muçulmanos".
Veja também:
Frans van der Lugt, jesuíta holandês, é assassinado na Síria
"É um homem de paz que morreu", diz Vaticano. Frans van der Lugt, jesuíta holandês, é assassinado na Síria
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Vale-tudo da oposição exige que esquerda vá à luta - Portal Vermelho
Vale-tudo da oposição exige que esquerda vá à luta - Portal Vermelho
No ano eleitoral, o vale-tudo já se instaurou nas hostes oposicionistas e na ação da mídia monopolista privada. O alvo é a presidenta Dilma e seu governo. O objetivo é impedir a reeleição da mandatária em outubro próximo.
Os recentes acontecimentos demonstram que as forças políticas empenhadas em interromper o ciclo progressista inaugurado com a eleição de Lula em 2002 não vão se deter diante de nada para alcançar seus objetivos, mesmo que seja necessário realizar manobras políticas torpes e levar o país ao caos.
A presidenta Dilma Rousseff, continuadora da etapa de conquistas democráticas e progressistas e líder de uma ampla coalizão democrática, é vítima de uma sistemática campanha de difamações. Os dois candidatos oposicionistas – Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, da coligação PSB-Rede-PPS – agem em concertação, estando no momento empenhados em desgastar a mandatária, hostilizá-la com a ajuda dos meios de comunicação, por meio de pronunciamentos de cunho eleitoral e em declarações de seus representantes nas casas legislativas. É uma ofensiva política que no fundo pretende paralisar o governo e desestabilizar o país.
Todos os analistas econômicos sabem que a leve alta inflacionária observada nas últimas semanas deve-se à sazonalidade na produção e comercialização de determinados alimentos. Mesmo assim, faz-se uma campanha sistemática para apresentar um cenário de caos econômico, descontrole financeiro, bancarrota das contas públicas e descalabro administrativo.
Erros pessoais de parlamentares do Partido dos Trabalhadores, atos isolados de irregularidades, são exibidos pela mídia como a expressão de corrupção sistêmica e irremediável no governo federal.
Nesse quadro, desenvolve-se a grande batalha legislativa e política do momento – a criação de uma CPI no Congresso Nacional para investigar supostas irregularidades na compra em 2006 da refinaria de Pasadena, Estados Unidos, pela Petrobras.
Em torno do controvertido caso, sobre o qual a diretoria da empresa à época já deu sobejas explicações, que serão acrescidas pelo depoimento que a presidenta atual da empresa, Graça Foster, fará esta semana no Senado, surgiram outras denúncias sobre a prática de lavagem de dinheiro e outras traficâncias praticadas por ex-diretores da estatal, que já estão sob rigorosa investigação e repressão da Polícia Federal e de órgãos de controle da administração pública.
Não obstante, há duas semanas que, em orquestração com os partidos e candidatos oposicionistas, principalmente o PSDB e o PSB, o tema é tratado com estardalhaço como se a vida política e econômica do país se reduzisse a isso e o governo estivesse paralisado administrativamente.
Por isso, assume destaque político a batalha que ocorre no Senado e na Suprema Corte – e pode ter desfecho esta semana – em torno da criação da CPI. A oposição pretende pôr na alça de mira apenas a Petrobras. Já as forças aliadas do governo demonstram estar dispostas a engajar-se no inquérito parlamentar, desde que este seja abrangente e se volte também para as denúncias sobre atos de corrupção em governos estaduais comandados por partidos oposicionistas que estão agitando a bandeira da CPI.
É nesse quadro que se destacam os chamamentos feitos nos últimos dias tanto pela presidenta Dilma Rousseff como pelo ex-presidente Lula para que as forças progressistas assumam seu papel no enfrentamento político.
Serena e firme, a presidenta, em contato com a juventude e movimentos sociais organizados, anunciou sua disposição de ir à luta em torno da reforma política democrática e tem demonstrado disposição de não retroceder em seu combate político para continuar liderando o processo de mudanças no país, o que implica a reiteração do seu ânimo para enfrentar a batalha eleitoral de 2014.
Por seu turno, o ex-presidente Lula manifestou disposição para desmascarar as falsas acusações dos partidos e candidatos oposicionistas, contribuir para a unidade das forças que apoiam o governo e na mobilização do apoio popular à reeleição da presidenta Dilma.
Como tem assinalado o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, o Brasil encontra-se diante de uma encruzilhada política – avançar na realização das mudanças de sentido progressista, ou capitular à chantagem da oligarquia financeira e das forças que lhe dão sustentação política.
Está cada vez mais claro que as classes dominantes e seus elos internacionais não aceitam a continuidade de um governo comprometido com o progresso social e o desenvolvimento nacional soberano. Por isso, não aceitam a continuidade do governo Dilma e tudo farão para impedir sua reeleição.
Num quadro como este, a esquerda não pode ser condescendente nem passiva. Ir à luta é o seu elemento.
No ano eleitoral, o vale-tudo já se instaurou nas hostes oposicionistas e na ação da mídia monopolista privada. O alvo é a presidenta Dilma e seu governo. O objetivo é impedir a reeleição da mandatária em outubro próximo.
Os recentes acontecimentos demonstram que as forças políticas empenhadas em interromper o ciclo progressista inaugurado com a eleição de Lula em 2002 não vão se deter diante de nada para alcançar seus objetivos, mesmo que seja necessário realizar manobras políticas torpes e levar o país ao caos.
A presidenta Dilma Rousseff, continuadora da etapa de conquistas democráticas e progressistas e líder de uma ampla coalizão democrática, é vítima de uma sistemática campanha de difamações. Os dois candidatos oposicionistas – Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, da coligação PSB-Rede-PPS – agem em concertação, estando no momento empenhados em desgastar a mandatária, hostilizá-la com a ajuda dos meios de comunicação, por meio de pronunciamentos de cunho eleitoral e em declarações de seus representantes nas casas legislativas. É uma ofensiva política que no fundo pretende paralisar o governo e desestabilizar o país.
Todos os analistas econômicos sabem que a leve alta inflacionária observada nas últimas semanas deve-se à sazonalidade na produção e comercialização de determinados alimentos. Mesmo assim, faz-se uma campanha sistemática para apresentar um cenário de caos econômico, descontrole financeiro, bancarrota das contas públicas e descalabro administrativo.
Erros pessoais de parlamentares do Partido dos Trabalhadores, atos isolados de irregularidades, são exibidos pela mídia como a expressão de corrupção sistêmica e irremediável no governo federal.
Nesse quadro, desenvolve-se a grande batalha legislativa e política do momento – a criação de uma CPI no Congresso Nacional para investigar supostas irregularidades na compra em 2006 da refinaria de Pasadena, Estados Unidos, pela Petrobras.
Em torno do controvertido caso, sobre o qual a diretoria da empresa à época já deu sobejas explicações, que serão acrescidas pelo depoimento que a presidenta atual da empresa, Graça Foster, fará esta semana no Senado, surgiram outras denúncias sobre a prática de lavagem de dinheiro e outras traficâncias praticadas por ex-diretores da estatal, que já estão sob rigorosa investigação e repressão da Polícia Federal e de órgãos de controle da administração pública.
Não obstante, há duas semanas que, em orquestração com os partidos e candidatos oposicionistas, principalmente o PSDB e o PSB, o tema é tratado com estardalhaço como se a vida política e econômica do país se reduzisse a isso e o governo estivesse paralisado administrativamente.
Por isso, assume destaque político a batalha que ocorre no Senado e na Suprema Corte – e pode ter desfecho esta semana – em torno da criação da CPI. A oposição pretende pôr na alça de mira apenas a Petrobras. Já as forças aliadas do governo demonstram estar dispostas a engajar-se no inquérito parlamentar, desde que este seja abrangente e se volte também para as denúncias sobre atos de corrupção em governos estaduais comandados por partidos oposicionistas que estão agitando a bandeira da CPI.
É nesse quadro que se destacam os chamamentos feitos nos últimos dias tanto pela presidenta Dilma Rousseff como pelo ex-presidente Lula para que as forças progressistas assumam seu papel no enfrentamento político.
Serena e firme, a presidenta, em contato com a juventude e movimentos sociais organizados, anunciou sua disposição de ir à luta em torno da reforma política democrática e tem demonstrado disposição de não retroceder em seu combate político para continuar liderando o processo de mudanças no país, o que implica a reiteração do seu ânimo para enfrentar a batalha eleitoral de 2014.
Por seu turno, o ex-presidente Lula manifestou disposição para desmascarar as falsas acusações dos partidos e candidatos oposicionistas, contribuir para a unidade das forças que apoiam o governo e na mobilização do apoio popular à reeleição da presidenta Dilma.
Como tem assinalado o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, o Brasil encontra-se diante de uma encruzilhada política – avançar na realização das mudanças de sentido progressista, ou capitular à chantagem da oligarquia financeira e das forças que lhe dão sustentação política.
Está cada vez mais claro que as classes dominantes e seus elos internacionais não aceitam a continuidade de um governo comprometido com o progresso social e o desenvolvimento nacional soberano. Por isso, não aceitam a continuidade do governo Dilma e tudo farão para impedir sua reeleição.
Num quadro como este, a esquerda não pode ser condescendente nem passiva. Ir à luta é o seu elemento.
“A direita quer voltar à década de 1990”, diz Renato Rabelo - PCdoB. O Partido do socialismo.
“A direita quer voltar à década de 1990”, diz Renato Rabelo - PCdoB. O Partido do socialismo.
Durante o Encontro de Militantes do PCdoB da Capital paulista, o presidente do Partido, Renato Rabelo, denunciou a essência do programa da direita que é “composta por partidos da oposição, setores do judiciário e da grande imprensa do país”.
Por Ana Flávia Marx
De acordo com o líder comunista, o Brasil passou por uma situação de grande mudança e a vida melhorou para mais de 80% da população brasileira, sendo que a ascensão foi de massa, não individual. O Brasil de hoje não é mais o país de 12 anos atrás. “Na opinião da direita, esse período foi de gastança, intervencionismo estatal e que tem que exatamente recompor tudo isso dando um grande choque fiscal”.
Na discussão sobre o cenário político nacional e as eleições que ocorrerão neste ano, Renato falou aos militantes que o país vive uma encruzilhada política, porque em última instância, as forças conservadoras propõem a volta das políticas de 1990, que tinha o mercado no centro, por isso eles combatem o intervencionismo estatal de Dilma. “Não só as implantadas no nosso país, mas também a política externa daquele período, que era de inteira submissão.”
“Não é por acaso que o próprio Aécio manda chamar Fernando Henrique Cardoso, não é por acaso que tanto Aécio como o próprio Eduardo Campos vão buscar a turma de Fernando Henrique, todos os grupos do ex-presidente que governavam com ele, a Casa das Garças do Rio de Janeiro e o próprio Instituto de Fernando Henrique, porque são pessoas que compunham o centro político de Fernando Henrique”, relatou Renato Rabelo.
Para o presidente o objetivo do conjunto de oposição, concepção política que vai além dos tradicionais partidos de direita, “é barrar a qualquer modo uma nova vitória das forças que chegaram ao centro do poder em 2002, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva”.
“Para eles é impensável que essas forças permaneçam 16 anos no poder central do país, porque se a Dilma é reeleita vai ser justamente esse tempo e isso não aconteceu nem na história da monarquia do Brasil. Então, para eles, a continuação de forças contrárias ao interesses deles, que sempre mandaram e têm grande força no Estado brasileiro, é algo insuportável”, afirmou o presidente nacional.
Rabelo lembrou que a Petrobras sempre vira pauta em ano eleitoral. Nas manchetes dos jornais durante vários dias, a estatal passou a ser o instrumento da vez.
