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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Petkovic defende o socialismo e faz um golaço em Ana Maria Braga

Assista aqui

http://www.vermelho.org.br/

A apresentadora global Ana Maria Braga adora o consumismo capitalista e nunca escondeu a sua rejeição às idéias de esquerda. Mas, geralmente, ela exagera nas suas paixões. No seu programa da TV Globo da semana passada, ela entrevistou o jogador sérvio Dejan Petkovic, atual campeão pelo Flamengo e craque reconhecido por todos os apreciadores do futebol.

A entrevista até que ia bem, quando ela não se conteve e disparou: “Como foi nascer num país com tanta dificuldade?”.Por Altamiro BorgesPetkovic, que é bom de bola e de cabeça, não vacilou e marcou mais um golaço: “Quando nasci não tinha dificuldade nenhuma. Era um país maravilhoso, vivíamos um regime socialista, todo mundo bem, todos tinham salário, todos tinham emprego. Os problemas aconteceram depois dos anos 80”.

A apresentadora engoliu a seco e prosseguiu a matéria. Sua assessoria devia, ao menos, ter pesquisado as posições progressistas do jogador para evitar mais esta pisada de bola.“Musas” direitistas do CanseiAna Maria Braga já se meteu em várias outras frias – tanto que o corrosivo colunista José Simão já a apelidou de “Ana Ameba Brega”. Em meados de 2007, ela foi umas das “musas” do movimento “Cansei”, organizado por ricos empresários e notórios direitistas para desgastar o governo Lula. Ela surgiu em outdoors ao lado da malufista Hebe Camargo, da “medrosa” Regina Duarte e da “festeira” Ivete Sangalo. Apesar da participação “gratuita” destas estrelas midiáticas, a patética iniciativa não conseguiu seduzir a sociedade e sucumbiu rapidamente.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Os lucros dos bancos e a correlação de forças



Blog do Renato

Como explicar o fato de que em um ano onde a economia internacional, na média, regrediu a patamares negativos, enquanto que em 2009 o lucro liquido dos oito principais bancos brasileiros teve crescimento de 24,1%? De maior despautério é a forma tranqüila como esse tipo de notícia se espalha.

Leia completo em: http://www.vermelho.org.br/blogs/blogdorenato/2010/02/11/os-lucros-dos-bancos-e-a-correlacao-de-forcas/

Hegemonia política entre a juventude demanda acúmulo teórico na temática jovem


Bia_siteBrenda_site

Em junho próximo, Fabiana Costa, 35 anos, mineira com o coração capixaba, doutoranda em Educação (Currículo da PUC/SP), passará a presidência do Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ), entidade fundada em 1984 e relançada em 2002, para Brenda Espindula, 29 anos, potiúcha (gaúcha com anos de vivência no Rio Grande de Norte) e graduada em Ciências Sociais pela UFRGS. Vamos compartilhar de suas impressões sobre a importância do CEMJ, sobre a situação juvenil no Brasil e sobre a luta de ideias nesse campo.

Prisão de Arruda é grande vitória, mas falta secundarista na rua!

Paulo Vinícius



A prisão do escroque José Roberto Arruda trouxe um alento à sociedade no DF, enojada e farta ante tamanha cara-de-pau desse vilão que merece um filme, dado seu cinismo e desfaçatez, e o desprezo seu e dos asseclas pela opinião pública.

A Polícia Federal, a OAB-DF, o Ministro Fernando Gonçalves e a corte do STF, apoiados pelo Ministro Marco Aurélio Melo deram contribuição imensa à cidadania, ao resgate da percepção de que é possível sim haver justiça, ainda que seja uma primeira, mas importante vitória.

A CTB-DF se somou aos demais manifestantes que na noite de 11 de fevereiro se reuniram na frente do Supremo, na expectativa da decisão sobre o habeas corpus que, se deferido fosse, resguardaria unicamente a liberdade desse malfeitor intimidar, chantagear, subornar e utilizar todas as prerrogativas do GDF para tentar impedir o avanço das investigações. Naquela decisão estava contida a possibilidade de um carnaval de júbilo ou de impunidade e tristeza. Não à toa, fizemos a marchinha que segue:

"A Justiça acertou/
ao prender o marginal
o Arruda tá bonito/
na Polícia Federal.
Deixa esse cabra preso/
bem depois do Carnaval!
Não libera o habeas corpus, isso aí vai pegar mal.
Prendeu, prendeu, prendeu, prendeu, prendeu e mereceu!
Prendeu, prendeu, prendeu, prendeu, prendeu e mereceu!"

