Então, velávamos-te, mas pelo teu amor a tua casa, a teu bairro e à Nossa Senhora, compreendemos o sentido de terdes ido no sábado, por tua fé na ressurreição e no Coração de Maria, porque querias celebrar com Ela.
Ainda assim, passaste dois dias fazendo todos rezarem à tua Mãe Rainha, e o pranto e as orações dos comunistas tinham a sinceridade de sempre, mas eram um tributo à parte. A mesma sinceridade que comovera teus filhos quando ingressaram na Luta, e que foi comovendo a teu esposo e a ti, fazendo-nos todos queridos camaradas. E se teu jeitinho conseguia tudo, conseguiu inclusive uma cepa de comunistas Marianos, hehehehe.
No dia 15, na Marcha com Maria, percorri caminhos que já fizeras, no sentido inverso. Se vim contigo da Catedral até a Juvêncio Barroso, à Francisco Sá, ao Nova Assunção, e daí para o mundo; refiz então o caminho que fizeste, da casa de teu irmão Antônio, na Gomes Passos, à Catedral onde me batizaste.
E já estavas com teu amado Louro, pois Betinho resolveu tudo.
E sábado, teu Sétimo Dia aconteceu outra vez em torno da Amada Maria, no dia solenemente dedicado à sua ascensão em todas as missas do Brasil. Brasília, Fortaleza, Barbalha, Manaus, Araguaína, por toda parte pranteávamos-te, e em cada missa a mensagem de amor e consolo foi a mesma: não tenhais medo da morte, vede Maria. Não temais por mim, estou bem. Olhai como é lindo o amor por Nossa Senhora.
Então, com toda dor, sabemos que não somos quem escolhemos a nossa data, consolamo-nos pelas suficientes demonstrações das graças da tua devoção, que nos consola e que aprendemos. Ensinaste-nos a viver sem nos deter nas tragédias. Surgiste em meio a um mar de provações de que só agora temos ideia, ouvindo tristes umas histórias que levaram ao teu nascimento, e que só aprendemos agora, porque era hora. Daí aquele teu sorriso perpétuo, aquela força sem quartel, o bom humor indefectível, a esperança e a fé. Procuramos, e não achamos a lição da tristeza.
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