“O que eles querem? É acabar com a Petrobras, é esse o objetivo, de enfraquecer a Petrobras para dizer o seguinte: Vocês disseram que a empresa tinha quer ser estatal, olha o que deu a empresa. Eles pegaram a Petrobras para tentar criar esse clima de suspensão contra o governo e os partidos da base”, destacou Renato.
Grande e velha mídia
Amplificadora das bandeiras oposicionistas, a participação da grande mídia e a necessidade da reforma da comunicação são centrais para Renato. Ao citar uma fala do economista Delfim Neto em que declara que “a força da burguesia é exercida primordialmente por meio da grande imprensa”, o comunista apresentou que nesse assunto reside uma dificuldade da forças progressistas, pois não há nenhum meio independente para equilibrar a disputa na comunicação.
“No tempo de Getúlio Vargas ele conseguiu. O Samuel Wainer que era um grande jornalista e tinha um jornal de expressão nacional, porque naquele momento, a grande mídia eram os grandes jornais. Goulart também contou com o Última Hora. Hoje nós não temos um aparato, digamos assim, no nível dessa mídia moderna composta por todos esses vetores da comunicação que são bastante importantes para atingir camadas da nossa população”, falou.
Segundo o presidente há um movimento organizado dos grupos da grande imprensa. “Há uma orquestração, um movimento uníssono dessa grande mídia em veicular ideias de que esgotou o projeto que começou com o Lula; a presidenta atual é incompetente; estamos caminhando para um grande desastre. É esse tipo de manchete que eles veiculam de manhã, tarde e noite”.
“Temos que saber responder e enfrentar. Precisamos fazer uma contraofensiva e temos que usar tudo o que é possível, tudo o que temos de comunicação e as mobilizações. São três questões que consideramos importantes para alcançar os nossos objetivos. Primeiro, ter bandeiras justas, seguido de mobilização popular e terceiro, o governo assumindo isso. Se juntar tudo isso é uma grande paulada na direita”, orientou Rabelo.
A importância de São Paulo
Dirigido por muitos quadros da direita, o estado de São Paulo é peça fundamental para impor uma derrota para as forças de direita. Governado por mais de 20 anos sob a orientação neoliberal de mais mercado e menos Estado, as contradições desse projeto são cada dia mais evidentes, como os casos de corrupção e até da falta de água no maior estado da federação.
Segundo o presidente estadual do PCdoB, Orlando Silva, de qualquer ângulo de observação das políticas sociais, o estado de São Paulo está estagnado ou retrocedendo. “Eles tentam criar a ideia de que eles são éticos e eficientes, mas quando vejo as notícias do estado, percebo que o dinheiro que está faltando para financiar trem e metrô no estado, está indo para financiar a campanha do PSDB. E é isso que mantêm eles no poder há mais de 20 anos.”
“Nós nunca reunimos tantas condições para derrotar os tucanos em São Paulo. Apesar da força brutal que eles ainda têm, nós ganhamos a eleição na Capital, na maioria dos grandes centros no estado, ocupamos uma posição importante em Jundiaí. Portanto, nós reunimos condições, pela ampliação de influência política, pela organização dos movimentos sociais e pela realidade do estado de virar essa página”, avaliou o presidente estadual.
A divisão da base de Geraldo Alckmin também é uma contradição a ser explorada. “A candidatura do presidente da Fiesp, Paulo Skaff, com o qual o PCdoB mantém diálogo porque acredita que é importante a oposição inteira conversar, ter pontes para derrotar os tucanos.”
A mesma avaliação é feita sobre a candidatura de Gilberto Kassab. “Na outra eleição, Kassab votou 45, mas não vai votar nessa e isso é bom.”
Para o presidente Jamil Murad, entender esse cenário era um dos objetivos da atividade. “O Partido existe para tomar posição e defender os trabalhadores, a nossa democracia e o nosso país. Por isso, fico feliz em ver que a militância assumiu o compromisso de construir essa grande atividade.”
O objetivo específico da sigla nas eleições deste ano é contribuir na eleição de 20 deputados federais, dos quais três de São Paulo, e ampliar a bancada na Assembleia Legislativa do estado.
Veja a galeria de fotos
Durante o Encontro de Militantes do PCdoB da Capital paulista, o presidente do Partido, Renato Rabelo, denunciou a essência do programa da direita que é “composta por partidos da oposição, setores do judiciário e da grande imprensa do país”.
Por Ana Flávia Marx
Ana Flávia MarxRabelo: "Precisamos fazer uma contraofensiva e temos que usar tudo o que é possível, tudo o que temos de comunicação e as mobilizações".
O encontro reuniu cerca de 200 militantes de diversificadas bases e movimentos de atuação para debater os desafios da legenda na batalha eleitoral e a renovação das linhas de acumulação e crescimento do Partido na maior cidade do país.De acordo com o líder comunista, o Brasil passou por uma situação de grande mudança e a vida melhorou para mais de 80% da população brasileira, sendo que a ascensão foi de massa, não individual. O Brasil de hoje não é mais o país de 12 anos atrás. “Na opinião da direita, esse período foi de gastança, intervencionismo estatal e que tem que exatamente recompor tudo isso dando um grande choque fiscal”.
Na discussão sobre o cenário político nacional e as eleições que ocorrerão neste ano, Renato falou aos militantes que o país vive uma encruzilhada política, porque em última instância, as forças conservadoras propõem a volta das políticas de 1990, que tinha o mercado no centro, por isso eles combatem o intervencionismo estatal de Dilma. “Não só as implantadas no nosso país, mas também a política externa daquele período, que era de inteira submissão.”
“Não é por acaso que o próprio Aécio manda chamar Fernando Henrique Cardoso, não é por acaso que tanto Aécio como o próprio Eduardo Campos vão buscar a turma de Fernando Henrique, todos os grupos do ex-presidente que governavam com ele, a Casa das Garças do Rio de Janeiro e o próprio Instituto de Fernando Henrique, porque são pessoas que compunham o centro político de Fernando Henrique”, relatou Renato Rabelo.
Para o presidente o objetivo do conjunto de oposição, concepção política que vai além dos tradicionais partidos de direita, “é barrar a qualquer modo uma nova vitória das forças que chegaram ao centro do poder em 2002, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva”.
“Para eles é impensável que essas forças permaneçam 16 anos no poder central do país, porque se a Dilma é reeleita vai ser justamente esse tempo e isso não aconteceu nem na história da monarquia do Brasil. Então, para eles, a continuação de forças contrárias ao interesses deles, que sempre mandaram e têm grande força no Estado brasileiro, é algo insuportável”, afirmou o presidente nacional.
Rabelo lembrou que a Petrobras sempre vira pauta em ano eleitoral. Nas manchetes dos jornais durante vários dias, a estatal passou a ser o instrumento da vez.
“O que eles querem? É acabar com a Petrobras, é esse o objetivo, de enfraquecer a Petrobras para dizer o seguinte: Vocês disseram que a empresa tinha quer ser estatal, olha o que deu a empresa. Eles pegaram a Petrobras para tentar criar esse clima de suspensão contra o governo e os partidos da base”, destacou Renato.
Grande e velha mídia
Amplificadora das bandeiras oposicionistas, a participação da grande mídia e a necessidade da reforma da comunicação são centrais para Renato. Ao citar uma fala do economista Delfim Neto em que declara que “a força da burguesia é exercida primordialmente por meio da grande imprensa”, o comunista apresentou que nesse assunto reside uma dificuldade da forças progressistas, pois não há nenhum meio independente para equilibrar a disputa na comunicação.
“No tempo de Getúlio Vargas ele conseguiu. O Samuel Wainer que era um grande jornalista e tinha um jornal de expressão nacional, porque naquele momento, a grande mídia eram os grandes jornais. Goulart também contou com o Última Hora. Hoje nós não temos um aparato, digamos assim, no nível dessa mídia moderna composta por todos esses vetores da comunicação que são bastante importantes para atingir camadas da nossa população”, falou.
Segundo o presidente há um movimento organizado dos grupos da grande imprensa. “Há uma orquestração, um movimento uníssono dessa grande mídia em veicular ideias de que esgotou o projeto que começou com o Lula; a presidenta atual é incompetente; estamos caminhando para um grande desastre. É esse tipo de manchete que eles veiculam de manhã, tarde e noite”.
“Temos que saber responder e enfrentar. Precisamos fazer uma contraofensiva e temos que usar tudo o que é possível, tudo o que temos de comunicação e as mobilizações. São três questões que consideramos importantes para alcançar os nossos objetivos. Primeiro, ter bandeiras justas, seguido de mobilização popular e terceiro, o governo assumindo isso. Se juntar tudo isso é uma grande paulada na direita”, orientou Rabelo.
A importância de São Paulo
Dirigido por muitos quadros da direita, o estado de São Paulo é peça fundamental para impor uma derrota para as forças de direita. Governado por mais de 20 anos sob a orientação neoliberal de mais mercado e menos Estado, as contradições desse projeto são cada dia mais evidentes, como os casos de corrupção e até da falta de água no maior estado da federação.
Segundo o presidente estadual do PCdoB, Orlando Silva, de qualquer ângulo de observação das políticas sociais, o estado de São Paulo está estagnado ou retrocedendo. “Eles tentam criar a ideia de que eles são éticos e eficientes, mas quando vejo as notícias do estado, percebo que o dinheiro que está faltando para financiar trem e metrô no estado, está indo para financiar a campanha do PSDB. E é isso que mantêm eles no poder há mais de 20 anos.”
“Nós nunca reunimos tantas condições para derrotar os tucanos em São Paulo. Apesar da força brutal que eles ainda têm, nós ganhamos a eleição na Capital, na maioria dos grandes centros no estado, ocupamos uma posição importante em Jundiaí. Portanto, nós reunimos condições, pela ampliação de influência política, pela organização dos movimentos sociais e pela realidade do estado de virar essa página”, avaliou o presidente estadual.
A divisão da base de Geraldo Alckmin também é uma contradição a ser explorada. “A candidatura do presidente da Fiesp, Paulo Skaff, com o qual o PCdoB mantém diálogo porque acredita que é importante a oposição inteira conversar, ter pontes para derrotar os tucanos.”
A mesma avaliação é feita sobre a candidatura de Gilberto Kassab. “Na outra eleição, Kassab votou 45, mas não vai votar nessa e isso é bom.”
Para o presidente Jamil Murad, entender esse cenário era um dos objetivos da atividade. “O Partido existe para tomar posição e defender os trabalhadores, a nossa democracia e o nosso país. Por isso, fico feliz em ver que a militância assumiu o compromisso de construir essa grande atividade.”
O objetivo específico da sigla nas eleições deste ano é contribuir na eleição de 20 deputados federais, dos quais três de São Paulo, e ampliar a bancada na Assembleia Legislativa do estado.
Veja a galeria de fotos
Medvedev: Golpistas em Kiev arrastam a Ucrânia a uma guerra civil (com apoio da CIA)- Portal Vermelho
Medvedev: Golpistas em Kiev arrastam a Ucrânia a uma guerra civil - Portal Vermelho
Em sua página no Facebook, Medvedev associou a onda de descontentamento popular em numerosas cidades do oriente da Ucrânia com o desejo das pessoas de uma sociedade mais justa, e alertou que as ações dos golpistas arrastam o país a uma guerra civil.
Por outro lado, o premiê considerou como uma das causas fundamentais da tragédia ucraniana o fato de que as autoridades legítimas então não fizeram tudo que foi possível desde o começo para manter a ordem nas regiões e evitar a ocupação de sedes governamentais.
O governo anterior se reduziu a zero e não pôde manter a ordem quando começaram os assaltos em massa das instituições do Estado, enfatizou Medvedev em seu comentário.
O premiê russo chamou a atenção ao fato do poder na Ucrânia ter passado dos combatentes armados a bandidos em Kiev. Víktor Ianukovitch foi derrubado ilegitimamente e por isso continua sendo o presidente legal da Ucrânia, afirmou.