Mas, já na sexta, o Ministro Marco Aurélio - reafirmando outras decisões de igual sentido democrático e independente que honram a magistratura, como a que proferiu sobre a Cláusula de Barreira antidemocrática, legada pelo governo de FHC - decidiu por negar o habeas corpus, dando ao povo do DF um grande presente de carnaval que enche de esperança a sociedade. Alegra-nos sinceramente estar na folia e o Arruda no xilindró, mas falta muita gente ainda.

No entanto, o imenso protagonismo do judiciário e da PF no caso explicitam por outro lado a dificuldade de a sociedade civil organizada trazer amplas parcelas da população para essa luta, o que fragiliza o seu completo desenlace, que só pode ser a decretação da intervenção federal no DF, que deve ser autorizada pelo Supremo e decretada pelo presidente Lula.

O comprometimento do Executivo e do Legislativo, salvo as honrosas e decisivas exceções, e mesmo de setores do judiciário, expõe o problema de fundo, o domínio conservador de uma plutocracia parasitária do Estado, principal responsável pelo apartheid e aos obstáculos ao avanço da democracia no DF, que negam o sonho generoso de Brasília. Essa hegemonia só teve interregno no governo de Cristóvam Buarque. Arruda, Roriz, Abadia expressaram apenas variações dessa mesma estrutura que pode se perpetuar se não ocorra a intervenção que permita estancar a sangria dos recursos públicos e do uso do poder público para manter esse mesmo esquema após as eleições de 2010 através de um acordão.

A chantagem feita por Arruda - e infelizmente comprada por uma parcela ingênua da sociedade - sobre as obras é inadmissível e me envergonha ter de respondê-la. Que eu saiba, os contratos estão assinados, e a deposição desses marginais, em vez de comprometer o andamento do governo, é o único que pode assegurá-lo, pois é anormal defender qualquer normalidade institucional com uma máfia desmoralizada dirigindo a vida pública no DF.

Também por isso precisamos de um governo que não esteja comprometido pelos vícios e as negociatas, que possa zelar pelo dinheiro público e pela qualidade e continuidade dos serviços e obras, sem que nisso esteja embutida a torpe e inaceitável barganha de tirarem sua parte e de assim poderem negociar sua continuidade através de um outro governo conservador à frente do GDF. Exatamente por isso a intervenção federal é imprescindível.

Mas, para que isso ocorra, é preciso povo na rua e unidade das forças progressistas. Na debilidade destas últimas é que reside, no entanto, a maior fragilidade do movimento, seara fértil para o protagonismo de posições equivocadas e infantis, de uma radicalização inversamente proporcional à sua representatividade e à capacidade que têm de abrir caminhos para uma alternativa no DF. O período de festas e de recesso, que retirou os estudantes das escolas acabou por conferir, com o apoio da grande mídia, a esses setores ultra-esquerdistas, especialmente na juventude, um protagonismo artificial - dada sua incipiente representatividade - melhor explicado pela comodidade com que se amoldam ao fato jornalístico. Lamentavelmente, isso é insuficiente e corre o risco de ser utilizado para outros fins que não estão sobre o controle dos atores sociais, mas da própria imprensa conservadora.

Dada a envergadura do esquema mafioso encontrado no DF, a envolver amplas parcelas do serviço público, os três poderes, parcela relevante do empresariado, a saída será política e difícil. mais que isso, é preciso gestar uma alternativa realista e ampla, unitária, que permita ao sentimento popular se expressar nas urnas em 2010 para que tenhamos uma nova Câmara e um novo Governo que sejam pelo menos democráticos, que tenham respeito pelo dinheiro público, que permitam debater um projeto de verdade para o DF. Sem isso, não bastam as boas intenções. Revolucionário mesmo é mudar a realidade e a vida das pessoas, não é um figurino.

