PCdoB perde militante histórico José Augusto Meneses
É com profundo pesar que o Portal Vermelho informa o falecimento de um dos militantes mais antigos, simbólicos e comprometidos do PCdoB: José Augusto Meneses. O geólogo e professor morreu no fim da tarde desta segunda-feira (10), aos 81 anos, vítima de um câncer.
Um dos responsáveis pela reorganização do PCdoB no Ceará, Zé Augusto, como era carinhosamente chamado por todos que tiveram o privilégio de conviver com ele, teve atuação importante, sempre em frentes destacadas, sendo, inclusive, membro da direção estadual do PCdoB no Ceará.
Ao lado de Dona Argentina, a companheira que lutou ao seu lado por mais de 50 anos, tornaram-se referência de amor, cumplicidade, resistência e compromisso com o povo brasileiro. Juntos, deram imensa contribuição para o movimento democrático.
O sorriso constante, o abraço acolhedor e as palavras firmes, desde a redemocratização, a defesa da Anistia, a reorganização do PCdoB, Zé Augusto teve a vida marcada pela sua militância e pela luta por uma sociedade mais justa.
Vida e trajetória ligada ao PCdoB
O elo que ligava Zé Augusto ao PCdoB vem ainda da década de 1960. Em meados de 1963, teve o primeiro contato com o partido por intermédio de um amigo que atuava com ele na Petrobras. Depois do golpe, em 1964, a casa de Zé Augusto e Argentina passou a ser ponto de apoio da direção nacional. Era lá onde os dirigentes se hospedavam quando vinham ao Ceará. Cartas de militantes clandestinos eram endereçadas para a residência deles e então repassadas para que as famílias tivessem notícias de seus parentes.
Com a reorganização do Partido, nos anos de 1965/1966, juntaram-se a Zé Augusto e Argentina, Abel Rodrigues, Gilse Cosenza e outros valiosos militantes. Já na década de 1980, compuseram a primeira direção estadual do PCdoB, onde assumiu a Secretaria Estadual de Finanças.
Mais
A notícia entristeceu amigos e camaradas que com ele militaram nas últimas décadas. “Zé Augusto sabia ser firme e intransigente nos princípios, e sensível e solidário com os camaradas do partido e o povo”, lamentou Cabo Chico.
“Grande amigo, grande combatente, grande camarada, de uma firmeza ideológica ímpar, sempre de prontidão para a luta, deixa um vazio muito grande entre nós. Seu nome ficará gravado eternamente no panteão dos lutadores do povo. Sua disposição de lutar e o seu discernimento político continuarão sendo nosso combustível. Foi um grande aprendizado, ter lutado ao teu lado, continuaremos para concretizar teu sonho de uma sociedade mais igualitária, justa e humana”, ratificou o sindicalista Luciano Simplício, presidente estadual da CTB-CE.
Ex-deputado estadual Lula Morais também declarou pesar com a perda do amigo. “Ficamos aqui, em família, muito consternados com o falecimento deste companheiro classista, comunista e revolucionário, que sempre contribuiu com o partido. Que prestou ao longo dos 14 anos do nosso mandato, uma valiosa contribuição como assessor parlamentar. Valeu guerreiro!”, enalteceu.
O publicitário Flávio Arruda lamentou a perda do camarada a quem chamou de “pai”. “Nosso Zé nos deixa justo no Dia Mundial dos Direitos Humanos. Quem teve a felicidade de conviver com ele sabe o quão solidário, companheiro, atencioso, humano foi esse combativo filho do Pacajus. Suas casas tantas vezes foram ponto de encontro, de alegria e de partida para as lutas que nos convocavam. A juventude comunista da nossa época tinha ali um de seus abrigos. Argentina e o Zé Augusto nos tratavam como se fossem nossos pais. Sim, hoje perdemos um dos nossos pais. Viva Zé Augusto! Ele está eternizado na memória das lutas da nossa gente”.