Ao mesmo tempo questionou os governantes ilegítimos em Kiev que atentam contra algo que eles originaram.
O golpe de Estado gerou os protestos populares nas regiões do leste e sul ucraniano, e o vazio de poder se completou com o caos, sublinhou o chefe de Governo.
Para Medvedev, o povo ucraniano deve ter a oportunidade de eleger seu destino, sem a pressão de usurpadores, nacionalistas, bandidos, nem também com tanques nem visitas secretas do diretor da Agência Central de Inteligência (CIA).
O dirigente russo reivindicou os direitos dos cidadãos a participar na formação de um estado ucraniano, que se fundamente na igualdade dos povos e de idiomas, em referência a uma necessária e profunda reforma constitucional nessa república ex-soviética, que reflita os interesses de todas as regiões.
Os protestos anti-governo promovidos pela oposição pró-ocidente a final de novembro de 2013, sob a palavra de ordem da integração europeia, deveio tomada de poder à força na Ucrânia e a derrocada do presidente Ianukovitch, depois de um cenário violento nas ruas de Kiev e outras cidades.
O não reconhecimento das autoridades golpistas e de seus colaboradores nas regiões é a causa principal dos protestos populares no sudeste do país e dos pedidos de federalização.
No meio de uma atmosfera de tensão social, foi divulgado que o diretor da CIA, John Brennan, se reuniu este fim de semana em segredo com a alta hierarquia dos corpos repressivos e o auto-proclamado presidente interino Alexander Turchinov.
Fonte: Prensa Latina
O premiê russo, Dmitri Medvedev, afirmou nesta terça-feira (15) que a população ucraniana compreendeu as verdadeiras intenções dos usurpadores do poder em Kiev, depois de comentar os acontecimentos no sudeste do vizinho país.
Em sua página no Facebook, Medvedev associou a onda de descontentamento popular em numerosas cidades do oriente da Ucrânia com o desejo das pessoas de uma sociedade mais justa, e alertou que as ações dos golpistas arrastam o país a uma guerra civil.
Por outro lado, o premiê considerou como uma das causas fundamentais da tragédia ucraniana o fato de que as autoridades legítimas então não fizeram tudo que foi possível desde o começo para manter a ordem nas regiões e evitar a ocupação de sedes governamentais.
O governo anterior se reduziu a zero e não pôde manter a ordem quando começaram os assaltos em massa das instituições do Estado, enfatizou Medvedev em seu comentário.
O premiê russo chamou a atenção ao fato do poder na Ucrânia ter passado dos combatentes armados a bandidos em Kiev. Víktor Ianukovitch foi derrubado ilegitimamente e por isso continua sendo o presidente legal da Ucrânia, afirmou.
Ao mesmo tempo questionou os governantes ilegítimos em Kiev que atentam contra algo que eles originaram.
O golpe de Estado gerou os protestos populares nas regiões do leste e sul ucraniano, e o vazio de poder se completou com o caos, sublinhou o chefe de Governo.
Para Medvedev, o povo ucraniano deve ter a oportunidade de eleger seu destino, sem a pressão de usurpadores, nacionalistas, bandidos, nem também com tanques nem visitas secretas do diretor da Agência Central de Inteligência (CIA).
O dirigente russo reivindicou os direitos dos cidadãos a participar na formação de um estado ucraniano, que se fundamente na igualdade dos povos e de idiomas, em referência a uma necessária e profunda reforma constitucional nessa república ex-soviética, que reflita os interesses de todas as regiões.
Os protestos anti-governo promovidos pela oposição pró-ocidente a final de novembro de 2013, sob a palavra de ordem da integração europeia, deveio tomada de poder à força na Ucrânia e a derrocada do presidente Ianukovitch, depois de um cenário violento nas ruas de Kiev e outras cidades.
O não reconhecimento das autoridades golpistas e de seus colaboradores nas regiões é a causa principal dos protestos populares no sudeste do país e dos pedidos de federalização.
No meio de uma atmosfera de tensão social, foi divulgado que o diretor da CIA, John Brennan, se reuniu este fim de semana em segredo com a alta hierarquia dos corpos repressivos e o auto-proclamado presidente interino Alexander Turchinov.
Fonte: Prensa Latina
Aldo Rebelo critica campanha midiática e garante sucesso da Copa - Portal Vermelho
Aldo Rebelo critica campanha midiática e garante sucesso da Copa - Portal Vermelho
“O futebol é relevante e se auto protege”, disse o ministro, ao rechaçar a campanha midiática contra a Copa do Mundo, enfatizando que na final da última Copa do Mundo, o jogo foi visto por três bilhões de espectadores. “Não creio que a pujança e força desse evento vão sofrer abalo”, afirmou.
Parte da mídia deseja transformar a Copa do Mundo em uma catástrofe para o Brasil, insistiu o ministro, citando o editorial da Folha de São Paulo, que avaliou a repercussão da realização s Jogos Olímpicos no Japão em 2020. Segundo o jornal brasileiro, com o grande evento esportivo, o Japão vai garantir a retomada do seu crescimento econômico, que está a 10 anos estagnado, e do seu protagonismo político, ameaçado com o crescimento da China.
“Para nós, as Olimpíadas não servem para nada, talvez servisse para o Japão dobrar o seu crescimento e o seu protagonismo político”, ironizou o ministro.
Copa de todos
Aldo Rebelo disse que o Brasil não esconde suas deficiências, pelo contrário. “Eu sempre digo que a Copa do Mundo serve para que o país exiba seu crescimento civilizatório, mas também para corrigir suas limitações”.
E afirma que a Copa do Mundo não é de nenhum governo. “É de todos no que tem de qualidades e deficiências. É preciso tirar desse evento o que ele possa ter de melhor para o país”, afirmou. E, ao exemplo do que vem dizendo ao longo dos anos de preparação do evento, a Copa do Mundo é uma grande oportunidade para o país, citando o ciclo econômico que aponta para a criação de 36 milhões de empregos e para cada real investido pelo governo, três reais são investidos pela iniciativa privada.
Ao iniciar sua fala aos deputados, destacando que “os dois grandes eventos que se avizinham clamam por um acompanhamento mais sistemático e rigoroso dessa Casa”, o ministro do Esporte garantiu que “apesar do grosso noticiário que circula dando conta de problemas na preparação da Copa do Mundo, tudo o que foi assumido pelo governo está sendo cumprido.”
Dos 12 estádios, seis foram entregues ainda na Copa das Confederações. E nos seis outros, cinco já realizaram jogos-testes. O Corinthians, o último deles, já anunciou jogo-teste para início de maio. “Não há risco e nem possibilidade de não termos um dos estádios”, garantiu o ministro. Na Alemanha, um estádio teve que ser excluído por não estar totalmente preparado para receber os jogos da Copa do Mundo de 2006.
Nos outros setores, de aeroportos, comunicação, segurança e mobilidade, o ministro falou em detalhes sobre cada um deles. Ele destacou que as obras de mobilidade fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que foram antecipadas para que o país fizesse a Copa, mas já eram previstos.
Citou como exemplo o Veículo leve sobre trilhos (VLT) de Cuiabá (MT), cujas obras estão adiantadas. Todas as capitais tiveram as obras de mobilidade adiantadas para atender o período da Copa, como metrô de Fortaleza (CE) e as avenidas abertas em São Paulo próximo ao Itaquerão.
Sobre os aeroportos, o ministro disse que não é como alegoria de Carnaval, para durar três dias. É para a população brasileira, assim como a rede hoteleira. “Estamos criando uma infraestrutura para a Copa, mas principalmente para o Brasil”, disse. E reafirmou a importância de que 12 cidades do país, incluindo a região da Amazônia, sejam sedes de jogos da Copa do Mundo.
Ações de segurança
Ele se adiantou aos deputados, que revelaram preocupação com as manifestações, falando sobre as medidas que vem sendo adotadas na área de segurança. “Nós temos a Constituição para nos orientar sobre as manifestações pacíficas, que são permitidas por lei, constitui direito do cidadão, não há o que discutir; nos casos de violência contras as pessoas e o patrimônio público e privado, são proibidos por lei. A Polícia tem que coibir”, explicou Rebelo.
Ele também falou sobre a possibilidade dos eventos esportivos atraírem casos como os ocorridos em 1972, na Alemanha, e em 1996, nos Estados Unidos. Na Alemanha, cinco árabes do grupo terrorista Setembro Negro invadiram a vila olímpica, mataram dois membros da equipe de Israel e fizeram outros nove de reféns. O que se seguiu, com a paralisação temporária dos Jogos e a morte de todos os reféns israelitas, ficou conhecido como o Massacre de Munique. Sem que o governo conseguisse defendê-los e dois anos depois a Alemanha sediou a Copa do Mundo
Nos Estados Unidos, durante os Jogos Olímpicos de Atlanta, uma bomba explodiu no Centennial Olympic Park, a poucos metros da vila olímpica. A explosão matou duas pessoas e feriu 112. Poucos anos depois, um suspeito alegadamente chamado Eric Robert Rudolph, simpatizante de milícias extremistas e movimentos religiosos hostis ao governo federal foi julgado e condenado à prisão perpétua.
“Não creio que o Brasil atraia esse tipo de casos, produtos das rivalidades dos conflitos nacionais, étnicos e religiosos do qual o mundo permanece prenhe, nós temos preocupação com a violência do dia-a-dia, e vamos procurar meios de proteger os atletas, os turistas e a população”, afirmou o ministro.
Ele lembrou que Londres trouxe suas tropas do Afeganistão, com todo o aparato de guerra, para proteger as Olimpíadas de 2012. Segundo Aldo Rebelo, no Brasil, a expectativa é que a segurança seja feita pelas polícias dos estados e o Exército funcione com objetivo de retaguarda e não na execução de tarefas ligadas a segurança.
E citou o exemplo da cidade de Natal (RN), onde já está em funcionamento o Centro de Comando e Controle para operação policial, com equipamentos modernos, que estão sendo instalados em todos os estados, para garantir segurança do cidadão.
Rebatendo críticas
Em termos de telecomunicações, o ministro ofereceu como referência os investimentos feitos para integrar a Amazônia ao Brasil e ao mundo. “Hoje, graças aos investimentos públicos e privados, todos os centros de pesquisa da Amazônia estão conectados com rede de pesquisa do Brasil e do mundo; graças a esses investimentos que vão servir a Copa, mas servirão também à comunidade, à ciência e à pesquisa no Brasil.”
Aldo Rebelo disse que as críticas sobre os gastos públicos na preparação da Copa, de que superariam as despesas com saúde e educação, “não resistem ao menor cotejamento estatístico”. O orçamento do esporte – que nunca recebeu tantos recursos como agora – não chega a 1% da saúde e educação. Ele reafirmou que o governo não teve despesas na preparação da Copa do Mundo, que é um evento privado.
E novamente disse que o governo contribuiu apenas com empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas com cobrança de garantias, e com a renúncia fiscal dos materiais para construção dos estádios, que não chegou a 600 milhões de reais, valor bem inferior a renúncia fiscal que o governo concedeu a indústria automobilística, de 200 bilhões de reais.
E, ao encerrar suas palavras, o ministro disse que o retorno social para o país é muito importante e que, após a Copa do Mundo, os negócios do futebol terão características especiais, com maior contribuição financeira para o país. “O futebol brasileiro é, além da paixão e da fantasia, um negócio importante, emprega muita gente”, disse, manifestando desejo de que os eventos esportivos contribuam para um processo de modernização e gestão do futebol brasileiro.