Mais que um grito de revolta, arvorarem para si a condição de "sem partido" é a expressão de estarem muito perdidos ante um cenário político tão complexo, desarmados para interferir como atores de primeira grandeza nesse jogo tão pesado. Expressa também a necessidade de demarcação pela negativa exatamente com as forças que são suas aliadas, o único campo político que pode derrotar o esquema de Arruda - numa miopia política imperdoável que pode ter como consequência a volta de um Roriz, por exemplo.

Não à toa se critica o "esquerdismo infantil" por abrir espaço às vitórias da direita... Sua oposição às organizações consagradas pela história da luta do povo, seu gosto por uma visibilidade que não é coletiva, mas pessoal, a ingenuidade de suas expectativas - afinal parece que estamos às vésperas do fim do Estado, de uma nova sociedade, "o poder para o povo" - repetem os erros clássicos do anarquismo e do trotsquismo, erros esse que são ao mesmo tempo a sua caracterização mais clássica e caricatural e a condição de seu repetitivo fracasso em qualquer momento em que surgem reais oportunidades de mudança, como o que agora se verifica.

É, repito, repetitivo, pois já vimos esse filme inúmeras vezes. Ele permite fotos e imagens, boas recordações, uma afirmação cristã da ética, beleza, um sentimento de dever cumprido tão valorizado pela classe média, mesmo a avançada, mas não muda as coisas em profundidade.

Mudança mesmo, só com povo na rua e força política real propondo alternativa realista. E o povo sabe quando o negócio é sério ou quando é aventureirismo, voluntarismo, manifestações típicas da infãncia política. Às vezes acha até bonito e apoia, mas não vai. E aí, nos perguntamos, nas ocupações, ou em meio ao esterco, "por que o povo não está aqui"? E no final, conclui-se muita vez que a culpa é do povo, ai, ai...

Há algum erro. Grandes momentos de mobilizações de massas, como o Fora Collor, souberam fazer o justo diálogo entre as formas criativas e espontâneas da juventude e a necessária amplitude e justeza política que entendeu qual era a vitória possível naquela batalha política. E foi a partir dessa fusão que tivemos a deposição de Collor, que seria impossível sem o movimento estudantil brasileiro ser unitário, ter a UNE e a UBES, e ser dirigido por forças conseqüentes. Como disse Diógenes Arruda, é preciso sempre entender a dialética entre "ampliar radicalizando e radicalizar ampliando", senão acabamos irremediavelmente sós.

A verdade está lá fora, e para impulsionar as mudanças no DF, para assegurar um outro ambiente político, para pôr na defensiva os setores conservadores, para demonstrar a necessidade de unidade das forças progressistas e ensejar a intervenção federal tão necessária, não tenho dúvida em dizer que faltam secundaristam nas ruas. A juventude mais combativa e representativa do povo, os filhos dos trabalhadores e trabalhadores, as maiores vítimas dos desmandos dessa máfia, os excluídos desses governos conservadores, essa moçada precisa entender o seu papel e conferir aos protestos no DF a característica de massas tão necessária para que as grandes mudanças aconteçam.

Afinal, malgrado a PF cumpra com brilhantismo ímpar seu papel, o judiciário corretamente interprete o sentimento da sociedade, alguns deputados destemidos enfrentem a cara-de-pau de cúmplices que envergonham o legislativo no DF, ainda que uma parcela combativa e abnegada da juventude (mas não necessariamente correta) encarne essa revolta, tudo isso é apenas o preâmbulo do que verdadeiramente decide, que é povo na rua.

Secundarista, teu nome é povo na rua, a brotar das salas de aula do DF, os filhos e filhas do povo, gente jovem que precisa ser chamada a puxar com sua alegria e combatividade o cordão da verdadeira mudança que permita derrubar Arruda, Paulo Otávio e toda a gangue, abrindo novos e melhores caminhos para o Distrito Federal. As aulas começaram e a lição agora é nas ruas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Jobim exonera general após provocação contra direitos humanos

Importantíssima e correta - e é raro que seja assim - a atitude do Ministro Jobim ao exonerar o general boquirroto, e com sugestão do Comando do Exército. Na matéria abaixo você lerá não apenas a carta de uma absoluta mendicância intelectual do general, mas uma linda carta de Marcelo Rubens Paiva aos setores recalcitranstes nas FFAA qu e seguem defendendo o arbítrio. A carta de Marcelo é justa, generosa para quem viveu tais horrores.