Para o ex-senador Inácio Arruda, Zé Augusto permaneceu sempre firme, até o último minuto de vida. "Consciência elevada, professor da UFC, petroleiro, empreendedor, construtor, fez de tudo. Sobretudo ajudar a construir o PCdoB. Zé e Argentina de braços abertos recebendo os comunistas de todo o Brasil. Especialmente João Amazonas, acolhido em seu próprio quarto com carinho sem igual. Um abraço forte para guerreira Argentina, suas filhas maravilhosas e aos netos. O legado do Zé, é inesquecível! Sua alegria e de toda família está registrada para sempre em nossas mentes e corações", enalteceu.
Já o ex-presidente estadual do PCdoB-CE, Carlos Augusto Diógenes (o Patinhas), exaltou a conduta humilde e solidária do amigo. “Quando voltei a morar no Ceará, depois da Anistia, estava em situação difícil e ele me de uma casa para morar, onde fiquei uns dois ou três anos. Zé tinha espírito solidário, era uma pessoa muito prestativa, humana e simples, características confirmadas pelos companheiros, familiares e amigos. Todos nós temos o dever de honrar e reconhecer o papel que ele teve como pessoa dedicada à luta do povo. Eu tinha o Zé como um irmão”, ratifica. “Zé Augusto será sempre exemplo de militante. Ele foi um ser humano extraordinário, com o verdadeiro espírito de comunista”, avalia.
Luis Carlos Paes, presidente estadual do PCdoB-CE, também enalteceu a trajetória do militante, que teve a luta e a defesa do partido como bandeira. "Além de ser uma pessoa muito simples e solidária, o camarada Zé Augusto sempre teve uma preocupação muito grande com o estudo e a formação dos militantes do Partido tendo como base o marxismo-leninismo. Era um defensor intransigente da teoria científica do proletariado, sem o que o partido comunista perde o rumo revolucionário. Seu esforço e dedicação a causa do socialismo servirão de exemplo para as atuais e futuras gerações de militantes comunistas", reitera.
Serviço
O velório acontece a partir das 22h30 desta segunda-feira (10) na funerária Ternura (Rua Padre Valdevino, 2255 – Aldeota). O sepultamento será às 16h, no Cemitério Parque da Paz.
Ao lado de Dona Argentina, a companheira que lutou ao seu lado por mais de 50 anos, tornaram-se referência de amor, cumplicidade, resistência e compromisso com o povo brasileiro. Juntos, deram imensa contribuição para o movimento democrático.
O sorriso constante, o abraço acolhedor e as palavras firmes, desde a redemocratização, a defesa da Anistia, a reorganização do PCdoB, Zé Augusto teve a vida marcada pela sua militância e pela luta por uma sociedade mais justa.
Vida e trajetória ligada ao PCdoB
O elo que ligava Zé Augusto ao PCdoB vem ainda da década de 1960. Em meados de 1963, teve o primeiro contato com o partido por intermédio de um amigo que atuava com ele na Petrobras. Depois do golpe, em 1964, a casa de Zé Augusto e Argentina passou a ser ponto de apoio da direção nacional. Era lá onde os dirigentes se hospedavam quando vinham ao Ceará. Cartas de militantes clandestinos eram endereçadas para a residência deles e então repassadas para que as famílias tivessem notícias de seus parentes.
Com a reorganização do Partido, nos anos de 1965/1966, juntaram-se a Zé Augusto e Argentina, Abel Rodrigues, Gilse Cosenza e outros valiosos militantes. Já na década de 1980, compuseram a primeira direção estadual do PCdoB, onde assumiu a Secretaria Estadual de Finanças.
Mais
A notícia entristeceu amigos e camaradas que com ele militaram nas últimas décadas. “Zé Augusto sabia ser firme e intransigente nos princípios, e sensível e solidário com os camaradas do partido e o povo”, lamentou Cabo Chico.