De Brasília
Márcia Xavier
Com críticas e ironias a setores da mídia que tem feito campanha contrária à realização da Copa do Mundo no país, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, garantiu que “isso não vai impedir que o Brasil faça os dois eventos esportivos (Copa do Mundo deste ano e Jogos Olímpicos), porque não há nenhuma força relevante contra a Copa, o que há é parte da mídia, mas não creio que tenha sucesso.”
Agência CâmaraO ministro afirma que a Copa do Mundo não é de nenhum governo. “É de todos no que tem de qualidades e deficiências. É preciso tirar desse evento o que ele possa ter de melhor para o país”, afirmou.
O ministro participou, nesta terça-feira (15), de audiência pública na Comissão do Esporte na Câmara, quando falou sobre os preparativos para a Copa do Mundo que começa no próximo dia 12 de junho. Aldo Rebelo , em sua exposição inicial, se adiantou aos deputados, abordando todos os aspectos que envolvem os preparativos, desde os estádios até a segurança, passando por aeroportos, comunicação e mobilidade urbana.“O futebol é relevante e se auto protege”, disse o ministro, ao rechaçar a campanha midiática contra a Copa do Mundo, enfatizando que na final da última Copa do Mundo, o jogo foi visto por três bilhões de espectadores. “Não creio que a pujança e força desse evento vão sofrer abalo”, afirmou.
Parte da mídia deseja transformar a Copa do Mundo em uma catástrofe para o Brasil, insistiu o ministro, citando o editorial da Folha de São Paulo, que avaliou a repercussão da realização s Jogos Olímpicos no Japão em 2020. Segundo o jornal brasileiro, com o grande evento esportivo, o Japão vai garantir a retomada do seu crescimento econômico, que está a 10 anos estagnado, e do seu protagonismo político, ameaçado com o crescimento da China.
“Para nós, as Olimpíadas não servem para nada, talvez servisse para o Japão dobrar o seu crescimento e o seu protagonismo político”, ironizou o ministro.
Copa de todos
Aldo Rebelo disse que o Brasil não esconde suas deficiências, pelo contrário. “Eu sempre digo que a Copa do Mundo serve para que o país exiba seu crescimento civilizatório, mas também para corrigir suas limitações”.
E afirma que a Copa do Mundo não é de nenhum governo. “É de todos no que tem de qualidades e deficiências. É preciso tirar desse evento o que ele possa ter de melhor para o país”, afirmou. E, ao exemplo do que vem dizendo ao longo dos anos de preparação do evento, a Copa do Mundo é uma grande oportunidade para o país, citando o ciclo econômico que aponta para a criação de 36 milhões de empregos e para cada real investido pelo governo, três reais são investidos pela iniciativa privada.
Ao iniciar sua fala aos deputados, destacando que “os dois grandes eventos que se avizinham clamam por um acompanhamento mais sistemático e rigoroso dessa Casa”, o ministro do Esporte garantiu que “apesar do grosso noticiário que circula dando conta de problemas na preparação da Copa do Mundo, tudo o que foi assumido pelo governo está sendo cumprido.”
Dos 12 estádios, seis foram entregues ainda na Copa das Confederações. E nos seis outros, cinco já realizaram jogos-testes. O Corinthians, o último deles, já anunciou jogo-teste para início de maio. “Não há risco e nem possibilidade de não termos um dos estádios”, garantiu o ministro. Na Alemanha, um estádio teve que ser excluído por não estar totalmente preparado para receber os jogos da Copa do Mundo de 2006.
Nos outros setores, de aeroportos, comunicação, segurança e mobilidade, o ministro falou em detalhes sobre cada um deles. Ele destacou que as obras de mobilidade fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que foram antecipadas para que o país fizesse a Copa, mas já eram previstos.
Citou como exemplo o Veículo leve sobre trilhos (VLT) de Cuiabá (MT), cujas obras estão adiantadas. Todas as capitais tiveram as obras de mobilidade adiantadas para atender o período da Copa, como metrô de Fortaleza (CE) e as avenidas abertas em São Paulo próximo ao Itaquerão.
Sobre os aeroportos, o ministro disse que não é como alegoria de Carnaval, para durar três dias. É para a população brasileira, assim como a rede hoteleira. “Estamos criando uma infraestrutura para a Copa, mas principalmente para o Brasil”, disse. E reafirmou a importância de que 12 cidades do país, incluindo a região da Amazônia, sejam sedes de jogos da Copa do Mundo.
Ações de segurança
Ele se adiantou aos deputados, que revelaram preocupação com as manifestações, falando sobre as medidas que vem sendo adotadas na área de segurança. “Nós temos a Constituição para nos orientar sobre as manifestações pacíficas, que são permitidas por lei, constitui direito do cidadão, não há o que discutir; nos casos de violência contras as pessoas e o patrimônio público e privado, são proibidos por lei. A Polícia tem que coibir”, explicou Rebelo.
Ele também falou sobre a possibilidade dos eventos esportivos atraírem casos como os ocorridos em 1972, na Alemanha, e em 1996, nos Estados Unidos. Na Alemanha, cinco árabes do grupo terrorista Setembro Negro invadiram a vila olímpica, mataram dois membros da equipe de Israel e fizeram outros nove de reféns. O que se seguiu, com a paralisação temporária dos Jogos e a morte de todos os reféns israelitas, ficou conhecido como o Massacre de Munique. Sem que o governo conseguisse defendê-los e dois anos depois a Alemanha sediou a Copa do Mundo
Nos Estados Unidos, durante os Jogos Olímpicos de Atlanta, uma bomba explodiu no Centennial Olympic Park, a poucos metros da vila olímpica. A explosão matou duas pessoas e feriu 112. Poucos anos depois, um suspeito alegadamente chamado Eric Robert Rudolph, simpatizante de milícias extremistas e movimentos religiosos hostis ao governo federal foi julgado e condenado à prisão perpétua.
“Não creio que o Brasil atraia esse tipo de casos, produtos das rivalidades dos conflitos nacionais, étnicos e religiosos do qual o mundo permanece prenhe, nós temos preocupação com a violência do dia-a-dia, e vamos procurar meios de proteger os atletas, os turistas e a população”, afirmou o ministro.
Ele lembrou que Londres trouxe suas tropas do Afeganistão, com todo o aparato de guerra, para proteger as Olimpíadas de 2012. Segundo Aldo Rebelo, no Brasil, a expectativa é que a segurança seja feita pelas polícias dos estados e o Exército funcione com objetivo de retaguarda e não na execução de tarefas ligadas a segurança.
E citou o exemplo da cidade de Natal (RN), onde já está em funcionamento o Centro de Comando e Controle para operação policial, com equipamentos modernos, que estão sendo instalados em todos os estados, para garantir segurança do cidadão.
Rebatendo críticas
Em termos de telecomunicações, o ministro ofereceu como referência os investimentos feitos para integrar a Amazônia ao Brasil e ao mundo. “Hoje, graças aos investimentos públicos e privados, todos os centros de pesquisa da Amazônia estão conectados com rede de pesquisa do Brasil e do mundo; graças a esses investimentos que vão servir a Copa, mas servirão também à comunidade, à ciência e à pesquisa no Brasil.”
Aldo Rebelo disse que as críticas sobre os gastos públicos na preparação da Copa, de que superariam as despesas com saúde e educação, “não resistem ao menor cotejamento estatístico”. O orçamento do esporte – que nunca recebeu tantos recursos como agora – não chega a 1% da saúde e educação. Ele reafirmou que o governo não teve despesas na preparação da Copa do Mundo, que é um evento privado.
E novamente disse que o governo contribuiu apenas com empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas com cobrança de garantias, e com a renúncia fiscal dos materiais para construção dos estádios, que não chegou a 600 milhões de reais, valor bem inferior a renúncia fiscal que o governo concedeu a indústria automobilística, de 200 bilhões de reais.
E, ao encerrar suas palavras, o ministro disse que o retorno social para o país é muito importante e que, após a Copa do Mundo, os negócios do futebol terão características especiais, com maior contribuição financeira para o país. “O futebol brasileiro é, além da paixão e da fantasia, um negócio importante, emprega muita gente”, disse, manifestando desejo de que os eventos esportivos contribuam para um processo de modernização e gestão do futebol brasileiro.
De Brasília
Márcia Xavier
terça-feira, 15 de abril de 2014
Aporrea - Venezuela: Entrevista a Luis Britto García: “Las guarimbas se desinflaron y la oposición está dividida”
Entrevista a Luis Britto García: “Las guarimbas se desinflaron y la oposición está dividida”
Por: Juan Manuel Karg |
14 de abril de 2014.- El reconocido periodista y escritor venezolano Luis Britto García accede a esta entrevista luego de escribir un reciente artículo sobre los medios de comunicación privados y su tergiversación sobre los hechos que suceden en el país caribeño, a dos meses de iniciadas las protestas –que Britto caracteriza como “minoritarias”- contra el gobierno de Nicolás Maduro. Durante la charla, observa una creciente división dentro de la propia oposición venezolana y analiza la obra de Gene Sharp –politólogo estadounidense- en relación a su teoría sobre los “golpes suaves”.
- A dos meses de iniciados los hechos de desestabilización en Venezuela, ¿Cuál es su evaluación del momento actual que vive el país? ¿Cómo cree que han influído las convocatorias al diálogo que impulsó tanto Maduro como los cancilleres de Unasur, quienes se encuentran en Caracas por segunda vez en las últimas tres semanas?
- La ola de violencias se ha desinflado. Es oportuno aclarar, para el público internacional, que en la mayoría de los casos no se trató de manifestaciones, sino de cortes viales que sólo ocurrieron en unos pocos municipios con alcaldes y policías opositoras, que protegían a los violentos en su operación de secuestrar a los vecinos. Dirigiendo o apoyando estas operaciones se ha detenido a narcotraficantes buscados por Interpol y a paramilitares. Venezuela tiene 335 municipios; los atentados ocurrieron al principio sólo en 19, luego se redujeron a 3, y hoy en día hay a veces cortes viales esporádicos, siempre protegidos por las policías opositoras locales.
- ¿Cuál cree que es el papel que los medios masivos privados venezolanos, aún mayoritarios, tienen en este momento de inestabilidad política que vive el país? ¿Qué papel cree que cumplen, asimismo, los medios masivos internacionales en la construcción de una imagen distorsionada de Venezuela?
- Los sucesos de Venezuela han dado lugar para una antología de violaciones de la ética y de la veracidad informativas por parte de los medios, que en efecto en nuestro país son mayoritariamente privados y mayoritariamente opositores, como los anunciantes que los mantienen. Los medios nacionales e internacionales han hecho circular imágenes de represión ocurridas en Egipto, Grecia, Libia, Siria, España y otros países, afirmando falsamente que ocurrían en nuestro país. Han falsificado movilizaciones de un sector muy minoritario dentro de la misma oposición, presentándolas como representación de “los estudiantes”, de “la juventud” o “del país”. Creo indispensable insistir en que en Venezuela la juventud representa más del 60% de la población; que uno de cada tres venezolanos estudia, uno de cada diez en instituciones de educación superior, casi todas gratuitas. Si un sector de tal magnitud estuviera contra el bolivarianismo, éste jamás hubiera ganado elecciones, ni se podría mantener en el poder.
Los medios también han representado las protestas como “pacíficas”, cuando en ellas más de la mitad de los heridos corresponden a la fuerza pública. Los medios privados también disimulan u omiten que los procedimientos de los terroristas comprenden el asesinato selectivo con armas con mirilla láser, la destrucción sistemática de más de un centenar de unidades del transporte público y de estaciones del Metro, la quema de centrales eléctricas y de 15 universidades y de un preescolar con casi un centenar de niños adentro, los cuales por cierto fueron rescatados de milagro.