E, ainda que pungente, é um apelo racional aos que, míopes, perfilam-se ao lado de criminosos que divorciaram as FFAA de seu histórico papel avançado no Brasil, e ainda hoje impedem a plena reconciliação nacional, tão necessária para que possam cumprir o decisivo papel que lhes é destinado ante as ameaças do imperialismo estadunidense que, ameaçadoramente, cerca a América do Sul através da Colômbia, de sua influência em Honduras, de seu intento de apoderar-se do Haiti e da recriação da Quarta Frota.

Como disse João Amazonas na TV Câmara no Programa Memória Política - assistam! - "Nós não somos revanchistas. Mas nós achamos que as Forças Armadas têm o dever de fazer um pronunciamento público dizendo que se cometeram abusos e até crimes e que isso jamais se repetirá. isso é importante porque as Forças Armadas, em circusnstâncias de defesa da independência nacional precisam ter o apoio do povo. E, como contar com o apoio do povo se não forem capazes de tomar uma posição de que pelo menos reconheçam que foram cometidas faltas graves contra o povo?"

Leia a matéria no www.vermelho.org.br

O general Maynard de Santa Rosa
Punição


O ministro da Defesa anunciou a exoneração do general Maynard Marques de Santa Rosa, após este escrever que a Comissão da Verdade, criada para investigar crimes da ditadura, seria uma "comissão da calúnia".

10/02/2010 17h36

Pedido de exoneração de general partiu do comando do Exército

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Os objetivos de luta da juventude sindicalista - 1ª Parte - Paulo Vinícius

Contribuição da CTB-Brasil à Conferência Internacional da Juventude Sindicalista da Federação Sindical Mundial. Lima, Peru, 20 de novembro 2009.

Dedico essa intervenção a dois heróis do povo brasileiro, Zumbi dos Palmares - em cuja homenagem nessa d
ata celebramos em marchas por todo o Brasil o Dia da Consciência Negra -, e Diógenes Arruda Câmara - bravo lutador pela democracia no Brasil - cuja morte completa 30 anos neste 25 de novembro.

Sindicalismo para a juventude, juventude para o sindicalismo.
Nesses dias em que as mentiras do "pensamento único" perderam a legitimidad
e arrogante do passado, é fundamental que o movimento sindical fale ao conjunto da juventude. Na triste noite neoliberal, os apologistas do individualismo cínico intentaram destroçar a principal característica nossa condição juvenil: a busca da construção de uma nova realidade em que caibam as novas gerações e a nossa rebeldia. A juventude luta principalmente por causas, não por cosas.

Todavia, essa ofensiva de direita tem cobrado um terrível preço ao movimento sindical. É necessário reconhecer que a defensiva estratégica de princípios dos noventa, a ênfase no individuo, o poder da grande mídia, o consumismo e suas ilusões foram responsáveis pelo afastamento de importante parte da juventude do movimento sindical. Reconhecer isso é fundamental para entender o desafio atual do movimento sindical classista: abrir as portas dos sindicatos aos jovens como condi
ção de nosso próprio futuro e da nova luta pelo socialismo.

Ademais, a terceira revolução técnico-científica tem posto os jovens como protagonistas do processo produtivo em setores estratégicos e tem mudado a composição do proletariado. A juventude tem papel decisivo em categorias importantíssimas e temos que valorizar as oportunidades de crescimento nesses setores. O capital, hipocritamente, diz que deseja um "novo profissional", que tenha iniciativa, consciência crítica para interferir e melhorar o processo produtivo, que trabalhe em equipes e tenha compromisso com os resultados coletivos, domínio de idiomas, filosofia, constante capacitação, etc.

Mas, como os jovens podem aceitar isso, se é feito somente em função dos mesmos capitalistas que destroem nossos sonhos de juventude, que nos excluem do emprego, que nos
exploram brutalmente, que destroem sem pudores a natureza, que nos discriminam e separam por nossa condição de indígenas, negros, migrantes, mulheres e até por nossa opção sexual, a maneira de vestir e falar?