“Grande amigo, grande combatente, grande camarada, de uma firmeza ideológica ímpar, sempre de prontidão para a luta, deixa um vazio muito grande entre nós. Seu nome ficará gravado eternamente no panteão dos lutadores do povo. Sua disposição de lutar e o seu discernimento político continuarão sendo nosso combustível. Foi um grande aprendizado, ter lutado ao teu lado, continuaremos para concretizar teu sonho de uma sociedade mais igualitária, justa e humana”, ratificou o sindicalista Luciano Simplício, presidente estadual da CTB-CE.
Ex-deputado estadual Lula Morais também declarou pesar com a perda do amigo. “Ficamos aqui, em família, muito consternados com o falecimento deste companheiro classista, comunista e revolucionário, que sempre contribuiu com o partido. Que prestou ao longo dos 14 anos do nosso mandato, uma valiosa contribuição como assessor parlamentar. Valeu guerreiro!”, enalteceu.
O publicitário Flávio Arruda lamentou a perda do camarada a quem chamou de “pai”. “Nosso Zé nos deixa justo no Dia Mundial dos Direitos Humanos. Quem teve a felicidade de conviver com ele sabe o quão solidário, companheiro, atencioso, humano foi esse combativo filho do Pacajus. Suas casas tantas vezes foram ponto de encontro, de alegria e de partida para as lutas que nos convocavam. A juventude comunista da nossa época tinha ali um de seus abrigos. Argentina e o Zé Augusto nos tratavam como se fossem nossos pais. Sim, hoje perdemos um dos nossos pais. Viva Zé Augusto! Ele está eternizado na memória das lutas da nossa gente”.
Para o ex-senador Inácio Arruda, Zé Augusto permaneceu sempre firme, até o último minuto de vida. "Consciência elevada, professor da UFC, petroleiro, empreendedor, construtor, fez de tudo. Sobretudo ajudar a construir o PCdoB. Zé e Argentina de braços abertos recebendo os comunistas de todo o Brasil. Especialmente João Amazonas, acolhido em seu próprio quarto com carinho sem igual. Um abraço forte para guerreira Argentina, suas filhas maravilhosas e aos netos. O legado do Zé, é inesquecível! Sua alegria e de toda família está registrada para sempre em nossas mentes e corações", enalteceu.
Já o ex-presidente estadual do PCdoB-CE, Carlos Augusto Diógenes (o Patinhas), exaltou a conduta humilde e solidária do amigo. “Quando voltei a morar no Ceará, depois da Anistia, estava em situação difícil e ele me de uma casa para morar, onde fiquei uns dois ou três anos. Zé tinha espírito solidário, era uma pessoa muito prestativa, humana e simples, características confirmadas pelos companheiros, familiares e amigos. Todos nós temos o dever de honrar e reconhecer o papel que ele teve como pessoa dedicada à luta do povo. Eu tinha o Zé como um irmão”, ratifica. “Zé Augusto será sempre exemplo de militante. Ele foi um ser humano extraordinário, com o verdadeiro espírito de comunista”, avalia.
Luis Carlos Paes, presidente estadual do PCdoB-CE, também enalteceu a trajetória do militante, que teve a luta e a defesa do partido como bandeira. "Além de ser uma pessoa muito simples e solidária, o camarada Zé Augusto sempre teve uma preocupação muito grande com o estudo e a formação dos militantes do Partido tendo como base o marxismo-leninismo. Era um defensor intransigente da teoria científica do proletariado, sem o que o partido comunista perde o rumo revolucionário. Seu esforço e dedicação a causa do socialismo servirão de exemplo para as atuais e futuras gerações de militantes comunistas", reitera.
Serviço
O velório acontece a partir das 22h30 desta segunda-feira (10) na funerária Ternura (Rua Padre Valdevino, 2255 – Aldeota). O sepultamento será às 16h, no Cemitério Parque da Paz.
(Matéria atualizada às 22h15min do dia 10 de dezembro de 2018)
De Fortaleza,
Carolina Campos
Carolina Campos
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