- Se han construido varias suposiciones de “sentido común” sobre la realidad venezolana, a partir de la visión simplista de algunos multimedios comunicacionales: que estaríamos frente a un gobierno “tiránico” –a pesar de que el oficialismo haya ganado 18 de 19 elecciones-, que supuestamente este gobierno censura a los medios –a pesar de tener a gran parte de los medios masivos privados en su contra-, etc. ¿Qué observaciones tiene usted para hacer sobre estos temas?
- Los medios acompañan sus tergiversaciones con afirmaciones de que el gobierno sería una “dictadura”, que ninguna dictadura permitiría divulgar, y de protestas contras “la censura”, que ningún censor dejaría pasar. Sobre la legitimidad del gobierno venezolano hay que repetir hechos muy conocidos: el ex presidente estadounidense Jimmy Carter declaró que el nuestro era el sistema electoral más perfecto o uno de los más perfectos del mundo.
A cada elección asisten centenares de observadores internacionales, que jamás han encontrado un defecto significativo. Como cosa de rutina, concluida la elección se hace una revisión sobre la mitad de los centros de votación, y a pedido de la oposición se han realizado revisiones totales, sin mostrar nunca errores ni fraudes. Pero para la oposición sólo son legítimas las elecciones que ellos ganan, y según ellos el perder elecciones les da derecho a gobernar.
- A raíz de los hechos en Venezuela, se ha vuelto a escribir y a estudiar sobre la obra de Gene Sharp, sobre todo en relación a su “manual” de cinco pasos para generar un “golpe suave”. ¿Cree que hay relación entre la obra de Sharp y los hechos que se están dando en su país? ¿Opina que la modalidad de “golpe suave” se ha extendido en nuestro continente luego de lo sucedido en Honduras (2009) y Paraguay (2012)?
- Pues sí, se han cumplido paso por paso las recomendaciones de Gene Sharp, hasta un extremo cómico: la copia de signos y emblemas de las “revoluciones de colores”, las consignas en inglés, la escenificación de disturbios focalizados que los medios presentan como conmoción nacional. En forma más trágica, ha habido casos de manifestantes asesinados con tiros por la espalda desde sus propias filas, para presentar víctimas. También hay ciudadanos asesinados por el simple hecho de tratar de remover unos obstáculos, y motociclistas degollados con trampas de alambre.
Habría que dejar de llamar “golpe suave” a estas inmolaciones premeditadas de ciudadanos para crear el pretexto de un genocidio en la forma de golpe militar o intervención extranjera. Por cierto que ninguna de estas dos metas finales del método de Sharp se han materializado hasta el presente en Venezuela. La oposición hizo de nuevo cálculos equivocados sobre la lealtad del ejército y sobre las disposiciones de potencias extranjeras de colocarla en el poder por la intervención militar.
- La oposición conservadora venezolana parece estar dividida entre dos tendencias: una que quiere seguir en las calles a toda costa, buscando “la salida”, y que se reconoce en las figuras de López y Machado; y otra que, sin perder de vista una crítica fuerte al gobierno de Maduro, intenta deslindarse de los hechos de violencia en las calles, más ligada al “caprilismo”. ¿Por qué cree que esto es así? ¿Cuál es su evaluación sobre una “división” en la oposición conservadora venezolana?
-Los sucesos violentos evidenciaron más que nunca una división de la oposición venezolana, cuya sustancia es una riña de celos por el liderazgo entre Capriles y López. En el acto en el cual éste se entregó, todas las camisetas eran blancas, color del minoritario partido Voluntad Popular, que ni siquiera presentó candidato propio para las primarias de la oposición. En ese acto no había ni una camiseta amarilla de Primero Justicia, de Capriles. Por su parte Capriles, al ser derrotado en las elecciones presidenciales de 2013 llamó a sus partidarios a salir a la calle, a “drenar su arrechera”: en las horas inmediatas asesinaron a una docena de bolivarianos, lesionaron a unos ochenta, y destruyeron centros médicos y emisoras comunitarias. Todo con premeditación, alevosía y ventaja: no hubo ni un herido entre las escuadras terroristas.
Tras esta hazaña, a principio de año Capriles contradijo a López diciendo que con el calentamiento de calle no se llegaba al poder, y luego ha mantenido una actitud ambigua. Es un hecho: las guarimbas se desinflaron; sólo muy de cuando en cuando recurre un episodio violento aislado, siempre bajo la protección de policías y autoridades locales opositoras. A veces esto llega a lo cómico. Hace unos días hubo un corte de vía en el sector donde vivo: las autoridades instalaron sanitarios portátiles para comodidad de los encapuchados protestatarios. Lo cual desmiente que los vecinos los apoyen o fraternicen con ellos.
Una encuesta de Hinterlaces reveló que 87% de los consultados rechaza los cortes viales o “guarimbas”; prácticamente toda la oposición ha acudido a la Mesa de Diálogo por la Paz que convocó Maduro. Entre ellos, empresarios del gremio patronal Fedecámaras, que quieren aprovechar el río revuelto para imponer su programa. Otros opositores han tildado de vendidos a quienes concurrieron al diálogo. La oposición está declaradamente dividida, pero yo creo que en relación a la táctica coyuntural y a los nombres de los líderes: en uno u otro momento, todos ellos recurren sin escrúpulos al golpismo, el terrorismo y la violencia. En el presente caso, además, hubo pronunciamientos secesionistas en los estados fronterizos, y una evidente participación de narcotraficantes y paramilitares en las acciones violentas. Ello reabre una inquietante perspectiva para la política venezolana.
Esta nota ha sido leída aproximadamente 4177 veces.
La fuente original de este documento es:
La Época (http://www.la-epoca.com.bo/index.php?opt=front&mod=detalle&id=3444)
segunda-feira, 14 de abril de 2014
RESPEITEM A PETROBRÁS por Haroldo Lima
A Polícia Federal fez busca na sede da Petrobrás. A PF é subordinada ao Ministério da Justiça. Significa que o Ministério autorizou a invasão da Petrobrás?
O acontecido é grave. Porque, encontrando-se ou não pistas de dinheiro desviado; localizando-se ou não gatunos que lá estejam acoitados; o fato maior, muito maior, é que está em curso um processo de desmoralização da Petrobrás.
Claro que este processo se esconde atrás da cruzada contra desfalques, contra doleiros e outras tramoias. E claro que os larápios que estejam incrustrados onde estiverem precisam ser identificados e defenestrados. Mas há métodos e métodos.
Há métodos pelos quais, com inteligência, disciplina e firmeza de comando, quadrilhas podem ser localizadas e desbaratadas, não se contaminando as instituições onde elas estariam agindo. E há métodos em que, a partir da ação de falsários, toda uma ofensiva pretensamente moralizadora é feita para se estourar esquemas corruptos, ao tempo em que se destrói a reputação e a autoestima da instituição onde eles operavam. É o que parece estar sendo feito com a Petrobrás. As consequências para a Nação brasileira são graves.
Estava eu como diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) quando, em 2006, o pré-sal foi descoberto. Não se tinha uma ideia clara de seu tamanho, mas se sabia que era espantosamente grande. O governo da época, sob a direção do presidente Lula, teve a clarividência de promover uma revisão na legislação existente e mudar o marco regulatório para a província recém-descoberta. Na Comissão Interministerial de oito membros, criada para formular um novo projeto de marco, foi unânime a ideia de introduzir o contrato de partilha da produção, para aquela região.
Mais ainda, percebemos que, pelos investimentos financeiros necessários e preparo tecnológico adequado, só uma empresa brasileira poderia participar da exploração e produção no pré-sal, a Petrobrás. Para que o Brasil tivesse aí um papel decisivo, decidiu-se propor ao Congresso, e este aprovou, que o operador único na nova área seria a Petrobrás.
A maior parte do pré-sal ainda estava em mãos da União, em áreas administradas pela ANP, que localizou então dois pontos cruciais e autorizou a Petrobrás a perfurá-los. Descobriram-se as acumulações de Franco e Libra, ambas gigantescas.
Deliberou-se ceder à Petrobrás a exploração de Franco, sem licitação, sem bônus de assinatura e pagando royalties de 10%. E decidiu-se levar Libra a uma licitação, cobrando-se R$ 15 bilhões de bônus, fixando-se royalties de 15% e obrigando ao consórcio vencedor ter a Petrobrás como operadora e a estatal PPSA como gestora do projeto. Quatro grandes empresas internacionais aceitaram consorciar-se em torno da Petrobrás. O Brasil teve uma grande vitória.
A exploração do pré-sal tem ainda muito por fazer. Se se desmoraliza a Petrobrás, se seu conceito se dissolve, se seu valor de mercado cai, fica difícil ela cumprir o papel que a legislação lhe reservou no novo marco da partilha. A desmoralização da empresa pode suscitar movimentos antinacionais sérios, dos quais dois são mais evidentes: o primeiro, o da privatização da empresa, por ela ter perdido valor e prestígio; o segundo, o da mudança do marco regulatório do pré-sal, no suposto de que a Petrobrás não teria mais condições de cumprir o papel que a ela ali estava reservado, inclusive o de liderar outras grandes empresas em grandes empreendimentos.
Em qualquer das duas hipóteses o golpe nos interesses nacionais seria enorme. E isto é inaceitável.
Combater a corrupção é dever de todo governo sério. Desmoralizar a Petrobrás é jogar contra o Brasil, independente do pretexto.
É estranho que no país onde os juros são dos maiores do mundo, em que os bancos faturam uma enormidade, nunca a PF se aventurou a invadir a sede de um grande banco estrangeiro ou brasileiro.
É preciso saber quem autorizou a invasão da Petrobrás, ou se ninguém autorizou.
Haroldo Lima – foi diretor-geral da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
sábado, 12 de abril de 2014
Presidentes do PCdoB e da UJS no Encontro de Secretários(as) de Juventude em São Paulo- Portal Vermelho
Mariana Serafini
Presidentes do PCdoB e da UJS no Encontro de Secretários(as) de Juventude em São Paulo- Portal Vermelho
Dirigentes comunistas de juventude dos estados e das principais cidades do país se reuniram nesta sexta-feira (11), no Comitê Central do PCdoB, na capital paulista, para debater as diretrizes gerais da política da juventude do partido para o próximo quadriênio (2013-2017).
Por Mariana Serafini, do Vermelho
Renato Rabelo e André Tokarski iniciam debate dos jovens dirigentes comunistas
Com mais de 15 estados representados, os secretários de juventude debatem uma série de questões para balizar as ações de forma orquestrada. Entre elas, a política de quadros aprovada no 12º Congresso do PCdoB; as resoluções do 13º Congresso do PCdoB; as indicações apontadas no 8º Encontro sobre Questões do Partido, realizado em 2014; os marcos vitoriosos que referenciam os 30 anos de história da UJS e as novas necessidades e possibilidades de atuação e crescimento da UJS diante de um cenário dinâmico com profundas transformações na vida da juventude ao longo dos 11 anos de governos Lula e Dilma.
O encontro contou com a presença do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, que contribuiu muito para a discussão dos jovens dirigentes. Renato destacou a importância de a esquerda estar organizada e forte para começar uma contraofensiva durante as eleições presidenciais. “A mídia hegemônica faz uma campanha aberta e ostensiva contra a presidenta Dilma Rousseff diariamente e nós não temos uma grande mídia independente para contrapor, por isso é tão importante democratizar a comunicação”.
Renato também defendeu os avanços do governo Dilma. “Lula teve um papel mais conciliador, mas a Dilma não, ela partiu para o enfrentamento. Por isso é tão odiada pelas elites”. Segundo o dirigente comunista, o Brasil é hoje um “oásis”, se comparado aos países em crise, como na Europa e os Estados Unidos. “O capitalismo está vivendo uma profunda crise, mas o Brasil mesmo assim está avançando, e muito!”.