Em verdade, a produção mesma pede estes novos
profissionais sim, e não apenas ela, porque a produção, a natureza ameaçada, a própria subjetividade humana negam as relações sociais capitalistas. Persiste vigente a lei da correspondência necessária entre as forças produtivas e as relações de produção, anunciando o anacronismo do capitalismo, cujas relações sociais baseadas na prevalência do lucro acima de qualquer coisa, colocando em risco a própria humanidade. Assim, há que dizer claramente que só o socialismo pode garantir aos jovens de hoje e de manhã o futuro. E temos que dizer isso à juventude que trabalha sob uma alienação brutal e não compreende as razões de seu desemprego e frustrações.

A redução da Jornada e a luta contra a Precarização do Trabalho
"A alienação do trabalhador em seu objeto é expressa da maneira seguinte, nas leis da Economia Política: quanto mais o traba
lhador produz, tanto menos tem para consumir; quanto mais valor ele cria, tanto menos valioso se torna; quanto mais aperfeiçoado o seu produto, tanto mais grosseiro e informe o trabalhador; quanto mais civilizado o produto, tão mais bárbaro o trabalhador; quanto mais poderoso o trabalho, tão mais frágil o trabalhador; quanto mais inteligência revela o trabalho, tanto mais o trabalhador decai em inteligência e se torna um escravo da natureza." Marx, Manuscritos Econômicos e filosóficos, O Trabalho Alienado.

Diante dessa realida
de, é indispensável que todo o movimento sindical tenha como bandeiras centrais - pelo sentido especial que têm para toda a classe e em especial para a juventude - a defensa da redução da jornada de trabalho e a luta contra a precarização do trabalho. Desde os anos setenta do século passado com o advento da 3ª. revolução técnico-científica, avançou exponencialmente a produtividade do trabalho. Um(a) operário(a), um(a) campesino(a) , um(a) trabalhador( a) dos serviços hoje em dia produz muito mais, sob um brutal ritmo de trabalho, e sua paga é exatamente a precarização das relações de trabalho. Não recebem mais, muito ao contrário, especialmente se levarmos em conta as proporções entre o produzido e recebido. E nas mesmas horas de trabalho - que muitas vezes são ampliadas - produz-se um mais valor cuja consequência é a demissão de seus colegas e novas moléstias laborais, inclusive psicológicas. E a juventude que realiza o mesmo trabalho dos demais, recebe menos e está sempre ameaçada com a demissão que intenta calar seu potencial rebelde.

Assim, a luta para incorporar as novas gerações à luta sindical é indissociável da defesa da redução da jornada e da luta contra a precarização. Reduzir a jornada e lutar contra a precarização é defender as mesmas condições e remuneração para o mesmo trabalho; é garantir ao jovem mais tempo para ser jovem, tempo para namorar, descansar, estudar, ter direito ao esporte e à cultura, estar com a família, fazer arte e, sobretudo, fazer política sem medo.


"Convido-te a crer em mim quando digo futuro".
Silvio Rodríguez



É indispensável falar e escutar a juventude. É preciso abrir caminho ao protagonismo juvenil no movimento sindical como condição de seu futuro. Se o capitalismo disputa os jovens com tanto cinismo e hipocrisia, mas também com imensos recursos, qual deve ser o investimento necessário do sindicalismo em seu trabalho de juventude neste momento estratégico em que a luta do povo outra vez avança, como o demonstra o avanço das forças progressistas na América Latina?

O principal investimento é o político. Ensinar as lições de luta da historia e ouvir-lhes seus anseios, dúvidas, confusões, não como quem apenas ensina, mas sobretudo como quem estuda o idioma que permitirá vencer e garantir o futuro, não apenas do movimento sindical e operário, mas da própria humanidade.

Princípios e programa.
· O classismo: o capitalismo não oferece nenhum futuro à juventude. E nosso movimento expressa as verdadeiras mudanças de que carece a sociedade para atender aos anseios da juventude: a construção do socialismo, sociedade em que os produtores da riqueza possam compartilhá-la para o bem de todos. Essa é garantia de um futuro de felicidade, p
az, democracia e liberdade, sem a opressão capitalista. E é uma bandeira de uma classe, a dos trabalhadores e trabalhadoras, cuja libertação tem o potencial para romper as cadeias de todas as opressões.

· A participação protagônica da juventude no movimento sindical merece o decidido apoio de todo o movimento. Isso significa que é necessário promover a liderança juvenil no movimento sindical, constituir instâncias e direções que tratem do tema em todos os níveis e a sua articulação a partir dos próprios jovens. A promoção de um crescente debate sobre a sucessão geracional no movimento. É necessário formar, apoiar e empoderar a juventude;


· A defesa de uma ampla unidade da juventude trabalhadora, explorada pelo capitalismo que lhes nega o futuro;

· A democracia, representativa e participativa, essencial à unidade. Sem a participação ativa dos jovens trabalhadores nas entidades sindicais não é possível desejar sua incorporação ativa. É necessário aperceber-se das portas à participação abertas pelo uso da internet, a evolução das formas de convocatória, as possibilidades de envolver amplos setores nas decisões dos sindicatos com as novas tecnologias para que os jovens sejam parte da definição das reivindicações, mobilização, eleição de representantes, fortalecendo a liberdade de expressão e o debate;

· Liberdade e autonomia sindical que todavia não se confundem com neutralidade, mas com a afirmação dos interesses da classe. Trata-se da garantia de organização sindical no local de trabalho e do combate às práticas anti-sindicais. E autonomia tanto para apoiar governos que representem o interesse da classe como para disputar a agenda política através da mobilização social, sem alinhamento automático;

· Solidariedade e internacionalismo. A humanidade é uma. À hipocrisia da globalização da barbárie e da rapina capitalistas há que aprofundar a luta em cada país e ao nível internacional através de um ativo internacionalismo de massas. Os seres humanos não podem ser ilegais. Não à guerra e ao imperialismo!

· Não aceitamos a discriminação nem as intolerâncias, seja por cor, raça, etnia, credo, origem, geração, gênero ou orientação sexual. Lutaremos com vigor por uma soci
edade totalmente livre do machismo, do racismo, da homofobia, divisões que debilitam os ideais de igualdade e justiça social na luta contra o imperialismo e a exploração capitalista;

· A defesa do meio ambiente e do desenvolvimento são incompatíveis com uma sociedade subordinada exclusivamente ao mercado e aos lucros. Ademais, o capitalismo necessita da guerra para, ao fim de cada uma de suas crises, tentar impedir sua tendência de queda da taxa de lucro. Por isso destroem milhões de vidas, forças produtivas e a natureza. Também a dominância do capitalismo impede o desenvolvimento racional com respeito ao meio ambiente, impondo - pela pressão econômica e militar - grandes dificuldades às nações pobres que não podem optar livremente por um modelo de desenvolvimento mais avançado. Assim, sem ilusões, defendemos o direito ao desenvolvimento e a busca de alternativas de desenvolvimento que respeitem o meio ambiente, e sabemos que há distintos níveis de responsabilidade na degradação ambiental, diretamente proporcionais ao poderio econômico de algumas nações que são as maiores responsáveis pela crise ambiental, e que tentam ao mesmo tempo impor suas receitas aos países pobres.

Paulo Vinícius, é Cientista Social e Bancário, secretário de Juventude Trabalhadora da CTB e diretor de Imprensa da CTB-DF.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O que rolou no Fórum Social Mundial








A Carta da Bahia

ASSEMBLEIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS - Salvador, 31 de janeiro de 2010. 10 ANOS DO FSM: OUTRO MUNDO É POSSÍVEL E NECESSÁRIO.
http://www.fsmtbahia.com.br

02/02/2010 16h30

FSM da Bahia debateu pensamento inovador da esquerda

Um dos mais concorridos debates do Fórum Social Mundial Temático da Bahia teve lugar no domingo, 31 de janeiro, no salão de conferências do Hotel Sol Barra. No centro das atenções, o pensamento da esquerda na atualidade e as contribuições dos pensadores da América Latina e África.

Fonte: www.vermelho.org.br

“É preciso descolonizar a globalização”, diz pesquisador africano

Em debate realizado sábado (30) em Salvador, durante do Fórum Social Mundial Temático da Bahia, pesquisadores e ativistas do movimento social afirmaram a urgência de se descolonizar o pensamento e o conhecimento na África e América Latina. Para o africano Samba Buri MBoup, é preciso descolonizar a globalização, recuperando o patrimônio intelectual deixado pelos africanos e a contribuição do continente no desenvolvimento da história e da economia o mundo.