Para Renato, o Brasil precisa ousar e ir mais longe, mas para isso, as reformas democráticas são fundamentais. Entre elas, a democratização da mídia, a reforma política, as reformas urbana, tributária e agrária. Ele defende ainda a “integração do Brasil continental”, ou seja, o investimento em logística de Norte a Sul e Leste a Oeste. Para ele, a melhor forma de integrar o país e aproximar os territórios mais distantes é através de ferrovias, mas o aumento de portos e aeroportos também é fundamental para o escoamento da produção do país e, consequentemente, o avanço da economia.
Sobre a reforma política, Renato afirma que atualmente as campanhas estão cada vez mais caras, e isso é feito propositalmente pela elite brasileira que há anos se mantém no poder. “As campanhas elegem sempre os mesmos porque os setores progressistas não têm tantos recursos, se nós tivéssemos mais recursos já teríamos muito mais força política”.
A reforma urbana deve acontecer para humanizar as grandes cidades, que estão mais caóticas a cada dia. “Logística é fundamental, há que se aumentar as linhas de metrô e ônibus para que o transporte público funcione e as pessoas usem cada vez menos carros, hoje em dia é assim que funciona nas grandes cidades”.
Renato também defende a reforma tributária, segundo ele, no atual modelo, as pessoas com menos recursos pagam mais impostos, mas mexer neste sistema é afrontar diretamente a grande elite dominante do país.
O dirigente comunista referiu-se também à pré-campanha eleitoral à presidência da república, na qual o cenário político já está polarizando entre a presidenta Dilma Rousseff, que luta pela reeleição, e os dois candidatos oposicionistas: Aécio Neves (PSDB) e Eduardo campos (PSB).
O presidente da UJS, André Tokarski, contou como foi a reunião com Dilma Rousseff que aconteceu na quinta-feira (10). Segundo ele, foi a própria presidenta que convidou os movimentos sociais para o diálogo e apresentou o panorama progressista que deverá ser defendido durante a campanha presidencial. Além disso, Dilma confirmou presença no congresso nacional da UJS, a ser realizado em maio em Brasília.
A presidenta afirma ser contra a redução da maioridade penal e defende a inclusão da juventude negra e pobre nos espaços públicos de lazer e desenvolvimento de atividades criativas e saudáveis. Neste aspecto, defende a mobilidade urbana e afirma que antes, no governo Lula, não havia recursos para tais mudanças, mas em seu segundo mandato esta será uma prioridade, apesar de já existirem investimentos significativos nesta área.
Quanto à violência policial, a presidenta repreende veementemente as torturas, que já se sabe, são uma prática comum realizada pela Polícia Militar, principalmente nas favelas com o população pobre e negra. Ela defende ainda o combate ao racismo em todos os âmbitos sociais, mas agora com ênfase na Copa do Mundo, visto os casos de racismo no futebol que vêm sendo registrados nos últimos tempos.
O encontro segue até o final da tarde de sexta-feira (11).
quinta-feira, 10 de abril de 2014
8ª Marcha da Classe Trabalhadora leva 40 mil à Avenida Paulista - Portal CTB
Mais de 40 mil ocupam as ruas para pressionar o governo por avanços
Galeria de imagens da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora em São Paulo - 09-04-2014
Fim do fator previdenciário, redução da jornada, Reforma Agrária, foram apenas algumas das bandeiras defendidas pelos trabalhadores na 8ª Marcha da Classe Trabalhadora na manhã desta quarta-feira (09), em São Paulo.
Cerca de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras, rurais e urbanos, de diversas categorias e estados tingiram com as cores das centrais sindicais (CTB, CUT, CGTB, NCST, FS e UGT) as ruas do centro da cidade e marcharam da Praça da Sé, até a Avenida Paulista, no Vão Livre do Masp.
“Essa Marcha mostra o descontentamento das centrais com o tratamento que vem sendo dado às reivindicações entregues ao Congresso Nacional e para presidenta Dilma Rousseff. Não é porque apoiamos esse governo que vamos deixar de cobrar, principalmente, durante as eleições”, defendeu Wagner Gomes, secretário-geral da CTB.
Em uníssono, os presidentes das centrais deixaram claro que na concepção do movimento sindical, a presidenta Dilma Rousseff, tem colocado os interesses dos trabalhadores em segundo plano, quando prioriza uma política econômica conservadora, em detrimento da pauta trabalhista.
“Desde a realização da Conclat, em junho de 2010, quando entregamos a Agenda da Classe Trabalhadora ao governo, temos insistido a todo instante que o governo acene com uma possibilidade de atender nossa pauta. Mas infelizmente, enquanto o mercado pressiona governo que adota a politica de elevação da taxa de juros, do cambio flutuante, os banqueiros vão acumulando mais riquezas, enquanto os trabalhadores vão se frustrando ao ver que sua pauta não é atendida”, ressaltou Araújo.
Segundo Adilson, os trabalhadores vão aproveitar a movimentação deste ano que recebe o campeonato mundial de futebol e ainda realiza as eleições presidenciais para entregar a pauta da classe trabalhadora aos candidatos à Presidência, inclusive para a presidenta Dilma Rousseff. Desta forma, as centrais sindicais pretendem pressionar o governo a dar prioridade às reivindicações trabalhistas. “O governo só tem a ganhar ao dirigir um olhar especial para a classe trabalhadora porque nós vamos lutar para evitar o retrocesso da tomada de poder pela direita e garantir a quarta vitória do povo brasileiro”.
Adilson denuncia que alguns dos grandes problemas da classe trabalhadora brasileira são a elevada rotatividade da mão de obra, o alto índice de doenças ocupacionais e em consequência o óbito. Neste sentido, uma das reivindicações é a ratificação da Convenção 158, que para ele é a forma mais eficaz de combater a rotatividade.
Opinião compartilhada Joílson Cardoso, vice-presidente da CTB. “Nessa Marcha está em jogo o desenvolvimento com valorização do trabalho e qualidade de vida para aquele que produzem, que são os trabalhadores”, afirmou.
Recado dos trabalhadores
Além de trabalhadores, a Marcha contou com a presença de parlamentares, como Assis Melo (PCdoB-RS). “Essa marcha serve para fazer o Congresso e o Governo ao ouvir os trabalhadores. Isso que leva ao avanço a pauta dos trabalhadores. Chamar a atenção do congresso e dar voz aos trabalhadores”, Assis Melo.
Para o deputado federal o mais importante da Marcha da Classe Trabalhadora é a união do movimento em defesa de pautas comuns. “A luta dos trabalhadores é importante, e só nas ruas nós avançamos em conquistas. Dessa forma nós conseguimos pressionar o Congresso para que dê ouvidos às reivindicações dos trabalhadores. Estamos lutando por bandeiras antigas, como a redução da jornada de trabalho, mas como ainda não foram atendidas vamos continuar lutando”, disse.
Segundo Celina Arêas, secretária de formação da CTB, o mobilização serviu também para mostrar para a sociedade que os trabalhadores precisam conquistar mais direitos. “Vamos mostrar o governo que não vamos aceitar que projetos importantes da pauta trabalhista não fiquem parados no Congresso Nacional, como 10% educação, valorização das aposentadorias, fim do fator previdenciário, redução. Acreditamos que é possível conquista tudo isso, mas com muita pressão”, afirmou a sindicalista de bandeira em punho.
O ápice da mobilização aconteceu em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), onde presidente da CTB, pediu um minuto de aplausos de todos os manifestantes em homenagem aos trabalhadores que lutaram pela democracia durante a ditadura militar. “Temos que ressaltar a importância dos bravos guerrilheiros do Araguaia e de todos os sindicatos que lutaram muito para que hoje nós estivéssemos aqui fazendo esse grande ato e lutando por mais direitos.”
Objetivo atingido
Marcada pela presença da juventude, a marcha mostrou que os jovens trabalhadores estão tá comprometida com a luta por mais direitos. “A juventude marcou presença nesta atividade e mostrou que é possível conquistar mais direitos e empregos, já que o jovem é o que mais sofre com o desemprego”, salientou Victor Espinoza, secretário da Juventude da CTB.
Além de trabalhadores rurais, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra também marcou presença em defesa da Reforma Agrária.
“Os trabalhadores rurais vêm trazendo sua principal reivindicação que é a reforma agrária, que está paralisada no nosso país, e atualmente assenta cada vez menos famílias. Nós precisamos retomar isso dando um impulso para que todo esse projeto saia do papel, e junto com isso cada vez a valorização crescente da agricultura familiar, especialmente nesse ano, que é o ano da agricultura familiar”, destacou o cetebista Sergio de Miranda, secretário de Política Agrícola e Agrária.
Ao final da Marcha, no vão livre do Masp, com uma avaliação positiva sobre a mobilização, os sindicalistas sentiram que o objetivo foi atingido. Para a secretária de Imprensa e Comunicação a expectativa é colocar projetos importantes como a redução da jornada, fim do fator previdenciário, ainda no primeiro semestre de 2014.
Atingimos nosso objetivo de colocar mais de 40 mil trabalhadores nas ruas. Agora é tentar colocar nossa pauta em votação no Congresso Nacional e abrir o diálogo com a presidenta Dilma Rousseff, para que possamos ter ainda em 2014 respostas para nossas reivindicações”, afirmou Raimunda Gomes, secretária de Imprensa e Comunicação da CTB.
Para o presidente da CTB São Paulo, Onofre Gonçalves, a Marcha cumpriu o seu papel. “A marcha consagra todo o esforço de construção de unidade das centrais, que mais uma vez ganha as ruas e dão uma demonstração de força que abre uma perspectiva para que o governo busque o diálogo rumo ao entendimento na busca dos objetivos”, destacou o sindicalista.
Para o presidente estadual a realização da atividade foi acertada. “Fizemos uma ótima escolha por São Paulo, mas isso não exclui uma grande mobilização em Brasília, para mais uma vez pressionar o Congresso Nacional”, alertou.
Cinthia Ribas - Portal CTB
Eduardo Galeano abre a 2ª Bienal do Livro e da Leitura no DF - Portal Vermelho
Eduardo Galeano abre a 2ª Bienal do Livro e da Leitura no DF - Portal Vermelho
O escritor uruguaio, autor de obras antológicas como “Veias Abertas da América Latina” e a trilogia “Memória do Fogo”, desembarca no Brasil para a palestra de abertura da 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura de Brasília. Eduardo Galeano é o homenageado internacional desta edição do evento, ao lado do escritor, dramaturgo e poeta brasileiro Ariano Suassuna, que recebe as honras como o homenageado nacional.
Para a cerimônia de abertura com Eduardo Galeano, serão distribuídos 500 ingressos na quarta e quinta-feira, dias 9 e 10, entre 12h e 20h na bilheteria do Museu Nacional
A palestra de Galeano acontece nesta sexta-feira, dia 11, a partir das 20h30, no Auditório do Museu Nacional da República. No dia 13, domingo, ele participa também da mesa que vai debater “Futebol e Ditaduras”, às 16h, no auditório Nelson Rodrigues. Já Suassuna recebe sua homenagem e faz palestra na terça-feira, dia 15, às 20h, também no Auditório do Museu Nacional.
O evento tem como convidados mais de 20 autores internacionais, Naomi Wolf (EUA), Leonardo Padura (Cuba) e Mia Couto (Moçambique), por exemplo, e cerca de 90 escritores nacionais. Marçal Aquino, Sérgio Vaz, Ziraldo e muitos outros marcam presença durante a programação.
Fonte: Catraca Livre
quarta-feira, 9 de abril de 2014
A teoria do caos como tática - Eron Bezerra - Portal Vermelho
A teoria do caos como tática - Portal Vermelho
Eron Bezerra *
Tudo indica que a teoria do caos foi o ultimo recurso que restou à direita na disputa eleitoral que se avizinha em 2014.