Marcha encerra o Fórum Social da Bahia

CTB coloca a legislação trabalhista na pauta do FSM em Salvador

FSM: CTB e demais centrais debatem erradicação do trabalho escravo

FSM Temático debate relação entre mídia e “democracia” no Brasil

FSM Temático: Debate histórico discute igualdade racial e homenageia Malês


www.ctb.org.br


CTB com participação efetiva

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras) participa da edição baiana do Fórum Social Mundial Temático, que começa a 29/01 em Salvador, com várias atividades que englobam tolerância, pluralismo, violência e antiracismo, entre outros temas. O objetivo da CTB é aumentar o protagonismo da classe trabalhadora brasileira na luta política nacional, o que exige
ampla unidade dos trabalhadores e do movimento sindical. Os temas tratados no Fórum
são de interesse dos trabalhadores, estudantes, advogados e assessores sindicais.

Veja o que rolou:
• Plenária nacional dos trabalhadores e trabalhadoras - Unidade para enfrentar a crise, hoje,
• Debate - Revolta dos Malês: um grito de liberdade, uma leitura dos 175 anos da Revolta dos
• Oficina - A legislação trabalhista no Brasil e o direito no serviço público
• Debate - Práticas anti-sindicais: dilemas e contradições
• Debate -Trabalho escravo: caminhos para erradicação
• Oficina - Sustentabilidade ambiental urbana
• Debate - Mídia: intolerância e preconceito, domingo.


Sindicato amplia discussão sobre soberania e autodeterminação
Nos três dias de FSMT Bahia, o Sindicato dos Bancários abrigou o Espaço Marx. Foram debatidas
as estratégias para transformar o Brasil em um país mais justo, sem diferenças e os rumos que a população deve tomar.
Os debates ajudaram os participantes a compreenderem melhor o caráter do capitalismo e
capacidade inesgotável de exploração e submissão. O Espaço Marx também destacou a necessidadede o Brasil seguir os passos de outras nações latino-americanas, na busca de uma verdadeira independência e posicionamento como nação capaz de influenciar nos novos rumos do planeta. O jornalista José Reinaldo de Carvalho chamou a atenção para o novo momento da América Latina, que vive um novo quadro político, caracterizado por sucessivas vitórias eleitorais das forças de centro esquerda, ou mesmo revolucionárias, como é o caso do Hugo Chávez e Evo Morales.
Na palestra Estratégias da Revolução Brasileira, José Reinaldo ainda destacou a necessidade de
união entre a esquerda brasileira para que a luta antiimperialista seja vitoriosa. “Precisamos
unir forçar para combater o sistema opressor. Sem unidade não avançaremos para a construção
do Socialismo”. Os passos para entender a formação social brasileira, as condições
que o trabalhador é submetido e a fúria dos patrões com relação às questões do empregado
como redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário, que hoje os bancários e petroleiros enfrentam, também integraram a pauta de discussões.



Fonte: Jornal O Bancário - o único jornal diário dos trabalhadores!


Um Outro Mundo é Possível no Fórum Social Mundial Temático da Bahia

A programação estudantil no Fórm Social Mundial da Bahia através do Estudantenet

AGENDA DAS ATIVIDADES DO MOVIMENTO FORA ARRUDA

Quinta, sexta e sábado (4, 5 e 6/02)


Dia todo: divulgação da passeata e do pré lançamento do Bloco Fora Arruda nas satélites



Domingo (07/02)


Passeata no eixão sul por uma limpeza ética no DF e pré lançamento do Bloco de Carnaval Fora Arruda. Local e horário a confirmar.



Terça-feira (09/02)


Plenária Sindical para discutir paralisação/indicativo de greve dos trabalhadores do DF. Local e horário a confirmar.


Quarta-feira (10/02)


Dia todo: panfletagem nas escolas públicas do DF para dialogar com os estudantes (volta às aulas).



2º quinzena de fevereiro


Ato em frente ao novo prédio da CL/DF. Local, data e horário a confirmar.



1º quinzena de março


Ato show com artistas da cidade próximo a Rodoviária do Plano Piloto. Dia e horário a confirmar.



Dia 1º de abril (quinta-feira)


Ato no dia da mentira para denunciar as mentiras do Governo Arruda. Local e horário a confirmar.