Sem nomes com apelo eleitoral sólido, sem um histórico que lhes seja favorável em qualquer tipo de comparação e, principalmente, sem uma plataforma que consiga sinalizar que um eventual retorno deles ao governo poderia ser melhor para as amplas camadas populares, parece que só restou à direita a teoria do caos, na desesperada tentativa de inviabilizar ou fragilizar a reeleição de Dilma Rousseff, e não necessariamente de tornar viável qualquer um de seus pré-candidatos.
Trata-se de uma pauta orquestrada e repetida por todos os meios de comunicação procurando fazer crer que o país vive um caos, um desgoverno. Partem de fatos reais ou ilusórios. Pouco importa. A única coisa que conta é criar um clima de instabilidade que resulte em eventuais quedas na popularidade da presidenta. Na macabra lógica da direita pouco importa se isso prejudicará o conjunto da sociedade, desde que alimente algum sopro de esperança no retorno deles ao controle do botim presidencial.
Creio que todos ainda relembram da cantilena dando conta de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país não chegaria a 1%, que a inflação estouraria o teto da meta e que o déficit da balança comercial seria monumental.
Apurado os fatos e não a intenção da direita, os números divulgados representam um balde de agua fria em suas pretensões, tanto porque os números – mesmo modestos – não validaram as suas previsões (ou melhor, sua torcida) quanto pelo fato de que isso não repercutiu em qualquer melhora no pífio desempenho eleitoral deles. E esse é, de fato, a causa de tanto chilique.
O PIB cresceu mais de 2% num mundo em franca recessão, onde apenas a China Socialista – que cinicamente eles chamam de economia de mercado – apresenta números vistosos; a inflação ficou em 5,9%, contida, portanto, entre 4,5 e 6,5% que o próprio governo define como intervalo de segurança; e a balança comercial ostentou um saldo de 2,5 bilhões de dólares, também frustrando o caos semeado pela direita.
É verdade que esses números poderiam ser muito mais vistosos, ajudando a fortalecer a nação, elevar o padrão de renda da população e gerando milhares de postos de trabalho. Isso é o que de fato a esquerda e o conjunto do movimento social anseiam, razão pela qual também nos sentimos incomodados por números tão modestos – naturalmente por razões bem distinta da direita - embora para eles esses números sejam escandalosamente altos e frustrantes para a sua insana tática de desestabilização do governo da primeira mulher presidenta dessa belíssima nação chamada Brasil. E isso será possível quando o governo abandonar parte do receituário conservador que ainda utiliza, como taxas de juros escorchantes e modestas taxas de investimentos. Aí sim a direita irá direta para o funeral.
* Professor da UFAM, Doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, Coordenador Nacional da Questão Amazônica e Indígena do Comitê Central do PCdoB.
* Professor da UFAM, Doutor em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia, Coordenador Nacional da Questão Amazônica e Indígena
O PIG não sabe somar: Gabrielli desconstrói mentiras da oposição sobre Pasadena - Portal Vermelho
O PIG não sabe somar: Gabrielli desconstrói mentiras da oposição sobre Pasadena - Portal Vermelho
A compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras não foi um negócio equivocado; ela custou, ao todo, US$486 milhões e não US$1,18 bilhão; seu valor de aquisição, para a época foi abaixo da média de uma refinaria nos mesmos padrões; o negócio atendia ao planejamento estratégico da companhia, definido ainda no governo Fernando Henrique Cardoso.
PT
O Líder do PT na Câmara disse que Gabrielli, que estava à frente da empresa à época da compra de Pasadena, é um profissional qualificado para esclarecer as dúvidas sobre o negócio.
A compra da refinaria foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, que entre seus membros contava com a participação de Fábio Barbosa, presidente da Abril e ex-presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); de Jorge Gerdau, presidente do Grupo Gerdau, e de Cláudio Haddad, presidente-acionista da Ambev.
Essas foram algumas das informações repassadas pelo ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli à Bancada do PT na Câmara, em reunião realizada nesta terça-feira (8). A reunião serviu para desfazer o que Gabrielli chamou de “mentiras” criadas e contadas de forma sistemática pela imprensa e pela oposição, com o objetivo de atingir a opinião pública sob o disfarce de fatos verídicos.
O ex-presidente reforçou que o negócio fez parte das estratégias definidas pela empresa ainda em 1999, no governo FHC, e perduraram até 2005/2006, quando foram traçadas novas metas a partir do Plano Estratégico de 2007/2010, com a proposta de construção de quatro refinarias aqui mesmo no Brasil.
Ele detalhou ainda todas as razões que, baseadas na configuração à época, indicavam o negócio como rentável para a Petrobras. Entre outros pontos, o mercado brasileiro de gasolina e diesel vinha estagnado desde 1996, permanecendo assim até 2007, frente a um potencial de crescimento da produção de petróleo nacional.
Nesse contexto, seria preciso construir capacidade de refino no exterior, exportando o petróleo do Brasil para uma refinaria da Petrobras fora do País. Essa refinaria transformaria o petróleo em diesel, gasolina e derivados e ganharia a margem lá do exterior, mais especificamente dos Estados Unidos. “O mercado americano é o maior do mundo para derivados e consome mais ou menos de oito a nove milhões de barris de petróleo por dia, portanto, quatro vezes a produção brasileira”, argumentou.
Ao falar à imprensa sobre os dados repassados, o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), disse que Gabrielli, que estava à frente da empresa à época da compra de Pasadena, é um profissional qualificado para esclarecer qualquer dúvida sobre o negócio. “Espero que, a partir de agora, a mídia desminta tudo o que foi dito sobre o caso Pasadena até agora”, afirmou Vicentinho.
Passo-a-passo
Gabrielli também explicou, passo-a-passo, o cálculo que desmente que a Astra tenha comprado a refinaria por US$42,5 milhões e tenha vendido para a Petrobras por US$1,18 bilhão. Na verdade, a Astra, quando comprou, pagou US$326,5 milhões, e a companhia brasileira, quando adquiriu a refinaria, pagou US$ 486 milhões (190 milhões na primeira parcela e 296 milhões na segunda, sendo essa última parcela arbitrada pela justiça americana quando houve a separação da sociedade com a empresa Astra Oil).
O preço real do negócio foi 40% do valor de US$1,18 bilhão alegado pela oposição e pela mídia. O preço pago revela um índice de custo da refinaria de 4.860 dólares por barril de capacidade de processamento/dia, quando a média, à época, era bem acima: de 9.734 dólares por barril, o que comprova que ela foi comprada abaixo do valor de mercado.
O ex-presidente da companhia mostrou que os outros valores que somados aos US$486 milhões atingem US$1,18 bilhão não fazem parte do preço da refinaria. A Petrobras também pagou US$340 milhões (sendo metade na primeira parcela e a outra metade na segunda), referentes ao estoque de petróleo que a refinaria possuía. Ou seja, matéria-prima, que foi processada e vendida como derivado, gerando receita e lucro para a companhia. “A Petrobras comprou a refinaria com estoque, depois processou e vendeu. Esse estoque não ficou como ativo, é capital de giro”, afirmou.
Além desse montante, depois da decisão judicial a favor da compra dos 50% da Astra pela Petrobras, a empresa brasileira pagou US$156 milhões em garantias bancárias ao banco francês BNP Paribas, o que não se refere à compra da refinaria, mas a um recurso necessário para sua atividade operacional regular. Gabrielli explicou que arcar com garantias bancárias faz parte da operação de qualquer refinaria, não é custo para compra nem investimento, não faz parte do preço.
A Petrobras pagou ainda US$5 milhões em honorários de advogados e US$150 milhões em juros por conta do litígio com a Astra. O ex-presidente esclareceu que essa disputa judicial nasceu por uma divergência operacional. A companhia brasileira queria o aumento da capacidade de processamento da empresa, mas a Astra se negou a fazer o investimento inicialmente previsto no contrato. O litígio, que foi iniciado pela Petrobras na Corte Arbitral do Estados Unidos, ocorreu para que a Petrobras pudesse investir nessa ampliação e ser a única dona da refinaria, pagando o preço justo e não o valor pedido pela Astra.
Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara
PCdoB defende aprovação de piso salarial para agentes de saúde - Portal Vermelho
PCdoB defende aprovação de piso salarial para agentes de saúde - Portal Vermelho
A líder da bancada do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), reforçou nesta terça-feira (8), o posicionamento favorável do Partido ao projeto que estabelece piso nacional de dois salários mínimos para os agentes comunitários de saúde. Após intenso debate na noite desta terça-feira no Plenário da casa, os líderes partidários e o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), fecharam acordo para votação da matéria entre os dias 13 e 14 de maio.
Richard Silva
Jandira Feghali recebeu um grupo de agentes de saúde para tratar do apoio ao projeto que aguarda votação.
Mais cedo, Jandira Feghali recebeu um grupo de agentes de saúde para tratar do apoio ao projeto que aguarda votação. De acordo com a parlamentar, é impossível melhorar a atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) sem olhar para o profissional que atua na ponta.
"A aprovação do piso nacional dos agentes comunitários de saúde caminha neste sentido, garantindo as demandas destes trabalhadores e do povo." A matéria foi uma das prioridades apresentadas pelo PCdoB para votação no esforço concentrado que acontece esta semana, mas será votada em maio.
“Temos argumentado no Colégio de Líderes, com o Ministério da Saúde, para colocar a matéria em votação, mas há um grau de desinformação grande sobre o projeto. Por isso, devemos usar abril para negociar e colocar em votação em maio”, explicou a parlamentar.
Rayana Mercês Coelho, agente de endemias em Vera Cruz (BA), pediu boa vontade política para a apreciação do projeto. “A gente precisa que haja pressão maior em cima do governo, porque a gente precisa que esse projeto avance. São 390 mil agentes em todo o país e o governo não pode desconsiderar a categoria”, destacou.
Sem mínimo
O projeto tramita na Casa desde 2006 e aumenta o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias, além de estabelecer um plano de carreira. Atualmente não há mínimo salarial para a categoria, mas o governo federal repassa por meio de portaria R$ 950 por mês aos municípios para cada agente comunitário.
Como não há piso, alguns municípios transferem aos profissionais apenas o salário mínimo e utilizam o restante dos recursos para outras finalidades. O governo se opôs ao projeto porque não quer arcar com os reajustes anuais do piso.
Para o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) é preciso reconhecer a importância da classe e o primeiro passo é a votação do piso salarial. “Eles são essenciais para o trabalho de educação da população em relação à saúde. Ajudam a prevenir muitas doenças e em lugares como o Norte e o Nordeste têm uma função muito importante. O presidente não bota pra votar porque o ministro da Saúde acha que está bom. Mas não está. Nós queremos que haja um piso salarial para essas pessoas”, reforçou o parlamentar.
Da Redação em Brasília
Com informação da Ass. LidPCdoB na Câmara
A líder da bancada do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), reforçou nesta terça-feira (8), o posicionamento favorável do Partido ao projeto que estabelece piso nacional de dois salários mínimos para os agentes comunitários de saúde. Após intenso debate na noite desta terça-feira no Plenário da casa, os líderes partidários e o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), fecharam acordo para votação da matéria entre os dias 13 e 14 de maio.
Richard Silva
Jandira Feghali recebeu um grupo de agentes de saúde para tratar do apoio ao projeto que aguarda votação.
Mais cedo, Jandira Feghali recebeu um grupo de agentes de saúde para tratar do apoio ao projeto que aguarda votação. De acordo com a parlamentar, é impossível melhorar a atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) sem olhar para o profissional que atua na ponta.
"A aprovação do piso nacional dos agentes comunitários de saúde caminha neste sentido, garantindo as demandas destes trabalhadores e do povo." A matéria foi uma das prioridades apresentadas pelo PCdoB para votação no esforço concentrado que acontece esta semana, mas será votada em maio.
“Temos argumentado no Colégio de Líderes, com o Ministério da Saúde, para colocar a matéria em votação, mas há um grau de desinformação grande sobre o projeto. Por isso, devemos usar abril para negociar e colocar em votação em maio”, explicou a parlamentar.
Rayana Mercês Coelho, agente de endemias em Vera Cruz (BA), pediu boa vontade política para a apreciação do projeto. “A gente precisa que haja pressão maior em cima do governo, porque a gente precisa que esse projeto avance. São 390 mil agentes em todo o país e o governo não pode desconsiderar a categoria”, destacou.
Sem mínimo
O projeto tramita na Casa desde 2006 e aumenta o piso salarial dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias, além de estabelecer um plano de carreira. Atualmente não há mínimo salarial para a categoria, mas o governo federal repassa por meio de portaria R$ 950 por mês aos municípios para cada agente comunitário.
Como não há piso, alguns municípios transferem aos profissionais apenas o salário mínimo e utilizam o restante dos recursos para outras finalidades. O governo se opôs ao projeto porque não quer arcar com os reajustes anuais do piso.
Para o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) é preciso reconhecer a importância da classe e o primeiro passo é a votação do piso salarial. “Eles são essenciais para o trabalho de educação da população em relação à saúde. Ajudam a prevenir muitas doenças e em lugares como o Norte e o Nordeste têm uma função muito importante. O presidente não bota pra votar porque o ministro da Saúde acha que está bom. Mas não está. Nós queremos que haja um piso salarial para essas pessoas”, reforçou o parlamentar.
Da Redação em Brasília
Com informação da Ass. LidPCdoB na Câmara
Tortura não tem perdão: Revisão da Lei de Anistia avança no Senado - Portal Vermelho
Revisão da Lei de Anistia avança no Senado - Portal Vermelho
A revisão da Lei de Anistia, de 1979, ganhou força nesta quarta-feira (9) com a aprovação pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do projeto que permite que militares e civis responsáveis por graves violações de direitos humanos sejam punidos por seus crimes. A proposta foi colocada em pauta a pedido dos integrantes da Subcomissão da Memória, Verdade e Justiça, que apoiam campanha da Anistia Internacional pela punição dos crimes da ditadura militar (1964-1985).
O projeto segue agora para exame das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Constituição e Justiça (CCJ).
A decisão da CDH foi saudada pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). “Crimes contra a humanidade são imprescritíveis e sem direito a anistia ou perdão, segundo o direito penal internacional, e esta decisão, que agora segue para as comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Constituição, Justiça e Cidadania, é um indício de que, finalmente, os que, em nome da ditadura militar, torturaram, sequestraram, assassinaram e ocultaram cadáveres não ficarão impunes”, afirmou o parlamentar.
Em relatório favorável à proposta, o senador João Capiberibe (PSB-AP) reforçou que o crime de tortura é imprescritível, conforme tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. “Não houve na negociação da Anistia igualdade de posições entre a sociedade, refém de um regime repressivo, e seus carcereiros. A ditadura aproveitou-se da força de que ainda lhe restava para impor uma anistia que lhe desse cobertura a sua retirada de cena, assegurando a impunidade de seus agentes mais impiedosos”, afirmou.
Tarefa do legislativo
Conduzida pela presidenta da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES), a votação contou com a presença do presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, e de representantes de entidades de direitos humanos.
Conforme o artigo 1º do projeto, “não se incluem entre os crimes conexos (definidos pela Lei de Anistia) aqueles cometidos por agentes públicos, militares ou civis, contra pessoas que, de qualquer forma, se opunham ao regime de governo vigente no período por ela abrangido”.
O objetivo da proposta é superar o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da ação em que considerou os crimes como tortura, sequestro e homicídio cometidos durante a ditadura militar como conexos aos crimes políticos e, portanto, abrangidos pela Lei de Anistia.
Para o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), autor da proposta, adequar a Lei da Anistia à Constituição de 1988 e ao sistema internacional de direitos humanos é tarefa urgente do Poder Legislativo.
Da Redação em Brasília
Com Agência Senado
Jandira Feghali: STF e o poder econômico nas campanhas eleitorais - Portal Vermelho
Jandira Feghali: STF e o poder econômico nas campanhas eleitorais - Portal Vermelho
Seis. Esse é o número de votos no Supremo Tribunal Federal a favor de eliminar o poder econômico de campanhas eleitorais. Maioria que já decide como inconstitucional o financiamento por parte de pessoas jurídicas, embora ainda não possa ser comemorado. Após pedido de vista pelo ministro Gilmar Mendes, o processo não pôde ser concluído, e a pauta passou a dormitar.
Por Jandira Feghali*
É no vácuo de seu trâmite na Suprema Corte que reitero sua importância para o Brasil. A cada centavo doado pelas empresas às campanhas eleitorais, aumenta a influência em decisões fundamentais para a sociedade, principalmente no que se refere à sua representação nos parlamentos. Em 2010, 60% do total arrecadado vieram de apenas 1% dos doadores.
Ou seja, empresas. Para impedir que o financiamento privado continue pautando as prioridades governamentais e desvirtuando o processo democrático, que o STF conclua a votação!
Partidos pequenos precisam ter condições justas, e não obstáculos
Na maré de imprevisibilidade da Justiça, a bancada do PCdoB não esmorece. Integrando a Coalizão parlamentar pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, nossa ação política levará à sociedade civil a urgência do tema. De forma incisiva, seja nos veículos de comunicação, seja nos estados e por meio da representatividade das mais de 90 entidades civis que o apoiam, estaremos presentes promovendo este debate.
Será um chamado à mobilização pela Reforma Política. É importante destacar, ainda, que somos contra qualquer proposta que impeça a construção de uma reforma verdadeiramente democrática. Não existe alteração legítima sem pôr fim à participação do poder econômico ou acabar com cláusulas de barreira restritivas ao pleno funcionamento dos partidos. Partidos pequenos precisam ter condições justas e não obstáculos, porque ideologias não podem ser medidas.
A Reforma Política é o caminho mais eficaz para corrigir distorções de representatividade parlamentar, visto que a maioria do povo brasileiro, composto por mulheres, trabalhadores, negros, ainda não se vê refletida no Congresso Nacional. É mais do que hora de um levante que relembre a bela mobilização que culminou com a Lei Ficha Limpa, quando o que era mais essencial à sociedade foi içado ao centro dos debates e, apesar de todos os percalços, foi aprovada e sancionada.
Acabar com a corrupção,estimular a democracia, fomentar a equidade e garantir a transparência são desejos máximos de nossa população. Que o STF a ouça. Para tanto, faço um apelo: #devolvegilmar!
*É médica, deputada federal pelo PCdoB do Rio de Janeiro e líder da bancada na Câmara dos Deputados
**Título original: #Devolvegilmar!
domingo, 6 de abril de 2014
Rússia: Reabilitação do nazismo e efeito bumerangue - Portal Vermelho
Rússia: Reabilitação do nazismo e efeito bumerangue - Portal Vermelho
O parlamento russo está considerando possibilidades de criminalizar as tentativas de reabilitar o nazismo. O projeto de lei prevê multas pesadas até cinco anos de prisão por negação os crimes estabelecidos pelo veredicto do Tribunal de Nurembergue.
Cartaz contra o neonazismo
Segundo notam os autores do documento, leis semelhantes já estão há muito em vigor em vários países europeus. Ao mesmo tempo, em países da Europa Oriental se fala cada vez mais de “ocupação soviética”, e cúmplices dos nazistas se tornam lá heróis nacionais.
Os autores do projeto de lei propõem complementar o Código Penal com um artigo chamado “Reabilitação do nazismo”. Por negar os fatos estabelecidos pelo Tribunal Internacional Militar em Nurembergue os infratores se sujeitariam a multas de até 300 mil rublos (cerca de 10 mil dólares), ou a penas de prisão até três anos. Os mesmos atos cometidos com o uso de posição oficial ou mídia são puníveis com uma multa de até 500 mil rublos, ou uma pena de prisão de até cinco anos.
Leis que devem impedir a reabilitação do nazismo existem na Áustria, Alemanha, Bélgica e França. Ao mesmo tempo, a política geral da União Europeia em relação às tentativas de reviver o nazismo parece bastante estranha. Ainda em 2009, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE), em sua resolução “Reunificação da Europa dividida”, equiparou o nazismo ao estalinismo. Segundo seus autores, a adoção de um tal documento “histórico” dá aos ex-países da URSS o direito de exigir legalmente da Rússia a compensação de danos pela “ocupação”.
A ideia foi entusiasticamente retomada, em primeiro lugar, pelos países bálticos. Por exemplo, na Letônia passaram de homenagens aos veteranos da divisão fascista Waffen SS a legislação: Riga impôs uma punição pela negação da suposta “ocupação soviética” do país.
E os recentes acontecimentos na Ucrânia – o apoio e patrocínio de um golpe pró-nazista – tornaram-se mais um exemplo flagrante dos duplos padrões de Bruxelas: na Europa não deve haver nazismo, mas junto da Rússia ele pode mesmo estar em pleno florescimento. Ha que dizer que esta é uma política impensada: o efeito bumerangue não deixou de existir, nota o historiador Vladimir Simindei:
“As forças de extrema-direita estão ganhando impulso na Europa. Sua atividade está em muito ligada a tentativas de revisão dos resultados da Segunda Guerra Mundial e da relação ao nazismo. E tudo isso é servido numa embalagem russofóbica. Tais processos vão continuar a ocorrer, infelizmente, há que constatar isso. Outra questão é que conseguir rever os resultados da Segunda Guerra Mundial a nível oficial seria muito difícil.”
Por volta do 70º aniversário do início da Grande Guerra Patriótica (como a segunda guerra é conhecida na Rússia), em 2011, a imprensa ocidental foi varrida por uma avalanche de artigos “analíticos”. Pseudohistoriadores e cientistas políticos estavam diligentemente tentando descobrir quem matou mais pessoas – Hitler ou Stalin. Todas estas “pesquisas” tinham um objetivo: apagar por completo a memória de quem ganhou a guerra e salvou a humanidade do nazismo. Até hoje, ideólogos ocidentais estão trabalhando incessantemente. Isto sugere que o prazo de validade do “enxerto contra o nazismo” em países europeus está terminando, acredita o analista político Alexei Mukhin:
“Infelizmente, a Europa não está agora em condições de desenvolver um antídoto contra este tipo de desculpas – e, aparentemente, está condenada a uma radicalização do processo político. A Rússia, a este respeito, pode agir, como sempre o fez, de reduto da oposição à ameaça nazista - e deve fazê-lo. Este tipo de legislação que proíbe a promoção e justificação do nazismo, de seus crimes contra a humanidade é uma espécie de remédio homeopático para prevenir a evolução da doença do nazismo e sua transformação numa doença crônica.”
Os líderes do Velho Mundo continuam cometendo o mesmo erro. Seu princípio de ação é sempre o mesmo: agitar as forças mais radicais, ajudá-las a se equiparem bem, e mandá-las para o Leste. No entanto, a história ensina (àqueles que querem aprender): Drang nach Osten sempre acaba em Drang nach Westen.
Fonte: Voz da Rússia
Assinar:
Postagens (Atom)
-
E nossa história não estará pelo avesso, assim, sem final feliz: teremos coisas bonitas pra contar. E até lá, vamos viver, temos muito ainda...
-
Andei em busca da Cifra da Internacional, o hino mundial dos trabalhadores e trabalhadoras e não achei opções, excetuando-se a versão d...
-
A campanha nacional dos bancários termina com gosto amargo. Especialmente no BB, a revolta com a falta de ganho real significativo é imens...